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LILIANE NEVES

MARIA APARECIDA PAGANINI


MARIA CAROLINA AMORIM

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)


CONTROLE DE RISCOS

DESENVOLVIMENTO

Quando o assunto é segurança do trabalho, sabemos que a utilização dos EPIs é


parte fundamental para assegurar a proteção dos trabalhadores contra os riscos
existentes¹.

Na área da saúde, encontramos diversas ameaças, capazes de prejudicar o bem


estar e a saúde dos colaboradores, devido a todo o momento estarem expostos a
uma série de riscos como por exemplo biológicos, químicos, físicos, ergonômicos e
de acidentes no ambiente de trabalho. Por isso, identificar os equipamentos de
proteção adequados para realizar as tarefas na jornada de trabalho é essencial para
prevenir as doenças ocupacionais.

A NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde estabelece as


medidas de segurança que devem ser aplicadas em todos os ambientes destinados
à serviços da saúde para minimizar, controlar ou eliminar os riscos ambientais. O
uso dos EPIs faz parte dessas medidas de proteção, sendo obrigatório o
fornecimento dos equipamentos necessários para todos os colaboradores, conforme
diz a NR 6¹.

Diante do exposto acima, este trabalho pretende colaborar propondo realizar o


levantamento na literatura dos aspectos conceituais do uso dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) e também proporcionar-se-á uma visão dos principais
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riscos e perigos que os profissionais de saúde estão expostos durante sua jornada
de trabalho.

1.1 OS RISCOS EXISTENTES NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Os agentes ambientais são os grandes causadores das doenças ocupacionais. Por


isso, combater essas ameaças é de extrema importância para proporcionar um local
de trabalho mais seguro e protegido. Assim, o trabalhador terá a tranquilidade de
exercer as suas atividades profissionais com qualidade, proteção e prevenção¹.

E a conscientização da utilização de EPIs e o investimento em segurança do


trabalho só ajudam nessa prevenção de acidentes, doenças e no controle desses
riscos.

Por isso, a NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde surgiu


para estabelecer as diretrizes básicas para implementação de medidas de proteção
à segurança e a saúde dos trabalhadores em serviços de saúde.

1.2 NR 32

É uma legislação do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece medidas para


proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores de saúde em qualquer serviço de
saúde inclusive os que trabalham nas escolas, ensinando ou pesquisando.

Seu objetivo é prevenir os acidentes e o adoecimento causado pelo trabalho nos


profissionais da saúde, eliminando ou controlando as condições de risco presentes
nos Serviços de Saúde. Ela recomenda para cada situação de risco a adoção de
medidas preventivas e a capacitação dos trabalhadores para o trabalho seguro.

Proteger o profissional da saúde através de ações de segurança irá minimizar os


riscos durante as atividades, logo a NR 32 define as regras para que a
administração hospitalar controle os seguintes riscos².
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E pode-se citar como principais riscos existentes: risco Biológico, riscos Químicos,
radiações Ionizantes, resíduos, condições de Conforto por Ocasião das Refeições,
lavanderias, limpeza e Conservação, manutenção de Máquinas e Equipamentos.

Todavia as medidas de proteção devem ser adotadas a partir da avaliação prevista


no PPRA. Aliado ao PCMSO, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional,
e a NR 32, para que sejam tomadas as ações necessárias para garantir a segurança
do trabalhador nesses locais².

Não podemos esquecer da obrigatoriedade dos empregadores de assegurar a


capacitação dos trabalhadores para a realização das atividades, assim como, o
fornecimento dos EPIs adequados para cada profissional e o armazenamento em
locais de fácil acesso com a quantidade necessária para a substituição imediata.

1.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Os EPI são todos os dispositivos que envolvem o uso individual no ambiente de


trabalho, destinado exclusivamente a proteção de riscos que podem ameaçar ou
colocar em risco a segurança e a saúde do trabalhador. Para ser comercializado,
todos os EPI deve apresentar o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme está previsto na Norma
Regulamentadora nº 6 do MTE³.

Os profissionais da área da saúde devem ter uma postura segura ao utilizar os EPI,
de acordo com a execução de certos procedimentos para a sua proteção, não só ao
profissional, mas também a toda equipe envolvida no momento de algum
procedimento a ser realizado4.

É sabido que o profissional de saúde que mais estão expostos a estes riscos são os
profissionais de enfermagem, logo é essencial a utilização do Equipamento de
Proteção Individual.

Os equipamentos que fazem parte da prática profissional de enfermagem


podem ser assim descritos: máscaras para proteção respiratória; óculos
para amparar os olhos contra impactos, radiações e substâncias; luvas para
proteger contra riscos biológicos e físicos; avental ou capote descartável e
gorro para evitar aspersão de partículas dos cabelos e do couro cabeludo
no campo de atendimento. Todos esses EPI’s são utilizados para prevenir o
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usuário de adquirir doenças em virtudes do contato profissional – paciente e


contra riscos de acidentes de trabalho visando à conservação da sua
própria saúde5.

1.4 OS EPIS PARA SERVIÇOS DE SAÚDE

Os EPI’s e EPC’s devem ser implantados em todos os ambientes que não é possível
eliminar o risco. Portanto, é dever do empregado utilizar o equipamento. Assim
como, é dever do empregador fornecer o EPI adequado, dar o treinamento e
apresentar todas as informações necessárias para que o trabalhador esteja ciente
das zonas de riscos e como utilizar corretamente o Equipamento de Proteção
Individual1.

Vamos listar alguns dos principais EPIs para os serviços em saúde. Lembrando que
para fazer a escolha, devemos consultar o profissional da segurança do trabalho
para que ele estabeleça os equipamentos ideais para garantir a proteção do
trabalhador em cada tipo de ambiente.

 Avental ou capotes: devem ser utilizados durante os procedimentos


com possibilidade de contato com material biológico e que tenham
probabilidade de gerar respingos e contato com sangue, fluidos corporais,
secreções ou excreções.

 Touca: protege os cabelos do contato de fios soltos com o paciente ou


com o ambiente da sala de cirurgia, que deve estar sempre limpo e livre de
contaminações externas6.

 Luvas de segurança: devem ser usadas sempre que houver


possibilidade de contato com sangue, secreções e excreções, como mucosas
ou áreas da pele não íntegra, ferimentos, escaras e feridas cirúrgicas. As
luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos.
Luvas grossas de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de
ambiente.

Máscaras respiratórias, gorros e Óculos de segurança: devem ser usados


durante a realização de procedimentos em que haja a possibilidade de
respingo de sangue e outros fluidos corpóreos. São indicados durante a
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manipulação de produtos químicos como em farmácia hospitalar, áreas de


expurgo ou de desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contato.

 Sapato de segurança: São indicados para ambiente com sujeira


orgânica, são fechados e impermeáveis (couro ou sintético). Os de tecido
umedecem e retém a sujeira. Botas ou propés servem de proteção dos pés
em locais úmidos ou com quantidade significativa de material infectante
(centros cirúrgicos, áreas de necropsia e outros).

CONCLUSÃO

Conclui-se que uso de EPIs é apenas um elemento, um complemento à segurança


no trabalho, pois o fator mais importante para a segurança de todos é a
responsabilidade do trabalhador o que pode ser melhorada através de treinamentos
para conscientização de todos.

Logo cumprir as normas de segurança é o dever de todos, por isso, que é tão
importante a implantação das medidas de proteção, e está só irá proporcionar mais
qualidade de vida para os colaboradores, prevenindo acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais ao longo do tempo.

E ter a consciência da importância dos profissionais da segurança do trabalho


aliados a utilização dos EPIs adequados, pois desse modo só assegura a saúde
tanto do paciente quanto do profissional da área.

Portanto, o uso é fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador,


evitando consequências negativas em casos de acidentes de trabalho.
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REFERÊNCIAS

1. 1 EPIS, Prometal. Quais são os EPI’s para os profissionais da saúde?


(acesso em 04 de abril 2018). Disponível em:<
https://www.prometalepis.com.br/blog/118-quais-sao-os-epis-para-os-
profissionais-da-saude/.

2. EPIS, Prometal. NR 32: Como proteger o trabalhador nos serviços de saúde?


(acesso em 04 de abril 2018). Disponível em:
<https://www.prometalepis.com.br/blog/50-nr-32-seguranca-e-saude-no-
trabalho-em-servicos-de-saude/.

3. SILVA, Gislainne Almeida. Uso dos equipamentos de Proteção Individual


(EPI) pela equipe de enfermagem em hospitais: uma revisão. Universidade
Cruzeiro do Sul, Centro de estudos avançados e formação integrada.
Disponível em:< file:///C:/Users/Bill%20&%20Lili/Downloads/uso-dos-
equipamentos-de-proteo-individual-epi-pela-equipe-de-enfermagem-em-
hospitais-uma-reviso.pdf.

4. Cardozo DAA. A importância do uso de EPI’s na prática de enfermagem, em


Juiz de Fora/MG [Monografia]. Juiz de Fora: Pós-graduação em Enfermagem
do Trabalho/FIJ; 2009. 43 p.

5. Vasconcelos BM, Reis ALRM, Vieira MS. Uso de equipamentos de proteção


individual pela equipe de enfermagem de um hospital do município de coronel
Fabriciano. Rev. Enfermagem Integrada –Ipatinga: Unileste-MG. 2008; 1(1).

6. EPI para médicos: como se proteger em uma cirurgia . (acesso em 04 de abril


2018). Disponível em:< https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/epi-para-
medicos-como-se-proteger-em-uma-cirurgia/ 23 de abril de 2015.

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