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Suno Valor – 15/11/2019

Análise dos resultados de Iochpe Maxion, B3 e


SulAmérica
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 Iochpe-Maxion: A receita operacional líquida dessa companhia apresentou uma


retração de 2,9% na comparação com o 3T18, alcançando R$ 2,5 bilhões. Já o
lucro líquido da empresa no trimestre foi de R$ 124,8 milhões no 3T19,
incremento de 33,5% em relação ao lucro reportado no 3T18. Esse incremento
no lucro líquido foi favorecido em R$ 58 milhões devido a decisões favoráveis
em ações judiciais pleiteadas pela companhia

 B3: A receita total da B3 cresceu 34% no 3T19 em relação ao 3T18, atingindo


um total de R$ 1,7 bilhão. Já o lucro líquido recorrente subiu 38,7%, atingindo
um montante de R$ 851 milhões no terceiro trimestre deste ano. Um elevado
nível de volume negociado em ações e derivativos, além de uma retomada mais
forte de oferta de ações, contribuíram para o crescimento dos resultados nesse
trimestre.

 SulAmérica: O lucro líquido da SulAmérica apresentou um aumento de 4,6%


em relação ao 3T18, alcançando R$ 245,4 milhões. Já as receitas operacionais
somaram R$ 5,9 bilhões no 3T19, incremento de 10,9%. O destaque nesse
trimestre continuou sendo a operação de saúde e odontológico, a qual foi
responsável por 77% das receitas da seguradora. Estamos reajustando o preço-
teto de SULA11 para R$ 48,00 de forma a capturar a reestruturação que está
sendo realizada na Companhia, onde a mesma passará a focar quase que
exclusivamente no setor de saúde.

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Iochpe-Maxion – MYPK3

Na semana passada, a Iochpe-Maxion divulgou os resultados do


3T19, e, no release, observamos que a companhia apresentou uma
produção de veículos bastante equilibrada, quando unimos todas as
regiões de atuação da fabricante.

No quadro abaixo, podemos ver, em número de unidades


produzidas, as vendas em cada geografia de atuação da empresa:

Desse modo, a receita operacional líquida da companhia alcançou


R$ 2.542,3 milhões no 3T19, queda de 2,9% em relação ao reportado
no 3T18.

Segundo a empresa, essa leve redução da receita se deveu à queda


dos volumes, observada em alguns mercados, e à redução do custo
da matéria-prima no mercado internacional.

Dentre as regiões de atuação dessa empresa, a que mereceu maior


destaque foi a produção de veículos no Brasil, especialmente
aqueles de natureza comercial.

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Já a receita operacional líquida na América do Norte foi impactada
negativamente pela queda na produção de veículos comerciais e
paralisações pontuais de clientes.

Quanto à receita operacional líquida da operação na Europa, essa foi


impactada negativamente pela redução na produção de veículos
leves e comerciais nessa região.

Vale ressaltar que o segmento de rodas da Iochpe perdeu


representatividade, tendo em vista que a Maxion Wheels atingiu
77,2% da receita líquida do 3T19, contra 79,4% registrados no 3T18.
Já o braço de fabricação de componentes, a Maxion
StructuralComponents, representou 22,8% da receita da companhia
no trimestre, contra 20,6% reportados no 3T18.

Já o custo dos produtos vendidos atingiu R$ 2.219,6 milhões no


3T19, patamar que representa uma redução de 0,8% em relação ao
registrado no 3T18. Esse menor custo se deve ao menor preço das
principais matérias-primas utilizadas pela companhia.

Passando para as despesas operacionais líquidas, essas atingiram


R$ 86 milhões no 3T19, redução de 44,6% em relação ao 3T18.
Segundo a fabricante, a queda das despesas operacionais nesse
trimestre se deu devido ao ganho do processo judicial da exclusão
do ICMS na base de PIS COFINS em R$ 59 milhões.

Já o EBITDA da Iochpe nesse trimestre foi de R$ 333.779 milhões, e


foi impactado positivamente pelo reconhecimento de parcela do valor
relativo às decisões judiciais favoráveis em ações judiciais. Caso

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desconsiderássemos esse efeito, o EBITDA da companhia teria se
reduzido em 11,9% na comparação com o 3T18.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 24,1 milhões no 3T19,


redução de 51% em relação ao 3T18. Esse resultado financeiro foi
favorecido devido às decisões favoráveis em ações judiciais num
montante de R$ 27,2 milhões.
Por fim, o lucro líquido da Iochpe-Maxion foi de R$ 124,8 milhões no
3T19, incremento de 33,5% em relação ao lucro reportado no 3T18.

Vale lembrar que o lucro líquido foi favorecido em R$ 58 milhões


devido a decisões favoráveis em ações judiciais pleiteadas pela
companhia.

Vale a pena mencionar que a empresa está investindo em uma nova


fábrica de rodas de alumínio na Índia e no aumento da capacidade
na unidade de rodas de alumínio na Tailândia.

Por esse motivo, o CAPEX investido nesse trimestre atingiu R$ 152,5


milhões vs. R$ 115,3 milhões registrados em igual período do ano
passado.

A Iochpe-Maxion tem investido parte relevante da sua geração de


caixa em geografias que apresentam perspectivas de crescimento
bastante favoráveis.

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Endividamento

O caixa e equivalentes de caixa da companhia ficou em R$ 671,4


milhões. Já o endividamento bancário bruto consolidado atingiu R$
3.359,5 milhões.

Desse modo, o nível de alavancagem da empresa, demonstrado pela


métrica dívida líquida/EBITDA, ficou em 2,39x no final do 3T19. Essa
métrica, no mesmo período do ano passado, representava um valor
maior, atingindo 2,57x.
Como dissemos no relatório de recomendação da companhia, o
objetivo da Iochpe-Maxion é reduzir o seu endividamento até atingir
um patamar próximo a 1,5x o EBITDA.

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Conclusão

Apesar de um resultado operacional um pouco mais fraco nesse


trimestre, devido a um cenário menos favorável oriundo de algumas
demografias onde a empresa atua, a Iochpe-Maxion, ainda assim,
apresenta um valuation bastante favorável, com muita margem de
segurança.

Em termos de perspectivas para o longo prazo, seguimos confiantes


na capacidade dessa empresa em crescer e expandir seus
resultados.

No mercado indiano, por exemplo, a Iochpe Maxion recentemente


inaugurou uma fábrica de rodas de alumínio, com capacidade
instalada de 2 milhões de rodas. O

ramp up da planta ocorrerá a um período médio de 12 a 18 meses, o


que significa que essa agregará um retorno adicional, de maneira
gradual, durante o ano de 2020.

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No cenário indiano, dentro dos últimos meses, foi observada uma
conjuntura menos favorável devido a restrições pontuais de crédito,
o que acabou prejudicando o consumo do segmento automobilístico.

É importante ressaltar que o setor vinha apresentando uma demanda


muito forte no primeiro semestre de 2019, expansão essa que
acabou prejudicada no 3T19 e pressionou os resultados da empresa
até mesmo nessa região de grande potencial.

Para 2020, a companhia acredita que, com as medidas já tomadas


pelo governo indiano, haverá uma normalização desse cenário, de
modo que, nos próximos trimestres, já observaremos uma melhora
nos resultados oriundos dessa região.

Segundo as projeções do setor automotivo indiano e empresas


especializadas no setor, a expectativa é que o mercado automotivo
da India apresente um crescimento médio de 6% a 8% ao ano, o que
é muito expressivo, e a Iochpe tende a se beneficiar dessa
demografia favorável.

Já na operação da Europa, para 2020 a companhia ainda não


enxerga claramente como se dará o desempenho de vendas na
região, porém, não se espera uma queda significativa na demanda
nos próximos trimestres, e esta tende a seguir estável na
comparação com este ano de 2019.
Já no mercado americano, a expectativa da companhia para 2020 é
de manutenção ou até mesmo uma leve queda da demanda
observada em 2019, sendo que, nos anos seguintes, deve haver uma
recuperação na demanda.

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Apesar das dificuldades no curto prazo, pouquíssimas são as
empresas lucrativas e abertas no mercado brasileiro que ainda estão
precificadas abaixo do valor patrimonial, como atualmente está a
Iochpe-Maxion.

Após o incremento observado no Valor Patrimonial por Ação (VPA)


da Companhia neste trimestre, que passou para R$ 21,99, as ações
dessa fabricante estão sendo negociadas atualmente a 84% do seu
VPA, com um múltiplo P/VPA de 0,84, precificação que embute um
cenário demasiadamente pessimista para essa empresa.

Além disso, o seu EV/EBITDA continua atrativo, estacionando em


4,85x nesse trimestre.

Desse modo, para o futuro, esperamos um crescimento interessante


dos resultados da empresa à medida que novas plantas industriais
comecem a operar e agreguem nos resultados, colaborando também
para o crescimento das margens operacionais da empresa, tendo em
vista que essas operações operam com margens que chegam a 13%.

Sendo assim, reiteramos a nossa recomendação de compra,


mantendo o preço-teto atual, e consideramos MYPK3 uma das
opções mais atrativas disponíveis na Bolsa atualmente.

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SulAmérica S.A – SULA11

No final da semana passada, a SulAmérica divulgou os resultados do


terceiro trimestre desse ano, e, mais uma vez, essa companhia
demonstrou solidez em seus números, com manutenção de métricas
importantes em patamares elevados e acima da indústria.

A seguradora continuou elevando suas receitas ao mesmo tempo em


que manteve a sua eficiência operacional. Além disso, o índice de
despesas administrativas apresentou uma redução de 1,0 p.p. em
relação ao 3T18.
Além disso, o grande destaque da companhia foi o segmento de
seguro de saúde e odontológico, que continuou apresentando
resultados operacionais muito bons, e que, muito em breve, será o
foco principal da empresa depois do fechamento da transação de
venda do segmento de automóveis para a Allianz.

Como já comentamos anteriormente, essa venda agregará muito


valor à SulAmérica, tanto no aspecto da liquidez e capacidade de
crescimento orgânico e inorgânico da empresa, em um segmento
muito mais rentável do que o segmento de automóveis atualmente
praticado pela companhia.

Para ter uma compreensão dos principais números reportados nesse


trimestre, observe o quadro abaixo:

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Como podemos ver no quadro acima, as receitas operacionais totais
foram de R$ 5,9 bilhões, o que representa um incremento de 10,9%
ante o 3T18. Esse crescimento foi impulsionado pelos resultados do
segmento de saúde e odontológico.

O segmento de automóveis também apresentou crescimento de


receita, na esteira de um crescimento da frota segurada, ao passo
que a SulAmérica ainda conseguiu manter o nível de sinistralidade
controlado.

Já o lucro líquido consolidado desse trimestre totalizou R$ 245,4


milhões, aumento de 4,6% na comparação com o mesmo período do
ano anterior.

O retorno sobre o patrimônio também apresentou um importante


incremento, chegando a atingir 17,2% nos últimos 12 meses, contra
16% registrados no mesmo período do ano passado.

A partir de agora, entraremos em mais detalhes sobre os números


apresentados nos principais ramos de atuação da seguradora.

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Seguro saúde e odontológico

A SulAmérica tem tido bastante sucesso na captura de novos


beneficiários para os seus planos de saúde e odontológicos.
Somente nos 9M19 a seguradora apresentou um crescimento de
18,6% no número de beneficiários em seus planos em relação aos
9M18.

Somente a título de comparação, segundo dados divulgados pela


ANS, houve crescimento de 0,1% no número de beneficiários de
planos de saúde no país, e de 5,7% no número de beneficiários de
planos odontológicos em relação a agosto do ano passado.

Desse modo, as receitas operacionais de seguros do segmento de


saúde e odontológico atingiram R$ 4,4 bilhões no 3T19, crescimento
de 10,8% em relação ao 3T18.

Além disso, a SulAmérica tem continuado a obter resultados positivos


no controle da sinistralidade desse segmento. Dessa forma, esse
índice, no 3T19, ficou em 80,2%, 1,3 p.p. acima do comparado com

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o 3T18. Mesmo assim, a companhia alega ser o segundo melhor
terceiro trimestre dos últimos 9 anos.

Lembrando que esse é apenas um trimestre, e o ideal é que seja


observado um histórico mais longo, de modo a expurgar efeitos
pontuais que acabam aumentando a volatilidade das métricas da
empresa.

Seguro de automóveis e ramos elementares

Já o segmento de automóveis, o qual é objeto da transação com a


Alliaz, terá os seus resultados reconhecidos pela SulAmérica até o
fechamento da operação, assim como o segmento de ramos
elementares.

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Nesse trimestre, esse segmento voltou a apresentar crescimento de
receita, a qual totalizou R$ 981,1 milhões, aumento de 8,4% na
comparação com o 3T18.

Já o índice de sinistralidade apresentou uma piora, estacionando em


60,6%, 2,4 p.p. acima do registrado no 3T18.

Segundo dados da SUSEP, a SulAmérica detinha cerca de 9,5% de


Market share do total de prêmios emitidos para os 9M19, sendo a
quinta maior seguradora de automóveis do Brasil.

Já o segmento de ramos elementares obteve uma receita que


totalizou R$ 47,4 milhões, queda de 5,5% em relação ao 3T18. A
sinistralidade da carteira apresentou melhora e 4 p.p. no trimestre,
chegando a atingir 35,7%.

Despesas administrativas e resultado financeiro consolidados

A SulAmérica, nesse trimestre, melhorou ainda mais a sua eficiência


operacional por meio de um rígido controle de despesas, graças a
investimentos em tecnologia e inovação feitos nos últimos trimestres.

O resultado disso foi que o índice de despesas administrativas


(medido através da razão entre o total de despesas administrativas e
as receitas operacionais totais) alcançou 7,6%, melhora de 1,0 p.p.
na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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O controle das despesas é um fator extremamente importante para a
competitividade de uma seguradora, que, na maioria das vezes,
trabalha com um serviço “commodity” e que precisa oferecer um
preço competitivo para sobreviver no mercado.

O resultado financeiro registrado no trimestre foi de R$ 147 milhões,


patamar 4,9% inferior ao registrado no mesmo período do ano
passado.

Já a rentabilidade da carteira de ativos da companhia foi de 108% do


CDI no 3T19.

Conclusão

A SulAmérica continua a entregar uma performance bastante


satisfatória, mesmo com todo o crescimento já reportado em
trimestres passados.

Esperamos que a empresa, agora mais focada em seu core


business, passe a apresentar níveis de rentabilidade e crescimento
mais sustentáveis e de melhor qualidade no futuro.

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O segmento de saúde suplementar possui excelentes perspectivas
de crescimento no país, especialmente com a economia voltando à
trajetória de crescimento. Um dos grandes impulsionadores desse
crescimento é causado pelo déficit na qualidade do serviço ofertado
pelo sistema único de saúde brasileiro.

Além disso, após a conclusão da recente transação, essa agregará


um montante importante de liquidez para a seguradora, o qual
contribuirá para a continuidade do desenvolvimento dessa empresa,
tanto em oportunidades de crescimento orgânico quanto inorgânico.

Desse modo, dada a melhora da rentabilidade e perspectiva de


crescimento futuro, continuamos com a recomendação de compra da
SulAmérica, sendo que resolvemos elevar o seu preço-teto para
R$ 48,00.

Neste preço, a SulAmérica apresenta um múltiplo P/L projetado para


os próximos 12 meses de apenas 16 vezes, o que a coloca muito
abaixo de outros players que atuam no segmento de saúde, como
Hapvida (37 vezes lucro projetado), Odontoprev (28,5x) e Notre
Dame Intermédica (41 vezes).

Como A partir da reestruturação da Companhia, realizada com a


Allianz, a SulAmérica será um player quase que totalmente exposto
ao setor de saúde, entendemos que passa a fazer sentido comparar
as ações da SulAmérica também com players do setor de saúde e
não com o setor puramente de seguros.

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B3 S.A – B3SA3

O desempenho operacional da B3 nesse 3T19 mais uma vez


surpreendeu positivamente, graças a um elevado nível de atividade
dos seus clientes, volumes recordes em ações e derivativos, além de
mais de R$ 70 bilhões em ofertas de ações no ano.

Toda essa robustez operacional se traduziu em uma forte geração


de caixa e elevada disciplina de despesas.

No quadro abaixo, temos os principais destaques do trimestre:

Como podemos ver, a receita total da B3 foi de R$ 1.706,6 milhões


no 3T19, alta de 34,1%, explicada, principalmente, pelo crescimento
das receitas dos segmentos de Listado, Infraestrutura para
financiamentos e Tecnologia, dados e serviços.

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No segmento de Listado, houve um importante incremento de 58,1%
no trimestre, totalizando 1.136,5 milhões (66,6% da receita total da
companhia).

Esse forte crescimento na receita de listado se deveu,


principalmente, à linha de negociação e pós-negociação (totalizou R$
624,3 milhões), reflexo do crescimento dos volumes negociados no
período, tanto no mercado à vista de ações quanto nos contratos
futuros de índices de ações.

Já o segmento de balcão totalizou R$ 240 milhões, queda de 4,1%


na comparação com o 3T18.

Esse desempenho menor entre os períodos se deveu,


principalmente, a uma queda de 9,2% na linha de instrumentos de
renda fixa (receita que totalizou R$ 150,2 milhões), reflexo do
impacto do programa de incentivo de investidores do Tesouro Direto.

Já o segmento de infraestrutura para financiamentos apresentou


uma alta de 4,6%, totalizando R$ 137,7 milhões nesse 3T19. Essa

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alta pode ser explicada pelo crescimento da quantidade de veículos
financiados, o qual foi parcialmente neutralizado pelos efeitos de
mudança no modelo de negócio de envio de dados de contratos de
financiamento de veículos nos estados de SP, RJ e SC.

Por fim, temos a receita oriunda de Tecnologia, dados e serviços, a


qual totalizou R$ 192,2 milhões, incremento de 12,3% na
comparação com o 3T18. Essa alta foi explicada, principalmente, por
conta do aumento na base de clientes que acessam as plataformas
do segmento Balcão e ao aumento da quantidade de TEDs
processados no trimestre.

Passando agora para as despesas, essas somaram R$ 677,7


milhões, incremento de apenas 5,5%, principalmente por conta do
aumento das despesas relacionadas ao processamento de dados e
depreciação e amortização.

Já as despesas ajustadas (excluindo despesas relacionadas à


combinação com a CETIP, provisões, programas de incentivo
baseado em ações) essas totalizaram R$ 280,9 milhões, aumento de
12,2%, mesmo assim perfazendo um aumento significativamente
menor do que o incremento de receita líquida no período.

Esse aumento da produtividade evidencia a capacidade de


alavancagem operacional da B3. As despesas estão crescendo a um
ritmo muito menor que a receita a vários trimestres, o que mostra a
qualidade do negócio da companhia.

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Dando prosseguimento, vimos que o EBITDA recorrente da B3
totalizou R$ 1.109,4 milhões, o que representa um importante
incremento de 42,3% na comparação com o 3T18.

Já o resultado financeiro da empresa foi negativo em R$ 5,5 milhões


no 3T19. Nesse trimestre, o resultado financeiro foi negativamente
impactado pelos efeitos da variação cambial sobre os empréstimos
offshore e sobre o investimento no exterior que a B3 possui que
totalizaram R$ 52,1 milhões nesse último trimestre. No entanto, esse
impacto foi neutralizado pela linha de imposto de renda e contribuição
social.

Desse modo, o lucro líquido amealhado no 3T19 foi de R$ 719,8


milhões, incremento de 54,7%, como já vimos, reflexo da melhora
operacional da companhia em todas as principais linhas de negócio
onde atua.

Outro destaque do release da companhia que merece ser


mencionado é a elevada geração de caixa da empresa, bem como a
sua conversão em caixa livre dada a pouca demanda de CAPEX.

No trimestre, a B3 gerou um fluxo de caixa oriundo das operações de


R$ 834 milhões e desembolsou um CAPEX (gastos com ativos
imobilizados e intangíveis) de apenas R$ 84 milhões, perfazendo um
fluxo de caixa CAPEX (fluxo de caixa operacional menos CAPEX
desembolsado no período) de R$ 750 milhões. Recurso que poderá
ser retornado aos acionistas ou utilizado na expansão orgânica ou
inorgânica da companhia.

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Por fim, até o final do 3T19, a B3 possuía uma disponibilidade de
caixa e investimentos de curto e longo prazos de R$ 12.022,3
milhões. Já o endividamento bruto da empresa foi de R$ 5,5 milhões,
o que faz essa companhia ser uma empresa caixa líquido, o que faz
muito sentido dada a forte geração de caixa e baixa necessidade de
investimentos.

Conclusão

A B3, mais uma vez, mostrou que está aproveitando muito


oportunamente essa nova realidade que está sendo demonstrada no
Brasil nos últimos anos (baixa taxa de juros e inflação controlada).

Sem dúvida, esse novo cenário tem propiciado a entrada de novos


investidores na renda variável, o que tem ocasionado aumento dos
volumes negociados, mais operações com derivativos e novas
ofertas públicas realizadas pelas empresas.

Continuamos com a recomendação de compra para a empresa até


seu preço-teto.

M. Dias Branco – MDIA3

No relatório desta semana, iremos apenas apresentar um resumo


dos resultados do 3T19. Na semana que vem, traremos os nossos
comentários sobre o resultado dessa companhia no trimestre.

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Desse modo, vimos que a receita líquida da Mdias Branco
apresentou uma queda de 42,6% do lucro líquido no terceiro
trimestre, o qual totalizou R$ 134,5 milhões.

Essa queda do lucro líquido se deveu, principalmente, à menor


receita líquida, que apresentou retração de 11%. No acumulado do
trimestre, ela totalizou R$ 1,5 bilhão.

Segundo a Mdias Branco em seu release, “num primeiro momento,


os ajustes nas bonificações/descontos comerciais e nos preços
levaram à diminuição nos volumes vendidos, necessária para a
redução e normalização dos estoques nos canais de distribuição,
para posterior retomada gradual dos volumes”.

O resultado mais fraco da empresa se deu em virtude de queda nos


volumes de vendas e menor diluição dos custos dos produtos
vendidos. A Mdias Branco tem focado na melhora de aspectos
logísticos e gastos com marketing para recuperação de volumes e
ganho de share.

Suno Valor 21
Carteira Valor

Ranking Ativo Início Participação Preço atual Preço teto Preço de entrada** Recomendação Desempenho

Ranking Suno Código Início Alocação Preço atual Preço teto Preço de entrada ajustado* Recomendação Variação

1 MYPK3 11/10/2019 5,0% R$18,43 R$21,00 R$18,54 Comprar -0,59%

2 SUZB3 11/01/2019 5,0% R$36,65 R$42,00 R$38,43 Comprar -4,63%

3 MDIA3 07/06/2019 5,0% R$33,55 R$40,00 R$37,52 Comprar -10,58%

4 CGRA4 18/08/2017 10,0% R$25,00 R$25,50 R$22,94 Comprar 8,98%

5 KLBN11 24/05/2019 5,0% R$17,55 R$17,00 R$15,14 Aguardar 15,92%

6 RLOG3 26/07/2019 5,0% R$21,35 R$21,00 R$18,65 Aguardar 14,48%

7 SMLS3 18/08/2017 5,0% R$35,30 R$40,00 R$57,52 Comprar -38,63%

8 GEPA4 18/08/2017 10,0% R$43,90 R$45,00 R$33,50 Comprar 31,04%

9 ITSA4 18/08/2017 10,0% R$13,63 R$12,00 R$7,44 Aguardar 83,20%

10 B3SA3 01/06/2018 5,0% R$49,80 R$32,00 R$21,54 Aguardar 131,20%

11 ALUP11 05/01/2018 5,0% R$23,98 R$20,00 R$17,05 Aguardar 40,65%

12 COCE5 18/08/2017 5,0% R$61,99 R$55,00 R$47,08 Aguardar 31,67%

13 HAPV3 18/05/2018 5,0% R$54,34 R$33,00 R$29,16 Aguardar 86,35%

14 SULA11 18/08/2017 10,0% R$51,50 R$43,00 R$16,47 Aguardar 212,69%

15 Renda Fixa 10,0%

Watchlist**

Ticker Empresa Setor Preço atual (R$) Preço para possível entrada*

CSAN3 Cosan S.A Diversificado 60.80 Abaixo de R$ 35,00

FLRY3 Fleury Saúde 27.00 Abaixo de R$ 17,00

CVCB3 CVC S.A Turismo 40.66 Abaixo de R$ 45,00

GGBR4 Gerdau S.A Metalúrgica 15.44 Abaixo de R$ 12,50

RAPT4 Randon S.A Bens Industriais 10.50 Abaixo de R$ 7,50

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de investimento, porém o investidor será responsável, de forma exclusiva, pela
verificação da conveniência e oportunidade da movimentação de sua carteira de
investimentos e pela tomada de decisão quanto à efetivação de operações de compra e
ou venda de títulos e ou valores mobiliários.

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deverá verificar e atentar para as informações próprias ao seu perfil de investimento,
uma vez que as informações constantes deste material não são adequadas para todos
os investidores. Quaisquer projeções de risco ou retorno potenciais são meramente
ilustrativas e não são e não devem ser interpretadas pelo investidor como previsão de
eventos futuros e ou garantia de resultados.

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de investimento. Os investimentos realizados pelo investidor para sua carteira estão
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