Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Material Didático de
Metodologia
O material que você está recebendo foi elaborado como um recurso didático de apoio
para os alunos da disciplina de Metodologia do Curso de Licenciatura em Filosofia. Além
de consultar esse material, é importante também buscar textos e sites sobre o assunto, assistir
as aulas e fazer os exercícios requeridos pelo professor.
O conteúdo selecionado abrange os elementos necessários para uma compreensão
introdutória da natureza e dinâmica da pesquisa filosófico-científica, tal como ela vem sendo
concebida na Universidade moderna, desde o estabelecimento do passo inicial de qualquer
pesquisa (a escolha do objeto de estudo e elaboração do projeto de pesquisa) até a fase final
de divulgação dos resultados obtidos em trabalhos científicos, passando pelo estudo dos
métodos e técnicas da pesquisa filosófica. Também foram incluídos exercícios e exemplos de
trabalhos acadêmicos. Creio que ao final desse percurso, você poderá obter um
entendimento claro da natureza da pesquisa filosófica, o traquejo quanto aos métodos e
técnicas mais adequados a cada tipo de pesquisa e o domínio das principais regras formais de
elaboração de trabalhos acadêmicos e indicação de referências bibliográficas.
A escolha de um curso superior é também uma escolha existencial, é parte da
moldagem do nosso eu. Aqueles que escolhem fazer um curso universitário voltado para o
ensino e pesquisa deverão desenvolver habilidades diretamente ligadas à produção de
conhecimento científico-filosófico. Sabemos que é um tanto misterioso, para quem está
ingressando na Universidade, entender o que é a filosofia e os caminhos que os cientistas e
filósofos adotam para produzir novos conhecimentos sobre os diferentes aspectos de nossas
vidas (psicologia, economia, biologia, filosofia, administração, etc.). Esse material pretende
ser útil como um guia inicial para conhecer aspectos básicos da prática científica e filosófica,
e despertar seu amor pelo estudo rigoroso dos diferentes temas e áreas de investigação
filosófica.
1
1 A PESQUISA FILOSÓFICA
2
discussão de aspectos teóricos acerca do que é a filosofia e quais metodologias podem ser
usadas em investigações filosóficas. Nas universidades e instituições de pesquisa modernas, as
pesquisas costumam iniciar com a elaboração de um projeto de pesquisa. É por isso que o
projeto é considerado o passo inicial de qualquer pesquisa.
Consiste na indicação do assunto que será investigado. Deve partir das informações
mais gerais que dizem respeito ao tema e avançar até a clara e específica formulação do
problema que pretende-se pesquisar. O problema formulado deve partir como uma seqüência
natural das informações veiculadas, de modo que o leitor não necessite de qualquer pesquisa
ulterior para compreender os limites e a natureza da pesquisa que está sendo proposta. Esse
item pode receber outra nomenclatura conforme a área do conhecimento do qual ele faz
parte. É comum encontrar expressões como “apresentação do tema e problema” ou “tema e
problema de pesquisa”, “introdução”etc.
Na delimitação do tema, depois de fazer uma apresentação geral do assunto, deve-se
abordar a situação problema que constituiu a principal razão da existência do projeto. A
situação-problema apresenta o conjunto de variáveis que dará origem ao problema específico
da pesquisa. Por exemplo, se o tema geral da pesquisa for a natureza das emoções, a situação-
3
problema definirá duas teorias ou abordagens das emoções (cognitivista e perceptual), e o
problema da pesquisa poderá ser, por exemplo, a análise dos principais argumentos a favor
de uma da teoria cognitivista e as críticas que essa teoria sofreu. Nesse caso, está dada uma
situação-problema envolvendo as seguintes variáveis: a) a natureza das emoções; b) duas
teorias acerca da natureza das emoções; c) análise dos argumentos favoráveis e críticas à teoria
cognitivista das emoções. Em outras palavras, a situação-problema é uma parte da delimitação
do tema que fornece as variáveis fundamentais que tornam inteligível o problema
fundamental que será abordado numa determinada pesquisa. Pesquisas filosóficas sempre
devem partir de um problema espécifico, inédito ou localizado na literatura disponível.
Espera-se que o autor do projeto seja capaz de dar prosseguimento e contribuir para uma
discussão em curso. Nesse sentido, é fundamental indicar qual o debate está transcorrendo,
quais as posições e o que será pesquisado especificamente pelo autor do projeto.
O diagrama abaixo poderá ajudá-lo a visualizar essas orientações. Imagine que nesse
item você está elaborando um texto na forma de uma pirâmide invertida. Você irá começar
das informações mais gerais (geralmente de introdução, contextualização histórica do tema),
situação-problema e problema específico de análise. As informações gerais apresentam o
debate em torno das emoções, a situação-problema indica que existem duas ou mais teorias
centrais e no final, na indicação do problema, o autor deixa claro que investigará uma delas
ou as críticas a duas delas, etc.
Convém, ainda, notar que este item do projeto deve ser redigido com cuidado para
que o leitor compreenda claramente o que o pesquisador irá investigar, contendo todas as
informações necessárias ao esclarecimento dos conceitos-chave que constituem o projeto, o
que facilitará o entendimento dos objetivos e a compreensão das demais etapas. Se esta parte
4
do projeto for formulada de modo claro e objetivo, com idéias e conceitos bem definidos e
explicados, a elaboração dos demais itens será natural, pois todas as partes de um projeto
possuem uma conexão estreita entre si.
Os objetivos são o segundo item de um projeto.
5
Nesta seção, o pesquisador deve demonstrar porque o tema proposto merece ser
investigado. Em outras palavras, deve-se indicar a importância da pesquisa que será realizada.
Comumente faz-se referência na justificativa aos seguintes pontos:
Relevância em termos práticos: Trata-se das situações em que a pesquisa contribui para a
melhoria de uma tecnologia , programa, modelo, etc. já existente, como, por exemplo, o
aperfeiçoamento de uma técnica comum, tornando-a mais econômica, eficiente, etc. No caso
da filosofia, esse tópico é pouco comum, mas poderia ser usado, por exemplo, quando
pensamos em projetos mais focados no ensino ou em programas na área de lógica, etc.
Relevância em termos sociais: quais os benefícios que a pesquisa trará para a comunidade em
geral? Relevância em termos sociais não é apenas a relevância para comunidades ou grupos
que enfrentam problemas sociais. Um projeto que favorece uma grande empresa tem
importância social pela geração de empregos, desenvolvimento econômico de comunidades,
etc. O mesmo pode ser dito de projetos que permitem melhorias na aprendizagem, no acesso
à cultura, no tratamento do preconceito, da intolerância, organização política,
comportamento moral, etc. Em filosofia, muitos projetos são relevantes socialmente, embora
essa relevância seja, no mais das vezes, indireta.
Contribuição para futuras pesquisas: a pesquisa será útil para outras pesquisas futuras, na área
do conhecimento onde se inscreve? Muitas vezes, o aluno pode investigar um assunto, pois
sua investigação permitirá assentar as bases para uma investigação futura, mais audaciosa.
Essa também é uma possibilidade de justificativa.
6
Viabilidade: Envolve questões relativas a complexidade, custo do projeto e acesso às
informações.
Deve:
-Descrever de modo objetivo e claro os conceitos teóricos que fundamentam o trabalho, os
quais serão necessários ao desenvolvimento da pesquisa.
-Comparar e criticar a literatura existente sobre o tema.
As informações contidas na revisão bibliográfica podem, conforme as convenções de
cada área do conhecimento, ser introduzidas no item chamado delimitação do tema. Neste
caso dispensa-se a elaboração da revisão bibliográfica.
7
exemplo, os idosos vivem num espaço separado da casa, suas opiniões sobre questões
familiares não são ouvidas, etc. Na metodologia deve-se indicar claramente o tipo de técnica
de coleta de dados que será adotada, a partir das orientações que o marco teórico e a
metodologia adotada prevêem. As metodologias mais comuns em filosofia serão apresentadas
oportunamente no final do semestre. Além disso, é importante observar que a definição do
tipo de metodologia filosófica que será adotada reveste-se de razoável complexidade.
Pesquisadores maduros tendem a desenvolver bem essa parte do projeto. Para estudantes
iniciantes, é um pouco mais difícil entender qual a metodologia mais apropriada. No final do
semestre, pretendemos aprofundar esse tópico e acreditamos que será possível oferecer um
conjunto de orientações razoáveis acerca das alternativas existentes.
Especificação dos recursos materiais utilizados durante todo o processo de pesquisa e dos
custos de cada um dos materiais.
1.1.8 Referências
1.1.9 Anexos
8
Observações importantes:
O projeto de pesquisa (de monografia/estágio) deve ser redigido com os verbos
flexionados no tempo futuro, enquanto que o relatório da pesquisa ou monografia deve ser
redigido utilizando flexionando os verbos no tempo passado.
-Deve-se evitar a referência a nomes, pessoas ou citações que envolvem o surgimento da
pesquisa. Quando necessário, indicam-se apenas instituições. Para qualquer dúvida,
devem ser consultadas as normas do comitê de ética da UFSM.
-A elaboração do projeto de pesquisa permite a organização da pesquisa de acordo com o
tempo e os recursos de que dispomos.
-Todos os itens ou fases de um projeto de pesquisa possuem uma íntima conexão entre si.
A metodologia deve ser pensada a partir dos objetivos, os objetivos devem ser escritos a
partir da delimitação do tema, o cronograma a partir das atividades previstas na
metodologia, etc. Uma das características mais importantes de um projeto é a presença de
uma lógica interna rigorosa, de modo que todos os tópicos e pontos tratados mantenham
uma relação estreita entre si.
A pesquisa filosófica, conforme foi possível observar acima, deve ser entendida como
uma atividade que segue um corpo metodológico, informado pela concepção filosófica
assumida, de onde resultará um conjunto bem fundado (argumentativa ou
experimentalmente) de afirmações que constitui os resultados da investigação (o que poderá
gerar uma teoria filosófica particular ou uma posição filosófica específica sobre determinado
assunto). Desenvolver uma ciência ou uma teoria filosófica é oferecer uma imagem do
mundo, fundada em mecanismos de obtenção de dados válidos, de modo que possamos
explicar ou compreender (e também prever e intervir nos fenômenos do mundo) ao nosso
redor. No caso das ciências humanas, o objetivo do cientista é encontrar leis que permitam
compreender acontecimentos humanos e sociais (como relações interhumanas) ligados à vida
das pessoas como, por exemplo, a determinação da ação justa, as funções do Estado, a
natureza do significado, a natureza das emoções, da consciência, etc. Nessa parte de nosso
livro, examinaremos as metodologias (que são gerais) e os procedimentos técnicos
(específicos) mais comuns que devem ser seguidos para estruturar uma pesquisa na área da
filosofia. Sabe-se que a filosofia não é uma ciência em sentido estrito. Enquanto as ciências
naturais descrevem, explicam e tornam possível prever fatos, as ciências humanas são, de
modo geral, entendidas como ciências compreensivas, elas tratam seus problemas a partir de
uma série de significações que os problemas podem assumir, antes de poder reduzi-los a
9
simples objetos. Quando pensamos na questão da justiça social, da natureza da moralidade, é
comum que o entendimento do que seja a justiça social ou a ação moral seja tematizado a
partir de representações e intuições humanas iniciais, tomadas como pontos de partida e não
dispomos de mecanismos para transformar questões envolvendo a vida e as representações ou
imaginários ou intuições sociais em algo facilmente manipulável empiricamente ou
objetivamente. Tais tentativas tem sido, em graus distintos, ensaiadas na filosofia
contemporânea, mas ainda não sabemos exatamente qual papel os resultados de uma
investigação empírica podem desempenhar numa teoria filosófica. Uma tentativa de
aproximação entre as ciências humanas e as ciências físicas foi desenvolvida por Leônidas
Hegenberg no livro Explicações Científicas: introdução à filosofia da ciência. Ele defendeu que
essas duas áreas de investigação do mundo podem ser interpretadas como buscando um
padrão de explicação dos seus fenômenos idêntico ou similar, uma vez que ambas deveriam
ser capazes de satisfazer um mesmo padrão explicativo. As explicações nomológico-dedutivas
(semelhantes aquelas enfatizadas em modelos falsificacionistas da ciência) das ciências
humanas poderiam e deveriam ser desenvolvidas, segundo Hegenberg, entendendo, por isso,
que uma explicação na área de humanidades só pode ser satisfatória quando resulta numa lei
ou teoria científica. Explica Hegenberg, “um acontecimento ou uma regularidade só ficam
realmente explicados quando a sentença que descreve o acontecimento ou a regularidade
puder ser deduzida de premissas que se referem a leis e de premissas adicionais, acrescentadas
às primeiras com o fito de completar a dedução- tornando-a logicamente correta. As
premissas empregadas nessa dedução devem ser verdadeiras”(HEGENBERG, 1973, p. 232).
Essa abordagem que aproxima as ciências humanas das ciências naturais vale para
determinados campos da investigação humana onde há proximidade e possibilidade de
realizar testes empíricos, orientados segundo padrões estatísticos e que permite obter
resultados válidos segundo padrões de medição e validade matemática ou estatística,como nas
ciências sociais. Nessa ordem dos procedimentos, no entanto, os padrões de entendimento
do trabalho do cientista das humanidades é similar ao cientista natural: eles buscam o mesmo
resultado e tratam de forma semelhante seus objetos. Muitos autores, no entanto,
reconhecem que as medições sociais oferecem um padrão limitado de validação,
principalmente quando inseridas num quadro onde o investigador terá de interpretar seus
dados, dando-lhes uma significação, como se ele já não estivesse mais diante de um fato
simples, mas buscando algo “além dos dados” disponíveis. É a partir daí que surgiram as
teorias menos preocupadas com padrões de cientificidade para o campo das humanidades.
Uma forma de colocar a diferença entre o tratamento das ciências naturais e as ciências
humanas e sociais foi apresentada por Machado.
“As ciências naturais oferecem explicações causais dos fenômenos
naturais. Mas as explicações dos fenômenos sociais fazem um apelo
essencial aos propósitos das ações dos agentes sociais e uma explicação
que faz apelo a propósitos ou finalidades não é uma explicação causal.
10
Os propósitos da ação podem ser citados como razões para essas ações,
mas não como causas. Além disso, os propósitos das ações são valorados
pelos agentes sociais, e essa valoração deve ser considerada pela
explicação do seu comportamento. Por envolver uma referência aos
propósitos e valores dos agentes sociais, ao invés de chamá-las de
explicações, alguns as chamam de compreensões e as ciências sociais que
produzem compreensões são chamadas interpretativas. (MACHADO,
In http://alexandremachado.50webs.com/conferencias.htm, 2008, p.
3).
Podemos explicar por que Maria é contra programas de assistência social (como bolsa
para famílias pobres) dizendo que ela foi treinada desde pequena por sua família para pensar
que pobres são irresponsáveis e não gostam de trabalhar. Nesse caso, a crença de Maria não
depende de razões, mas é uma crença produzida causalmente pelo condicionamento familiar
e social sofrido. A crença dela foi causada por lavagem cerebral. Independentemente do que
viesse a ocorrer no mundo, ela continuaria acreditando. Algo bem diferente é dizer que ela
chegou até essa crença a partir do exame de dados e estudos sobre programas assistenciais.
Nesse caso, ela não foi determinada ou condicionada a acreditar que pobres são
irresponsáveis, mas formou um juízo a partir de informações. Se a realidade fosse diferente,
ela teria outra crença. Tem uma diferença muito grande em educar oferecendo razões e
educar por mecanismos causais de imposição de crenças. Se a abordagem que afirma que as
ciências humanas estão interessadas em propósitos e razões de ações, mas não em suas causas,
então, explicações causais do tipo “A crença A foi causada pelo evento B” não são adequadas
para o domínio das humanidades. No caso das ciências humanas, quando, por exemplo, um
trabalhador não consegue produzir ou se nega a levar uma vida produtiva podemos indagar
“por que isso está acontecendo?” e ao formular esse tipo de pergunta adentramos no âmbito,
como disse Machado, das propósitos, interesses e valores. Esse é o contraste célebre entre
explicar um comportamento (pelas correlações constantes entre as variáveis) e compreender uma
ação (compreender o sentido humano, portanto subjetivo, de uma iniciativa, o que supõe
uma forma ou outra de participação, ela também subjetiva, nessa significação).
Nas ciências naturais, o fim comum é estabelecer os fatos. Para chegar a entender os
fatos, é preciso adotar o que se chama às vezes uma atitude ‘objetivante’, uma atitude
comandada pelo ideal de uma objetividade do intelecto. Adotar uma atitude objetivante
significa despojar os fenômenos estudados de tudo o que revelasse, na parte dos
investigadores, um juízo pessoal. Tudo o que requer uma apreciação ou uma decisão deve ser
naturalizado ou suspenso, sem o que não se sairia da esfera das opiniões pessoais. Não restam
senão os fatos brutos, a materialidade dos fatos. Por sua vez, as ciências humanas fazem apelo
à interpretação, quer dizer, a um ato pessoal do inquiridor de compreender a realidade a
partir de um conjunto de evidências.
11
O procedimento de interpretar ou compreender não pode, no entanto, ser confundido
com uma atitude subjetiva do investigador. Tal procedimento não resultaria numa ciência,
mas num recolhimento de impressões pessoais sobre fatos. Uma das formas de explicar
aquilo que as ciências humanas procuram elaborar que é capaz de escapar do subjetivismo e,
por outro lado, do cientificismo naturalista, uma vez que não podemos dizer que se tratam de
leis causais no sentido estabelecido acima, foi elaborada por Descombes.
Segundo Descombes, uma possível descrição do trabalho das ciências humanas seria
capturar o “espírito objetivo”, mais além da interpretação puramente subjetiva. Falar de
espírito objetivo seria, segundo Descombes, falar de uma descrição do mundo que procura
retratar a vida e os conceitos próprias da humanidades, como parte de um conjunto de idéias
ou representações simbólicas que aparecem na vida social, na medida em que conversamos,
nos relacionamos e agimos. Ele chama esse edifício imaterial que acompanha toda a
existência humana de espírito objetivo, pois essas representações e símbolos são entidades que
podem ser concretamente abordadas.
Considere, por exemplo, o pensamento que um adulto de hoje tem sobre educação
dos filhos. A maioria das pessoas tem uma concepção mais ou menos clara do que seja educar
bem uma criança. Poderia ser dito que esse pensamento não é meramente pessoal, subjetivo,
mas distribuído entre várias pessoas, como uma noção comum, partilhada. A isso poderíamos
chamar de um espírito objetivo acerca da educação, um pensamento partilhado sobre a tarefa de
educar.
Falar do espírito objetivo é nos convidar a buscar uma
totalidade significante nas manifestações do espírito; é este aqui o
aspecto holista da noção, que implica uma tese sobre o espírito
(impossível de tratar sob uma maneira atomista). Mas há também uma
função epistemológica da noção. Ela serve para indicar como se faz a
reconstituição, pelo historiador ou pelo sociólogo, do objeto a
conhecer: o espírito objetivo é o dado, aquilo de que se vai partir, é o
que se trata de interpretar. O acento é posto sobre o aspecto sólido,
durável e transportável, dos “traços” e das “inscrições”. Aron escreveu,
a propósito da idéia de Dilthey: “cercada de um passado real, mas
inanimado, no meio de ruínas, de monumentos, de livros, o homem
constrói o mundo histórico porque ele deixa a vida em seus traços
espirituais”. (DESCOMBES, 1998, p.7)
O espírito objetivo, ou seja, a vida que deixamos para trás com seus traços espirituais
pode ser apreendido. Por exemplo: durante o feudalismo se deixou uma certa imagem
hierárquica da vida social, muito diferente da imagem que admitimos hoje. A descrição do
caráter interpretativo ou compreensivo das ciências humanas obedece duas condições: uma
condição de presença significante numa comunidade espiritual (significações), um conjunto de
12
valores comuns e idéias e, em segundo lugar, uma condição de exterioridade aos indivíduos,isto
é, os valores não são pessoais, subjetivos, “meus”, mas são da totalidade social da qual
participo.
A primeira condição corresponde a uma presença significante aos
membros do grupo: os homens vivem numa comunidade que é espiritual (no
sentido do alemão geistig). Isso quer dizer bem que a sociedade repousa sobre
idéias e valores comuns. Re-agrupemos tudo isso, idéias e valores, sob o termo
significações. A sociedade repousa sobre significações que as pessoas devem
reconhecer. Mas também, segunda condição, essas significações comuns
devem ser exteriores aos sujeitos do ponto de vista da origem, quer dizer, da
autoridade e da validade” (DESCOMBES, 1988, P. 10).
13
espírito (dos Etruscos) se exteriorizou tão completamente que o
retorno à origem é de fato impossível (salvo a descoberta de
novos documentos permitindo decifrar seus signos)”
(DESCOMBES, 1998, p. 13).
A- Pesquisas Exploratórias:
Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a construir hipótese. Pretendem principalmente buscar o
aprimoramento de idéias ou a descoberta de induções. Envolvem:
1- Levantamento bibliográfico 2- Entrevistas 3- Análise de exemplos
que estimulem a compreensão. Em geral, assume a forma de estudo
de caso e pesquisa bibliográfica.
14
B- Pesquisas Descritivas
Tem como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno. Pode também oferecer
correlações entre variáveis e definir a sua natureza. Não tem
compromisso de explicar os fenômenos que descreve. Utilizam-se
técnicas como o questionário e a observação sistemática.
C-Pesquisas Explicativas
Tem como objetivo central identificar os fatores que determinam
ou contribuem para a ocorrência de fenômenos, ou seja, explicar o
porquê, a razão de determinado acontecimento. Utilizam-se
técnicas experimentais e ex-post-facto. São as que mais aprofundam
o conhecimento de uma determinada realidade. (GIL, 1996, p. 45-
47)
Essa nomenclatura, como pode ser reconhecido, pode ser adequada para os trabalhos
nas áreas de humanidades, mais está mais próximas das ciências naturais e sociais aplicadas.
No caso da filosofia, as pesquisas costumam ser do tipo exploratório (especialmente aquelas
de graduação, pois o estudante está se familiarizando com um assunto) e, num sentido
frouxo, descritivas, pois em muitos casos há um estudo mais aprofundado da relação entre
conceitos e argumentos e suas implicações sobre nossa compreensão primária ou pré-reflexiva
(cotidiana) sobre determinado assunto (como o conhecimento). Nesse item, deve ser
observado que não é essencial dar atenção ao nome ou rótulo que os autores formulam. O
elemento realmente importante consiste na caracterização e delimitação clara e objetiva das
pretensões da pesquisas. Estabelecer esse delineamento inicial ajudará, posteriormente, a
fixar com maior rigor e clareza, como os objetivos serão buscados. Vejamos um exemplo
didático. Se você irá fazer uma pesquisa sobre o estatuto das emoções na moralidade, você
pode delinear a pesquisa escrevendo a seguinte frase: “A pesquisa terá como objetivo analisar
as principais argumentos adotados para defender que as emoções ou certos tipos de emoções
tem um papel moral relevante”. Ao adotar essa formulação ficará claro que você pretende
simplesmente conhecer o entendimento e legitimidade de certas teses sobre a relação entre
moralidade e emoções ou sobre a base afetiva da moralidade.
15
Tomando o sentido etimológico dessas duas expressões na língua grega podemos dizer
que “método” é o “caminho para o além”. Essa expressão, traduzida literalmente, não deixa
revelar seu sentido. Podemos reinterpretá-la dizendo que meta é “objetivo” e caminho são os
procedimentos que adotamos. Método torna-se, assim, o caminho ou os procedimentos
seguidos para alcançar um objetivo, uma meta. Estudar metodologia ou pensar na
metodologia da pesquisa significa pensar nos procedimentos, nos caminhos que serão
seguidos para alcançar um determinado fim que temos em vista.
No caso daquele que faz ciência, do cientista ou pesquisador, esse fim é a produção
do conhecimento científico. A metodologia é, portanto, o estudo dos procedimentos que são
sistematicamente adotados nas diferentes ciências para produzir conhecimento científico. A
metodologia trata da face instrumental da pesquisa, fornece meios ou caminhos para alcançar
determinados fins estabelecidos pela ciência. A metodologia preocupa-se em explicitar os
procedimentos, instrumentos para obter resultados seguros na ciência.
Nos casos em que o estudante ou autor demonstrar maior traquejo com a prática da
pesquisa por tê-la vivenciado na graduação, seja na forma de projetos de iniciação científica
ou, mais particularmente, pela redação de monografias de conclusão de Curso, é relevante,
sempre que uma pesquisa for desenvolvida, que seja indicado o método de investigação. O
método é um elemento central na prática científica, pois ele determina boa parte dos
resultados e da leitura ou interpretação que será dadas para fatos e acontecimentos numa
dada investigação e é no interior do método que aparecem as técnicas apropriadas de
pesquisa.
Existem diferentes taxonomias metodológicas adotados em livros de metodologia.
Nesse material consideraremos que as pesquisas científicas empregam, de modo geral,
metodologias qualitativas e quantitativas.
16
As metodologias qualitativas conferem uma importância maior às informações que
expressam percepções, imagens, sentimentos, pensamentos, os quais apresentam dificuldades
de mensuração. Por exemplo: numa pesquisa sobre o perfil psicológico das crianças adotivas
pode-se, mediante mensuração das respostas obtidas a partir da aplicação de questionário, encontrar
como resultado a existência de uma maioria de crianças felizes e que lidam bem com o
desconhecimento do pai biológico. No entanto, qualitativamente, ou seja, observando e
conversando com os entrevistados pode-se detectar grande desconforto (através de
observação, história de vida, relatos, etc) com o desconhecimento dos pais biológicos. Nas
pesquisas qualitativas, o pesquisador dá muito mais ênfase a relatos e elementos visuais ou de
percepção que não aparecem nas pesquisas que empregam questionários e outras técnicas de
análise centradas na coleta de dados. No caso da filosofia, embora argumentos possam ser
avaliados formalmente e também objetivamente em função de sua plausibilidade ou
cogência, é uma convenção assumir que em filosofia as pesquisas fundam-se em intuições ou
evidência racional, algo que não pode ser imediatamente mensurado. Nesse sentido frouxo,
podemos dizer que os métodos da filosofia são qualitativos.
A hermenêutica foi, desde seu surgimento no século XVII até o começo deste século,
entendida como a ciência e a arte da interpretação ou, ainda, como a doutrina que oferecia
as regras da interpretação competente. Era entendida, portanto, como uma ciência auxiliar,
que prometia oferecer as diretrizes metodológicas capazes de garantir a melhor interpretação
de um texto ou fenômeno da experiência. A hermenêutica, nesse sentido, sempre foi vista
como uma arte auxiliar, inclusive na área jurídica. A mais nova hermêneutica assume todavia
uma configuração distinta e encontrou problemas muito mais profundos sobre essa base
puramente histórica e interpretativa. O que significa compreender? Como é possível uma
17
compreensão se cada um tem seu horizonte de compreensão, que o antecede e condiciona
uma determinada pré-compreensão do objeto de sua análise? Quando a compreensão
encontra a verdade sobre os fatos, se compreender é um ato do sujeito e envolve uma série de
condicionantes históricos, psicológicos, etc.? São essas perguntas que a hermenêutica vem,
atualmente, procurando responder. Sobretudo a partir dos trabalhos de Dylthey, Gadamer e
Heidegger foi possível entender a hermenêutica como uma tentativa de compreensão da
realidade não mais como mera arte da interpretação, mas de um estudo das estruturas da
compreensão de ser, da historicidade do existente humano. É a partir dessa faceta que a
hermenêutica revela sua principal contribuição para o Direito, pois institui como regra
orientadora a idéia de que a verdade objetivada, a verdade que se busca no contexto da
aplicação da norma jurídica ou na configuração de um enquadramento legal, estão presentes
elementos da auto-compreensão do operador jurídico, o seu horizonte de compreensão, bem
como afastado o contexto de uma aplicação pura e retilínea da lei, como sentencia o
dogmatismo jurídico. Segundo a hermenêutica, elaborar um estudo do Direito envolve,
sobretudo, situar-se num contexto histórico e no contexto vivido, no mundo da vida, como
dizia Dilthey. A hermenêutica recusa a leitura da regra definitiva, absoluta e a interpreta
como situada num horizonte temporal, também chamada de hermenêutica da facticidade. De
todo modo, mesmo na renúncia ao eterno, o método hermenêutico “volta-se para as
possibilidades desveladoras de sentidos das pretensões de verdade, ou seja, volta-se para o
“verbum interius, por detrás de cada sentido exteriorizado (GRONDIM, 1999, p. 44-45).
18
que é universalmente aceito acerca da vida humana e das condições de intervenção nos
processos de reprodução da vida, para instituir posicionamentos jurídico-legais estabelecidos
segundo fundamentos que tenham referência ao mundo vivido, porém capaz de alcançar a
universalidade da idéia mesma de vida.
Husserl, o responsável pelo desenvolvimento desse método, admitia que existem
essências e conhecimentos relativos a elas e que constituía tarefa da filosofia a descrição das
essências. A tarefa do pensamento, especialmente filosófico, seria assim desenvolver uma
ciência pura das essências. A filosofia seria assim a ciência capaz de nos fazer ver o fenômeno
puro, livre de suas múltiplos condicionantes, sejam psicológicos, históricos ou mesmo pela
tradição de ciência. Assim, se quisermos saber o que é a vida, teríamos de evitar os múltiplos
condicionantes para buscar um conceito preciso e objetivo.
19
2.3.5 o método hipotético-dedutivo
O método hipotético-dedutivo fez escola na ciência jurídica, sobretudo por ter sido
defendido por um dos principais pensadores do Direito de todos os tempos: Hans Kelsen.
Kelsen defende a tese segundo a qual o fundamento de validade e o conteúdo de validade das
normas que constitutem um sistema são deduzidos por via de raciocínio dedutivo a partir de
uma norma pressuposta hipoteticamente como fundamental, cuja natureza é lógico-formal.
20
No interior do método, como um conjunto de instrumentos ou ferramentas que
permitem a obtenção de dados encontram-se as técnicas. As técnicas de pesquisa são
procedimentos importantes para a qualidade e validade dos resultados da investigação,
porém são subordinados ao método. Alguns métodos dependem de técnicas qualitativas,
outros de técnicas quantitativas, que tornam possível a posterior análise e mensuração
(questionário, especialmente). Numa mesma pesquisa é possível combinar várias técnicas
distintas. A seguir apresentaremos uma caracterização das principais técnicas de coleta de
dados.
2.4.1- Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica constitui a ferramenta básica de qualquer pesquisa. Praticamente
não existe pesquisa que não parta da leitura e análise de livros e outros materiais publicados.
Conforme explica Gil, a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos. Através da pesquisa
bibliográfica o investigador consegue cobrir um conjunto de fenômenos muito maior do que
se poderia pesquisar diretamente. Uma dificuldade importante nestas pesquisas refere-se a
fidelidade do material utilizado. Muitas vezes as fontes apresentam dados coletados ou
processados de forma equivocada (GIL, 1991).
Vale-se de material que não receberam tratamento analítico ou que ainda podem ser
reelaborados. Conforme Gil (1991), é realizada em documentos conservados no interior de
órgãos públicos e privados, ou com pessoas. Exemplo: registros, anais, regulamentos,
circulares, ofícios, memorandos, filmes, fotografias, informações em disquete, diários, cartas,
etc.
2.4.4- Observação
“A observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e
ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar” (LAKATOS,
1999, P. 90). A observação é uma técnica que aplica-se a fatos ocorridos ou em
desenvolvimento. Neste caso, o investigador não tem controle sobre as variáveis e são
consideradas no estudo situações que se desenvolveram naturalmente. A observação pode ser
sistemática e assistemática.
Observação assistemática: conforme Lakatos (1999, p.91), consistem em recolher e registrar
os fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais e precise fazer
perguntas diretas. Conforme, ainda, Rudio (1979) citado por Lakatos (1999, p. 91) na
observação assistemática o conhecimento é obtido sem que se tenha determinado deantemão
21
quais os aspectos relevantes a serem observados e que meios utilizar para observá-los. No
entanto, uma pequena experiência em pesquisa é suficiente para reconhecer que a observação
assistemática é pouco comum, uma vez que toda a ação de pesquisa envolve algum grau de
intencionalidade do pesquisador e, portanto, de seleção de observações.
2.4.7 Entrevistas
Segundo Lakatos (1999), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que
uma delas obtenha informações sobre determinado assunto, mediante uma conversação de
natureza profissional. Lakatos (1999, p.95) caracteriza as entrevistas do seguinte modo:
22
formuladas de maneira diversa, para que o entrevistado não distorça as respostas com essas
repetições.
2.4.8 Questionário
“Instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem
ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. Em geral, o questionário é
enviado pelo correio para o entrevistado, depois de preenchido, o pesquisador devolve do
mesmo modo” (LAKATOS, 1999. p.100). Juntamente com o questionário é preciso enviar
nota ou carta explicando a natureza da pesquisa e a importância de se obter respostas,
tentando despertar o interesse do recebedor, no sentido de que preencha e devolva o
questionário dentro de um prazo razoável. Na elaboração do questionário devem-se levar em
conta os tipos, a ordem, os grupos de perguntas, a formulação das mesmas e também tudo
aquilo que se sabe sobre percepções, imagens, etc. Aqui podemos notar uma diferença
importante em relação à entrevista: enquanto o questionário não depende da presença do
pesquisador, a entrevista requer essa presença, de modo que se você for fazer uma pesquisa e
optar por formular um conjunto de questões e então apresentá-las verbalmente, a técnica
deverá ser caracterizada como entrevista e não questionário. A seguir apresentaremos os
exemplos de perguntas mais comuns conforme a classificação de Lakatos (1999).
Ex: Qual é sua opinião sobre a mudança de horário, em algumas regiões do Brasil, no verão?
c) Múltipla escolha: são perguntas fechadas , mas que apresentam uma série de possíveis
respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. Existem vários tipos de questionário
23
que utilizam questões de múltipla escolha:
- Perguntas com mostruário: as respostas possíveis são estruturadas junto a pergunta, devendo
o informante assinalar uma ou várias delas. Têm a desvantagem de sugerir respostas
(LAKATOS, 1999, P. 105).
- Perguntas de fato: as perguntas de fato referem-se a aspectos objetivos da vida das pessoas
que estão sendo questionadas. Podem constar informações sobre trabalho, renda, idade, etc.
24
( )Ficou em casa ( )Assistiu a algum espetáculo
( )Visitou amigos ( )Outro Qual?
Ex: Em sua opinião, qual o número ideal de membros para realização de trabalho em grupo
em atividades escolares
1. indefinido ( )
2. três a quatro ( )
3. quatro a cinco ( )
4. contra trabalho em grupo ( )
25
Entrevistas e questionários são, em geral, adotadas quando o pesquisador deseja medir a
relação entre certas variáveis, as quais admite-se que podem estar envolvidas na ocorrência de
um certo acontecimento ou fenômeno. Antes de aplicar os questionários, é essencial
proceder o pré-teste dos instrumentos.
26
3 TRABALHOS ACADÊMICOS
Existem dois tipos básicos de relatórios. O relatório das áreas científicas (como
biologia, química, física, etc.) e os relatórios de pesquisa das áreas de humanidades e ciências
sociais aplicadas. A estrutura dos relatórios desses dois grupos de ciências tem algumas
pequenas diferenças. Abaixo apresento a estrutura de cada um deles.
27
Deve-se, nesse item, assinalar os resultados indicando sua “significação”, aquilo que eles
comprovam acerca do tema estudado e para maior compreensão ou solução do problema de
pesquisa.
6 Considerações Finais
As conclusões e recomendações são resultados normalmente de uma reabordagem dos itens
anteriores. O relator deverá, nas conclusões, fazer uma síntese geral do conteúdo do trabalho,
evidenciando os aspectos mais importantes da pesquisa.
7 Referências: Nas referências deve-se apresentar as obras citadas e consultadas.
II-Referencial teórico: O quadro de referência teórica também deverá passar pelo mesmo
tratamento, incluindo o aprofundamento teórico sobre o tema obtido durante o percurso da
investigação.
III- Apresentação e análise dos resultados
V- Considerações Finais
28
processo de pesquisa sugerindo outras áreas a serem enfocadas em relação ao problema ou
modificações importantes para assegurar o êxito de novas pesquisas.
Artigo científico é um texto escrito para ser publicado numa revista especializada e
tem o objetivo de comunicar os dados de uma pesquisa, que pode estar concluída ou em
andamento. É importante observar as orientações para publicação presentes nas Revistas ou
Periódicos onde pretende submeter o artigo à publicação. Artigos de revisão também pode
servir para publicação como capítulos de livros. Nesse caso, dispensa-se a elaboração de
resumo. Há dois tipos de artigos reconhecidos pela ABNT: artigo de revisão bibliográfica e o
artigo científico, que discute e apresenta resultados de uma investigação experimental ou
aplicada. No artigo de revisão, a estrutura envolve:
29
4- Considerações finais
Onde são indicadas de modo sintético as descobertas do autor e sua significação para o tema
em questão e para outros pesquisas.
O resumo consiste em fazer uma apresentação sintética das principais teses defendidas por
um autor, bem como das sub-teses e argumentos adotados para sustentar as afirmações feitas.
Para desenvolver essa apresentação da posição de um autor num determinado assunto ou
tema, deve-se buscar a condensação do texto ou extração das idéias substanciais. A realização
do pressupõe a leitura analítica, isto é, a leitura com concentração e focada na lógica interna
do texto, buscando, posteriormente, reproduzir uma síntese do trabalho que está sendo
resumido. Essa síntese poderá ser feita com as palavras do autor ou do leitor sem ferir a
mensagem do escritor. Deve-se observar que é importante citar passagens do texto que está
sendo resumida para confirmar às afirmações veiculadas. Israel Azevedo recomenda “-Não
resumir antes de levantar o esquema e preparar as anotações da leitura; redigir usando frases
breves, objetivas, acrescentando referências bibliográficas e observações de caráter pessoal”.
30
material que está sendo resenhado, recomendando, criticando, elogiando as idéias do autor
ou a leitura do texto. Nesse sentido, uma boa resenha pressupõe um profundo conhecimento
da temática que está em questão e pode originar impacto na comunidade acadêmica,
especialmente quando publicada em revistas especializadas,com análises, apreciações e críticas
pontuais. Abaixo apresentamos as três partes principais de uma resenha, tal como foi
apresentado por Israel Azevedo (2004). Essas três partes não precisam vir distribuídas
exatamente conforme orientamos. Elas podem e, muitas vezes, aparecem intercambiadas,
dependendo do estilo de escrita do autor. Para iniciantes na prática científica recomenda-se,
em todo caso, a adoção do modelo.
31
4.2.1 Roteiro para a elaboração de uma resenha
1-Introdução
Objetivos da introdução da resenha:
-Contextualizar o autor e sua obra no universo cultural, mostrando a genealogia da obra.
-Interessar o leitor pela resenha e pela obra em questão
Extensão: 10 a 20% da extensão total da resenha
Estrutura interna:
-Parágrafo de interesse
-Contextualização do autor e da obra
-Parágrafo de transição para resumo
2 Desenvolvimento
Objetivos do item desenvolvimento
-Resumir (reescrever sinteticamente) o conteúdo da obra
-Destacar as linhas centrais do pensamento do autor
Extensão: 60 a 70 % da extensão total da resenha
Estrutura interna:
-Introdução: resumo do resumo, para mostrar as partes constitutivas básicas da obra
-Resumo: Síntese do pensamento do autor
-Conclusão: Fecho do resumo
-Parágrafo de transição para crítica
3-Crítica ou conclusão
Estrutura interna:
-Juízo sintético sobre a obra
-Explicação do juízo
-Sugestões ao autor
-Apreciação final (recomendação de leitura)
Das idéias
-Diálogo com as idéias básicas do autor
-Desvelamento ideológicos de suas propostas e análise das suas conseqüências
-Avaliação dos argumentos apresentados
FONTE: AZEVEDO, 2005, P.
32
Observações gerais:
- O título da resenha deve ser diferente do título da obra. Em revistas de circulação em
bancas ou jornais, recomenda-se títulos criativos, que chamem a atenção do leitor. Para
resenhas que serão publicadas em revistas acadêmicas, os títulos devem acompanhar as
convenções da área.
- A referenciação da obra, conforme a ABNT, pode ser feita à direita, no início da resenha ou
na capa. (Ver exemplo do Prof. ).
-Deve-se observar que não existem subdivisões na resenha. As mudanças de assunto ou tópico
são evidenciadas pelo próprio exercício da escrita e organização do texto.
- Indicar, sempre que necessário, citações literais extraídas do texto que está sendo resenhado.
b) Desenvolvimento
Também chamado corpo do trabalho, tem por finalidade expor e
demonstrar; é a fundamentação lógica do trabalho. Propõe o que vai provar, e m
seguida explica, discute e demonstra. Normalmente é dividido em seções, que
variam em função da natureza do assunto tratado.
Nessa parte do trabalho são colocadas os títulos e sub -títulos do trabalho,
devidamente numerados, conforme o assunto que o auto r do trabalho escolher.
c) Conclusão
Trata-se da recapitulação sintética dos resultados da pesquisa, ressaltando o
alcance e as conseqüências de suas contribuições, bem como seu possível mérito.
Deve ser breve e basear-se em dados comprovados no desenvolvimento. Não se
permite a inclusão de dados novos na conclusão.
33
4.Como responder uma prova em filosofia?
Não existe um manual, capaz de garantir o sucesso do aluno ao responder uma prova,
seja em filosofia, seja em qualquer outra área do conhecimento. Não existe, pois a
aprendizagem é um processo pessoal, além de haver vários tipos de provas e variações entre as
expectativas e preferências de professores (com entendimentos distintos do que é exigido para
que o aluno tenha um aproveitamento acadêmico adequado). O que será apresentado a
seguir são orientações gerais (que devem ser obrigatoriamente adaptadas a diferentes
contextos) sobre a realização de provas escritas ou discursivas, ou seja, provas em que o aluno
é estimulado, a partir de uma questão formulada pelo professor, a escrever em forma de texto
uma resposta. Assim, boa parte do que direi nessa seção será válido também para qualquer
pessoa que pretenda escrever um texto. A diferença mais importante é que numa prova o
mote do texto é dado por um conteúdo já examinado previamente (com análise em aula e
com textos definidos dentro de uma tradição de investigação ou abordagem de um assunto) e
costuma ser bastante específico (de um modo que permita escrever respostas não tão longas
quanto um texto propriamente dito). Antes de examinar os aspectos que devem ser atentados
no processo de escrita é conveniente indicar alguns pontos preliminares da relação da prova
com a aula. Machado elenca 5 fatores para o bom desempenho de alunos em aula (que,
naturalmente, produzirão reflexos na prova):
(1) Atenção em aula (o que exige freqüência). Um momento de distração pode
comprometer o entendimento de todo um tõpico, dado que se trata da exposição de
teorias e argumentos.
(2) Anotações feitas em aulas de pontos importantes. Mas saiba parar de anotar
quando a atenção na explicação ẽ mais exigida. Se a explicação for bem entendida, a
anotação será uma questão de memória.
34
(5) Participação por meio de perguntas, sejam elas feitas durante uma exposição,
sejam formuladas em casa durante as leituras e trazidas para a aula ou enviadas por e-
mail (não envie e-mails dizendo que não entendeu nada). Perguntar exige coragem
para expor-se à crítica e a exibição de desconhecimento. Mas críticas são o que nos
fazem melhorar, na medida em que apontam para o que não está bem no nosso
trabalho. Por outro lado, desconhecimento é algo normal em uma fase formação
acadêmica. Perguntas devem ser feitas mesmo que pareçam muito elementares.
Como está claramente indicado no texto, o sucesso na realização de provas depende muito de
um aspecto exterior à prova: o comprometimento pessoal do aluno com o estudo. Esse é o
primeiro ponto fundamental para fazer uma boa prova. Sem estudar, o que significar ler,
fazer exercícios e tirar dúvidas com o professor ou colegas (eventualmente participando de
estudos em grupo), não há como ter um bom desempenho nas avaliações. Depois de estar bem
preparado, de colocar-se numa condição de alguém que conhece os conteúdos abordados, o
aluno estará em condições de responder a prova. O ato de preparar-se para a prova é, no
entanto, distinto do ato de responder. Estar preparado, ter estudado bastante, não significa
que a nota será boa, pois além de saber os conteúdos exigidos pelo professor, o aluno deve
saber ou ter a habilidade de comunicar esse conteúdo para uma outra pessoa (o professor)
que não possui poder de adivinhação e, embora possa, não deve faz inferências sobre “o que
o aluno quis dizer” numa determinada passagem da resposta. Por isso, além de estudar, o
aluno deve ficar atento às orientações que deverão ser seguidas para escrever. Machado
apresenta orientações importantes sobre o modo adequado de responder uma prova. Eles diz:
(b) Relevância. Responda o que foi pedido, nem mais, nem menos. Não escreva
tudo o que vem ã mente sobre um tõpico achando que tudo vai ser valorizado. (Essa
ẽ uma maneira de “chutar” numa avaliação discursiva.) O que for irrelevante vai ser
desconsiderado, mesmo que seja verdadeiro. Procure deixar clara a parte principal da
resposta, isto ẽ, aquela que diz explicitamente o que a pergunta pede.
35
(c) Habilidade lõgica. Tome cuidado para não cometer erros lõgicos graves, como
contradições, circularidades ou inferências inválidas. Certifique-se de ter enunciado
as premissas quando usar um indicador de conclusão.
Dadas essas considerações iniciais, cabe agora avançarmos para orientações em torno
do exercício efetivo da escrita. Em geral, as perguntas discursivas feitas em provas de filosofia
são diretas. Por exemplo: “Explique a teoria cognitivista das emoções” ou “Quais são os
argumentos céticos apresentados por Descartes na Primeira Meditação? Indique e explique-os
com detalhe”. O primeiro passo para formular uma boa resposta para questões dessa natureza
é responder obviamente o que está sendo indagado. Embora você possa estar rindo ao ler
essa último frase, devo dizer que é muito comum encontrar provas com respostas certas, mas
que não respondem o que foi efetivamente questionado. A primeira orientação para
responder uma prova é: 1) Leia com atenção a pergunta e formule a resposta para a pergunta
feita (e não dê outra resposta qualquer, ainda que correta, que lhe veio à mente e que você lá
colocou, por não saber a resposta adequada). Uma forma de conseguir fazer isso é começar a
resposta repetindo parte do enunciado da pergunta. Por exemplo: Se a pergunta for
“explique a teoria cognitivista das emoções”, para forçar sua mente a não desviar o foco da
questão, você pode começar a resposta assim: “A teoria cognitivista das emoções afirma que
as emoções são entidades psicológicas constituídas por uma combinação de elementos
afetivos e estados psicológicos como crenças avaliativas. O aspecto cognitivo deriva da
admissão de juízos avaliativos (que são baseados em crenças e a crença tem um caráter
epistêmico) como componentes das emoções”. Essa é uma resposta simples e direta, que
indica o essencial da questão. Depois de ter enunciado a resposta correta e direta, o aluno
deve indicar argumentos e exemplos ilustrativos para tornar patente ao leitor (o professor)
que ele não só decorou uma resposta automática, mas que também domina o tópico em
questão. Para tanto, cabe, desenvolver aspectos relevantes da primeira frase escrita, de forma
linear e sem perder o raciocínio inicial. Isso pode ser feito usando expressões da língua
portuguesa que servem para ligar partes do texto, de modo a formar um todo ordenado. Por
exemplo: Para continuar, poderíamos usar a expressões como “com relação a”, “acerca de”,
etc. Veja o exemplo: “com relação ao aspecto afetivo das emoções, cabe indicar que todas as
emoções possuem uma fenomenologia, um componente sentido. O medo, por exemplo, é
acompanhado de um conjunto de sensações de pavor, etc e o pensamento ou juízo que x (um
animal ou acontecimento, pessoa) é perigoso. A teoria é denominada de cognitiva justamente
36
por afirmar que as emoções não são meramente afetos, mas contém crenças como a crença “x
é perigoso”. Retirando esse aspecto da emoção do medo, não teríamos o medo propriamente
dito, mas alguma outra emoção ou um conjunto de percepções que nada significariam”. Aqui
você já ofereceu um complementação rica e fecunda da primeira frase. Embora essa não seja
uma receita infalível, a única coisa que ainda caberia fazer na questão é completar o
raciocínio inicial. Para completar, você pode retomar o fio da meada inicial e introduzir um
indicador de conclusão como “sendo assim, dessa forma, em síntese, etc”. Você poderia
terminar assim: Sendo assim, o que caracteriza fundamentalmente a teoria cognitiva das
emoções é a tese que as emoções são compostas por juízos ou crenças sobre estados de coisas
e essas crenças desempenham um papel central na individuação de cada emoção, permitindo
distingui-las com mais clareza de outras formas de compreensão das emoções. Emoções não
são afetos ou impulsos afetivos brutos, mas envolvem juízos avaliativos sobre a realidade. Por
terem essa dimensão cognitiva de avaliação, a teoria é chamada de teoria cognitiva.
Observações importantes:
- Não escreva recados (nem elogios) para o professor na avaliação, do tipo “leia com carinho
minha prova, professor” ou “suas aulas foram ótimas”! Para a maioria dos professores, esses
recados soam como um recurso psicológico improdutivo, pois um professor rigoroso,
independente do que você disser, não alterará seu padrão de exigência. A troca respeitosa de
amenidades ou mesmo alguns tipos de dificuldades entre professores e alunos é
pedagogicamente salutar, mas o momento apropriado não é a prova.
- Não existe hierarquia entre disciplinas ou alunos. Por isso, nunca mencione que “estou
me formando e preciso passar” ou “não pude estudar para essa prova, pois estava estudando
para outra”. As disciplinas dos últimos semestres não têm nenhum caráter especial. O mesmo
é verdadeiro dos professores. Embora alguns possam ser mais exigentes, não é produtivo
mencionar tais aspectos verbalmente para receber algum tipo de atenção especial do professor
na sua avaliação.
- Avaliações são parte do processo de aprendizagem do aluno. Uma prova não é a avaliação
de uma vida e nem mesmo um veredicto final. É comum aprendermos certos conteúdos no
momento que nos deparamos com eles numa prova ou numa apresentação pública. Por isso,
procure sempre discutir a prova com o professor, pedindo que ele explique os erros e acertos
que você fez, pois a prova é uma ocasião privilegiada para determinar se você está
entendendo bem um assunto. Muitos professores são abertos à revisão de sua avaliação. Se
quiser discutir a avaliação, agende um horãrio fora do horãrio de aula.
37
5. O cinema como ferramenta de pesquisa filosófica
A relação entre cinema e filosofia é tão antiga quanto o próprio cinema. Nos nossos
dias, essa relação se tornou ainda mais clara pelo aparecimento de filmes que exploram
explicitamente temáticas de cunho filosófico. Para citar apenas alguns exemplos, qualquer
espectador de filmes recentes como Matrix, O Show de Truman, Eu quero ser John Malcovich,
Invasões Bárbaras, Minority Report, é capaz de localizar, com grande facilidade, o papel que
certas imagens filosóficas desempenham na trama que é apresentada ao espectador. Em
Matrix e no Show de Truman, somos convidados a considerar a possibilidade que a realidade
inteira de nossa vida seja o produto de uma ilusão, uma espécie de sonho ou véu, e onde o
descobrimento da realidade última de nossa vida, a matriz por trás desse véu, aparece como
algo inteiramente vedado para uma experiência humana. Qualquer leitor da República de
Platão ou das Meditações de Descartes reconhece a origem filosófica dessas imagens.
A força com que certos temas e alegorias de cunho filosófico são representadas no cinema,
tornou possível o esboço de um movimento que muitos autores contemporâneos chamam de
filosofia e filme. Tal movimento consiste basicamente em reconhecer que, da mesma maneira
que os textos clássicos da história da filosofia permitem colocar e provocar a reflexão acerca
de aspectos centrais da condição humana (aqueles que classicamente foram objeto de
interesse da filosofia), tal tarefa pode também ser cumprida através do recurso a narrativas
aparentemente estranhas à estrutura textual como é o caso do filme. Assim, seria possível
fazer filosofia a partir de certos filmes, onde questões filosóficas são abordadas e permitem
interlocução com questões filosóficas. Nesse sentido, o cinema pode ser visto como uma
ferramenta para a introdução e discussão de problemas filosóficos relevantes.
Por outro lado, o próprio cinema também responde por inquietações comuns de uma época
e se constitui num dos principais instrumentos de formação do homem nas sociedades
contemporâneas. Estabelecer uma reflexão filosófica a partir de filmes pode tornar possível a
recuperação de um certo envolvimento do filósofo com questões práticas ligadas à cidadania
e a condição humana em tempos de crise (como ocorre no registro das sociedades chamadas
pós-modernas). Assim, tratar o cinema como uma linguagem filosófica seria uma forma de
recuperar a antiga moldura do filósofo como alguém capaz de oferecer respostas para
questões prementes no contexto de uma vida em transformação. Cinema é, nesse sentido,
filosofia através das imagens, uma vez que permite através de metáforas e do uso de
elementos como o som e a dramaticidade cênica formular questões filosóficas de um modo
peculiar e oferecer alternativas de resposta que textos argumentativos (da filosofia usual) não
permitem.
38
A utilização do cinema como ferramenta filosófica visa a desenvolver a percepção de
problemas filosóficos em filmes e detectar alternativas de abordagem de um modo mais livre
e imagético (em relação à literatura e aos textos filosóficos). Recomenda-se a leitura do texto
do Prof. Jonadas indicado nas referências para um aprofundamento desse tópico.
39
4 ORIENTAÇÕES PARA DIGITAÇÃO, INDICAÇÃO DE REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS E CITAÇÕES.
5.2-Citações:
40
Exemplo:
ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência. uma introdução ao jogo e suas regras. 18. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1993.
6.1 - Exercícios para entendimento das concepções indutivista e falsificacionista da natureza da ciência
Elaboração em grupos de até 5 alunos.
41
Editora: Artes Médicas
Ano de publicação: 2002
Número de páginas: 481
42
Autores: Paulo Veloso, Clésio dos Santos, Paulo Azevedo, Antônio Furtado
Ano de publicação: 1983
Edição: 14ª
Obra: Estrutura de dados
Editora: Campus
14)Edição: terceira
43
Editora: Atlas
Páginas do capítulo: 75 a 96
Obra: Marketing
Capítulo: Marketing Estratégico
Ano de publicação: 1992
Local: São Paulo
Autor do capítulo: Philip Kotler
Autor da obra: Philip Kotler
15)Edição: Quarta
Editora: Berthier
Página do capítulo: 96 a 198
Obra: A religiosidade do homem gaúcho
Capítulo: Função dos colégios religiosos na cultura dos gaúchos
Ano de publicação: 1990
Local: Passo Fundo
Autor do capítulo: Egon Schuster
Autor da obra: Egon Schuster
44
Obra: Normas para apresentação de trabalhos acadêmicos
Edição: Sexta – revisada e ampliada
Local: Santa Cruz do Sul
Editora: EDUNISC
Número de páginas:64
Ano de publicação: 2003
45
Local: Santa Cruz do Sul
Páginas: 219 a 225
Data: 1999
46
25)Periódico: Jornal Zero Hora
Artigo: Incêndio destrói igreja do séc. XVIII em Goiás
Local: Porto Alegre
Página:26
Data: 06 de setembro de 2002
47
6.3 Elabore uma resenha do texto indicado pelo professor.
6.5 Faça um projeto de pesquisa, estágio ou monografia a partir das orientações apresentadas pelo
professor.
REFERÊNCIAS
AGNES, C. HELFER, I. Normas para apresentação de trabalhos acadêmicos. Santa Cruz do Sul:
Edunisc, 2007
CANDELORO, R.J.; SANTOS, V. Trabalhos acadêmicos. Uma orientação para a pesquisa e
normas técnicas. Porto Alegre: Editora AGE, 2006.
CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? Editora Brasiliense. São Paulo:1993
DESCOMBES, Vincent. Por que as ciências morais não são ciências naturais? In:
LAFOREST, Guy; LARA Philippe de. Charles Taylor et l’interprétation de l’identité
moderne.Tradução de Katarina Peixoto. Laval: Les Presses de l’Université Laval, Centre
Culturel Internacional de Cerisy-la-Salle – Cerf –, 1998, pp. 53-77.
DOMINGUES, Ivan. Epistemologia das ciências humanas. Positivismo e hermenêutica. São Paulo:
Loyola, 2004.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de pesquisa. 3. Ed.São Paulo: Atlas, 1996
HEGENBERG, Leonidas. Explicações científicas: introdução à filosofia da ciência. São Paulo:
EPU/EDUSP, 1973.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1990.
48
LEAL, Monia. Manual de metodologia da pesquisa para o direito. Santa Cruz do
Sul:EDUNISC, 2007.
MACHADO, A. N. Diretrizes de aula. Disponível em:
http://problemasfilosoficos.blogspot.com.br/p/material-didatico.html. Acesso em: 02 de
março de 2016.
49