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Contabilidade de VIRARAPÁGINA

Custos
Autoria: Rachel Niza

Tema 07
Análise das Variações de
Custos
Tema 07
Análise das Variações de Custos

seções
Como citar este material:
NIZA, Rachel. Contabilidade de Custos: Análise
das Variações de Custos. Caderno de Atividades.
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.
S e ç õ e s
Tema 07
Análise das Variações de Custos
Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade de Custos, do
autor Eliseu Martins, Editora Atlas, 2010, Livro-Texto 760.

Roteiro de Estudo:

Contabilidade de Custos Rachel Niza

CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:

• Variações de custos.

• Comportamento dos custos.

• Fatores que provocam alterações nos custos.

Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como funcionam as variações dos custos?

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CONTEÚDOSEHABILIDADES
• O que provoca alterações nos custos?

• Que fatores interferem nos custos?

• Como os diferentes fatores impactam o valor dos custos?

LEITURAOBRIGATÓRIA
Análise das Variações de Custos
Dentro do processo de avaliação de custos, torna-se muito importante o fato de saber
analisar. Afinal, de nada adianta estar munido de dados se você não souber trabalhar com
eles, ou não entender o seu significado, o seu impacto no resultado que está sendo avaliado.
A análise funciona, então, como um estudo do comportamento dos custos, no qual existe a
necessidade de compreensão dos fatores influenciáveis de uma maneira geral (MARTINS,
2010).

Quando se foca o processo de análise, é mais do que necessário considerar a questão


do custo-padrão. Este consiste em uma ferramenta de auxílio relevante nas atividades de
planejamento e controle e, por consequência, na gestão da empresa, graças ao fato de
influenciar a tomada de decisão. Sabe-se que o custo-padrão funciona como um parâmetro
daquilo que se espera de acordo com o desempenho anterior dos componentes do custo.
Ao estabelecer um padrão, você consegue perceber as distorções e compreender quando
estas se distanciam do aceitável para cada ponto da produção.

Observe que ao mensuramos os custos de acordo com a realidade da empresa, ou seja, o


seu custo real, precisamos saber interpretar os valores obtidos. Com isso, evidencia-se que
o primeiro passo após levantar o custo real deve ser uma comparação com o custo-padrão
estabelecido. Logicamente, ao encontrar distorções nessa verificação, é preciso entender
a razão dessas terem ocorrido. Nesse sentido, buscar uma explicação corresponde a uma
etapa importante antes de qualquer tomada de decisão. Aqui existe a chance de reconhecer
erros e procurar as devidas soluções antes de avançar na produção.

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LEITURAOBRIGATÓRIA
Destaca-se que encontrar diferenças entre o real e o padrão não é suficiente (MARTINS,
2010). Existe a necessidade de entendê-las, de levantar quais os componentes do custo
total que provocaram essas diferenças. Qual o item de maior impacto? Qual o item de menor
impacto? Nesse ponto, cabe uma análise dividindo-se as variações por:

• Mão de Obra.

• Materiais.

• Quantidade.

• Preço.

Em muitos casos, uma variação na produção pode ser caracterizada como mista. Esta ocorre
em sua maioria diante da combinação das diferenças entre um dos fatores mencionados e o
preço. A variação mista que abrange o preço fica mais difícil de ser analisada, afinal, aqui o
motivo pode estar não apenas na produção de bens e serviços em questão, como também
na conjuntura do mercado.

Você certamente já entendeu que, quando um dos componentes do custo varia, há um


indicativo de um novo resultado. Sabe-se que alterações na produção trazem, naturalmente,
mudanças em relação à apuração de valores finais. Após análise das variações de material
e mão de obra por unidade, não se pode esquecer de considerar também a necessidade de
calcular os custos indiretos de produção (MARTINS, 2010).

Para avaliar alterações nos custos, com enfoque nos custos indiretos de produção, se o
cálculo for feito por unidade, torna-se lógico que a metodologia de custeio usado é o custeio
por absorção. Isso ocorre porque, por meio desse modo de custeio, consegue-se apropriar
os custos de maneira completa. O custeio por absorção considera os custos fixos, variáveis,
diretos e indiretos de acordo com os recursos utilizados na produção de bens e serviços.
Entretanto, apenas escolher o método mais adequado para o custeio não seria suficiente.
Lembre-se de que os valores dos custos avaliados isoladamente são pouco significativos.
Evidencia-se, então, a necessidade de confrontar o custo real com o custo-padrão.

A partir do momento em que se compara um parâmetro de custo estabelecido com o que


realmente ocorreu, é preciso atentar-se para a possibilidade de surgirem alguns problemas
na compreensão das diferenças existentes (MARTINS, 2010). Em primeiro lugar, verifique
que, se há volumes de produção diferentes, a comparação entre o custo real e o custo-

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LEITURAOBRIGATÓRIA
padrão logicamente indicará um aumento nos custos unitários. Maior número de unidades
produzidas, maiores são os custos incorridos. Além disso, há uma diferença que pode
ocorrer de acordo com as oscilações dos custos que incorrem durante o processo.

Destaca-se o fato de que, para analisar a variação total dos custos indiretos de produção, é
necessário analisar separadamente a variação por volume e a variação por custos. Esta, por
sua vez, pode estar focada na eficiência, ou seja, no melhor aproveitamento dos recursos
utilizados, ou pode ser uma análise dos custos como um todo. Ao estudar a variação por
volume, a dica é se basear no custo fixo e depois confrontar o volume padrão com o real.
Por outro lado, se o estudo buscar respostas para a eficiência dos custos, o melhor é tentar
entender quais insumos e fatores de produção são necessários para obter um resultado de
qualidade. Enfim, se você procurar compreender o que ocasionou as oscilações nos custos
como um todo, mantenha o foco no comportamento dos custos indiretos de produção, pois
aqui já existe o volume real considerado.

Compreender as variações dos custos, tanto de maneira geral como de maneira específica,
representa algo essencial para obtenção de resultados finais satisfatórios (MARTINS,
2010). Como um gestor quer atingir suas metas de produção se não entende as variações
que ocorrem ao longo do processo? Observe que isso seria algo impossível. As mudanças
podem ser tanto positivas como negativas, mas o profissional responsável por analisá-las
deve saber o motivo de cada uma das oscilações.

Verifique que existem diversas formas para o entendimento das variações dos custos da
produção de bens e serviços. Qual a mais eficiente? Nesse ponto, é preciso ter claro qual é
o foco e, a partir de então, escolher qual é o embasamento do estudo. O que não pode ser
esquecido é a comparação entre custo-padrão e custo real. A ênfase aqui está exatamente
na possibilidade de confrontar as expectativas atuais com a capacidade ou exigência de
produção do momento.

Frente a frente, a relação entre o padrão e o real deve fazer parte da rotina de qualquer
gestor (MARTINS, 2010). Se as atividades de planejamento e controle interferem no
desenvolvimento e desempenho final das empresas, a comparação entre o estimado e o
que realmente ocorreu contribui e muito para que essas atividades sejam realizadas com
sucesso. Dessa forma, o benefício para organização tende a ser geral, bastando utilizar
corretamente os inúmeros instrumentos que estão disponíveis.

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LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia a apostila “Análise das Variações”.
Disponível em: <http://arquivos.unama.br/professores/iuvb/contabilidade/CCO/aula11.pdf>.
Acesso em: 2 jan. 2014.
Com essa apostila, você aprende a identificar o motivo das diferenças entre custo real e
custo-padrão.

Consulte o material “Análise da Significância das Variações do Custo Padrão aplicado à


produção industrial”.
Disponível em: <http://www.milenio.com.br/siqueira/Trab.290.doc>. Acesso em: 2 jan. 2014.
Com esse trabalho você entende os efeitos das variações de custos no resultado das
atividades econômicas.

Leia o artigo “Análise das variações no lucro bruto sobre vendas”, de Ivan Pinto Dias.
Disponível em: <http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-
75901994000300012.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.
Com esse artigo você entende como a variação dos custos impacta no lucro.

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LINKSIMPORTANTES
Vídeos Importantes:
“Custo Padrão versus Custo Real”.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WPyfFD6gYZU>. Acesso em: 2 jan. 2014.
Nesse vídeo você aprende a fazer o cálculo das variações entre custo-padrão e custo real.

AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1: a) Diferença enigmática.


Em diversos períodos, nossos cotidianos b) Lucro.
sofrem variações, como desempregos,
gastos com saúde, consertos emergen- c) Prejuízo.
ciais em casa etc., fato que muitas vezes
d) Diferença absoluta.
nos leva a enfrentar situações financeiras
delicadas. Justifique essa afirmativa. e) Variação.

Questão 2: Questão 3:
Como se chama a diferença entre custo Em relação ao custo-padrão, pode-se afir-
real e custo-padrão? mar que:

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AGORAÉASUAVEZ
a) Funciona como um parâmetro. Questão 6:
b) Apenas serve como ideia. Identifique a conduta necessária após a
obtenção do custo real. Ou seja, disponibi-
c) Trata-se do melhor custo possível. lizados os dados, indique a melhor maneira
de trabalhar com eles.
d) Nunca se consegue atingi-lo.

e) Refere-se ao pior custo possível.


Questão 7:
Demonstre a demanda de comportamen-
Questão 4:
to diante das diferenças entre custo real e
Encontre a alternativa correspondente a custo-padrão.
um fator que pode provocar variação nos
custos de produção.
Questão 8:
a) Empresário.
Explique a importância do entendimento do
b) Marca. comportamento dos custos, o modo como
suas variações positivas ou negativas im-
c) Ambiente. pactam a gestão.

d) Mão de obra.
Questão 9:
e) Conflitos.
Analise o problema da variação mista que
envolve preço, tendo em vista a peculiari-
Questão 5:
dade dessa situação.
Um novo resultado pode ser indicado por
qual fator?
Questão 10:
a) Aumento da concorrência.
Sabemos que o levantamento contábil varia
b) Variação dos custos. em cada caso. Portanto, esclareça o modo
de avaliar alterações nos custos indiretos.
c) Diminuição da concorrência.

d) Alta dos preços.

e) Baixa dos preços.

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FINALIZANDO
Neste tema você aprendeu o quanto é importante entender as variações dos custos,
compreendeu que não devemos apenas identificá-las, e sim saber a razão de elas
acontecerem. Afinal, quando se sabe o motivo de uma alteração, é possível identificar
quais são as necessidades de melhorias e quais são os pontos positivos que existem para
incentivar.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

REFERÊNCIAS
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2010.

MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2009.

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GLOSSÁRIO
Análise: estudo da natureza de algo complexo. Uma análise dos custos corresponde a
quando estudamos seu comportamento, por exemplo.

Alteração: mudança em relação ao estado anterior. Uma alteração na produção pode ser,
por exemplo, em relação a volume, insumos, custos etc.

Confrontar: realizar uma análise comparativa. Pode-se, por exemplo, confrontar o custo
real com o custo-padrão para entender se foram atingidas as expectativas.

Oscilação: alteração para cima ou para baixo. Os custos podem oscilar aumentando ou
diminuindo, por exemplo.

Variação: modificação, inconstância. Comparando-se dois períodos, pode haver variações


nos custos.

GABARITO
Questão 1

Resposta: Muitas vezes os gastos existentes vão além daqueles que planejados. Podem
corresponder a uma questão de viagem, saúde, a imprevistos em casa etc. Enfim, temos
uma rotina de custos e precisamos estar preparados para as situações em que somos
forçados a desviar de nossos gastos costumeiros.

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GABARITO
Questão 2

Resposta: Alternativa E. A diferença entre o custo real e o custo-padrão é chamada de


variação, já que demonstra o quanto a projeção variou diante da realidade.

Questão 3

Resposta: Alternativa A. O custo-padrão é um parâmetro do orçamentos para os custos de


uma determinada produção.

Questão 4

Resposta: Alternativa D. A mão de obra, quando fica mais cara, gera naturalmente um
aumento nos custos de produção.

Questão 5

Resposta: Alternativa B. Um novo resultado pode ser provocado por variações dos custos.
Afinal quando estes se alteram, os dados referentes à produção se alteram como um todo.

Questão 6

Resposta: Após levantar o custo real, o primeiro passo a ser tomado é compará-lo com o
custo-padrão. Dessa forma, é possível identificar se as expectativas foram atendidas.

Questão 7

Resposta: Quando se identificam divergências entre o custo real e o custo-padrão, deve-se,


antes de tudo, tentar entender a razão de isso ter ocorrido. Seria precitado tentar aniquilar
a diferença sem antes entender se esta proporcionou algum benefício.

Questão 8

Resposta: Antes de tomar qualquer decisão em relação à determinada produção, é preciso


entender como os custos se comportam, ou seja, realizar um estudo para compreender os
fatores que provocam mudanças.

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GABARITO
Questão 9

Resposta: Quando a variação mista envolve preço, torna-se mais difícil compreendê-la,
pois o problema pode não estar na produção, mas na conjuntura do mercado.

Questão 10

Resposta: Se queremos entender as variações nos custos indiretos, e se o cálculo for feito
por unidade, o caminho mais indicado é utilizar o custeio por absorção, pois este incorpora
os custos de maneira completa.

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