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Curso deUnidos MaiorPública


Administração RATEIO da Internet
(Técnico Administrativo) – ANVISA
Aula 01 (Última) – Conceitos e Política Pública
Prof. Vinicius Ribeiro

Aula 01 (Última)

Administração Pública Anvisa


Conceitos e Política Pública
Professor: Vinicius Ribeiro

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Aula 01 - Última

Olá pessoal, vamos para nossa última aula? Nosso fórum continua funcionando.
A sobrevinda de edital também fará com que eu faça aula extra com as
adaptações necessárias.

Tópicos da Aula

Conceitos e Política Pública ............................................................. 02


Questões .................................................................................. 27
Vale a Pena Estudar de Novo .......................................................... 50
Exercícios Trabalhados .................................................................... 54
Gabarito .......................................................................................... 67

1. Conceitos de Estado, governo e Administração Pública. 3.


Políticas Públicas.
Essa conceituação foi colocada na aula demo. Vamos a um complemento e logo
entrar nas políticas públicas.
Funções de Governo
A Administração do Estado pode ser separada em três funções governamentais
(também conhecidas como funções do orçamento!!), que representam a forma
de atuação do Governo sobre a economia. São as funções alocativa, distributiva
e estabilizadora:

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ALOCATIVA

• Se verifica quando o Estado transfere recursos públicos para


alguns setores privados ou presta diretamente um serviço. Trata-
se da alocação de recursos. Essa ação é necessária em razão da
falta de interesse ou incapacidade da iniciativa privada de atuar
naquele setor produtivo, seja em razão dos altos custos
envolvidos, seja em razão do baixo retorno do negócio, como por
exemplo, o oferecimento de bens públicos (rodovias) ou
semipúblicos/meritórios (saúde e educação). É o uso dos
recursos públicos aplicados em prol do benefício da sociedade.

DISTRIBUTIVA

• São os programas geridos pelo Estado para equalizar a renda


das camadas da população menos favorecidas. Atualmente, o
maior exemplo dessa função é o Programa Bolsa Família. A
progressividade de impostos (quem ganha mais paga mais)
também é exemplo.

ESTABILIZADORA

• É representada pelas políticas fiscal e monetária do governo, que


buscam garantir a saúde economia do País, como por exemplo,
manter o nível de emprego, combater a inflação e a dívida
pública e manter a valorização da moeda nacional.

Essas funções do Estado decorrem da existência de falhas de mercado, ou seja,


situações que, a despeito da teoria clássica da economia que defende a não
intervenção estatal, necessitam de apoio do Estado para se desenvolverem,
impedindo que a economia alcance o ótimo de Pareto (Melhor situação
possível!).
As falhas de mercado mais cobradas em prova são as externalidades negativas,
assimetria de informações, bens públicos e monopólios naturais.
Vamos entender um pouco sobre cada uma delas?
 Externalidade: representa o impacto de ações individuais que acabam
atingindo terceiros. É o caso, por exemplo, da empresa poluidora, que despeja
dejetos nos rios. Esse comportamento acaba comprometendo a saúde da
população que reside perto da empresa, e não apenas dos consumidores diretos
daquela indústria. Essas são externalidades negativas.

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Existem também as externalidades positivas: aqui o benefício social é maior


que o custo social. A geração de empregos devido à instalação de uma nova
fábrica é um exemplo.
 Assimetria de informação: como o próprio nome indica, é a
disponibilidade de informações privilegiadas a certas pessoas, permitindo que
essas tomem decisões que não a fariam se dispusessem apenas das
informações abertas ao público. É o caso de acionistas que recebem, antes da
publicação das demonstrações contábeis, informações sobre um prejuízo ou
lucro relevante. Nessas situações, não há correlação de informações entre esses
acionistas e os demais agentes, configurando a assimetria de informação.
 Bens públicos: há três tipos de bens públicos, os de uso comum, os de
uso especial e os dominiais (ou dominicais).

BENS PÚBLICOS

BENS COMUNS BENS DE USO ESPECIAL BENS DOMINIAIS

São os bens em poder


São inalienáveis – não
das Entidades ou Órgãos
podem ser vendidos, Também inalienáveis.
da Administração Direta
doados ou transferidos o São os bens afetos à
ou Indireta que não
domínio. São os rios, atuação dos órgãos
possuem destinação
lagos, praças e outros públicos. São bens da
nem um fim
de livre acesso e administração direta ou
administrativo (estão
utilização. O uso pode autárquica que estão a
desafetos), podendo,
ser gratuito ou serviço.
nos termos da lei,
retribuído.
serem alienados.

A impossibilidade de alienação de bens comuns e especiais permanece


enquanto esses bens conservarem a qualificação de comuns ou especiais.
Os bens públicos de uso geral são considerados falhas de mercado, pois sua
utilização não pode ser individualizada. Assim, não é possível estabelecer

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contraprestação por seu uso. Essa característica sujeita esses bens aos “free
riders” (caronas), representados por indivíduos que, mesmo não contribuintes,
usufruem desses bens.
Além dos bens públicos, temos também os bens semipúblicos e os bens
privados:
 Bens semipúblicos: também chamados de meritórios, esses bens
requerem a atenção do Estado, mas podem ser produzidos/prestados
também pela iniciativa privada. Educação e saúde são exemplos.
 Bens privados: produzidos pela iniciativa privada.
Monopólios naturais: se verificam por certas atividades em que os custos fixos
são tão altos, que a única forma de poder ofertá-los à população é por meio de
uma empresa que obtenha ganhos de escala. Nesse tipo de mercado, a
concorrência ocasionaria produtos muito caros, inacessíveis à coletividade.

Política Pública
O entendimento do planejamento de uma política pública passa pelo
entendimento dos estágios do ciclo de políticas públicas: formação de
agenda, formulação da política, implementação da política e a avaliação
dessa política.
Como um ciclo, a avaliação alimenta uma nova formação de agenda e a
consequente formulação e implementação. Na verdade, essas fases acabam
acontecendo simultaneamente, ou seja, elas se misturam.
Governar é priorizar. Não adianta o governante abraçar o mundo porque ele não
vai conseguir, apesar de prometer muito na campanha eleitoral. Não há dinheiro
para isso. Principalmente nos municípios brasileiros, que se encontram
endividados, com altas despesas de pessoal e com forte dependência de
transferências de recursos por parte dos estados e da União.
Os municípios não têm capacidade de investimento e não conseguem atender
aos anseios da sua população. Nesse contexto, o governante precisa fazer
escolhas, precisa priorizar. Qual é o tema que requer atuação imediata? O que é
mais urgente? O que trará mais benefícios? Essa é a formação da agenda, ou

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seja, é a inserção na pauta de discussão dos problemas que serão combatidos.


No processo de formação da agenda, é feita uma listagem dos problemas que
serão colocados em pauta. Nesse processo de seleção de problemas, vários
fatores são considerados: sucesso de ações anteriores, impacto esperado,
urgência, etc.
Importante destacar que essa formação da agenda contém forte influência
política. Aqui não basta a ponderação de burocratas, de especialistas no
assunto. A opinião e o feeling do político é que vai pesar. Esse político, eleito
pelo seu povo, em tese terá a sensibilidade necessária para fazer as escolhas.
Feito isso, é hora de formular as políticas públicas que atenderão aos problemas
priorizados. É hora de desenhar a política, definir a forma de atuação do Estado,
determinar os atores envolvidos. Nesse momento, os objetivos das políticas são
traçados, são elencadas as ações que serão desenvolvidas e serão estipuladas
metas, indicadores, etc.
Desenhada a política, é hora de implementar, é hora de colocar em prática. É
hora de transformar planejamento em resultado. Nessa etapa, várias
adaptações da política são feitas, já que se descobre que a política como foi
traçada não terá o impacto buscado. Assim, esse período é marcado por
mudanças na política.
Na implementação, temos três importantes modelos: de cima para baixo, de
baixo para cima e híbrido.
 Cima para baixo (top-down) ou implementação programada: tudo se
inicia com a decisão de um governo central. A implementação de fato se
dá por meio dos burocratas, que apenas executam aquilo que foi definido
pelo governo central.
 Baixo para cima (bottow-up): há discricionariedade nos níveis mais baixos
da hierarquia da implementação da política pública, ou seja, aquele que
está de fato executando tem margem de decisão. A chamada burocracia
no nível da rua não apenas executa, como traça estratégias. Nesse
modelo, os atores envolvidos são fundamentais para os rumos da política
pública em questão. A partir do que vem sendo implementado, gera-se

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uma institucionalização daquilo que dá certo.


 Híbrido: nesse modelo, aquilo que funciona como bottow up é mantido e
aquilo que funciona como top-down é mantido.
Por fim, temos a avaliação da política pública.
Importante destacar que a sociedade pode e deve participar de todas as etapas.
Aliás, essa participação vem se intensificando nos últimos anos.

Avaliação
Vamos falar um pouco mais sobre avaliação.
A modernização da Administração Pública tem impulsionado o interesse pela
avaliação de políticas e programas governamentais.
Essas avaliações são fundamentais, uma vez que podem subsidiar decisões:
 Planejamento e formulação de intervenções governamentais;
 Acompanhamento da implementação;
 Reformulação e ajustes;
 Decisões acerca da manutenção ou interrupção de ações.
Além desses subsídios, a avaliação é fundamental para o aprimoramento da
eficiência do gasto público, da qualidade da gestão e do controle sobre a
efetividade da ação do Estado e também para a divulgação dos resultados do
governo.
Podemos destacar duas maneiras de se realizar uma avaliação: acadêmica –
formal, com foco no estudo da efetividade das políticas, seus impactos e
benefícios; e a avaliação realizada durante o período de implementação das
políticas e programas governamentais, com foco na análise de sua eficiência e
eficácia.
As avaliações vêm ganhando espaço em meio a um contexto de administração
pública gerencial, que se utilizou dos diversos avanços práticos e teóricos
ocorridos no século passado no setor privado. Entretanto, uma adaptação a
essas teorias se fez fundamental: a orientação para o atendimento do interesse
público, em contraponto à orientação para o lucro das empresas privadas.
Assim, em oposição à administração burocrática, que concentrava seus esforços

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nos processos, na atividade-meio, nos gastos, o gerencialismo é orientado para


o cidadão e para a obtenção de resultados.
Portanto, o interesse crescente dos governos nos estudos de avaliação
relaciona-se com conceitos que estão bastante na moda: efetividade, eficiência,
desempenho da gestão pública.
Essas avaliações de políticas e programas fazem com que os formuladores e
implementadores tomem suas decisões com maior conhecimento, maximizando
o resultado do gasto público, detectando êxitos e superando problemas.
Segundo Derlien, há três funções que podem ser atribuídas à avaliação de
políticas.

Essas funções relacionam-se com determinados momentos da história. Assim,


durante os anos 60, o foco era a informação. Os questionamentos giravam em
torno do funcionamento das políticas, dos efeitos produzidos, da forma como se
podia aprimorá-las.
Mais tarde, com início na década de 80 e predomínio na atualidade, o foco era a
alocação ou dotação orçamentária de forma racional. As questões feitas são as
seguintes: que programas podem ser cortados a partir de resultados negativos?
Quais são as consequências da privatização de certas atividades públicas? Como
os programas podem ser reorganizados para o alcance de mais resultados com
o mesmo montante.
Vocês devem estar se perguntando: e a legitimação? Se a alocação predomina

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nos dias de hoje, o que sobre para essa função? A legitimação é atemporal.
Essa função sempre desempenhou papel importante no contexto político, com
destaque para os países desenvolvidos da Europa e da América do Norte.
Vejamos, agora, algumas definições de avaliação.
 Unicef: exame sistemático e objetivo de um projeto ou programa,
finalizado ou em curso (andamento), que contemple o seu desempenho,
implementação e resultados, com vistas à determinação de sua eficiência,
efetividade, impacto, sustentabilidade e a relevância de seus objetivos. O
propósito da avaliação é guiar os tomadores de decisão, orientando-os
quanto à continuidade, necessidade de correções ou mesmo suspensão de
uma determinada política ou programa;
 Government Accountability Office (GAO), dos EUA: estudos sistemáticos,
conduzidos periodicamente ou ad hoc, para analisar quão bem um
programa está funcionando. As avaliações podem ser conduzidas por
especialistas externos ou por gerentes de programas. Para o GAO, elas
examinam a performance dos programas quanto ao alcance de seus
objetivos e o contexto em que isto ocorre;
Além da conceituação de avaliação, outras definições relacionadas são
fundamentais.

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Política
• A formulação de políticas é o estágio em que propostas ganham forma,
recebem tratamentos formais mínimos, no momento em que são definidos os
objetivos, as metas e os recursos

Plano
• Conjunto de programas que buscam objetivos comuns. No plano, objetivos
gerais são ordenados e divididos em específicos (gerais dos programas)

Programa
• Conjunto de atividades organizadas para serem realizadas dentro do
cronograma e orçamento específicos para a implementação de políticas

Projeto
• Instrumento de programação que visa o alcance de objetivos de um programa,
envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta
um produto final que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação
do governo

Classificação de Avaliações
Agora vamos ver classificações das avaliações, segundo diferentes critérios.
 Critério: agente realizador.
o Externa (independente): realizada por pessoas externas à
instituição responsável pelo programa, sendo, no geral, isentas e
objetivas. O acesso aos dados pode ser dificultado pelos
formuladores e implementadores;
o Interna: executada dentro da instituição, com maior colaboração
dos participantes do programa. Elimina-se a resistência, gera-se
reflexão e aprendizagem no órgão. Há perda de objetividade, dada
a ligação entre os avaliadores e os executores;

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o Mista: trata-se de uma combinação da interna e da externa. É uma


tentativa de mitigar as desvantagens e potencializar as vantagens
de cada tipo;
o Participativa: comum em pequenos projetos, prevendo a
participação dos beneficiários das ações no planejamento, na
programação, na execução e na avaliação.
 Critério: natureza.
o Formativas: relacionadas à formação do programa. São adotadas
durante a implementação e voltadas para a análise e produção de
informação sobre as etapas. O objetivo é fornecer elementos que
possibilitem a realização de correções de procedimentos para
melhorar o programa em questão;
o Somativas: relacionadas à análise e produção de informações sobre
etapas que ainda irão acontecer. O objetivo é verificar a efetividade
e fazer o julgamento do valor geral do programa.
 Critério: momento de realização.
o Ex-ante: no começo do programa para subsidiar a decisão de
implementar ou não o programa. O objeto dessa avaliação é o
diagnóstico;
o Ex-post: durante a execução (julga-se a continuidade e a
necessidade de modificações) ou no final (julga-se a pertinência do
uso futuro da experiência.
 Critério: tipos de problemas ou perguntas respondidas pelas avaliações.
o Processos: relaciona-se com a dimensão de gestão. Trata-se de uma
avaliação periódica que busca identificar dificuldades que ocorrem
durante o processo. É um suporte para o aprimoramento da
eficiência;
o Impactos ou resultados: com objetivos mais ambiciosos, responde
se o programa funcionou ou não. Busca identificar em que medida o
programa atinge seus objetivos e quais são seus efeitos.

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As políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo


Para entender o funcionamento das políticas públicas no Brasil atual,
precisamos compreender que a Constituição de 88 deu o desenho que hoje
conhecemos. É preciso ter em mente o contexto vivido à época da Constituinte
para entender o papel atual do Estado.
Recém redemocratizado, o Estado brasileiro que precedeu a chegada da
Constituição sentia-se em dívida com a sua população. O governo autoritário do
regime ditatorial (1964-1985), que tinha como marca a centralização das
decisões no Governo Central, restringiu direitos. O Estado precisava dar
respostas aos diversos anseios da sociedade. A população clamava por mais
direitos sociais.
Assim, a Constituição de 88 trouxe no seu texto uma série de garantias para os
brasileiros, com uma série de determinações que o Estado brasileiro teria que
cumprir perante a sociedade.
“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

Juntamente com esses novos direitos, a Carta Magna preocupou-se em


descentralizar o Estado no tocante à tomada de decisões e a questões
financeiras. Ganham bastante força com a Constituição os Municípios.
Se Estados e Municípios tinha muito pouco poder durante a ditadura, imaginem
a participação da população nas políticas públicas? Piorou. A definição da
agenda da política pública era bastante centralizada.
A partir da Constituição, surge o Sistema Único de Saúde com responsabilidade
para todos os entes da Federação. Surge também o Sistema Único de
Assistência Social.
Ademais, surgem mecanismos que permitem maior participação social:
 Conforme o art. 194, a seguridade social (previdência, saúde e assistência

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social) compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos


Poderes Públicos e da sociedade.
 As Comissões da Câmara, do Senado e do Congresso Nacional devem
realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil, conforme
o art. 58.
 Lei estabelecerá formas de fiscalização pela sociedade das empresas
públicas e sociedades de economia mista, conforme o art. 173.
 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, conforme o art.
205.
 O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, de
forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e
promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e
permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade,
conforme o art. 216-A.
É notório o avanço das políticas públicas no Brasil, apesar de qualquer crítica
partidária que podemos ter. O Brasil pós-Constituição de 88 possui um olhar
bastante abrangente sobre a sociedade. Além disso, vem sendo crescente um
olhar específico para minorias, como as políticas de cotas.
Apesar de todo esse avanço, é preciso considerar que várias características
persistem na execução de políticas públicas no país.
 Apesar da descentralização, várias entidades e órgãos que implementam
políticas públicas carecem de real capacidade de decidir. A autonomia
conquistada ainda é muito baixa. Como dizem vários Prefeitos, os
Municípios estão sempre com o “pires na mão” pedindo recursos para a
União. Além disso, falta capacitação para os gestores locais
(subnacionais).
 A separação (clivagem) entre quem decide e quem executa atrapalha no
real entendimento dos problemas a serem solucionados.
 As mudanças de dirigentes geram descontinuidade de trabalho. Novos
gestores querem implantar novas maneiras de trabalhar e alterar muito

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do que foi traçado anteriormente.


 Questões burocráticas emperram o bom andamento dos trabalhos. Se em
determinadas situações, há sobreposição de ações, em outros casos há
uma fragmentação que retira o olhar do todo.

Ciclo da Gestão Pública


O ciclo da Gestão Pública representa todo o fluxo de etapas percorridas pelo
governo para implementar uma política pública, desde seu planejamento até
sua avaliação. Esse ciclo pode ser dividido em seis fases: planejamento,
programação, orçamentação, execução, controle e avaliação das políticas
públicas.

Planejamento

Controle e
Programação
Avaliação

Execução Orçamentação

O Ciclo de Gestão do Governo Federal é formado pelos Macros Sistemas de


Planejamento, de Orçamento Federal, de Administração Financeira, de
Contabilidade Federal e de Controle Interno, responsáveis por estabelecerem
diretrizes ao longo do ciclo. Esses sistemas são organizados e disciplinados pela
Lei n. 10.180/01, que estabelece como órgãos de cada sistema:

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Planejamento e Administração Contabilidade


Controle Interno
Orçamento Financeira Federal
• Ministério do • Secretaria do • Secretaria do • Secretaria Federal
Planejamento, Tesouro Nacional Tesouro Nacional de Controle
Orçamento e (órgão central); (órgão central); Interno (órgão
Gestão (órgão • órgãos setoriais. • órgãos setoriais. central);
central); • órgãos setoriais.
• órgãos setoriais;
• órgãos
específicos.

A vinculação entre o planejamento governamental e o orçamento é efetivada na


Constituição de 1988 por meio de três diferentes leis/instrumentos: o Plano
Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária
Anual (LOA).

PLANEJAMENTO
É a etapa em que são definidas as estratégias para o desenvolvimento nacional
de uma política pública, com o estabelecimento de onde e em que investir a
médio e longo prazos. Nesse processo são estabelecidas as diretrizes, os
objetivos e as metas para a Administração Pública Federal.
O Plano Plurianual (PPA) representa a peça máxima do planejamento do Estado,
sendo sua elaboração, competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo. A
Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual deverão ser
compatíveis com suas diretrizes, bem como os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos na Constituição.

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Planos e programas

nacionais, regionais e
PPA setoriais também deverão ser
compatíveis com PPA.

LDO

LOA

Esses planos nacionais, regionais e setoriais possuem período de vigência até


mais longos do que o PPA, sendo considerados de longo prazo. No entanto, eles
devem observar (ser compatíveis/adequados) o PPA. Alguns exemplos desses
planos e programas: Plano Nacional de Educação – PNE (duração de 10 anos),
Plano Nacional de Cultura – PNC (10 anos), Plano Nacional de Viação – PNV
(revisto a cada 5 anos).
Fiquem atentos ao fato de que o PPA reflete o planejamento de médio prazo.
Assim, apesar de ser o principal instrumento do planejamento no Brasil, deve
ser considerado de médio prazo e não de longo prazo.

PROGRAMAÇÃO
É nessa etapa que são definidas as metas e prioridades da Administração
Pública Federal, com a definição das coordenadas para alcance de uma política
pública. Na programação orçamentária ocorre o processo de integração entre
planejamento e orçamento na gestão pública.
Para fazer esse vínculo, a Constituição Federal de 1988 trouxe um
importantíssimo instrumento do Orçamento, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
A LDO estabelece as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orienta a elaboração do orçamento, estabelece a política das agências oficiais
de fomento e dispõe sobre as alterações na legislação tributária.

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ORÇAMENTAÇÃO
É a etapa que traz as ações governamentais, dispostas em metas físicas, a
serem realizadas em determinado período, bem como os meios, necessários à
viabilização dessas ações. O instrumento normativo que expressa essa etapa é
a Lei Orçamentária Anual, onde estarão consignadas a previsão das receitas
e fixação das despesas.

EXECUÇÃO
É a etapa em que ocorre a materialização das ações programadas pelo Governo,
para implementação de uma política pública. Essa etapa deve observar as
regras gerais da Lei n. 4.320/64 e da LRF, bem como regras específicas
previstas tanto na Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, quanto na Lei
Orçamentária Anual - LOA.

CONTROLE E AVALIAÇÃO
É a etapa de monitoramento e análise dos resultados das ações de governo.
Consiste na verificação da execução física e financeira dos projetos, em termos
de legalidade, eficiência, eficácia e efetividade.
O Controle e Avaliação são classificados dependendo do órgão ou entidade que
exerce a fiscalização. Assim, quando o controlador for do mesmo Poder, o
controle será considerado interno (CGU controlando o MEC), quando o controle
for realizado por uma entidade externa aquele Poder (TCU controlando o MEC),
o controle será externo.
Apesar de ser considerado a última etapa do ciclo, o controle e avaliação do
orçamento não precisam esperar o fim da execução orçamentária para
acontecer. Atualmente, o controle pode ser prévio (antes), concomitante
(durante) ou posterior (depois) à execução do orçamento.
O controle externo da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do
Tribunal de Contas da União (TCU).

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Etapas na Tarefa Decisória - Simon


Herbert Simon é o precursor das teorias decisórias. Para ele, a organização
caracteriza-se por ser um sistema de decisões, com os participantes agindo de
forma racional e consciente, fazendo suas escolhas para a tomada de decisão.
O autor pontua três etapas na tarefa decisória:

1. Relacionar as possíveis estratégias (conjunto de decisões) para se adotar.


2. Determinar as consequências da adoção de uma dada estratégia
3. Avaliar comparativamente as consequências e escolher uma das
alternativas. Essa escolha (preferência) é feita levando-se em conta
valores pessoais e da organização. Valores pessoais passam por aspectos
emocionais de um indivíduo.
É importante destacar que as possíveis estratégias dificilmente contemplarão
todas as estratégias existentes. É impossível para um indivíduo conhecer todas
as estratégias e todas as consequências. Isso é o que chamamos de
racionalidade limitada. Assim, nem todas as informações para a decisão estarão
disponíveis. Haverá apenas um nível satisfatório de conhecimento.

Projetos
Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou
resultado específico. É importante diferenciar os projetos das
operações/processos: os projetos são temporários, enquanto as operações são
contínuas e repetitivas.
Um conceito mais abrangente que o projeto é o portfólio, que nada mais é do
que a união de vários programas, que é o conjunto de projetos. Um gerente
responsável por um portfólio acaba tendo que lidar com vários projetos,
necessitando efetuar priorizações.
Principais características dos projetos:

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 temporários, possuem um início e um fim definidos;


 planejados;
 entregam produtos, serviços ou resultados;
 desenvolvidos em etapas;
 realizados por pessoas;
 com restrição tripla: prazo, recursos e qualidade ou escopo.
Conforme destacado acima, um projeto é executado em etapas, tendo elas as
seguintes características:
 Cada fase do projeto é marcada pela entrega de um ou mais produtos*;
*produto, nesse contexto, quer dizer qualquer resultado que é gerado. Por
exemplo: se a fase do projeto é um estudo de viabilidade, o produto dessa fase
seria o relatório conclusivo sobre essa viabilidade.
 No início de cada fase, define-se o trabalho a ser feito e o pessoal
envolvido na sua execução;
 O fim de cada fase é marcado por uma revisão dos produtos (lembrem-se
da observação sobre produtos feita acima) e do desempenho do projeto
até o momento;
 Geralmente, uma fase começa quando termina a outra. Não obstante, é
possível existir o overlapping entre as fases, ou seja, a sobreposição de
etapas, conhecida também como a prática de "fast tracking". Nesse caso,
começa-se a trabalhar nas próximas fases do projeto antes do fim da fase
corrente;
 Os custos são geralmente crescentes à medida que a fase avança;
 Os riscos são geralmente decrescentes à medida que a fase avança (No
começo, pouco se sabe a respeito do que vai acontecer. Com o decorrer
do tempo, muitas variáveis vão sendo conhecidas e o produto/resultado
vai ficando mais tangível);
 A habilidade das partes envolvidas para alteração dos produtos de cada

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fase é decrescente à medida que a fase avança (alterações substanciais


vão se tornando mais difíceis, uma vez que o produto vai ficando mais
pronto, sendo impossível voltar ao passado);
 Medida de coincidência significa que aquilo que foi planejado está sendo
de fato colocado em prática. A qualidade do produto está conforme o
esperado.
Como exemplo de projetos, podemos ter: construção de uma casa, instalação
de uma nova planta industrial, elaboração de um plano de marketing,
informatização de um setor da organização, etc.
Um conceito importantíssimo quando estudamos projeto é o de stakeholders
(partes interessadas): indivíduos e organizações ativamente envolvidos no
projeto, cujos interesses são afetados (positiva ou negativamente) por ele, ou
que exercem influência sobre o mesmo.
Nessa definição, estão incluídos o gerente de projeto, o cliente, a organização
que fará o projeto, os membros da equipe de projeto, o patrocinador
(indivíduo/grupo interno ou externo que provê os recursos financeiros para o
projeto). Pode abarcar, também, atores externos, como fornecedores, agências
governamentais, comunidades afetadas pelo projeto e a sociedade em geral.

Análise de Projetos – Variáveis Financeiras


A análise de investimentos é um ramo da matemática financeira que utiliza
entradas e saídas de dinheiro para analisar viabilidade de
investimentos/projetos, para comparar dois investimentos financeiros, etc.
Trata-se de uma análise de custo-benefício de um projeto.
Sabemos que o dinheiro, ao longo do tempo, sofre variação de juros, ou seja,
ele não fica estático no tempo. Os juros são a remuneração do dinheiro ao
longo do tempo.
Quando colocamos esses valores (entradas e saídas) em um desenho,
demonstrando a taxa de juros e o período, estamos fazendo um fluxo de caixa.
Imagine que eu pegue um empréstimo de R$ 10.000,00 para investir em um
projeto e, a cada ano, esse investimento renda para mim R$ 3.000,00 durante

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5 anos. Vejamos como fica o fluxo de caixa:

R$ 10.000,00

0 1 2 3 4 5

R$ R$ R$ R$ R$
3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00

VPL (Valor Presente Líquido): Nesse método, é calculada a diferença entre o


valor presente das entradas e saídas de dinheiro do investimento, por meio da
aplicação de uma taxa de desconto. Aplicando-se essa taxa, todos os valores
são trazidos para a data atual.
Tratando-se de viabilidade, tem-se:
 VPL > 0: o investimento será recuperado e ainda ocorrerá resultado de
caixa superior;
 VPL < 0: o investimento não será recuperado.
TIR (Taxa Interna de Retorno): Nesse método, calcula-se a taxa de
desconto que, aplicada às entradas e saídas, resulta em um fluxo de caixa igual
a zero. Ou seja, é a taxa de juros (desconto) que torna o VPL = 0.
Por meio dessa metodologia, tem-se:
 TIR > custo de capital: projeto aceito.

Orçamento-Programa
Fruto da experiência adquirida ao longo dos anos, foi se desenvolvendo uma
nova forma de orçamento: o ORÇAMENTO-PROGRAMA, que se caracteriza
como instrumento de ligação entre o planejamento e a
execução/acompanhamento/controle da ação Governamental.
É o modelo em vigor no Brasil. Ponto característico desse tipo de orçamento é
sua vinculação direta com o Planejamento Governamental. Como o próprio
nome nos indica, no Orçamento-Programa o foco está nos programas de

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governo, nos projetos e atividades necessários para atingir as metas


pretendidas.
Com base nesta característica, o orçamento-programa ultrapassa a fronteira do
orçamento com o simples documento financeiro, aumentando seu escopo de
atuação. O orçamento passa a ser um instrumento de operacionalização das
diretrizes, objetivos e metas do governo.
Os objetivos do orçamento-programa podem ser classificados em finais e
derivados:

“Apenas” contribuem para o alcance dos objetivos


finais. Esses objetivos demonstram
Derivados quantitativamente os propósitos específicos
(mecanismos) de governo.

Representam as finalidades da ação governamental.


Finais Esses objetivos demonstram uma avaliação
qualitativa dos propósitos de governo.

Vejamos as vantagens do Orçamento-Programa:

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Melhor planejamento das ações

Maior oportunidade para redução dos gastos

Melhor controle da execução do programa

Identificação dos gastos e realizações por


programa

Inter-relacionamento entres custos e programação

Ênfase no que a instituição realizar e não no que


ela gasta

PPA
O Plano Plurianual (PPA) representa a peça máxima do planejamento do Estado,
sendo sua elaboração, competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo. A
Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual deverão ser
compatíveis com suas diretrizes, bem como os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos na Constituição.
Esses planos nacionais, regionais e setoriais possuem período de vigência até
mais longos do que o PPA, sendo considerados de longo prazo. No entanto, eles
devem observar (ser compatíveis/adequados) o PPA. Alguns exemplos desses
planos e programas: Plano Nacional de Educação – PNE (duração de 10 anos),
Plano Nacional de Cultura – PNC (10 anos), Plano Nacional de Viação – PNV
(revisto a cada 5 anos).
Programa, conceito fundamental do PPA, é o instrumento que organiza a ação
governamental, focando no enfrentamento de um problema e no alcance de

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objetivos traçados. O programa é medido por meio de indicadores e resulta do


reconhecimento da existência de carências na sociedade, de demandas sociais e
econômicas, além de oportunidades.
Um Programa deve conter o seguinte:
 objetivo;
 órgão responsável;
 valor global;
 prazo de conclusão;
 fonte de financiamento;
 indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim
modificar;
 metas correspondentes aos bens e serviços necessários para atingir o
objetivo;
 ações não integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à
consecução do objetivo;
 regionalização das metas por Estado.
No atual PPA, há forte ligação do planejamento com as políticas públicas. Ele é
baseado em macrodesafios. Não basta, por exemplo, aumentar o número de
matriculados na escola, é preciso ter qualidade na educação, acesso isonômico,
etc.
No PPA anterior, o nível operacional parece não influenciar os níveis mais
amplos (táticos e estratégicos). No PPA atual, há maior sinergia entre os
diferentes níveis.
Os atuais indicadores dentro do PPA preocupam-se com as adversidades. No
último PPA, os programas eram meros conjuntos de ações. Agora, ganhou-se
mais amplitude, com uma visão transversal, em uma dimensão tática, com
tendência estratégica.
Essa questão da transversalidade é fundamental no atual PPA. Anteriormente,
as políticas eram setorizadas. Assim, existia a política de educação, a política de
saúde, etc.
No atual PPA, procura-se dar uma visão holística (visão do todo) das políticas

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públicas, fazendo com que os gestores enxerguem os programas e as suas


relações. Assim, o pensamento não ocorre de forma isolada: na educação ou na
saúde.
As políticas são pensadas em conjunto, de forma transversal. Assim,
imaginemos uma política que favoreça o idoso. Para essa política funcionar, é
preciso pensar na parte educacional de cuidadores, pensar na questão da
previdência, na saúde, na mobilidade urbana, etc.
Vale ressaltar que o volume de recursos no PPA vem aumentando nos últimos
PPAs.

Árvore de Decisão
Análise PDPC (Process Decision Program Chart) é a famosa árvore de decisão.
Vamos conhecê-la: consiste na criação de uma árvore na forma de um
organograma, em que as caixinhas são problemas que causam outros
problemas. A partir dessa árvore, planos de ação são estabelecidos para
combater os problemas. A caixa mais acima representa o principal problema:

Problema
Principal:
Educação
Deficiente

Estrutura Precária Professores Grade Curricular


das Escolas Desmotivados Desatualizada

Baixo
Ausência de Bons
Investimento em
Treinamentos
Reformas

Baixo Salário de
Docentes

Intermediação de Interesses (clientelismo, corporativismo e


neocorporativismo)

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Essas são formas que surgem naturalmente em qualquer tipo de regime. São
instrumentos de legitimação política que estão inter-relacionados.
No caso do corporativismo, temos um interesse econômico ou profissional em
jogo, sendo representado no campo político. Associações que representam
determinado setor econômico (automobilístico, imprensa), associação dos
magistrados é outro exemplo. No Brasil, o corporativismo surgiu na década de
30, na era Vargas. É utilizado para remover/neutralizar conflitos econômicos,
sociais e políticos.
Com relação ao neocorporativismo (corporativismo societal), esses grupos
de interesse passam a ser institucionalizados, com monopólio de representação,
com status público/político, participando do processo decisório que afeta as
categorias.
No tocante ao clientelismo, temos certas lealdades entre políticos e
burocratas, que se utiliza da barganha (execução de emendas parlamentares,
por exemplo). Trata-se de uma troca de favores, muito presente no
presidencialismo pluripartidário brasileiro, uma vez que o governo precisa fazer
sua maioria negociando com diferentes atores. O clientelismo associa-se ao
patrimonialismo. No clientelismo, existe sempre um patrão e um cliente,
podendo envolver também a troca do voto por empregos públicos.
Temos também o fisiologismo, que se caracteriza pela prática de ações de
burocratas/políticos para satisfação de interesses particulares.

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Questões
1) (FGV TJ-GO 2014) O conceito de política pública e seus diversos
significados seguem uma tradicional classificação, que divide em ciclos
essa atividade estatal e o seu processo. A perspectiva “de cima para
baixo” tem suas raízes no modelo de estágios, que devem ser
claramente distintos.
Um desses estágios é o da implementação da política pública, que pode
ser definido como:
a) o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de
propostas para a ação pública;
b) o processo de execução e efetuação, que pressupõe um ato anterior
e direcionado à consecução de objetivos;
c) a determinação do caminho definitivo para a solução do problema
que a originou;
d) a discrepância entre o status quo e uma situação ideal possível;
e) o conjunto de problemas ou temas que a comunidade política
percebe como merecedor de intervenção pública.
O modelo top down (cima para baixo; descendente), caracterizado por ser
centralizado, do governo para a sociedade.
Diferentemente é modelo de baixo para cima (bottom up), caracterizado por ser
descentralizado, da sociedade para o governo.
Podemos definir o ciclo nas seguintes fases:
 Agenda
 Formulação
 Implementação (Execução)
 Avaliação
A implementação nada mais é do que a execução da política pública sempre
com vistas ao cumprimento dos objetivos que foram traçados anteriormente.
Gabarito: B
2) (FGV DPE-RJ 2014) Os modelos de elaboração de Políticas Públicas
que aspiram à generalidade desconsideram o fato de que diferentes

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ambientes sociais, que configuram a situação em que é feita a escolha


da política, aparentemente levam os tomadores de decisão a fazer
opções significativamente distintas. Deste modo, para que haja
adequabilidade de um modelo teórico, deve-se levar em conta que :
a) não existe diferença entre a busca de um modelo para os países
desenvolvidos e os países em desenvolvimento.
b) o analista deve vincular-se com rigidez a um modelo em particular,
não devendo, necessariamente, ter que observar os aspectos do
ambiente em estudo.
c) nem sempre há necessidade de identificar e estruturar os aspectos
da política a ser analisada.
d) esse modelo deve estar ligado às metas fixadas e como produto da
participação das massas.
e) na elaboração de políticas, as percepções e os interesses dos atores
individuais estão presentes em todos os estágios.
Modelos genéricos de políticas públicas servem de balizamento para aqueles
que planejam políticas públicas. No entanto, a circunstância e a realidade
devem motivar adaptações.
Vejamos as alternativas.
a) a realidade diferente enseja um modelo específico de política pública.
b) é preciso ter flexibilidade e não ter paixões por modelos específicos.
c) é preciso levantar todos os aspectos possíveis para não incorrer em erro na
implantação.
d) ao invés de se preocupar com as massas, é preciso entender as
especificidades de cada estrato da população.
e) essa é a nossa resposta. Os atores do processos estão presentes em
qualquer fase da política pública.
Gabarito: E
3) (CESPE TCU 2011) Em relação às políticas públicas, julgue o item
subsequente.
Quanto aos seus impactos sobre as relações sociais, as políticas

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públicas podem ser classificadas como distributivas, redistributivas ou


regulatórias.
Essa é uma classificação derivada de uma tipologia desenvolvida por Theodore
Lowi que considera o impacto na sociedade e o espaço das negociações dos
conflitos. Nesse sentido, temos o seguinte:
 Distributivas: alocam bens a uma parcela da sociedade em face, por
exemplo, da região onde moram as pessoas. Os recursos são oriundos da
coletividade. Exemplo: construção de um viaduto, reforma de uma escola,
etc.
 Redistributivas: também alocam recursos a segmentos particularizados.
No entanto, os recursos são oriundos de outros grupos da sociedade.
Exemplo: reforma agrária, programa habitacional para a população de
baixa renda.
 Regulatórias: estabelecem obrigatoriedades, condições ou interdições,
como um código de trânsito ou uma norma que limita a venda de
remédios tarja preta.
Há ainda outro tipo na classificação original de Lowi. Vamos conhecer:
 Constitutivas (Estruturadoras): envolve as condições gerais para se
negociar os demais tipos de políticas públicas. Dão o tom da regra do
jogo, como a estruturação de uma agência reguladora.
Gabarito: C
4) (CESPE TCU 2011) Acerca do planejamento das políticas públicas sob
a perspectiva neoliberal, julgue o item consecutivo.
A abordagem do planejamento das políticas públicas sob a perspectiva
neoliberal considera o respeito ao homem como indivíduo que possui
gostos e opiniões supremos da esfera do individualismo.
O neoliberalismo propõe um Estado menos produtor e mais regulador. A ideia é
deixar a iniciativa privada se dedicar à produção dos bens ou prestação de
serviços que a sociedade necessita. Saindo da produção, o Estado passa a
regular mercados estratégicos ou sensíveis, para garantir o mínimo de
qualidade em serviços ou produtos.

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Um exemplo que temos no país é o ramo das telecomunicações e a criação da


ANATEL. Não estou dizendo que o mercado é bem regulado e o serviço é ótimo.
Muito longe disso. Mas a teoria neoliberal busca isso.
Bom, ainda sobre o neoliberalismo, nesse sentido de diminuir o Estado, busca-
se dar mais poder e liberdade aos indivíduos. Um exemplo não existente no
Brasil: ao invés de ter um FGTS o qual o trabalhador se vê obrigado a ter, no
neoliberalismo, o trabalhador passa a ter o direito de usar o seu dinheiro da
maneira como quiser e quando quiser.
Gabarito: C
5) (CETRO ANVISA 2013) A respeito das Políticas Públicas, é correto
afirmar que
a) geram bens públicos e privados.
b) são o resultado da atividade política.
c) não possuem aspecto coercitivo.
d) leis orgânicas municipais são políticas públicas.
e) Estados e Municípios priorizam a ocupação do que se convencionou
denominar a high politics.
Uma política pública sempre envolve a atividade política. Mesmo que tenha
técnicos concursados altamente capacitados nesse tipo de assunto, a parte
política sempre tem papel fundamental. O motivo, ao menos na teoria: eles
foram eleitos, sendo os verdadeiros representantes da sociedade. Como
representantes, os políticos irão defender os interesses da sociedade por meio
das políticas públicas. Novamente, estou falando da teoria.
Vejamos os erros.
a) somente bens públicos.
c) um código de trânsito, por exemplo, é coercitivo.
d) leis orgânicas são as constituições dos municípios. Sendo a lei maior de uma
cidade, uma lei orgânica tem caráter genérico. Uma política pública envolve
ações que geram efeitos específicos.
e) a alta ou grande política (high politics, considerada vital para a
sobrevivência do país) envolve, por exemplo, gastos militares, gastos com

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segurança nacional. Isso está no âmbito da União. Os municípios envolvem-se


com a low politics (baixa política), como políticas de saúde e educação. Vale
dizer que essa classificação é controversa, ao chamar educação e saúde de
menos vital, mas a concepção era essa mesma.
Gabarito: B
6) (CETRO ANVISA 2013) A respeito das políticas públicas e do seu
planejamento, é correto afirmar que
a) uma vez criado, o planejamento torna-se estático, pois as
informações iniciais que foram fornecidas partiram de uma dada
realidade e nela deve se pautar, permanecer.
b) o planejamento tende a tornar os objetivos mais abrangentes e
gerais, aumentando as conjecturas.
c) a Constituição Federal é referência legal exclusiva para a elaboração,
execução e avaliação das políticas públicas.
d) no âmbito municipal, o instrumento de planejamento exigido pela
Constituição Federal é o Plano Diretor Municipal.
e) o planejamento, enquanto etapa macro necessária, tem como
primeiro passo a avaliação das condições e a dimensão atual do
problema a ser enfrentado.
O Plano Diretor é um tipo de planejamento municipal, sendo instrumento
fundamental para desenvolver o Município. A partir do plano, tem-se a
orientação para construções de espaços urbanos e para oferta de serviços
públicos.
Vejamos os erros:
a) planejamento precisa ser flexível, adaptar-se às novas situações impostas
pela realidade.
b) os objetivos devem ser específicos na política pública.
c) a Constituição dá o balizamento para que leis e decretos regulamentam o
tema.
e) o primeiro passo é a definição do problema.
Gabarito: D

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7) (ESAF CGU 2012) Acerca do ciclo de gestão das políticas públicas na


história recente do país, é correto afirmar que:
a) por ser constitucionalmente adstrito a avaliar a execução dos
programas de governo, o trabalho do controle interno pouco pode
contribuir para o planejamento de novas políticas públicas.
b) a maior ou menor capacidade técnica da máquina pública federal
pouco tem interferido na eficácia da implementação de políticas
nacionais, haja vista o fortalecimento estrutural dos governos
estaduais e municipais.
c) os órgãos de controle externo e interno têm demonstrado uma
preocupação cada vez maior com a medição do desempenho, o que
denota um avanço quanto à sua tradicional forma legalista de agir.
d) cada vez mais o Plano Plurianual tem sido desprestigiado como
ferramenta de planejamento, quadro que se comprova pela sua
crescente dissociação dos orçamentos de curto prazo.
e) passado o fervor inicial, a participação do terceiro setor na execução
das políticas nacionais tem se mostrado ineficaz e desnecessária, em
especial pelo incremento da capacidade operacional dos governos
subnacionais.
De fato, os controles externos e internos têm buscado avanços na forma de
controle. O que antes se referia apenas a cumprimento de normas, hoje já
envolve o acompanhamento do desempenho, o impacto na sociedade, etc.
Vejamos os erros.
a) o controle interno é fundamental para a melhoria na política pública, uma vez
que pode detectar pontos que podem ser alterados em um novo ciclo de política
pública.
b) os governos estaduais e municipais não estão nem um pouco fortalecidos
estruturalmente. A União é que tem essa estruturação e acaba centralizando
uma série de decisões. Além disso, a capacidade técnica é fundamental.
d) se você quer acertar essa questão, acredite nessa assertiva: PPA como
importante instrumento de planejamento e que baliza os orçamentos anuais. Se

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você quer saber a verdade: PPA tem sido uma peça de ficção que poucos no
Poder Executivo e no Poder Legislativo se preocupam.
e) o terceiro setor vem se mostrando um importante parceiro dos entes
subnacionais. Muita coisa ainda precisa evoluir nesse tema, mas é inegável o
papel do terceiro setor na execução de políticas públicas.
Gabarito: C
8) (CESPE TCU 2015) A situação do ótimo de Pareto decorre da atuação
do Estado na economia.
Não é por ai! Na verdade, a atuação do Estado na economia decorre de não ser
possível atingir o ótimo de Pareto.
Gabarito: E
9) (CESPE FUB 2015) O bem público resultante da função alocativa do
orçamento caracteriza-se pela rivalidade em seu consumo e pela não
exclusão do consumidor no caso de não pagamento.
Realmente nos bens públicos de uso geral, não há como controlar aqueles que
os utilizam, assim, não há como excluir consumidores pelo não pagamento. No
entanto, o erro da questão está em afirmar que a utilização desses bens causa
rivalidade entre os utilizadores. Pelo contrário, a utilização de uma praça
pública ou de uma praia, não impede que outras pessoas venham a utilizá-las
também.
Gabarito: E
10) (CESPE FUB 2015) O orçamento público possui três funções
distintas que coexistem simultaneamente: alocativa, distributiva e
estabilizadora.
Fácil, não?! Isso mesmo!
Gabarito: C
11) (FGV PROCEMBA 2014) Suponha um governo que privilegie
políticas de melhora do acesso a serviços públicos, em detrimento de
políticas que persigam uma meta inflacionária baixa.
Considerando apenas esses dois tipos de política, assinale a afirmativa
correta.

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a) O governo está dando maior peso à sua função distributiva e menor


peso a sua função estabilizadora.
b) O governo está dando maior peso à sua função alocativa e menor
peso à sua função distributiva.
c) O governo está dando maior peso à sua função estabilizadora e
menor peso à sua função alocativa.
d) O governo está dando maior peso à sua função estabilizadora e
menor peso à sua função distributiva.
e) O governo está dando maior peso à sua função alocativa e menor
peso à sua função estabilizadora.
A prestação de serviços públicos pelo governo caracteriza a função alocativa,
enquanto políticas inflacionárias se referem à função estabilizadora.
Gabarito: E
12) (FCC TCM-RJ 2015) A função desenvolvida pelo Estado com o
objetivo de assegurar o ajustamento necessário na apropriação de
recursos na economia, visando a correção das imperfeições inerentes à
própria lógica de mercado, denomina-se função
a) normativa.
b) distributiva.
c) estabilizadora.
d) administrativa.
e) alocativa.
Quando a questão tratar do encaixe (alocação) de recursos na economia pelo
Estado, trata-se da função alocativa.
Gabarito: E
13) (CESPE ICMBIO 2014) A função alocativa do orçamento justifica-se
nos casos de provisão de bens públicos.
Isso mesmo. A função alocativa ocorre quando a iniciativa privada não oferece
alguns bens ou serviços, cabendo ao Estado prestá-los diretamente ou
promover sua prestação.
Gabarito: C

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14) (CESPE ANTAQ 2014) Uma das funções do Estado, em relação às


falhas de mercado, é reprimir o surgimento de assimetria de
informações entre os agentes econômicos de produção e de consumo.
A assimetria de informações é sim uma das falhas de mercado. Contudo, ao
Estado não cabe reprimir o seu surgimento, como afirma a questão, mas sim
mitigar (reduzir) seus efeitos sobre o mercado e a vida das pessoas. O Estado
não conseguirá sempre evitar que ocorra, mas conseguirá minimizar os efeitos.
Gabarito: E
15) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) O controle eficaz das
fronteiras de um país é considerado um bem público típico, sendo não
rival e não excludente. A oferta desse tipo de serviço é caracterizada
tipicamente como o exercício da função alocativa.
A função alocativa se justifica quando o Estado deve prover bens públicos, como
no caso da proteção das fronteiras de um país, que se caracteriza como um
bem público típico, pois todos são beneficiados com sua ação (não rival),
independente de contribuírem ou não (não excludente) ao Estado.
Assim, não é possível estabelecer contraprestação por seu uso. Essa
característica sujeita esses bens aos “free riders” (caronas), representados por
indivíduos que, mesmo não contribuintes, usufruem desses bens.
Gabarito: C
16) (CESPE FUB 2013) O Estado, no cumprimento das suas atribuições
econômicas alocativa, distributiva e estabilizadora, tem como principal
fonte de receita a exploração do patrimônio público com a geração de
bens e serviços.
Ao contrário, a principal fonte de receita do governo são as receitas derivadas,
ou seja, os tributos, formados por impostos, taxas, contribuições, contribuições
de melhoria e empréstimos compulsórios.
Gabarito: E
17) (CESPE TRT 8ª Região 2013) A função do orçamento que se
relaciona ao exercício de atividade empresarial por parte do Estado
denomina-se função

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a) alocativa.
b) fiscal.
c) de seguridade.
d) distributiva.
e) estabilizadora.
A característica apontada refere-se à função alocativa, que ocorre quando a
iniciativa privada não oferece alguns bens ou serviços, cabendo ao Estado
prestá-los diretamente ou promover sua prestação.

ALOCATIVA

•Se verifica quando o Estado transfere recursos públicos para alguns


setores privados ou presta diretamente um serviço. Trata-se da
alocação de recursos. Essa ação é necessária em razão da falta de
interesse ou incapacidade da iniciativa privada de atuar naquele setor
produtivo, seja em razão dos altos custos envolvidos, seja em razão do
baixo retorno do negócio, como por exemplo, o oferecimento de bens
públicos (rodovias) ou semipúblicos/meritórios (saúde e educação). É o
uso dos recursos públicos aplicados em prol do benefício da sociedade.

DISTRIBUTIVA

•São os programas geridos pelo Estado para equalizar a renda das


camadas da população menos favorecidas. Atualmente, o maior
exemplo dessa função é o Programa Bolsa Família. A progressividade
de impostos (quem ganha mais paga mais) também é exemplo.

ESTABILIZADORA

•É representada pelas políticas fiscal e monetária do governo, que


buscam garantir a saúde economia do País, como por exemplo, manter
o nível de emprego, combater a inflação e a dívida pública e manter a
valorização da moeda nacional.

Gabarito: A
18) (CESPE TJ-RR 2012) Entre os motivos que ensejam a intervenção
do Estado na economia inclui-se a existência de bens públicos e de
externalidades.
Um das razões que justifica a intervenção do estado na economia é a existência
de falhas de mercado, ou seja, situações que, a despeito da teoria clássica da

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economia que defende a não intervenção estatal, necessitam de apoio do


Estado para se desenvolverem.
As principais falhas de mercado são as externalidades, assimetria de
informações, bens públicos e monopólios naturais.
Gabarito: C
19) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) O controle eficaz das
fronteiras de um país é considerado um bem público típico, sendo não
rival e não excludente. A oferta desse tipo de serviço é caracterizada
tipicamente como o exercício da função alocativa.
A função alocativa se justifica quando o Estado deve prover bens públicos, como
no caso da proteção das fronteiras de um país, que se caracteriza como um
bem público típico, pois todos são beneficiados com sua ação (não rival),
independente de contribuírem ou não (não excludente) ao Estado.
Assim, não é possível estabelecer contraprestação por seu uso. Essa
característica sujeita esses bens aos “free riders” (caronas), representados por
indivíduos que, mesmo não contribuintes, usufruem desses bens.
Gabarito: C
20) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) Analise o fragmento a seguir.
“Um governo, pela sua função _____ deve decidir quais serviços
públicos devem ser concedidos ao setor privado, o qual explorará de
forma mais eficiente provendo um serviço de maior qualidade para a
população. Por sua vez, em sua função _____, o governo deve garantir
a meta inflacionária, de forma a garantir o poder de compra da
população, incentivando também neste cenário o maior volume de
investimentos. Por fim, programas sociais estão atrelados à sua função
_____, permitindo a melhora da renda dos mais pobres.”
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento
acima.
a) distributiva – alocativa – estabilizadora.
b) distributiva – estabilizadora – alocativa.
c) estabilizadora – alocativa – distributiva.

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d) alocativa – distributiva – estabilizadora.


e) alocativa – estabilizadora – distributiva
Serviços Públicos = Alocativa
Política Econômica = Estabilizadora
Programas sociais = Distributiva
Gabarito: E
21) (CESPE MI 2013) A função estabilizadora do Estado consiste na
intervenção do governo na economia, mediante políticas fiscal e
monetária, para protegê-la de flutuações bruscas, caracterizadas por
desemprego em alta ou por inflação em alta.
Perfeito!
Gabarito: C
22) (ESAF CGU 2012) A formulação de políticas públicas é a ação pela
qual os governos democráticos traduzem seus propósitos e plataformas
eleitorais em programas e ações que produzirão resultados ou
mudanças no mundo real, conforme Celina Souza. Segundo esse
enfoque, assinale a opção que indica a quem compete a
responsabilidade pelo desenho das políticas públicas.
a) Dos Governos, dos grupos de interesse e dos movimentos sociais, em
que cada um deles tem igual grau de influência no desenho da política
pública.
b) Dos Governos, dos grupos de interesse e dos movimentos sociais,
em que cada um tem maior ou menor influência no desenho da política
pública, dependendo do tipo de políticas e das coalizões que integram o
governo.
c) Exclusiva dos Governos.
d) Exclusiva de grupos de interesse.
e) Exclusiva dos movimentos sociais.
Todos possuem suas parcelas de responsabilidade, tendo maior ou menor
influência a depender do contexto e de como o governo negocia com aliados.
Gabarito: B

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23) (ESAF CGU 2012) Conforme Theodor Lowi, a política pública


assume quatro formatos: políticas regulatórias, políticas distributivas,
políticas redistributivas e políticas constitutivas. Esta classificação é
feita segundo
a) os impactos de custos e benefícios que os grupos de interesse
esperam de uma política determinada.
b) as crenças, valores e ideias das coalizões de defesa que integram
cada subsistema de uma política pública.
c) a escolha racional de tomadores de decisão e operadores das
políticas públicas.
d) eficiência da política pública.
e) o ciclo da política pública.
Essa classificação foi desenvolvida por Theodore Lowi e considera o impacto na
sociedade e o espaço das negociações dos conflitos. Nesse sentido, temos o
seguinte:
 Distributivas: alocam bens a uma parcela da sociedade em face, por
exemplo, da região onde moram as pessoas. Os recursos são oriundos da
coletividade. Exemplo: construção de um viaduto, reforma de uma escola,
etc.
 Redistributivas: também alocam recursos a segmentos particularizados.
No entanto, os recursos são oriundos de outros grupos da sociedade.
Exemplo: reforma agrária, programa habitacional para a população de
baixa renda.
 Regulatórias: estabelecem obrigatoriedades, condições ou interdições,
como um código de trânsito ou uma norma que limita a venda de
remédios tarja preta.
 Constitutivas (Estruturadoras): envolve as condições gerais para se
negociar os demais tipos de políticas públicas. Dão o tom da regra do
jogo, como a estruturação de uma agência reguladora.
Gabarito: A
24) (ESAF CGU 2012) O ciclo da política pública é constituído por

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estágios. Indique qual das opções a seguir descreve corretamente


esses estágios.
a) Formulação e implementação.
b) Decisão e proposição. A implementação, execução e avaliação são
responsabilidades dos operadores da política.
c) Definição de agenda, identificação de alternativas, avaliação das
opções, seleção das opções, implementação, acompanhamento e
avaliação.
d) Um conjunto de medidas concretas, decisões sobre alocação de
recursos, identificação de público-alvo, definição de metas, definição de
normas e valores.
e) A política pública é abrangente e não se limita a ciclos para seu
desenho.
De forma ampliada, podemos ter a definição de agenda, passando pelas
alternativas e opções, a implementação, o acompanhamento e o controle. Em
outra abordagem, poderíamos ter: formação de agenda, formulação da política,
implementação da política e a avaliação dessa política.
Gabarito: C
25) (CESPE TJ-AC 2012) A taxa interna de retorno (TIR) e o valor
presente líquido (VPL) são variáveis financeiras essenciais para a
análise de projetos, pois propiciam a seleção de projetos de maior
rentabilidade para a empresa.
De fato, essas variáveis propiciam análise de rentabilidade, permitindo a
escolha de um projeto entre vários.
Gabarito: C
26) (CESGRANRIO BNDES 2010) A temporalidade e a elaboração
progressiva dos projetos exigem a adoção de um ciclo de vida, que
pode ser definido como o espaço finito de tempo no qual as atividades
dos projetos estão circunscritas. O ciclo de vida é geralmente dividido
em fases. De acordo com as etapas do projeto, afirma-se que

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a) o nível de atividade, a quantidade de pessoas envolvidas e os custos


são altos no início, diminuem gradativamente durante a execução e
caem rapidamente quando o projeto se aproxima do final.
b) o produto ou resultado final do projeto pode ser mudado mais
facilmente no final.
c) o custo e o prazo, quando se trabalha com consultores externos,
serão função indireta do tempo estimado para a execução do projeto.
d) a previsibilidade do projeto é relativamente alta no início e diminui
com o desenrolar das atividades e o equacionamento dos riscos.
e) as mudanças vão ficando cada vez mais difíceis e custosas conforme
o projeto avança, já que o resultado é construído progressivamente.
Item por item.
a) As pessoas envolvidas aumentam com o decorrer do projeto. O nível de
atividade e os custos também.
b) No final, quando está quase pronto, as mudanças são menores.
c) A função é direta.
d) A previsibilidade aumenta com o decorrer do projeto.
e) Esse é o nosso gabarito.
Gabarito: E
27) (CESPE TCE-ES 2012) Os objetivos do orçamento-programa podem
ser classificados em finais e derivados, sendo os derivados
representados pelo conjunto de impactos indiretos oriundos da ação
governamental.
Os objetivos do orçamento-programa podem ser classificados em finais e
derivados:

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“Apenas” contribuem para o alcance dos objetivos


finais. Esses objetivos demonstram
Derivados quantitativamente os propósitos específicos
(mecanismos) de governo.

Representam as finalidades da ação governamental.


Finais Esses objetivos demonstram uma avaliação
qualitativa dos propósitos de governo.

Gabarito: C
28) (CESPE TCE-ES 2012) O orçamento-programa consagra o princípio
de que o gasto público deve estar vinculado a uma finalidade.
Perfeito. O orçamento-programa se caracteriza por fazer o elo entre o
orçamento e o planejamento do Governo, que nada mais é do que associar o
gasto público com uma finalidade, nesse caso, os objetivos governamentais.
O grande diferencial do orçamento-programa, em contraposição aos demais já
vistos, é a vinculação ao planejamento. O documento é expresso por um
conjunto de ações que serão realizadas e, logicamente, pela identificação dos
recursos necessários à execução.
Gabarito: C
29) (CESPE TCU 2013) A ocorrência de eventos ou crises pode suscitar
a emergência de problemas ou assuntos, não sendo suficiente, contudo,
para impelir a entrada de um assunto na agenda.
Isso mesmo. Mesmo problemas urgentes podem não entrar na agenda. O
governante pode entender que outros problemas mais importantes precisam ser
resolvidos. Além disso, a escassez de recursos pode ser determinante também.
Gabarito: C
30) (CESPE TCU 2013) A avaliação de uma política pública compreende
a definição de critérios, indicadores e padrões.
Isso mesmo. Para se avaliar uma política pública, é preciso ter algo a se
acompanhar. Assim, critérios são traçados, indicadores e padrões são
estabelecidos. A partir daí, é possível monitorar a implementação e fazer a
avaliação daquilo que foi planejado.

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Gabarito: C
31) (CESPE CADE 2014) Na administração pública, o sucesso na gestão
de processos pode ser medido considerando-se a imagem
organizacional e a satisfação dos cidadãos.
Isso mesmo. A gestão de processos no setor público terá êxito se levar em
conta principalmente a satisfação dos cidadãos, ou seja, se considerar os
resultados oriundos dos processos existentes. Além disso, é fundamental que se
construa uma boa imagem da organização. Quer um exemplo de boa imagem
no setor público? Corpo de bombeiros!!
Gabarito: C
32) (CESPE SERPRO 2008) As demandas recorrentes por políticas
públicas são aquelas não resolvidas ou mal resolvidas. Quando se
acumulam sem uma solução satisfatória, dependendo de sua duração e
gravidade, podem levar a crises de governabilidade que, no limite,
chegam a provocar rupturas institucionais.
De fato, se existe uma demanda, é porque o problema ainda não foi
solucionado. Se isso vai permanecendo ao longo dos anos, uma crise se instala.
Podemos pegar o exemplo da situação da saúde pública. Nos últimos anos, o
caos está instalado e as soluções não vêm sendo satisfatórias. Isso provoca
uma crise institucional.
Gabarito: C
33) (CESPE SPU 2014) Os orçamentos participativos, considerados um
mecanismo de controle social, são realizados mediante assembleias
para a consulta popular, com vistas à definição de prioridades nas
políticas públicas.
A sociedade vem participante cada vez mais do ciclo de políticas públicas. Um
exemplo são os orçamentos participativos, comum em algumas prefeituras
brasileiras. Nesse processo, a população local auxilia na definição das
prioridades para alocação de recursos.
Trata-se de um controle social que vem sendo ampliado. No orçamento
participativo, assembleias são realizadas para as tomadas de decisão.

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Gabarito: C
34) (CESPE SPU 2014) A participação popular na gestão pública é
considerada uma estratégia para a promoção da democracia e da
descentralização na tomada de decisões.
Perfeito. Essa participação é o grande significado de democracia. É o povo
decidindo o seu futuro, resolvendo os seus problemas. Ela é fundamental em
meio à dificuldade que os governantes têm para priorizar, para dar conta de
tudo o que acontece. É preciso descentralizar, colocar nas mãos de outros
atores para agilizar a implementação de políticas públicas.
Gabarito: C
35) (CESPE SPU 2014) Os conselhos de políticas municipais são
instâncias de participação popular que se equiparam aos órgãos
executivos, o que lhes permite por em prática as ações que propõem.
Os conselhos são meramente opinativos. Os órgãos do poder executivo
continuam com o poder de decisão exclusivo.
Gabarito: E
36) (CESPE SPU 2014) Governabilidade refere-se à responsabilidade
da administração pública na prestação de contas.
Esse é o conceito de accountability.
Gabarito: E
37) (CESPE SPU 2014) A gestão por programas prevista no plano
plurianual (PPA) consiste em uma aplicação do princípio da gestão por
resultados na administração pública.
Isso mesmo. O PPA é organizado com base em programas temáticos que
buscam os melhores resultados para os problemas encontrados.
Gabarito: C
38) (FGV TJ-GO 2014) O conceito de política pública e seus diversos
significados seguem uma tradicional classificação, que divide em ciclos
essa atividade estatal e o seu processo. A perspectiva “de cima para
baixo” tem suas raízes no modelo de estágios, que devem ser
claramente distintos.

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Um desses estágios é o da implementação da política pública, que pode


ser definido como:
(A) o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de
propostas para a ação pública;
(B) o processo de execução e efetuação, que pressupõe um ato anterior
e direcionado à consecução de objetivos;
(C) a determinação do caminho definitivo para a solução do problema
que a originou;
(D) a discrepância entre o status quo e uma situação ideal possível;
(E) o conjunto de problemas ou temas que a comunidade política
percebe como merecedor de intervenção pública.
A implementação é a execução/efetuação, que pressupõe um planejamento
anterior.
Gabarito: B
39) (FGV TJ-BA 2015) A gestão de uma política pública engloba três
fases, o planejamento, a implementação e a avaliação. Define-se
avaliação como a mensuração e análise dos efeitos produzidos na
sociedade pelas políticas públicas, especialmente no que se refere às
realizações obtidas e às consequências previstas e não previstas,
desejadas ou indesejadas, diretas ou indiretas, induzidas a curto ou
longo prazo e que, em função de critérios bem definidos, acrescenta um
juízo de valor sobre seus efeitos. Diferentes critérios podem ser
utilizados para distinguir diversos tipos de avaliação, sendo um deles o
agente avaliador.
O método de avaliação em que representantes de organismos e partes
interessadas (incluindo os beneficiários) trabalham juntos no desenho,
execução e interpretação é a avaliação:
a) externa;
b) participativa;
c) independente;
d) interna;

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e) mista.
Quando os beneficiários (cidadãos) são incluídos, temos a avaliação
participativa.
 Critério: agente realizador.
o Externa (independente): realizada por pessoas externas à
instituição responsável pelo programa, sendo, no geral, isentas e
objetivas. O acesso aos dados pode ser dificultado pelos
formuladores e implementadores;
o Interna: executada dentro da instituição, com maior colaboração
dos participantes do programa. Elimina-se a resistência, gera-se
reflexão e aprendizagem no órgão. Há perda de objetividade, dada
a ligação entre os avaliadores e os executores;
o Mista: trata-se de uma combinação da interna e da externa. É uma
tentativa de mitigar as desvantagens e potencializar as vantagens
de cada tipo;
o Participativa: comum em pequenos projetos, prevendo a
participação dos beneficiários das ações no planejamento, na
programação, na execução e na avaliação.
Gabarito: B
40) (FGV TJ-SC 2015) Podemos compreender como Políticas Públicas o
conjunto de ações, planos, metas e objetivos traçados pelos governos a
fim de alcançar o bem-estar social. Assim, a formulação de Políticas
Públicas, bem como a determinação do bem-estar da sociedade, é
atribuição do governo e não da sociedade. Entretanto, a sociedade e
seus diversos grupos de interesse podem participar de parte do
processo de formulação dessas Políticas. A parte do processo em que
há participação direta da sociedade e de seus grupos de interesse é:
a) a formação de agenda;
b) a formulação de diretrizes;
c) o processo de tomada de decisão;
d) a implementação;

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e) a avaliação.
No processo de formação da agenda, é feita uma listagem dos problemas que
serão colocados em pauta. Nesse processo de seleção de problemas, vários
fatores são considerados: sucesso de ações anteriores, impacto esperado,
urgência, etc.
Importante destacar que essa formação da agenda contém forte influência
política. Aqui não basta a ponderação de burocratas, de especialistas no
assunto. A opinião e o feeling do político é que vai pesar. Esse político, eleito
pelo seu povo, em tese terá a sensibilidade necessária para fazer as escolhas.
É na formação de agenda que a sociedade tem condições de participar,
auxiliando o político na priorização para solução de problemas.
Gabarito: A
41) (ESAF CGU 2008) A despeito das inúmeras e profundas mudanças
pelas quais vem passando o Estado brasileiro nas últimas décadas,
algumas características das políticas públicas permanecem. Examine os
enunciados abaixo e assinale o que não é verdadeiro sobre as políticas
públicas no Estado brasileiro contemporâneo.
a) Nos anos recentes, observa-se a superação da fragmentação das
políticas públicas, já que os atores sociais e o terceiro setor vêm
atuando no sentido de cobrir as lacunas de articulação e cooperação
entre diferentes agências setoriais.
b) As políticas geralmente emperram devido à competição
interburocrática, que faz com que sejam fragmentadas em áreas de
controle de cada agência, na busca de uma convivência pacífica; ou que
provoca superposições que levam à baixa racionalidade e ao
desperdício de recursos.
c) As políticas sofrem com a descontinuidade administrativa, pois as
mudanças de dirigentes provocam alterações de rumo ou de prioridade,
levando ao redimensionamento, reorientação, substituição, suspensão
ou abandono de ações em andamento.

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d) Existe uma forte clivagem entre formulação/decisão e


implementação, que faz com que a percepção da complexidade das
políticas públicas se restrinja ao ambiente/fase da formulação/decisão,
enquanto a implementação é vista como um conjunto de tarefas de
baixa complexidade, acerca das quais as decisões importantes já foram
tomadas.
e) Apesar dos esforços de descentralização política, ainda é reduzida a
autonomia das agências implementadoras e, em termos gerais, é frágil
a capacidade de gestão de políticas públicas nos níveis subnacionais de
governo.
Com exceção da alternativa a), todas as demais estão corretas.
a) a fragmentação não vem sendo superada com êxito. Apesar da atuação do
terceiro setor, as lacunas persistem.
Gabarito: A
42) (CESPE TCU 2008) Com referência aos conceitos e situações
aplicáveis à administração pública, bem como à experiência e à
legislação brasileira nesse setor, julgue o item.
O clientelismo e o corporativismo são padrões institucionalizados de
relações que estruturam os laços entre sociedade e Estado no Brasil. O
clientelismo, que faz parte da tradição política secular brasileira, está
associado ao patrimonialismo e ao fisiologismo. O corporativismo
emergiu nos anos 30, sob o governo de Getúlio Vargas. Essas
características passaram, então, a inter-relacionar-se, e constituem
instrumentos de legitimação política.
De fato, essas práticas surgiram em diferentes momentos, mas estão inter-
relacionadas e são instrumentos de legitimação política no país.
Gabarito: C
43) (CESPE TJ-AL 2012) Assinale a opção que corresponde ao modelo
de administração pública cujo clientelismo é característica
predominante.
a) neoliberal

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b) patrimonial
c) ditatorial
d) democrático
e) gerencial
O patrimonialismo é o “pai” do clientelismo. A administração pública burocrática
surge para tentar combater essas práticas.
Gabarito: B
44) (CESPE FUB 2013) A Câmara dos Deputados aprovou, por
unanimidade, o projeto de emenda constitucional que acaba com o voto
secreto em todas as votações em sessões plenárias no Congresso
Nacional. Para virar lei, o texto ainda precisa ser analisado pelos
senadores, e a tramitação demorará, no mínimo, mais um mês.
Parlamentares de oposição temem que esse processo demore e o
projeto não seja votado logo.
O Globo, capa, 4/9/2013 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude
do tema que ele aborda, julgue os próximos itens.
Acredita-se que o fim do voto secreto nas sessões parlamentares de
julgamento de processos de cassação reduzirá a prática do
corporativismo entre colegas de bancada.
De fato, o fim do voto secreto, em tese, põe fim a negociações por baixo do
pano, expondo o voto de cada parlamentar. Isso tenta combater o
corporativismo.
Gabarito: C

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45) (FCC TCE-GO 2009) Vamos praticar questões da matéria vista na


aula demo?
De acordo com o Decreto-lei nº 200/1967, as atividades da
administração pública federal obedecerão aos seguintes princípios
fundamentais:
a) planejamento, coordenação, descentralização, delegação de
competência e controle.
b) planejamento, coordenação, centralização, delegação de
competência e controle.
c) coordenação, centralização, programação, delegação de competência
e controle.
d) planejamento, coordenação, descentralização, legitimidade e
controle.
e) planejamento, coordenação, economicidade, legitimidade e controle.
Planejamento: relaciona-se com a promoção do desenvolvimento econômico-
social do País. O planejamento norteia-se por planos e programas.
Coordenação: todas as atividades da Administração Federal deverão ser
coordenadas para garantir a efetividade dos trabalhos.
Descentralização: objetiva dar mais agilidade à Administração Pública.
Delegação de Competência: visa conceder maior rapidez para a tomada de
decisões.
Controle: com base no controle, é possível estabelecer novos planos
(planejamento), ou seja, o processo é retroalimentado. Esse controle é da
chefia com relação ao subordinado quanto dos órgãos de controle (TCU/CGU).
Gabarito: A
46) (CESPE ANAC 2012) Com relação às reformas administrativas,
julgue o item que se segue.

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O Decreto-Lei n.º 200/1967 representou um marco orientador da


administração pública para a eficiência e a centralização
administrativa, o que contribuiu para a autonomia da administração
direta.
Não é centralização. Um dos princípios introduzidos foi o da descentralização.
Delegação de Competência: visa conceder maior rapidez para a tomada de
decisões.
Gabarito: E
47) (CESPE ANAC 2012) Julgue o item seguinte, relativo à evolução da
administração pública no Brasil após 1930.
Os governos militares, pós-1964, por meio da edição do Decreto-Lei n.º
200/1967, reforçaram a centralização das atividades administrativas
na administração direta.
Na verdade, ocorreu a descentralização administrativa.
Gabarito: E
48) (ESAF RECEITA FEDERAL 2014) Nos termos da lei, a Administração
Pública Federal observará, em se tratando do processo administrativo,
princípios específicos, exceto:
a) princípio da segurança jurídica.
b) princípio da razoabilidade.
c) princípio da eficiência.
d) princípio da insignificância.
e) princípio da motivação.
Não existe isso de princípio da insignificância.
Na promulgação da Carta Magna, em 1988, 4 princípios constitucionais foram
atribuídos à Administração Pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e
Publicidade – o famoso LIMP.
Posteriormente, com o advento da Emenda Constitucional nº 19/1998 (em meio
à reforma gerencial da Administração Pública brasileira), um novo princípio foi
introduzido: Eficiência, transformando o LIMP em LIMPE.

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legalidade

razoabilidade impessoalidade
proporcionalidade finalidade
Lei nº
9.784
indisponibilidade
publicidade do interesse
público
moralidade

motivação

segurança
oficialidade jurídica
Lei nº
9.784
gratuidade dos
processos informalismo
administrativos
ampla defesa
contraditório

Gabarito: D
49) (FCC TRE-PB 2007) Em matéria administrativa, considere:
I. Princípio da proporcionalidade.
II. Princípio da razoabilidade.
III. Princípio da universalidade.
IV. Princípio da finalidade.
V. Princípio da exclusividade.
Diante disso, conclui-se que os princípios pertinentes ao processo
administrativo são APENAS os indicados em
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.

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c) II, III e V.
d) I, II e V.
e) II, III e IV.
Universalidade e exclusividade não se referem ao processo.
 Legalidade: a atuação no processo conforme a lei e o Direito;
 Impessoalidade/Finalidade: atendimento a fins de interesse geral;
objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção
pessoal de agentes ou autoridades; interpretação da norma
administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público
a que se dirige;
 Indisponibilidade do interesse público: é vedada a renúncia total ou
parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
 Moralidade: atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-
fé;
 Publicidade: divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as
hipóteses de sigilo previstas na Constituição;
 Razoabilidade/Proporcionalidade: adequação entre meios e fins, vedada a
imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
 Motivação: indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinarem a decisão;
 Segurança jurídica: observância das formalidades essenciais à garantia
dos direitos dos administrados; adoção de formas simples, suficientes
para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos
direitos dos administrados; É vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.
 Informalismo: adoção de formas simples, suficientes para propiciar
adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos
administrados;
 Ampla defesa e contraditório: garantia dos direitos à comunicação, à
apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição

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de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas


situações de litígio;
 Gratuidade dos processos administrativos: proibição de cobrança de
despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;
 Oficialidade: impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo
da atuação dos interessados.
Gabarito: A

Exercícios Trabalhados
1) (FGV TJ-GO 2014) O conceito de política pública e seus diversos significados
seguem uma tradicional classificação, que divide em ciclos essa atividade
estatal e o seu processo. A perspectiva “de cima para baixo” tem suas raízes no
modelo de estágios, que devem ser claramente distintos.
Um desses estágios é o da implementação da política pública, que pode ser
definido como:
a) o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a
ação pública;
b) o processo de execução e efetuação, que pressupõe um ato anterior e
direcionado à consecução de objetivos;
c) a determinação do caminho definitivo para a solução do problema que a
originou;
d) a discrepância entre o status quo e uma situação ideal possível;
e) o conjunto de problemas ou temas que a comunidade política percebe como
merecedor de intervenção pública.
2) (FGV DPE-RJ 2014) Os modelos de elaboração de Políticas Públicas que
aspiram à generalidade desconsideram o fato de que diferentes ambientes
sociais, que configuram a situação em que é feita a escolha da política,
aparentemente levam os tomadores de decisão a fazer opções
significativamente distintas. Deste modo, para que haja adequabilidade de um
modelo teórico, deve-se levar em conta que :

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a) não existe diferença entre a busca de um modelo para os países


desenvolvidos e os países em desenvolvimento.
b) o analista deve vincular-se com rigidez a um modelo em particular, não
devendo, necessariamente, ter que observar os aspectos do ambiente em
estudo.
c) nem sempre há necessidade de identificar e estruturar os aspectos da política
a ser analisada.
d) esse modelo deve estar ligado às metas fixadas e como produto da
participação das massas.
e) na elaboração de políticas, as percepções e os interesses dos atores
individuais estão presentes em todos os estágios.
3) (CESPE TCU 2011) Em relação às políticas públicas, julgue o item
subsequente.
Quanto aos seus impactos sobre as relações sociais, as políticas públicas podem
ser classificadas como distributivas, redistributivas ou regulatórias.
4) (CESPE TCU 2011) Acerca do planejamento das políticas públicas sob a
perspectiva neoliberal, julgue o item consecutivo.
A abordagem do planejamento das políticas públicas sob a perspectiva
neoliberal considera o respeito ao homem como indivíduo que possui gostos e
opiniões supremos da esfera do individualismo.
5) (CETRO ANVISA 2013) A respeito das Políticas Públicas, é correto afirmar
que
a) geram bens públicos e privados.
b) são o resultado da atividade política.
c) não possuem aspecto coercitivo.
d) leis orgânicas municipais são políticas públicas.
e) Estados e Municípios priorizam a ocupação do que se convencionou
denominar a high politics.
6) (CETRO ANVISA 2013) A respeito das políticas públicas e do seu
planejamento, é correto afirmar que
a) uma vez criado, o planejamento torna-se estático, pois as informações

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iniciais que foram fornecidas partiram de uma dada realidade e nela deve se
pautar, permanecer.
b) o planejamento tende a tornar os objetivos mais abrangentes e gerais,
aumentando as conjecturas.
c) a Constituição Federal é referência legal exclusiva para a elaboração,
execução e avaliação das políticas públicas.
d) no âmbito municipal, o instrumento de planejamento exigido pela
Constituição Federal é o Plano Diretor Municipal.
e) o planejamento, enquanto etapa macro necessária, tem como primeiro passo
a avaliação das condições e a dimensão atual do problema a ser enfrentado.
7) (ESAF CGU 2012) Acerca do ciclo de gestão das políticas públicas na história
recente do país, é correto afirmar que:
a) por ser constitucionalmente adstrito a avaliar a execução dos programas de
governo, o trabalho do controle interno pouco pode contribuir para o
planejamento de novas políticas públicas.
b) a maior ou menor capacidade técnica da máquina pública federal pouco tem
interferido na eficácia da implementação de políticas nacionais, haja vista o
fortalecimento estrutural dos governos estaduais e municipais.
c) os órgãos de controle externo e interno têm demonstrado uma preocupação
cada vez maior com a medição do desempenho, o que denota um avanço
quanto à sua tradicional forma legalista de agir.
d) cada vez mais o Plano Plurianual tem sido desprestigiado como ferramenta
de planejamento, quadro que se comprova pela sua crescente dissociação dos
orçamentos de curto prazo.
e) passado o fervor inicial, a participação do terceiro setor na execução das
políticas nacionais tem se mostrado ineficaz e desnecessária, em especial pelo
incremento da capacidade operacional dos governos subnacionais.
8) (CESPE TCU 2015) A situação do ótimo de Pareto decorre da atuação do
Estado na economia.

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9) (CESPE FUB 2015) O bem público resultante da função alocativa do


orçamento caracteriza-se pela rivalidade em seu consumo e pela não exclusão
do consumidor no caso de não pagamento.
10) (CESPE FUB 2015) O orçamento público possui três funções distintas que
coexistem simultaneamente: alocativa, distributiva e estabilizadora.
11) (FGV PROCEMBA 2014) Suponha um governo que privilegie políticas de
melhora do acesso a serviços públicos, em detrimento de políticas que persigam
uma meta inflacionária baixa.
Considerando apenas esses dois tipos de política, assinale a afirmativa correta.
a) O governo está dando maior peso à sua função distributiva e menor peso a
sua função estabilizadora.
b) O governo está dando maior peso à sua função alocativa e menor peso à sua
função distributiva.
c) O governo está dando maior peso à sua função estabilizadora e menor peso
à sua função alocativa.
d) O governo está dando maior peso à sua função estabilizadora e menor peso
à sua função distributiva.
e) O governo está dando maior peso à sua função alocativa e menor peso à sua
função estabilizadora.
12) (FCC TCM-RJ 2015) A função desenvolvida pelo Estado com o objetivo de
assegurar o ajustamento necessário na apropriação de recursos na economia,
visando a correção das imperfeições inerentes à própria lógica de mercado,
denomina-se função
a) normativa.
b) distributiva.
c) estabilizadora.
d) administrativa.
e) alocativa.
13) (CESPE ICMBIO 2014) A função alocativa do orçamento justifica-se nos
casos de provisão de bens públicos.

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14) (CESPE ANTAQ 2014) Uma das funções do Estado, em relação às falhas de
mercado, é reprimir o surgimento de assimetria de informações entre os
agentes econômicos de produção e de consumo.
15) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) O controle eficaz das fronteiras de
um país é considerado um bem público típico, sendo não rival e não excludente.
A oferta desse tipo de serviço é caracterizada tipicamente como o exercício da
função alocativa.
16) (CESPE FUB 2013) O Estado, no cumprimento das suas atribuições
econômicas alocativa, distributiva e estabilizadora, tem como principal fonte de
receita a exploração do patrimônio público com a geração de bens e serviços.
17) (CESPE TRT 8ª Região 2013) A função do orçamento que se relaciona ao
exercício de atividade empresarial por parte do Estado denomina-se função
a) alocativa.
b) fiscal.
c) de seguridade.
d) distributiva.
e) estabilizadora.
18) (CESPE TJ-RR 2012) Entre os motivos que ensejam a intervenção do Estado
na economia inclui-se a existência de bens públicos e de externalidades.
19) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) O controle eficaz das fronteiras de
um país é considerado um bem público típico, sendo não rival e não excludente.
A oferta desse tipo de serviço é caracterizada tipicamente como o exercício da
função alocativa.
20) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) Analise o fragmento a seguir.
“Um governo, pela sua função _____ deve decidir quais serviços públicos
devem ser concedidos ao setor privado, o qual explorará de forma mais
eficiente provendo um serviço de maior qualidade para a população. Por sua
vez, em sua função _____, o governo deve garantir a meta inflacionária, de
forma a garantir o poder de compra da população, incentivando também neste
cenário o maior volume de investimentos. Por fim, programas sociais estão

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atrelados à sua função _____, permitindo a melhora da renda dos mais


pobres.”
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
a) distributiva – alocativa – estabilizadora.
b) distributiva – estabilizadora – alocativa.
c) estabilizadora – alocativa – distributiva.
d) alocativa – distributiva – estabilizadora.
e) alocativa – estabilizadora – distributiva
21) (CESPE MI 2013) A função estabilizadora do Estado consiste na intervenção
do governo na economia, mediante políticas fiscal e monetária, para protegê-la
de flutuações bruscas, caracterizadas por desemprego em alta ou por inflação
em alta.
22) (ESAF CGU 2012) A formulação de políticas públicas é a ação pela qual os
governos democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em
programas e ações que produzirão resultados ou mudanças no mundo real,
conforme Celina Souza. Segundo esse enfoque, assinale a opção que indica a
quem compete a responsabilidade pelo desenho das políticas públicas.
a) Dos Governos, dos grupos de interesse e dos movimentos sociais, em que
cada um deles tem igual grau de influência no desenho da política pública.
b) Dos Governos, dos grupos de interesse e dos movimentos sociais, em que
cada um tem maior ou menor influência no desenho da política pública,
dependendo do tipo de políticas e das coalizões que integram o governo.
c) Exclusiva dos Governos.
d) Exclusiva de grupos de interesse.
e) Exclusiva dos movimentos sociais.
23) (ESAF CGU 2012) Conforme Theodor Lowi, a política pública assume quatro
formatos: políticas regulatórias, políticas distributivas, políticas redistributivas e
políticas constitutivas. Esta classificação é feita segundo
a) os impactos de custos e benefícios que os grupos de interesse esperam de
uma política determinada.
b) as crenças, valores e ideias das coalizões de defesa que integram cada

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subsistema de uma política pública.


c) a escolha racional de tomadores de decisão e operadores das políticas
públicas.
d) eficiência da política pública.
e) o ciclo da política pública.
24) (ESAF CGU 2012) O ciclo da política pública é constituído por estágios.
Indique qual das opções a seguir descreve corretamente esses estágios.
a) Formulação e implementação.
b) Decisão e proposição. A implementação, execução e avaliação são
responsabilidades dos operadores da política.
c) Definição de agenda, identificação de alternativas, avaliação das opções,
seleção das opções, implementação, acompanhamento e avaliação.
d) Um conjunto de medidas concretas, decisões sobre alocação de recursos,
identificação de público-alvo, definição de metas, definição de normas e valores.
e) A política pública é abrangente e não se limita a ciclos para seu desenho.
25) (CESPE TJ-AC 2012) A taxa interna de retorno (TIR) e o valor presente
líquido (VPL) são variáveis financeiras essenciais para a análise de projetos,
pois propiciam a seleção de projetos de maior rentabilidade para a empresa.
26) (CESGRANRIO BNDES 2010) A temporalidade e a elaboração progressiva
dos projetos exigem a adoção de um ciclo de vida, que pode ser definido como
o espaço finito de tempo no qual as atividades dos projetos estão circunscritas.
O ciclo de vida é geralmente dividido em fases. De acordo com as etapas do
projeto, afirma-se que
a) o nível de atividade, a quantidade de pessoas envolvidas e os custos são
altos no início, diminuem gradativamente durante a execução e caem
rapidamente quando o projeto se aproxima do final.
b) o produto ou resultado final do projeto pode ser mudado mais facilmente no
final.
c) o custo e o prazo, quando se trabalha com consultores externos, serão
função indireta do tempo estimado para a execução do projeto.

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d) a previsibilidade do projeto é relativamente alta no início e diminui com o


desenrolar das atividades e o equacionamento dos riscos.
e) as mudanças vão ficando cada vez mais difíceis e custosas conforme o
projeto avança, já que o resultado é construído progressivamente.
27) (CESPE TCE-ES 2012) Os objetivos do orçamento-programa podem ser
classificados em finais e derivados, sendo os derivados representados pelo
conjunto de impactos indiretos oriundos da ação governamental.
28) (CESPE TCE-ES 2012) O orçamento-programa consagra o princípio de que o
gasto público deve estar vinculado a uma finalidade.
29) (CESPE TCU 2013) A ocorrência de eventos ou crises pode suscitar a
emergência de problemas ou assuntos, não sendo suficiente, contudo, para
impelir a entrada de um assunto na agenda.
30) (CESPE TCU 2013) A avaliação de uma política pública compreende a
definição de critérios, indicadores e padrões.
31) (CESPE CADE 2014) Na administração pública, o sucesso na gestão de
processos pode ser medido considerando-se a imagem organizacional e a
satisfação dos cidadãos.
32) (CESPE SERPRO 2008) As demandas recorrentes por políticas públicas são
aquelas não resolvidas ou mal resolvidas. Quando se acumulam sem uma
solução satisfatória, dependendo de sua duração e gravidade, podem levar a
crises de governabilidade que, no limite, chegam a provocar rupturas
institucionais.
33) (CESPE SPU 2014) Os orçamentos participativos, considerados um
mecanismo de controle social, são realizados mediante assembleias para a
consulta popular, com vistas à definição de prioridades nas políticas públicas.
34) (CESPE SPU 2014) A participação popular na gestão pública é considerada
uma estratégia para a promoção da democracia e da descentralização na
tomada de decisões.
35) (CESPE SPU 2014) Os conselhos de políticas municipais são instâncias de
participação popular que se equiparam aos órgãos executivos, o que lhes
permite por em prática as ações que propõem.

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36) (CESPE SPU 2014) Governabilidade refere-se à responsabilidade da


administração pública na prestação de contas.
37) (CESPE SPU 2014) A gestão por programas prevista no plano plurianual
(PPA) consiste em uma aplicação do princípio da gestão por resultados na
administração pública.
38) (FGV TJ-GO 2014) O conceito de política pública e seus diversos
significados seguem uma tradicional classificação, que divide em ciclos essa
atividade estatal e o seu processo. A perspectiva “de cima para baixo” tem suas
raízes no modelo de estágios, que devem ser claramente distintos.
Um desses estágios é o da implementação da política pública, que pode ser
definido como:
(A) o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a
ação pública;
(B) o processo de execução e efetuação, que pressupõe um ato anterior e
direcionado à consecução de objetivos;
(C) a determinação do caminho definitivo para a solução do problema que a
originou;
(D) a discrepância entre o status quo e uma situação ideal possível;
(E) o conjunto de problemas ou temas que a comunidade política percebe como
merecedor de intervenção pública.
39) (FGV TJ-BA 2015) A gestão de uma política pública engloba três fases, o
planejamento, a implementação e a avaliação. Define-se avaliação como a
mensuração e análise dos efeitos produzidos na sociedade pelas políticas
públicas, especialmente no que se refere às realizações obtidas e às
consequências previstas e não previstas, desejadas ou indesejadas, diretas ou
indiretas, induzidas a curto ou longo prazo e que, em função de critérios bem
definidos, acrescenta um juízo de valor sobre seus efeitos. Diferentes critérios
podem ser utilizados para distinguir diversos tipos de avaliação, sendo um deles
o agente avaliador.

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O método de avaliação em que representantes de organismos e partes


interessadas (incluindo os beneficiários) trabalham juntos no desenho,
execução e interpretação é a avaliação:
a) externa;
b) participativa;
c) independente;
d) interna;
e) mista.
40) (FGV TJ-SC 2015) Podemos compreender como Políticas Públicas o conjunto
de ações, planos, metas e objetivos traçados pelos governos a fim de alcançar o
bem-estar social. Assim, a formulação de Políticas Públicas, bem como a
determinação do bem-estar da sociedade, é atribuição do governo e não da
sociedade. Entretanto, a sociedade e seus diversos grupos de interesse podem
participar de parte do processo de formulação dessas Políticas. A parte do
processo em que há participação direta da sociedade e de seus grupos de
interesse é:
a) a formação de agenda;
b) a formulação de diretrizes;
c) o processo de tomada de decisão;
d) a implementação;
e) a avaliação.
41) (ESAF CGU 2008) A despeito das inúmeras e profundas mudanças pelas
quais vem passando o Estado brasileiro nas últimas décadas, algumas
características das políticas públicas permanecem. Examine os enunciados
abaixo e assinale o que não é verdadeiro sobre as políticas públicas no Estado
brasileiro contemporâneo.
a) Nos anos recentes, observa-se a superação da fragmentação das políticas
públicas, já que os atores sociais e o terceiro setor vêm atuando no sentido de
cobrir as lacunas de articulação e cooperação entre diferentes agências
setoriais.

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b) As políticas geralmente emperram devido à competição interburocrática, que


faz com que sejam fragmentadas em áreas de controle de cada agência, na
busca de uma convivência pacífica; ou que provoca superposições que levam à
baixa racionalidade e ao desperdício de recursos.
c) As políticas sofrem com a descontinuidade administrativa, pois as mudanças
de dirigentes provocam alterações de rumo ou de prioridade, levando ao
redimensionamento, reorientação, substituição, suspensão ou abandono de
ações em andamento.
d) Existe uma forte clivagem entre formulação/decisão e implementação, que
faz com que a percepção da complexidade das políticas públicas se restrinja ao
ambiente/fase da formulação/decisão, enquanto a implementação é vista como
um conjunto de tarefas de baixa complexidade, acerca das quais as decisões
importantes já foram tomadas.
e) Apesar dos esforços de descentralização política, ainda é reduzida a
autonomia das agências implementadoras e, em termos gerais, é frágil a
capacidade de gestão de políticas públicas nos níveis subnacionais de governo.
42) (CESPE TCU 2008) Com referência aos conceitos e situações aplicáveis à
administração pública, bem como à experiência e à legislação brasileira nesse
setor, julgue o item.
O clientelismo e o corporativismo são padrões institucionalizados de relações
que estruturam os laços entre sociedade e Estado no Brasil. O clientelismo, que
faz parte da tradição política secular brasileira, está associado ao
patrimonialismo e ao fisiologismo. O corporativismo emergiu nos anos 30, sob o
governo de Getúlio Vargas. Essas características passaram, então, a inter-
relacionar-se, e constituem instrumentos de legitimação política.
43) (CESPE TJ-AL 2012) Assinale a opção que corresponde ao modelo de
administração pública cujo clientelismo é característica predominante.
a) neoliberal
b) patrimonial
c) ditatorial
d) democrático

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e) gerencial
44) (CESPE FUB 2013) A Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o
projeto de emenda constitucional que acaba com o voto secreto em todas as
votações em sessões plenárias no Congresso Nacional. Para virar lei, o texto
ainda precisa ser analisado pelos senadores, e a tramitação demorará, no
mínimo, mais um mês. Parlamentares de oposição temem que esse processo
demore e o projeto não seja votado logo.
O Globo, capa, 4/9/2013 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do
tema que ele aborda, julgue os próximos itens.
Acredita-se que o fim do voto secreto nas sessões parlamentares de julgamento
de processos de cassação reduzirá a prática do corporativismo entre colegas de
bancada.
45) (FCC TCE-GO 2009) Vamos praticar questões da matéria vista na aula
demo?
De acordo com o Decreto-lei nº 200/1967, as atividades da administração
pública federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:
a) planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e
controle.
b) planejamento, coordenação, centralização, delegação de competência e
controle.
c) coordenação, centralização, programação, delegação de competência e
controle.
d) planejamento, coordenação, descentralização, legitimidade e controle.
e) planejamento, coordenação, economicidade, legitimidade e controle.
46) (CESPE ANAC 2012) Com relação às reformas administrativas, julgue o
item que se segue.
O Decreto-Lei n.º 200/1967 representou um marco orientador da administração
pública para a eficiência e a centralização administrativa, o que contribuiu para
a autonomia da administração direta.

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47) (CESPE ANAC 2012) Julgue o item seguinte, relativo à evolução da


administração pública no Brasil após 1930.
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administração direta.
48) (ESAF RECEITA FEDERAL 2014) Nos termos da lei, a Administração Pública
Federal observará, em se tratando do processo administrativo, princípios
específicos, exceto:
a) princípio da segurança jurídica.
b) princípio da razoabilidade.
c) princípio da eficiência.
d) princípio da insignificância.
e) princípio da motivação.
49) (FCC TRE-PB 2007) Em matéria administrativa, considere:
I. Princípio da proporcionalidade.
II. Princípio da razoabilidade.
III. Princípio da universalidade.
IV. Princípio da finalidade.
V. Princípio da exclusividade.
Diante disso, conclui-se que os princípios pertinentes ao processo
administrativo são APENAS os indicados em
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) I, II e V.
e) II, III e IV.

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Gabarito:
1) B 2) E 3) C 4) C 5) B 6) D 7) C
8) E 9) E 10) C 11) E 12) E 13) C 14) E
15) C 16) E 17) A 18) C 19) C 20) E 21) C
22) B 23) A 24) C 25) C 26) E 27) C 28) C
29) C 30) C 31) C 32) C 33) C 34) C 35) E
36) E 37) C 38) B 39) B 40) A 41) A 42) C
43) B 44) C 45) A 46) E 47) E 48) D 49) A

Abração e bons estudos!!!

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