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A Ouça Bem S.A. é uma empresa brasileira no ramo de aparelhos auditivos com 50
anos de mercado e 57 pontos de venda em todo o território nacional, divididos
quase uniformemente entre lojas próprias – filiais – e franquias.
O BTE_Plus pertencia a uma classe de produtos de preço mais baixo que tinha a
maior participação de mercado e era de produção relativamente simples. Essa
opção possibilitava à Ouça Bem ter uma linha de produção bem simples, que
contrastava com a linha de produção das empresas que trabalhavam com várias
linhas de aparelhos auditivos.
A Hearing Aids
A Hearing Aids era uma empresa com quase 100 anos de operação, possuía mais
de 150 subsidiárias ao redor do mundo e pertencia a um grupo europeu que
detinha outros negócios relacionados à melhoria da qualidade de vida de deficientes
auditivos, tais como aparelhos para aferição audiométrica.
A cultura da Hearing Aids sempre foi a de pôr as pessoas em primeiro plano desde
sua criação. Seu fundador criou a companhia com o intuito de ajudar um familiar,
deficiente auditivo, e outros indivíduos, com o mesmo problema, a superarem suas
limitações e viverem melhor.
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sabia, exatamente, o que a empresa esperava dele. As regras eram claras e justas
para todos, de forma que o clima organizacional era o mais saudável e cordial
possível.
Um ponto extremamente importante era que a Hearing Aids tinha a fama de não
fazer mudanças bruscas nos processos de fusão e aquisição em que se inseria,
além de respeitar a cultura das empresas que estavam sendo adquiridas, o que
dava uma tranqüilidade maior aos funcionários que passavam por processos desse
tipo, que são, em geral, turbulentos.
O processo produtivo
Além disso, outro dado que chamou a atenção foi o relatório do gerente de
produção: esse documento apontava que a Ouça Bem tinha produzido, no ano
anterior – 2004 –, 55.000 aparelhos auditivos, o que fez que a empresa se
aproximasse do limite de sua capacidade máxima de produção, que era de 58.000
aparelhos.
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Apesar de a opção de criação da nova fábrica parecer, devido aos dados do
mercado, a mais viável, não era de curto prazo, principalmente porque a Hearing
Aids pretendia trazer outras linhas de produtos para o Brasil, o que demandaria
uma complexidade bem maior do departamento de produção, e os estudos técnicos
diziam que essa fábrica teria condição de entrar em operação em 2 anos após o
início dos investimentos.
Fonte
COURA, Betovem. O caso Ouça Bem S.A. Rio de Janeiro: FGV Online, 2006.