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Sistema Tributário Nacional

Competência

- A Constituição não cria tributos


- A CF outorga competência para os entes estabelecerem tributos

Características:

 Privatividade → Uma vez investida uma competência, a outras estão excluídas. A


competência é sempre privativa do ente federado.

 Inelegibilidade → A competência de um ente é indelegável a outro ente. Se a união é


competente a um tributo, não pode delegar para que outro ente institua esse tributo.
Não confundir com Delegação da capacidade tributária ativa é a delegação da
capacidade de exigir o tributo, que significa delegação de exigir o tributo a outra pessoa,
exemplo OAB

 Incaducabilidade → O não exercício de uma competência não gera decadência. Se um


ente não exercer sua competência tributária, seu direito não caducará

 Inalterabilidade → O ente não pode alterar o escopo pré definido na CF

 Facultatividade → Faculta ao ente federado o exercício da competência

- A competência não se dá pelo gênero, mas pela espécie. Outorgar competência pelo gênero
seria dizer “União poder outorgar tributo”. A competência se da pela espécie. O ente tem
competência para outorgar uma espécie de tributo.

Conceito de Tributo: Art. 3 CTN


 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória (em dinheiro e obrigatória), em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir(em pecúnia, permitindo indexar o valor),
que não constitua sanção de ato ilícito(separa o tributo da multa, o fato gerador do
tributo é sempre lícito), instituída em lei (princípio da legalidade) e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada (o tributo é exigido nos exatos termos
da lei)
 Dinheiro ao cofre público:
 Ato voluntário ?
 Ato lícito ou ilícito?
 Reparação de dano?

Insumo doutrinária para distribuição de competências: as competências são distribuídas de


acordo com a espécie tributária

Norma tributária:
Hipótese → mandamento

Critérios de hipótese:

 Material → descrição do fato lícito que vai gerar o tributo

 Temporal → Descreve quando quando o fato lícito se torna jurídico e gera efeitos
jurídicos. Ex: o IPTU deve ser pago na data determinada na Lei

 Pessoal → Indicação de quem realiza o fato gerador. Ex: o proprietário do imóvel que
deve pagar o IPTU. Ex2: ICMS só incide para o comerciante/produtor que realizar
comércio com habitualidade

 Espacial

O FATO gerador tributário ocorrerá quando os quatro critérios ocorrerem simultaneamente

O Fato gerador tributário será vinculado ou não vinculado a uma atividade do Estado. Se indicar
uma atividade estatal, será um fato gerador vinculado. O IPTU tem fato gerador não vinculado
(fato gerador = ser proprietário). Tributo de coleta de lixo tem fato gerador vinculado ( fato
gerador de limpeza urbana)

Se for vinculado a uma atividade estatal, possuirá os possíveis tributos:

 Taxa → será taxa quando estiver vinculado a uma prestação de serviço público ou ao
exercício regular do poder de polícia

 Contribuição de melhoria → Quando o fato gerador for vinculado a uma obra pública
que acarrete valorização de imóvel particular

Se o fato gerador for não vinculado a uma atividade estatal, haverá 3 hipóteses

 Imposto → Critério finalístico não expresso na normal. Produto do imposto intriga


livremente no orçamento púbico. Não há vinculação da arrecadação. Ex: IPVA não é
destinado às melhorias das vias, seu produto não tem uma destinação pré definida.

 Contribuição especial → A norma indica um critério finalístico, há uma destinação do


produto da arrecadação. Ex: A contribuição do INSS será para a seguridade social

Tipos:
 Sociais
 Interventivas
 Corporativas

 Empréstimo compulsório → Quando a finalidade for despesas de guerra externa ou


calamidade pública
Serão distinguidos de acordo com os critérios do mandamento da lei

 Critério finalístico do mandamento:

Análise das espécies tributárias

1. Imposto

- Se o fato gerador é não vinculado, o constituinte faz questão de detalhar a distribuição de


outorga de competência

Características:

 Fato gerador não vinculado


 Ausência de destinação

Competências ordinárias:

Art. 153 Compete à União instituir impostos sobre:


I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI – propriedade territorial rural;
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.”

→ Dessas competências, a União não exerce a outorga de imposto sobre grandes fortunas

Competências residuais e extraordinárias:

Art. 154. A União poderá instituir:


I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não
em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas
de sua criação.”

→ o Art. 154, I, dá oportunidade da união realizar uma competência residual

Impostos estaduais:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (EC nº 3/93,
EC nº 33/2001, EC nº 42/2003 e EC nº 87/2015)
I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;
III – propriedade de veículos automotores.

Impostos municipais:

Art. 156

I – propriedade predial e territorial urbana;


II – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar;”

→ As competências municipais em impostos possuem pouco potencial de arrecadação

Contribuições especiais

As contribuições possuem finalidade de garantia da seguridade social

Formas de financiamento da seguridade social

 Sistema assistencial: as sociedade não é tributada com contribuições para garantir a


seguridade. Ocorre que muitos países não conseguirem garantir a seguridade só com a
arrecadação de impostos

 Sistema contributivo: A seguridade social se resumo no financiado pelo assegurado. Há


uma tributação específica para financiar a seguridade, as contribuições.

 No Brasil, adota-se um sistema misto (Arts 194 e 195 da CF)

“Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social.”

Conceito de seguridade: Saúde, previdência e assistência social

“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de “forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:”

Estabelece o sistema misto. Financiamento pelo orçamento e contribuições


→ Levando em consideração que o sistema previdenciário é misto, não há que se falar
em um deficit da previdência. O que ocorre é que o valor arrecadado não é suficiente
pra cobrir os gastos

O Art. 195 estabelece as seguintes contribuições especiais:

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,


à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;

II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição


sobre aposentadoria e pensão concedidas “pelo regime geral de previdência social de que trata
o art. 201;

III – sobre a receita de concursos de prognósticos;

IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

Competência:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no


domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150,
I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o
dispositivo.

Competência residual

Art. 195, § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

Tipos de contribuições

Exclusivas da união

 Sociais
 Interventivas
 Corporativas

COMPLETAR DEPOIS COM CADERNO


Taxas

 São vinculadas a realização de serviços públicos

 Não é a natureza do serviço que caracteriza a taxa, mas quem presta o serviço →
Prestado por pessoa pública haverá taxa, prestado por particular haverá tarifação. Ex:
pagamento de passagem do ônibus é pagamento de uma tarifa. Só haverá taxa se o
serviço for prestado diretamente por pessoa pública

Obs: A tarifa não é um tributo

A maioria das taxas que são pagas pelo brasileiro são as taxas referentes ao exercício
do poder de polícia estatal

 Taxas de polícia = pagamento por prestação de poder de polícia do estado

Poder de polícia → Art. 78 do CTN

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de
ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos

Contribuições de melhoria

 O fato gerador é a realização de uma obra pública que valorize o imóvel particular

 Art. 81 da CTN

 Já que o fato gerador necessita de uma valorização do imóvel, uma obra em um bairro
nobre, dificilmente ocorrerá uma valorização. Contudo, em um bairro periférico com
pouca infraestrutura, provavelmente ocasionará uma valorização, mas a cobrança da
contribuição se esbarrará no princípio da capacidade contributiva, já que os moradores
seriam pessoas de baixa renda.

 É um tributo praticamente em desuso no Brasil

Empréstimo compulsório

 Art. 148 da CF
 Tipos:
 Empréstimo de guerra
 Empréstimo de investimento público urgente

 O governo a instituir tal tributo, deverá restituir tal valor, já que trata-se de um
empréstimo

 No Br, dificilmente a união estabelece empréstimos compulsórios, já que há a opção de


impostos extraordinários, sem necessidade de restituição → Também está em desuso

Limitações do Sistema tributário

 Princípios

1. Legalidade tributária → Gênese na Constituição, com base no princípio geral da


legalidade, há previsão expressa legal → Art. 150, I da CF. Todos elementos da obrigação
tributária deverão estar expressos na norma. A legalidade não é mera formalidade, é
uma garantia material prevista no texto constitucional

→ O princípio da legalidade implicação que o ente federado, para utilizar de sua


competência tributária, só poderá através de Lei, impossibilitando de outra forma

→ EXCEÇÃO: No caso de alteração de normas tributárias, admite-se exceção para os


seguintes tributos:

a) Aduana
b) IOF
c) IPI

→ Esses tributos possuem lógica extrafiscal, isto é, o objetivo primário não é a


arrecadação em si, mas a indução de comportamento e regulação e mercado. A
intenção primeira é regular o mercado e comportamentos, desse modo, a CF
prevê agilidade no processo legislativo

Art. 116, pú do CTN → A Autoridade administrativa poderá desconsiderar atos


ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do
fato gerador do tributo

Evasão fiscal: Ocorre o fato gerador e a obrigação tributária não é cumprida

Elisão: Atuação no sentido de evitar o fato gerador

O pu do 116 permite a autoridade atuar em determinadas práticas.


Para o professor, o PU do 116 não inovou pois o direito civil já cuida de desconsiderar os
negócios jurídicos simulados

O fisco entende que, quando houver negocio jurídico realizado exclusivamente para evitar fato
gerador de obrigação tributária, haveria elisão ilícita com base no conceito de abuso de direito

Principio da legalidade sob a ótica da vigência/aplicação da legislação tributária

Princípios constitucionais

1. Irretroatividade: Art. 150, III, a – Não há exceções a aplicação desse princípio

A lei nova só produzirá efeitos para fatos geradores a partir da sua edição

2. Não surpresa: Art. 150, III, b e c

Subprincípios:

A. Anterioridade: A lei só vai produzir efeitos no exercício financeiro


posterior

A anterioridade pode ser vista como uma falsa garantia pois, caso a
lei tributaria seja alterada dia 31 de dezembro, dia 1 de janeiro já
estará produzindo efeitos

B. Prazo nonagesimal

Não poderá ocorrer a vigência da da lei em até 90 dias

Exceções a anterioridade:

I. Imposto de importação
II. Imposto de exportação
III. IOF
IV. Imposto extraordinário de renda

Nesses impostos, não será aplicado os princípios da


anterioridade e prazo nonagesimal. Pode-se alterar o imposto
hoje e cobrá-lo amanhã.

Aplicação isolada

i. Contribuição Social e IPI → Aplica-se apenas o prazo


nonagesimal

ii. Imposto de rende e empréstimo compulsório de


investimento: Aplica-se apenas a anterioridade
Nesses impostos, aplica-se apenas um dos sub
princípios

Aplicação parcial

I. IPTU, IPVA → não se aplica o prazo nonagesimal


na base e cálculo → Se o IPTU já está instituído
e só altera a base de cálculo (planta de valores)
não aplica-se o prazo nonagesimal, aplicando
apenas a anterioridade

II. ICSM e CID combustível → Não se aplica a


anterioridade na alteração da alíquota → Se for
instituir hoje a CID combustível, só produzira
efeito em janeiro de 2020, porém, se somente
for alterada a alíquota da CID, estará valendo
após os 90 dias, independente do exercício
financeiro

Veículo legislativo:

I. Medida Provisória: Em matéria tributária.


Art. 62, §2 – matéria tributária sobre
imposto só produzira efeitos no exercício
financeiro seguinte, se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele
em que foi editada. Ex: Se em 31/12 de 2019
alterar imposto por MP, ela só valerá no
exercício financeiro posterior a que essa lei
for aprovada, sendo possível apenas a partir
de 2021. A regra do §2 vale apenas para
imposto, não se aplica as contribuições.

Princípios materiais do direito tributário

Princípio da igualdade:

 Igualdade tributária: Todos são iguais perante a lei tributária. A lei tributária será
instituída observando a igualdade entre os contribuintes

 Art. 150, II CF
 No atual texto constitucional, a. Igualdade é aplicada através da capacidade e
contributiva

Sub-princípios:

→Capacidade contributiva

 Absoluta: Para a teoria clássica, a capacidade contributiva serviria para o controle pré
legislativo. Ex: Antes de criar uma lei tributária, verifica-se se os critérios tributários
dizem respeito a capacidade tributária. Portanto, a capacidade contributiva não seria
um critério para a análise do caso concreto. Ex2: imposto de renda maior para quem usa
óculos, seria inconstitucional porque usar óculos não é um critério relativo a capacidade
contributiva

 Análise potencial e relativa: Nessa caso, a capacidade contributiva é analisada segundo


a potencialidade da capacidade contributiva e com a relatividade.

A jurisprudência tem analisado atualmente segundo a análise potencial e relativa da


capacidade, não sendo analisada apenas de maneira absoluta

A capacidade contributiva será analisada em termos de igualdade apenas quando o fato gerador
traduzir capacidade contributiva. Ex: IPVA, fato gerador: Propriedade de um carro, se um rico e
um pobre tem o mesmo carro, pagarão a mesma quantia

→Progressividade

 Art. 145, §1

 A CF diz que deve aplicara a progressividade tributária sempre que possível. Sempre que
possível = quando fato gerador traduzir capacidade contributiva

 Há um limite para a progressividade: confisco

 Art. 156, §1 → O IPTU poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel

 Conceito de fonte do tributo: A progressividade não pode se prestar a inviabilizar ou


desestimular a ocorrência do fato gerador.

Exonerar:

1. Ausência de capacidade contributiva. Ex: salário mínimo no IR

2. Indução de comportamento. Ex: isenção de tributos para investimentos acima de um


milhão, pretende-se estimular investimentos. Política fiscal.

Imunidades
A imunidade é regra constitucional expressa que estabelece a não competência das pessoas
políticas para tributar certos fatos e situações, delimitando negativamente, por meio de redução
racial a norma de atribuição do poder tributário

Imunidades e princípios: Ambos são atribuições do constitucional do poder tributário. O


princípio limita o exercício do poder tributário. Por meio da imunidade o constituinte retira
competência tributária, não há que se falar em tributação quando houver um fato imune

Isenção é opção legislativa, poderia ser tributado mas por opção legislativa não é. A imunidade
sempre é constitucional e a isenção é infraconstitucional

As imunidades podem ser:

 Genéricas → dizem respeito a mais de um tributo. Ex: Art. 150, VI CF;

 Específicas → Aquelas que dizem respeito a um tributo em específico


o Exportações:
 Art. 149, §2º, I
 Art. 153, §3º, III
 Art. 155, §2º, X, a – ICMS
 Art. 156, §3º, II

o Empresarial
 Art. 156, §2º, I
o Social
 Art. 153, §4º, II
 Art. 155, X, b
o Ouro
 Art. 155, X, c
o Radiodifusão
 Art. 155, X, d
o Contribuição social
 Art. 195, §7º

→ A lei complementar regulará o conflito de competência (Art. 146, I)


Ex: Restaurante presta serviço ou circulação mercadorias? → LC estabeleceu que paga-se ICMS

Art. 156, II → A LC regulará os limites da constituição em matéria tributária. Ex: Especificar


termos das imunidades

Limitações na competência tributária na legislação complementar

 Art. 146, III, a → LC deverá estabelecer normas gerais


 Estabelecer fato gerador, base de cálculo e contribuintes dos impostos

Renda
 Deverá ter LC para que, seja observada na instituição do imposto, definindo o que é
renda, já que na CF não há definição do que é renda, embora a União tenha competência
constitucional de tributar a renda

 A LC vai tentar dar um conceito inequívoco de renda e por meio desse conceito, será
estabelecido base de calculo e fato gerador

 CTN Arts. 43, 44 e 45 → Acréscimo patrimonial

 Patrimônio x Faturamento → Não pôde-se confundir faturamento com patrimônio,


haverá acréscimo de patrimônio somente quando forem deduzidos todos os gastos e
deduções, apenas o valor líquido

 Fato gerador = Acréscimo patrimonial

 Base de cálculo = montante real, arbitrado ou presumido da renda ou dos proventos


tributários

 Contribuinte: Titular da renda ou proventos

IR da PJ

 Verifica-se acréscimo patrimonial da PJ

 É mais fácil de se verificar porque:

o A PJ já vem exigindo com um patrimônio


o A PJ tem um objetivo definido, podendo diferenciar a despesa relevante da não
relevante

IR da PF

 Tributa-se também o acréscimo patrimonial anual


 Dificuldades:
o Não há um patrimônio de constituição
o Ausência de parâmetro objetivo para estabelecer o que é dedutível
o O critério dedutível será político, aquilo que o legislador considerar essencial

CONSUMO

ICMS

 Enquanto na maioria dos países tributa-se em um único tributo, no Brasil há 3: ICMS, IPI
e ISS

 Art. 155, §2º, I → o ICMS não é cumulativo, compensa-se o imposto da fase anterior
 Ex: Produtor vende por 100 pra A, cobra-se 10 por cento (10), Quando A vende para B
por 200, dos 10 por cento (20), compensa-se os 10 cobrados da fase anterior, incidindo
apenas 10. → incidência plurifásica

 O Fato gerador é a circulação econômica da mercadoria

 No BR, o produtor apenas tem deduzido as entradas que estão ligadas diretamente à
produção

 A doutrina critica que, o BR adotou o modelo europeu de incidência plurifásica, mas não
na parte de créditos ao não consumidor

 A ocorrência do fato gerador é no Estado de saída

 No ICMS, há dois tipos de alíquota. A interestadual e interna. A interestadual se


subdivide em 2: 12% quando o destinatário estiver na região sul e sudeste, menos no
ES. 7% quando o destinatário estiver no Norte, Nordeste e ES

 Quando há circulação interestadual, o imposto é distribuído entre os estados, fazendo


o cálculo da alíquota interna – alíquota interestadual. Se a alíquota interna de MG, SP e
ES é 20% para um carro, o carro indo de MG para SP, incidirá 12% pra MG e 8% pra SP

 Além de mercadorias, o ICMS incide em serviços de telecomunicações, transporte


interestadual e municipal, além de operações mistas (quando a mercadoria circula
juntamente com serviço não compreendido na competência municipal)

 No caso de importação de mercadorias, incide também o ICMS

 O contribuinte é o comerciante, industrial, desde que pratique com habitualidade

 A lei que trata desse imposto é LC 87

Patrimônio

 Critério material da hipótese → Patrimônio


 Critério temporal da hipótese:
o Tributação estática do patrimônio: Fato gerador continuado
o Tributação dinâmica do patrimônio: Fato gerador instantâneo (uma única vez e
não se renova)
o

Impostos sob patrimônio do ponto de vista estático: IPTU, IPVA, ITR

IPTU

 Competência do município
 Art. 32 e 34 do CTN
 Propriedade domínio útil ou posse (animus domini)
 Propriedade em sentido amplo
 Alíquota: Determinada pelo município
 Base de cálculo: Valor real do imóvel (presunção relativa do valor do imóvel).

IPVA

 Propriedade de veículo Automator terrestre


 Aviões e barcos? Esses automóveis tem registro federal e o imposto é estadual, gera-se
um conflito de competência
 A alíquota é de acordo com o estado domicílio
 Não há norma geral no CTN
 Alíquota mínima: 3%, para evitar grandes guerras fiscais

ITR

 Aspecto social
 Base de cálculo é afetada pela função social da propriedade. É calculada de acordo com
a utilização da terra

Impostos sob patrimônio do ponto de vista dinâmico:

ITBI

 Competência do município onde está situado o bem imóvel


 Transmissão onerosa de bens imóveis inter vivos
 LC permite que tanto o vendedor quanto o comprador possam pagar o tributo

ITCD

 Tributa-se toda transmissão causa mortis e doação


 Competência do estado da situação do bem para imóveis, e de domicilio do doador para
os demais bens
 Alíquota máxima de 8%

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