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PRESBÍTERO ANDRIELSON NEVES

A CEIA DO SENHOR
Foi na véspera da morte de Jesus. Houve duas ceias: a ceia da Páscoa e a Ceia
do Senhor. A Ceia do Senhor foi instituída no final da ceia da Páscoa. Lucas
menciona dois cálices (22.17-20). Mateus, Marcos e Lucas mencionam duas
ceias; João menciona somente a da Páscoa.
A Ceia do Senhor é descrita em quatro trechos bíblicos: Mt 26.26-29; Mc
14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-32. Sua importância relaciona-se com o
passado, o presente e o futuro.

1. Sua importância no passado.

a) É um memorial (gr. anamnesis; vv. 24-26; Lc 22.19) da morte de Cristo


no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação. Através da
Ceia do Senhor, vemos mais uma vez diante de nós a morte salvífica de
Cristo e seu significado redentor para nossa vida. A morte de Cristo é nossa
motivação maior para não cairmos em pecado e para nos abstermos de toda a
aparência do mal (1 Ts 5.22).

b) É um ato de ação de graças (gr. eucharistia) pelas bênçãos e salvação


da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós
(v. 24; Mt 26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19).

2. Sua importância no presente.

a) A Ceia do Senhor é um ato de comunhão (gr. koinonia) com Cristo e


de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo,
comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (1 Co 10.16,17). Nessa
ceia com o Senhor ressurreto, Ele, como o anfitrião, faz-se presente de modo
especial (cf. Mt 18-20; Lc 24.35).

b) É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança (gr. kaine


diatheke) mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e nosso
compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leais, de resistir o

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pecado e de identificar-nos com a missão de Cristo (v. 25; Mt 26.28; Mc 14.24;
Lc 22.20).

3. Sua importância no futuro.

a) A Ceia do Senhor é um antegozo do reino futuro de Deus e do


banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão presentes
com o Senhor (Mt 8.11; 22.1-14; Mc 14.25; Lc 13.29; 22.17,18,30).

b) Antevê a volta iminente de Cristo para buscar o seu povo (v. 26) e
encena a oração: "Venha o teu Reino" (Mt 6.10; cf. Ap 22.20). Na Ceia do
Senhor, toda essa importância acima mencionada, só passa a ter significado
se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à
Palavra de Deus e à sua vontade.

Durante 1400 anos a Páscoa havia prenunciado a vinda de Jesus, o


Cordeiro pascal. Jesus comeu a Páscoa, substitui-a pela própria Ceia e em
seguida ele mesmo foi sacrificado como o cordeiro pascal. Jesus morreu na
cruz no mesmo dia em que os cordeiros pascais estavam sendo imolados no
Templo.
A Páscoa já servira aos seus propósitos, e agora devia ceder lugar à
nova Ceia que devia ser observada em memória de Jesus, até que ele venha
de novo (1 Co 11.23-26).
Assim como a Páscoa lembrava o passado, quando Israel foi liberto do
Egito, e também indicava o futuro – o Advento de Jesus em graça, também
esse memorial lembra sua morte passada e, no futuro, a sua Segunda Vinda
em glória.

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