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PRESBÍTERO ANDRIELSON NEVES

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O Tribunal de Cristo
O TRIBUNAL DE CRISTO

Logo depois do arrebatamento da Igreja por Jesus


Cristo, e antes da entrada nas bodas do cordeiro, haverá o
julgamento, não para salvação, mas para prestação de
contas, como na parábola dos talentos (Mt 25.14). Esse
momento será de avaliação das obras realizadas por meio
do Corpo em prol do evangelho. O apóstolo Paulo fala
disso em vários de seus ensinos, mas especialmente em três
referências exclusivas:

1. “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também,


por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos
de comparecer ante o tribunal de Cristo” (Rm 14.10);

2. “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal


de Cristo, para que cada um receba segundo o que
tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Co
5.10);

3. “A obra de cada um se manifestará; na verdade, o


Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e
o fogo provará qual seja obra de cada um. Se a obra
que alguém edificou nesta parte permanecer, esse
receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar,
sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia
como pelo fogo” (1 Co 3.13-15).

SOFRERÁ DETRIMENTO. A Bíblia assevera que


todos os redimidos estão isentos do juízo divino para
condenação (Jo 5.24; Rm 8.1; Hb 10.14-17). Há, porém, um
juízo futuro para os crentes (1 Jo 4.17; Hb 10.30b),
concernente ao grau de sua fidelidade a Deus e a graça que
receberam durante esta vida na terra (1 Co 3.10; 4.2-5; 2 Co

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5.10). Nesse juízo, há a possibilidade do crente, embora
salvo, sofrer uma grande perda (gr. zemioo, que significa
"sofrer perda ou dano").
O crente negligente corre o perigo de sofrer perda, a
saber:

1. Sentimento de vergonha na vinda de Cristo (2 Tm


2.15; 1 Jo 2.28);

2. Perda do trabalho que fez para Deus na sua vida (1


Co 3.12-15);

3. Perda de glória e de honra diante de Deus (Rm 2.7);

4. Perda de oportunidade de servir e de autoridade no


céu (Mt 25.14-30);

5. Posição inferior no céu (Mt 5.19; 19.30);

6. Perda de galardão (1 Co 3.14,15); e

7. Retribuição por injustiça cometida contra o próximo


(Cl 3.24,25).

Esses textos bíblicos devem gravar em nossa mente a


necessidade de uma dedicação total, inclusive fidelidade e
abnegação no serviço de nosso Senhor (cf. Rm 12.1,2; Fp
2.12; 4.3).

TODAVIA COMO PELO FOGO. A alusão ao "fogo",


provavelmente, significa "salvo por um triz". Como alguém
que está numa casa incendiada e escapa através do fogo, só
com a vida. Ver essa figura em Jd v.23. Deus avaliará a
qualidade da vida, da influência, do ensino e do trabalho na
igreja, de cada pessoa e, especialmente, de cada obreiro. Se
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sua obra for julgada indigna, ele perderá o seu galardão,
mas, pessoalmente será salvo. Note que esse trecho não
ensina a doutrina do purgatório; refere-se a um julgamento
de obras, e não à purificação da pessoa quanto aos seus
pecados.

Esse julgamento é chamado de “tribunal de Cristo”, e


ali cada um será galardoado ou não, de acordo com o que
fez. Cada crente está construindo sobre o fundamento, o
qual é Cristo Jesus, durante sua vida e serviço. Ele deve
comparecer diante do tribunal de Cristo a fim de que suas
obras sejam provadas como base para a recompensa. Tudo
será julgado: nossas palavras, nossos atos, nossos motivos,
nossas atitudes, nosso caráter, nossos sofrimentos, o uso
dos dons espirituais, a administração dos bens materiais e
do dinheiro (Mt 5.22; 12.36-37; Mc 4.22; Rm 2.5-11; 1 Co
3.13; 4.5; 13.3; Ef 6.8). Foi por este motivo que o apóstolo
Paulo advertiu a igreja de Corinto dizendo: “Mas veja cada
um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro
fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus
Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um
edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno,
palha, a obra de cada um se manifestará”. (1 Co 3.10-12).

Se aquilo que tiver sido edificado sobre o fundamento


de Jesus Cristo for inútil (se queimar), a pessoa será salva
porque a salvação é pela fé e não por obras, mas suas obras
não lhe concederão recompensas ou coroas. O contrario
também é verdadeiro: se o edifício for “bom”, receberá
galardão. Fica transparente que “haverá ali uma avaliação
do que fizemos e não fizemos, mas isso não indica que será
um momento de temor, mas de confiança; mas ninguém
estará ali presente a não serem os salvos: ali todos amarão o
Redentor e confiarão nele”.

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As recompensas que os fiéis receberão são chamados
de coroas, sendo de cinco espécies:

1. Coroa de glória: “E, quando aparecer o Sumo


Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória”
(1 Pe 5.4).
2. Coroa incorruptível: “E todo aquele que luta de
tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma
coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível” (1
Co 9.25).
3. Coroa de alegria: “Portanto meus amados e
queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim
firmes no Senhor, amados” (Fl 4.1); “Porque qual é a
nossa esperança, ou gozo, ou coroas de alegrias?
Porventura, não sois vós também diante do nosso
Senhor Jesus Cristo em sua vinda? Na verdade, vós
sois a nossa alegria e gozo”
4. Coroa de justiça: “Desde agora, a coroa da justiça
me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me
dará naquele Dia; e não somente a mim, mas
também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm
4.8).
5. Coroa da vida: “Bem-aventurado o varão que sofre
a tentação; porque, quando for provado, receberá a
coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos
que o amam” (Tg 1.12). “Nada temas das coisas que
hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de
vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma
tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei
a coroa da vida” (Ap 2.10).

Tanto o termo “tribunal”, (bema), significando


“plataforma do orador, uma plataforma elevada ao ar
livre”, quanto a “coroa”, (stephanos), eram termos bem
conhecidos entre os coríntios. Ambos eram
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empregados nos jogos olímpicos, quando o juiz recebia
em uma plataforma o vencedor da disputa atlética e
lhe entregava como recompensa uma coroa de louros.
Usando essa figura, o apóstolo Paulo declarou que os
vencedores na fé também receberão suas coroas como
recompensa de sua vida piedosa.

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Exercício

1. O que ocorrerá depois do arrebatamento?


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2. Qual é o motivo do tribunal?


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3. Quais são os tipos de recompensa que os fiéis
receberão?
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4. Explique o sentido de “coroas” como recompensa dos


fiéis.
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