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Aula 00

Conhecimentos de Economia p/ DNIT (Analista em Infraestrutura de Transportes e


Analista Admin)

Professores: Daniel Saloni, Heber Carvalho

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Conhecimentos de Economia p/ DNIT
Analista em Infraestrutura de Transportes e Analista Adim
Prof Heber Carvalho e Daniel Saloni Aula 07
AULA 07 – Processos de globalização:
dimensões, ideologias, sistema financeiro
internacional e implicações para o
desenvolvimento nacional. A crise
econômica global de 2008: impactos na
economia brasileira e respostas da política
econômica.

0
Sumário
1. Sistema financeiro internacional ................................................................................................ 2
1.1. Padrão-ouro............................................................................................................................ 4
1.2. Padrão dólar-ouro................................................................................................................... 8
1.3. Fim da conversibilidade ........................................................................................................ 12
2. A crise econômica de 2008 .......................................................................................................... 14
2.1 Globalização .......................................................................................................................... 15
2.2 Mercados financeiros............................................................................................................. 15
2.3 O desenrolar da crise ............................................................................................................. 16
2.4 Impactos da crise na economia brasileira ............................................................................... 18
2.5 Resposta da política econômica brasileira a crise ................................................................... 19
3. Características dos fluxos financeiros internacionais - globalização .............................................. 19
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................... 23
LISTA DE QUESTÕES ............................................................................................................... 42
GABARITO ....................................................................................................................................... 50

Olá caros (as) amigos (as),

Hoje, estudaremos temas de Economia Internacional. Veremos como


funcionou o sistema financeiro mundial ao logo dos anos. A partir daí, faremos uma
análise do período mais recente, abordando a crise econômica global de 2008.

E aí, todos prontos? Então, aos estudos!

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1. Sistema financeiro internacional

As relações econômicas internacionais têm se tornado cada vez


mais complexas ao longo dos anos. Desde os primórdios da humanidade,
podemos verificar as trocas de mercadorias entre as comunidades
primitivas.

As relações comerciais primitivas eram efetuadas na base do


escambo1, ou seja, as trocas eram realizadas de maneira direta. Se eu
fosse um produtor de trigo, teria que encontrar alguém que precisasse de
trigo e produzisse alguma mercadoria de meu interesse para que
pudéssemos trocar nossas mercadorias e diversificar nosso padrão de
consumo.

Fica claro que este sistema de trocas extremamente primitivo não


poderia funcionar por muito tempo, pois a necessidade de consumo de
um produtor deveria coincidir com a vontade de consumo de um outro
produtor para que uma troca comercial pudesse ocorrer.

Neste contexto, diante da necessidade de algo que intermediasse as


trocas comerciais, é que surgiram as primeiras moedas. Incialmente, uma
mercadoria qualquer foi utilizada como moeda (o sal já teve a função de
moeda, aliás, a origem da palavra salário advém do fato de que os
vencimentos eram pagos em sal2). Posteriormente, com a sofisticação do
sistema comercial, o ouro e a prata passaram a exercer a função de
moeda.

Vimos na aula 05 que a moeda possui três funções essenciais: i)


meio de troca (é aceita para intermediar as transações efetuadas); ii)
unidade de conta (é capaz de expressar o valor dos bens transacionados;
iii) reserva de valor (mantém o seu valor durante um período de tempo).

Atualmente, cada país possui sua própria moeda. Para que as trocas
internacionais possam ser realizadas, as moedas dos diferentes países
devem expressar seu valor em relação à moeda do outro país, que se
deseja realizar a transação. Este valor de uma moeda expressa em
relação a outra é a taxa de câmbio, conforme já vimos em nosso curso.

Os países podem utilizar suas políticas monetárias e cambiais para


alterar a taxa de câmbio. A alteração da taxa de câmbio altera os preços
relativos dos bens entre os países. Como vimos na aula 03, por exemplo,

1
Troca de mercadorias ou serviços de maneira direta, sem fazer uso de moeda.
2
Sal deriva do latim salarium, que significa "pagamento de sal” ou “pelo sal".

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uma desvalorização do real representa uma valorização do dólar, o que
torna os produtos brasileiros mais baratos, frente aos americanos.

Neste contexto, em um universo imenso de moedas e transações


internacionais, há grande dificuldade dos formuladores de políticas
econômicas de adotar suas estratégias, que está sempre condicionada às
políticas econômicas dos outros países. Com isso, surge a necessidade de
regulação neste mercado, para que funcione com certa estabilidade.

Quando falamos em “sistema monetário internacional”, referimo-


nos a todo o conjunto de regras e de convenções que tem como objetivo
regular as relações monetárias e/ou financeiras entre os países. Estas
regras dizem respeito a dois aspectos principais: o padrão monetário a
ser adotado e a conversibilidade de moedas. O objetivo do sistema
monetário internacional é proporcionar estabilidade às relações
econômicas internacionais, maximizando os ganhos do comércio e os
benefícios advindos dos movimentos de capital.

A conversibilidade de moedas diz respeito à relação de preços entre


as moedas dos diversos países e, portanto, à taxa de câmbio. Já os
padrões monetários se referem à natureza dos ativos utilizados como
reserva monetária. Esses ativos poderão ser reservas em espécie (como o
ouro, por exemplo) ou reservas fiduciárias (baseadas na confiança
outorgada pelos agentes econômicos).

Tratando-se das reservas em espécie, as moedas dos países são


ancoradas em algo indiscutivelmente valorizado de forma universal. O
ouro já ocupou este papel, de forma que o valor das moedas era definido
em termos de ouro. Nesse caso, a emissão de moeda pelo país depende
da riqueza acumulada. Por exemplo, se a reserva fosse o ouro, o país só
poderia emitir moeda de acordo com as suas reservas de ouro.

Em relação às reservas fiduciárias, uma determinada moeda passa


a ser utilizada como meio de troca internacional, sem qualquer lastro em
alguma mercadoria de valor como o ouro foi. Nestas condições, um país
consegue ter sua moeda aceita para um número significativo de
transações internacionais e terá condições de capturar benefícios
derivados dessa posição privilegiada.

Na atualidade, como não há uma autoridade monetária


internacional com exclusividade de emissão de moeda ou que tenha
condições de garantir o seu valor, não existe como padrão uma moeda
que possa se colocar como referência única para as trocas internacionais.
Hoje, a maior parte das reservas dos diversos países e a maior parte das
transações comerciais são em dólares norte-americanos. Um candidato
potencial a desafiar essa posição é o euro, mas até aqui não se mostrou

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com força suficiente. Nos últimos anos, há um movimento crescente por
parte da China para aumentar o grau de aceitação pelo renminbi.

Ao longo da história, sobretudo a partir do inicio do século XX,


sempre se pensou na construção do sistema monetário internacional,
visando garantir aceitável fluidez às transações internacionais.

Ao longo do tempo, diante da latente necessidade de utilização de


uma moeda internacionalmente aceita, que seja estável e com valor
previsível, um padrão a ser utilizado para balizar o valor de cada moeda,
lastreando inclusive a sua emissão, foi o ouro.

1.1. Padrão-ouro

A teoria do padrão-ouro foi primariamente pensada por David


Hume, em 1752, como modelo de fluxo de moedas metálicas,
estabelecendo uma relação entre moeda e níveis de preços. Embora seja
difícil estabelecer o inicio do uso deste padrão, é comum à literatura
estabelecer que ele estivesse em pleno uso a partir do final do século XIX,
tendo estado vigente até o inicio da 1º Guerra Mundial, em 1914.

O padrão-ouro foi o primeiro sistema monetário internacional. No


seu período de vigência a Inglaterra era a potência hegemônica mundial,
tendo sido a responsável pela implantação e manutenção do sistema,
tanto pela sua importância como participante do comércio internacional,
quanto pelo desenvolvimento de suas instituições financeiras.

No padrão-ouro, cada país fixava o preço de sua moeda em relação


ao ouro, isto é, determinava sua taxa de câmbio com base no ouro. A
quantidade de reservas de ouro em um determinado país também
determinava sua oferta monetária, ou seja, a quantidade de moeda
emitida pelo país tinha que estar de acordo com suas reservas de ouro.
Podemos dizer que este sistema possuía plena conversibilidade das
moedas em ouro. Além disso, como as moedas eram atreladas ao ouro,
as reservas internacionais dos países eram de metal precioso.

A existência de um padrão-ouro está associada à adesão de um


número expressivo de países a três características básicas:

i) conversibilidade das moedas nacionais em ouro;

ii) liberdade para o movimento internacional de ouro (entrada e saída de


cada país);

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iii) um conjunto de regras que relacionem a quantidade de moeda em
circulação em um determinado país ao estoque de ouro de que esse país
dispõe.

As taxas cambiais eram fixas no padrão-ouro e variavam entre o


“gold-point”. Vamos recorrer a um exemplo para explicar o conceito de
“gold point”. Imagine que a paridade entre o real e o dólar seja de 5 reais
= US$ 1,00 e que a demanda por dólares no Brasil seja maior que sua
oferta. Essa situação levaria a uma valorização no Brasil do dólar frente
ao real, ou seja, acima de 5,00 reais. Imagine ainda que um brasileiro
tenha uma dívida nos EUA e precisa comprar dólares para honrá-la.
Tendo em vista que o dólar está valorizado a mais de 5,00 reais no Brasil,
esse brasileiro poderia enviar ouro diretamente aos EUA (à paridade 5,00
reais para US$ 1,00).

Este envio de ouro diretamente entre os países, entretanto, possui


custos de transporte. Vamos supor que exista um custo de transporte de
0,10 reais para enviar ouro equivalente a US$ 1,00 do Brasil aos EUA.
Neste exemplo, o gold-point de se enviar ouro do Brasil aos EUA seria de
US$ 1,00 = 5,10 reais. Dessa forma, se o real estiver valendo mais que
R$ 5,10, é mais vantajoso enviar ouro diretamente aos EUA, do que
comprar dólares.

Por outro lado, se a oferta de dólares no Brasil for maior que sua
demanda, o valor do dólar seria inferior a 5,00 reais. Se o valor for
inferior a R$ 4,90 reais, haveria ouro sendo enviado dos EUA ao Brasil.
Isso aconteceria, pois seria vantajoso para os possuidores de dólares nos
EUA convertê-los em ouro e transportar este ouro ao Brasil, mesmo
arcando com o custo de R$ 0,10 reais por US$ 1,00 do transporte. O
gold-point de se enviar ouro dos EUA ao Brasil seria de US$ 1,00 = 4,90
reais.

Concluímos que a taxa de câmbio era determinada pela


oferta e demanda de divisas dentro dos limites estabelecidos
pelos gold-points. O câmbio era determinado pela oferta e demanda de
divisas, mas a variação da taxa ocorria apenas nos intervalos delimitados
pelo gold-point, pois a partir deste limite compensaria remeter ouro
diretamente nas transações do que converter as moedas.

Com relação ao Balanço de Pagamentos, o ajuste no padrão-ouro se


daria automaticamente, de modo que um país com superávit no balanço
de pagamentos acumularia ouro internamente, expandindo sua base
monetária, provocando alta de preços. O aumento de preços reduziria a
competitividade de seus produtos no mercado internacional. A redução da
competitividade dos produtos diminuiria o superávit do país, equilibrando
o Balanço de Pagamentos.

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Para o país deficitário, haveria uma tendência de exportar ouro,
reduzindo a base monetária e baixando preços internos, o que traria
maior competitividade de seus produtos na exportação. O aumento de
competitividade de seus produtos levaria a um aumento das exportações
e à redução do déficit no Balanço de Pagamentos. Este mecanismo entre
países com Balanço de Pagamentos superavitários e deficitário tenderia a
levar ao equilíbrio do mercado internacional.

Podemos citar como vantagens do padrão-ouro:

 A manutenção do padrão-ouro associava-se à existência de


um mecanismo de estabilidade de preços nos países
participantes;
 Equilíbrio automático do Balanço de Pagamentos;
 Taxas cambiais fixas e previsíveis, flutuando apenas entre
os gold-points.

A adoção de um parâmetro externo, confiável e amplamente aceito


favoreceu as operações de câmbio entre moedas e também conferiu
previsibilidade às negociações, favorecendo o comércio internacional, bem
como o trânsito de capitais em si.

No entanto, para que este padrão pudesse operar de forma


satisfatória, seria necessário que o mercado funcionasse em condições de
concorrência perfeita, com flexibilidade de preços e salários, pleno
emprego de fatores de produção, com demanda de moeda predominante
para transações e a oferta de moeda vinculada ao estoque de ouro – é o
que estabelece a teoria quantitativa da moeda.

O padrão-ouro vigente, entretanto, apresentou variação no


cumprimento dos pressupostos e várias das condições básicas não foram
cumpridas, beneficiando de forma desigual alguns participantes do
sistema, mesmo havendo o compromisso das grandes potências
econômicas da época com a manutenção da paridade com o ouro e a
condução de politicas monetárias.

Entre as principais críticas apontadas por analistas sobre o período


em que o padrão-ouro realmente vigorou, podemos listar:

- Os critérios utilizados para a emissão de moeda: nem todos os


países usavam uma relação direta entre moeda e ouro, utilizando regras
de proporcionalidade entre a emissão de moeda e a quantidade de ouro
acumulada;

- A atuação do sistema bancário na quantidade de moeda em


circulação: como vimos os bancos comerciais participam ativamente na

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criação de moeda, de forma que a atuação dos bancos comerciais
distorcia a relação entre a quantidade de ouro e a emissão monetária;

- A rigidez à redução de salários: um país deficitário tenderia a


diminuir suas reservas de ouro, o que diminuiria a oferta de moeda e os
preços no país, conforme vimos acima. A rigidez na diminuição dos
salários dificultava que este mecanismo equilibrador funcionasse
efetivamente;

- O movimento de capitais, na forma de investimentos: estes


movimentos entre países acabaram por auxiliar a neutralização do efeito
dos países superavitários;

- O mecanismo de ajuste automático do BP nem sempre é perfeito:


além da rigidez de salários vista acima, a legislação e peculiaridades dos
países muitas vezes impediam que os preços diminuíssem;

- O padrão-ouro foi mais benéfico para os países industrializados:


nos países não-industrializados observou-se, no período, grandes
variações nas taxas cambiais;

- Ocorreram forte variações nos preços, devido a alterações no


preço do ouro. Descobertas de novas minas de ouro provocavam
desvalorização do metal frente às moedas nacionais;

- Os países com grande reservas de ouro possuíam capacidade de


influenciar a economia mundial, por meio da venda de ouro
diretamente no mercado.

Devido à eclosão da 1º Guerra Mundial foi colocado em xeque o


sistema do padrão-ouro, tendo em vista que os países, principalmente as
grandes potências econômicas, tinham que dispor do mecanismo de
emissão de moeda para financiar os gastos da guerra. Desta forma, todos
os envolvidos, mediante as necessidades de financiamento do conflito,
passaram a emitir moeda, sem observar a necessidade do devido lastro
determinado pelo sistema, minando totalmente a relativa estabilidade.

A adoção de políticas monetárias ativas para financiar os gastos de


guerra levaram a um cenário de forte inflação no período pós Primeira
Guerra. Em 1922, alguns países, dentre os quais Inglaterra, Itália, Japão
e França, celebraram o Acordo de Gênova, por meio do qual se
estabeleceu um novo sistema monetário que diferia do padrão-ouro.
Neste sistema, os países menores poderiam manter como reservas
internacionais algumas moedas de outros países grandes, que fossem
conversíveis em ouro. Este era o padrão câmbio-ouro. Dessa forma,
haviam moedas fortes atreladas ao ouro, como a libra, por exemplo, e os
países menores poderiam manter a libra como reserva internacional.

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Esta nova situação se deu em virtude das reservas de ouro


(limitadas) não conseguirem acompanhar o ritmo de crescimento da
produção. Essa possibilidade de se manter outras moedas como reservas
internacionais representou, portanto, um aumento da liquidez
internacional.

Nos anos 20, diversos países retornaram ao padrão-ouro, sendo o


retorno mais significativo o da Inglaterra, em 1925. Este retorno ao
padrão-ouro não durou muito. A Inglaterra, ao retomar o padrão, adotou
uma taxa de câmbio supervalorizada, o que levou a forte desequilíbrio
externo deste país. O desequilíbrio externo inglês passou a causar
grandes desconfianças sobre a conversibilidade da libra esterlina e os
países passaram a acreditar que a Inglaterra viria a desvalorizar sua
moeda. Com a crise de 1929, a desconfiança aumentou e todos os
detentores de libras quiseram convertê-las em ouro. Isso levou a
Inglaterra a romper com o padrão-ouro em 1931, determinando o fim da
conversibilidade da libra em ouro.

No período entre guerras, após a crise de 1929, as tensões entre os


países se acirraram e foram adotadas políticas de desvalorizações
competitivas cambiais, na tentativa de ganhar competitividade no
mercado internacional. As competições cambiais, aliadas ao forte
protecionismo adotado no período, reduziu drasticamente o comércio
internacional e levou à elevação da temperatura política entre os países, o
que contribuiu para eclosão da Segunda Guerra.

Durante a 2º Guerra Mundial, os Estados Unidos e a Inglaterra


negociaram uma reestruturação econômica, levando a assinatura da
chamada Carta do Atlântico, em 1941.

Com o fim da guerra, os Estados Unidos acabam se consolidando


como a nova potência mundial, levando a construção de uma nova ordem
monetária e econômica internacional, e, como nação hegemônica, impôs
ao mundo o dólar como moeda internacional, assim como a sua
supremacia tanto no campo monetário quanto na condução das finanças
mundiais.

1.2. Padrão dólar-ouro

A década de 1930 foi bastante problemática, por seus conflitos e


eventos traumáticos, como o aprofundamento da crise de 1929 e o
surgimento de regimes autoritários em diversos países, culminando com a
2º. Guerra em 1939. Este período trouxe uma série de lições e
preocupações quanto à necessidade de construção de uma estrutura que

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pudesse evitar conflitos, sobretudo os comerciais e cambiais, que acabam
por agravar as tensões, refletindo no campo político.

A assinatura da Carta do Atlântico em 1941 é considerada uma


antecipação da Conferência de Bretton Woods, ocorrida em julho de 1944,
na qual foram idealizados o Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento (Bird), o FMI (Fundo Monetário Internacional) e houve a
assinatura do GATT (em 1947), como alternativa mais viável a falta de
consenso quanto a OIC (Organização Internacional do Comércio,
posteriormente denominada OMC), e foram ainda estabelecidas a maioria
das diretrizes seguidas posteriormente ao longo do restante do século XX
e XXI.

Em Bretton Woods, ao contrário da Carta do Atlântico, estavam


reunidos os 44 países aliados, com intuito principal de reconstrução da
estabilidade econômica global a partir do estímulo ao desenvolvimento do
capitalismo, a serem restabelecidos agora sob uma nova liderança, os
EUA, o que se explica pelo fato de que as outras potências, até então
dominantes, como Alemanha, França e principalmente a Inglaterra
estavam com suas economias extremamente debilitadas em
consequências dos esforços de guerra e, portanto sem condições de ditar
qualquer alternativa naquele momento. O sistema de Bretton Woods era
regulado pelas regras do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Neste acordo ficou estabelecido que o dólar passaria a ser a moeda


oficial de troca de todo o comércio internacional. O valor das moedas foi
definido em termos de dólar. Assim, a moeda de qualquer país era
valorada em dólar, que, por sua vez, era definido em termos de ouro.
Tratava-se, assim, de uma espécie de padrão câmbio-ouro, no qual o
dólar era a principal moeda de reserva dos países. Determinou-se que
uma onça de ouro valeria U$ 35,00 (preço invariável do ouro). E, cada
país, ao aderir ao FMI, declarava o preço de sua moeda em termos de
ouro e dólares.

A paridade dólar/ouro era caracterizada pelo fato de que os EUA


fixavam o preço de sua moeda em termos do preço do ouro, isto é,
determinava sua taxa de câmbio com base no valor do ouro.

Como o dólar era a moeda usada em todas as operações do


comércio internacional, todos os países possuíam dólares como meios de
pagamento internacionais (ou reservas internacionais). Como o valor do
dólar era atrelado ao ouro, os EUA, na prática, tinham que garantir a
conversibilidade do dólar em ouro. Ou seja, se um país quisesse trocar
seus dólares por ouro, o FED (Federal Reserve) deveria garantir tal
operação.

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Assim, na prática, isso significava que os EUA determinavam sua
oferta monetária com base na quantidade de ouro que possuíam. Por
exemplo, suponha que determinada quantidade de ouro valesse,
digamos, uns US$ 100,00. Se a quantidade e/ou o valor do ouro dos EUA
aumentasse, haveria a possibilidade de aumentar a oferta monetária de
US$. Se a quantidade e/ou o valor do ouro nos EUA diminuísse, não
haveria a possibilidade de aumento da oferta monetária de US$. Afinal, os
dólares emitidos tinham que ter alguma conversibilidade em relação ao
ouro.

Então, no sistema de Bretton Woods, o valor do dólar era atrelado


ao ouro (por isso, o termo “paridade dólar/ouro”), ao passo que, no resto
dos países, o valor de cada moeda nacional era atrelado ao dólar.

No sistema Bretton Woods, as taxas de câmbio eram fixas e todos


os países tinham a obrigação de impedir qualquer variação cambial
superior a 1%. Caso a taxa tendesse a fugir deste intervalo, os Bancos
Centrais deveriam intervir no mercado, comprando ou vendendo dólares.
As taxas cambiais mínimas e máximas eram os chamados “pontos de
sustentação”.

O sistema permitia uma alteração cambial acima de 1% e inferior a


10%, mediante comunicação ao FMI. Alterações superiores a 10%
deveriam ser autorizadas pelo FMI. Este controle das taxas visava impedir
as políticas de desvalorização cambial competitiva, sendo o FMI o
responsável pela fiscalização.

O sistema Bretton Woods, no entanto, possuía problemas. Observe


que, cada país, possuía reservas internacionais em ouro e em moedas
que podiam ser trocadas por ouro (essa moeda era, principalmente, o
dólar). O problema residia no fato de que, para que ocorresse a expansão
da economia internacional, seria necessário um aumento das reservas
internacionais de dólares. Afinal, o comércio internacional era todo
transacionado com o uso de dólares.

Portanto, o crescimento do comércio mundial dependia também do


aumento das reservas internacionais de dólares. E o mundo inteiro só
teria mais dólares a partir de déficits externos dos EUA. Afinal, para que o
resto do mundo tivesse muitos dólares (superávits em seus balanços de
pagamentos) é porque os EUA estariam tendo déficits.

Entretanto, os déficits no Balanço de Pagamentos dos EUA


provocavam uma desvalorização do dólar (tudo que temos em excesso
tende a se desvalorizar). Para evitar a perda de valor de suas reservas
internacionais, cada país tentava converter seus dólares em ouro.
Acontece que, no sistema de Bretton Woods, os EUA tinham a obrigação
de garantir que os outros países pudessem converter dólares em ouro a

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um valor fixo (na época, cada onça troy, contendo 31,1 gramas de ouro,
valia US$ 35,00).

Na existência de excessivos déficits no Balanço de Pagamentos dos


EUA e da perda de valor do US$, eles teriam que possuir uma imensa
quantidade de ouro, para garantir a conversibilidade, uma vez que os
países tentariam converter seus dólares (em ritmo de desvalorização) em
ouro. Assim, os déficits no Balanço de Pagamentos dos EUA levariam a
uma situação tal em que os EUA não teriam condições de honrarem as
suas obrigações se todos os bancos centrais quisessem converter seus
dólares em ouro ao mesmo tempo. Não haveria ouro suficiente!

Este dilema ficou conhecido como Paradoxo de Triffin3. Ou seja, a


economia mundial só poderia crescer caso houvesse um aumento das
reservas de dólares dos países, o que só era possível com déficits no
Balanço de Pagamentos dos EUA. Os déficits, entretanto, minavam a
confiança no dólar.

Durante a década de 60 (especialmente no final dela), uma


sucessão de déficits no Balanço de Pagamentos dos EUA começou a
colocar em risco o funcionamento do sistema de Bretton Woods. Os EUA
estavam com sérios déficits em seu Balanço de Pagamentos, os quais
foram agravados ainda mais pelos elevados gastos públicos com as
guerras da Coréia e do Vietnã. Esses déficits levaram ao aumento das
reservas de dólares nos Bancos Centrais europeus, que começaram,
então, a solicitar a conversão desses dólares em ouro. Com isso, as
reservas de ouro norte-americanas começaram a declinar de maneira
brusca.

A situação ficou insustentável, levando Richard Nixon (presidente


dos EUA) a determinar, em 1971, o fim da conversibilidade do dólar em
ouro (ou o fim da paridade dólar/ouro). Este episódio ficou conhecido
como o Choque Nixon.

Além disso, Nixon impôs sobretaxas às importações norte-


americanas e concedeu incentivos fiscais à compra de bens de capital
produzidos internamente nos EUA. Vários autores consideram que esse
momento foi o fim do sistema de Bretton Woods.

O mercado de eurodólares

Conforme vimos acima, durante a década de 1960, houve um processo


em que os déficits no balanço de pagamentos dos EUA significaram uma
grande quantidade de dólares entrando em outros países. Esses países
estavam, principalmente, na Europa.
3
Robert Triffin era um economista britânico que publicou um trabalho, afirmando que o sistema de Bretton
Woods possuía uma contradição interna.

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Esse eurodólar possui vários sinônimos: “moeda refugiada”, “dólar no


exílio”, “dinheiro quente, volátil”. Na prática, como os países europeus
possuíam uma grande quantidade de dólares, o sistema financeiro
europeu começou a realizar operações com este capital. Estas operações
incluíam investimentos em outros países, empréstimos a empresas ou
bancos privados, etc.

Ou seja, o sistema financeiro europeu começou a utilizar e aplicar esses


dólares em excesso, tudo isso sem a regulação dos EUA (aliás, sem
qualquer regulação).

Assim, multinacionais, bancos centrais, empresas privadas, todo mundo


preferia depositar seus dólares no euromercado, onde tudo era
desregulamentado. ==0==

Na prática, o desenvolvimento desse mercado de eurodólares significou o


declínio do mercado “oficial” de dólares, onde os depositários do excesso
de dólares deveriam ser somente os bancos centrais dos países europeus
e o FED.

O mercado de euromoedas fez aumentar ainda mais a liquidez de dólares


no mercado internacional. Vários países de Terceiro Mundo ganharam
empréstimos a juros baixos (inclusive, o Brasil).

Assim, podemos concluir que o mercado de euromoedas foi uma das


causas da crise do dólar na década de 1960, e minou ainda mais a política
monetária dos EUA.

1.3. Fim da conversibilidade

A decisão de fim da paridade dólar-ouro foi precedida por tentativas


de manutenção do sistema, como a alteração do parâmetro de 35 gramas
de ouro por dólar. Os desequilíbrios verificados, entretanto, não puderam
ser contornados. Com a ascensão de países no comércio internacional, em
especial Alemanha e Japão, além dos novos industrializados entre os
países periféricos, surgiram consequentes e inevitáveis pressões sobre o
dólar e levaram a adoção em 1971 de um pacote de medidas que, além
de ter decretado o fim da paridade dólar-ouro, também determinou a
elevação de alíquotas de imposto de importação e uma política ativa de
compras governamentais de produtos nacionais, pelos EUA.

Como reação a este ambiente e também à decisão norte americana


de romper com o padrão dólar-ouro, diversos países passaram a adotar o

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cambio flexível, principalmente por não haver referencial, nem a
experiência necessária em lidar ou criar algum sistema alternativo a um
sistema que funcionou desde a Segunda Guerra até meados dos anos de
1970. Houve também aumento da pressão por parte de outros países em
relação ao que se consideravam medidas protecionistas conduzidas pelos
EUA.

Em dezembro de 1971, a partir de uma reunião das sete principais


economias do mundo foi assinado o Acordo Smithsoniano, o qual alterou
a paridade entre algumas moedas e os Estados Unidos se
comprometeram a eliminar algumas politicas comerciais adotadas até
aquele momento, desvalorizando a moeda americana, a fim de melhorar
o saldo do Balanço de Pagamentos dos EUA.

O Acordo Smithsoniano marcou o início de uma nova fase no


sistema monetário internacional, no qual os países passaram a se reunir
para decidir os rumos e definir ajustes sobre suas políticas
macroeconômicas.

No mesmo acordo, diversas moedas europeias foram fixadas ao


dólar a paridades subvalorizadas, na verdade a única concessão dos EUA
foi a insignificante desvalorização na taxa oficial do dólar, elevada para
US$ 38.

Embora limitada e até mesmo considerada tardia, tal desvalorização


foi importante, pois se tratava do reconhecimento de que o preço de US$
35 não era uma lei absoluta.

No entanto, parecia inevitável que taxas de câmbio fixas – ainda


que em zonas de flutuação mais amplas - mas sem um meio internacional
de troca, estivessem fadadas ao fracasso, tendo em vista a inflação
monetária, o declínio do dólar e os déficits do balanço de pagamentos dos
Estados Unidos que seguiam ocorrendo indistintamente.

Finalmente, o dólar entrou em colapso no mercado mundial e


decretou-se o fim da conversibilidade.

Em 1976, os países adotaram de vez o sistema de câmbio flutuante,


ratificado pelo acordo da Jamaica, cujos principais pontos são:

 reconhecimento oficial do mercado de câmbio flutuante;

 abolição do preço oficial de ouro;

 venda de parte do ouro do FMI, com destinação dos lucros a um


fundo de ajuda aos países subdesenvolvidos;

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 acesso dos países subdesenvolvidos a empréstimos do FMI,
objetivando auxiliá-los na estabilização de seus balanços de
pagamentos.

Apesar da realização de acordos entre os países, o sistema


monetário internacional continuou instável e seu equilíbrio prejudicado,
levando a diversas crises internacionais que estudaremos com mais
detalhe no próximo tópico.

2. A crise econômica de 2008

O período que vai desde o início da década de 1990 até o final da


década do ano de 2010 foi marcado por diversas crises mundiais, que se
iniciavam isoladamente em um determinado país e, acabavam por atingir
uma escala mundial.

Assim, a partir da década de 1990 há uma sucessão de crises em


escala mundial. Ainda que tenham surgido em regiões ou por motivos
específicos, devido ao processo de globalização da economia, que
construiu a interdependência entre diversas nações no mercado
internacional, verifica-se a propagação dos efeitos negativos para todo o
mundo.

Dentre as diversas crises das últimas décadas, a crise de 2008 foi a


maior delas.

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2.1 Globalização

Para falar das crises econômicas recentes e, claro, da grave crise de


2008, temos que falar sobre o processo de globalização. A globalização
nada mais é que um processo de integração econômica, social, cultural e
política, verificado entre os diversos países, nas últimas décadas. Com a
globalização, passamos a comprar computadores da IBM produzidos na
China ou roupas da Calvin Klein confeccionadas na Indonésia.

Essa interligação entre as nações do mundo se deu também entre


os mercados financeiros globais. Com a melhora da tecnologia da
informação, um habitante do Peru consegue, em segundos, realizar
operação na bolsa de valores da Rússia ou um aposentado brasileiro pode
comprar títulos da dívida pública da Turquia.

Durante os anos que antecederam a crise, movidas pela alta


expectativa de lucros e metas ousadas, as instituições financeiras
passaram a realizar operações cada vez mais arriscadas. Este processo foi
o que deu origem à crise de 2008.

Antes de tratar diretamente da crise, vamos falar um pouco sobre o


funcionamento do mercado financeiro e como ele impacta na economia
real.

2.2 Mercados financeiros

Os mercados financeiros fazem a intermediação entre poupadores e


tomadores de empréstimo. Vimos na aula de Economia Monetária que os
bancos emprestam boa parte dos recursos depositados. Um indivíduo que
tenha um valor de, digamos, R$ 50.000,00 vai depositar este dinheiro em
um banco, buscando rentabilidade. O banco emprestará uma parte
(apenas uma parte, pois o banco mantem uma parte em reservas,
conforme aprendemos) deste valor para outro indivíduo que queira
comprar algum bem ou alguma empresa que queira comprar uma
máquina, por exemplo. Dessa forma, os bancos fazem a intermediação
entre poupadores e tomadores de empréstimos. Os bancos lucram nesta
operação, pois o que recebem de juros dos tomadores de empréstimo é
maior do que pagam de juros aos poupadores. Esta diferença é o spread
bancário. Neste processo, o mercado financeiro está ligado à economia
real, pois os empréstimos feitos pelos bancos são utilizados para comprar
bens reais.

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2.3 A crise mundial de 2008

Como vimos, instituições financeiras passaram a realizar operações


cada vez mais ariscadas. Isto não se deu de uma hora para a outra.
Desde meados da década de 1980, iniciou-se um processo de
desregulamentação do sistema financeiro norte-americano. Somado a
esta desregulamentação, a partir de 1990, a economia americana passou
por grandes processos de fusões entre as corporações. Nesta toada,
surgiram verdadeiras gigantes no mercado financeiro. Ou seja, o mercado
passava por um processo de concentração, em um ambiente cada vez
mais desregulamentado. A quebra de uma empresa desta magnitude
comprometeria todo o sistema financeiro nacional.

Em meados dos anos 2000, em um ambiente bastante


desregulamentado, os bancos comerciais realizavam seus empréstimos e
vendiam os títulos das dívidas aos bancos de investimento. Com um
exemplo fica mais fácil, imagine que você empreste dinheiro em um
banco comercial para comprar um carro. O banco te entrega dinheiro e
você assina um papel (título da dívida), que fica com o banco. Os bancos
vendiam estes papéis aos bancos de investimento, que reuniam títulos de
diversos tipos (empréstimos de casas, de carros, etc). Estes títulos, por
sua vez, eram vendidos a investidores pelos bancos de investimentos. Os
bancos de investimentos transformaram tais créditos em títulos na forma
de derivativos4 negociáveis no mercado financeiro internacional, cujo
valor era até 05 vezes maior que o valor original das dívidas. Este
processo era validado pelas agências de risco5, que atribuíam boas notas
aos títulos. Esta enorme ciranda financeira funcionava bem enquanto os
tomadores de empréstimos honravam suas dívidas, ou seja, o
emprestador original que tomava recursos para comprar o carro de nosso
exemplo arcava com sua dívida.

Na ânsia de obtenção de lucros cada vez maiores, os bancos


passavam a emprestar recursos a clientes que não possuíam bom
histórico de pagamentos, eram os clientes subprime. Esses clientes, pelo
histórico de pagamento, pagavam juros maiores pelos financiamentos.
Perceba que foram criados títulos negociáveis cujo lastro era esses
créditos “podres”.

Essa grande concessão de empréstimos inflou a venda de imóveis, o


que gerou forte aumento dos preços, levando a formação de uma grande

4
Instrumentos financeiros cujo preço de mercado deriva (daí o nome) do preço de mercado
de um bem ou de outro instrumento financeiro (Dicionário de Derivativos, de José Evaristo
dos Santos). Ou seja, é a operação em que o valor das transações deriva do comportamento
futuro de outros mercados.
5
As agências de classificação de risco são instituições que classificam produtos financeiros
ou seus emissores de acordo com o grau de risco do pagamento ser efetuado.

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bolha imobiliária. Dessa forma, as pessoas financiavam um imóvel na
expectativa de que este imóvel se valorizasse rapidamente. A valorização
contínua dos imóveis permitia aos mutuários obter novos empréstimos,
sempre maiores, para liquidar os anteriores, em atraso – e o que é
melhor: dando o mesmo imóvel como garantia.

Para completar este cenário de instabilidade, cabe falar da maior


seguradora do mundo, a AIG. A American Internacional Group tem como
negócio principal a venda de seguros, entretanto, seus serviços não são
vendidos apenas para pessoas comuns. A companhia fornece também
seguros para grandes bancos. Assim, ao realizar os empréstimos
descritos acima, os bancos comerciais contratavam seguradoras, como a
AIG, para garantirem suas operações.

Toda este circulo financeiro funcionava bem, enquanto os


empréstimos eram honrados. Com a grande valorização imobiliária, os
financiamentos ficavam cada vez mais difíceis de serem amortizados,
ainda mais porque os tomadores subprime pagavam juros elevados,
devido a seu histórico ruim.

Dessa forma, a inadimplência começou a aumentar e em outubro de


2007, 1/3 dos financiamentos estavam inadimplentes, com os clientes
deixando de pagar seus empréstimos. Iniciou-se, assim, um grande
processo de execução de hipotecas. Os imóveis foram tomados pelos
bancos comerciais e colocados à venda. O grande volume de imóveis à
venda, que significava aumento da oferta de imóveis, derrubou o preço
dos imóveis. Nesta toada, instaurou-se um ciclo negativo no mercado:
aumento de imóveis devolvidos, aumento de imóveis a venda, redução de
preços. A bolha imobiliária estourara!

A concessão de financiamentos bancários despencou, bem como a


venda de derivativos pelos bancos de investimentos. Em 12 de setembro
de 2008, o banco Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos
financeiro, quebrou, em virtude de suas perdas. Neste momento,
percebeu-se a gravidade da crise e a possibilidade de se espalhar por
todo o sistema financeiro.

Na mesma semana, foi a vez da seguradora AIG anunciar que não


tinha recursos para arcar com suas dívidas. Para socorrer a seguradora, o
governo americano dispendeu US$ 150 bilhões. A AIG não poderia falir,
pois assegurava setores que iam desde o sistema bancário até o setor
naval e aeronáutico. Na mesma toada, o governo disponibilizara US$ 61
bilhões ao banco Goldman Sachs.

A crise financeira rapidamente refletiu na economia real, devido a


grande queda do crédito e aumento da inadimplência. Isto causou queda
nos investimentos e no consumo, impactando fortemente na atividade

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econômica. Em poucas semanas, o desemprego nos Estados Unidos
atingiu a casa dos 10% e diversos tipos de empresas passaram a
apresentar problemas.

Dada a relevância dos EUA na economia global e o nível de


integração dos mercados globalizados, o mundo todo passou a sofrer as
consequências da crise.

2.4 Impactos da crise na economia brasileira

A crise econômico-financeira iniciada nos EUA espalhou-se por todo


o mundo. O Brasil, assim com a maioria dos países, sentiu seus efeitos.

Por ocasião do estouro da crise de 2008, o Brasil estava


economicamente preparado, de forma que foi um dos países que menos
sentiu a crise: entrou mais tarde e saiu mais cedo, além de melhorar seu
prestígio internacional.

Às vésperas da crise, houve um grande aporte de capital ao Brasil,


provocado, em parte, pela concessão do investment grade (grau de
investimento), em que as agências de risco consideram determinado país
como sendo seguro para investimentos externos. A concessão do
investment grade é altamente benéfica, pois traz a possibilidade de
maiores investimentos externos junto ao país que o recebe.

Assim, o investment grade, o bom nível de reservas internacionais,


o bom marco regulatório do sistema financeiro nacional, o saneamento
dos bancos nacionais realizado na gestão FHC (PROER) e a política
monetária responsável colocoram o Brasil em boa posição para enfrentar
a crise internacional de 2008.

Inicialmente, houve, como em todas as partes do mundo, fuga de


capitais, pois os investidores tendem a ficar receosos. Tal fuga de capitais
provocou de imediato a desvalorização do Real frente ao dólar, com a
taxa de câmbio saindo da casa dos R$ 1,6x para a casa dos R$ 2,3x por
dólar. No entanto, tal desvalorização durou pouco e rapidamente o capital
externo voltou ao país, de forma que a taxa de câmbio voltou novamente
para o patamar inferior a R$ 2,00 por dólar.

Apesar do sucesso de enfrentamento da crise no Brasil, não


podemos dizer que passamos incólumes à mesma, nem esta foi a
“marolinha” que o presidente afirmou que seria. Houve forte redução das
exportações e da demanda agregada.

Após apresentar crescimento do PIB nos três primeiros trimestres


de 2008 (1,9% no primeiro trimestre, 1,6% no segundo trimestre e 1,4%
no terceiro trimestre), o Brasil teve queda do PIB de 3,6% no quarto

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trimestre de 2008 e queda de 0,8% no primeiro trimestre de 2009. Dada
a queda do PIB em dois trimestres consecutivos, o país estava
tecnicamente6 em recessão.

2.5 Resposta da política econômica brasileira a crise

Diante da constatação que a crise havia atingido a economia


brasileira, para impedir o surgimento do desemprego, o governo adotou
política monetária antirecessiva ou expansiva (redução da taxa de juros,
dos depósitos compulsórios, e da taxa de redesconto). A política fiscal
seguiu o mesmo caminho anticíclico da política monetária: redução do IPI
para automóveis e eletrodomésticos, desoneração tributária do mercado
imobiliário e investimentos nas obras do PAC, com o objetivo de estimular
a demanda agregada.
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Foi a primeira crise, entre as que o Brasil enfrentou, em que foi
possível a adoção de políticas semelhantes às aplicadas por países
desenvolvidos. Isto só foi viável, repetindo mais uma vez, porque o país
apresentava desta vez condições muito melhores do que em crises
anteriores: não havia dependência das contas externas, a inflação estava
sob controle, o sistema financeiro estava em boa situação e havia
estabilidade política. Isso permitiu ao Brasil, pela primeira vez, gerar
políticas anticíclicas de estímulos fiscais e de redução de juros, em vez de
subir as taxas, como fazia antes. Desta vez, o capital externo veio não
somente por que as taxas de juros eram elevadas, mas também porque
as condições macroeconômicas do país eram sólidas.

Podemos dizer que, diante da recessão, o governo brasileiro adotou


políticas de caráter Keynesiano para estimular a demanda agregada e
elevar o PIB.

3. Características dos fluxos financeiros internacionais

Como vimos, os grandes fluxos financeiros internacionais foram


uma das causas das crises financeiras atuais. Várias medidas têm sido
adotadas pelos países para tentar disciplinar as movimentações
financeiras internacionais.

Ao longo dos anos, diversos acontecimentos ajudam a explicar a


formação dessas grandes movimentações financeiras globais:

6
Quando há queda de PIB por dois trimestres consecutivos, considera-se que o país está em recessão.

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Criação do sistema de conversibilidade de moedas: Desde a
Segunda Grande Guerra, os países estudam a necessidade de criar
mecanismos mais eficientes de promover as trocas entre as nações. Em
1958, foi criado o sistema de conversibilidade de moedas, ou seja, os
possuidores de uma determinada moeda passaram a poder adquirir
outras moedas livremente. Não só as moedas dos países tornaram-se
conversíveis entre si, mas também o dólar podia ser convertido em ouro,
a uma taxa de US$ 35,00 por onça de ouro. Estas alterações levaram a
um crescimento sem precedentes no comércio internacional.

Os déficits comerciais americanos: Desde o início da década de 1950,


os gastos com a própria Guerra Fria, a corrida espacial e a Guerra do
Vietnam elevaram os gastos do governo dos Estados Unidos, gerando
grande déficit comercial, que significou uma grande quantidade de dólares
entrando em outros países. Esses países estavam, principalmente, na
Europa.

Eliminação das restrições sobre os fluxos de capitais


internacionais: Em 1974, os EUA passaram a eliminar as restrições
sobre os fluxos de capitais, medida que foi seguida por diversos países
europeus. Já em meados da década de 1980, com a ascensão das ideias
liberais, teve origem um amplo movimento de desregulamentação do
sistema financeiro internacional.

Surgimento de novas instituições financeiras: Foram criadas no


período diversas instituições financeiras, como fundos de pensão, fundos
de investimentos, fundos de hedge, etc. Estas instituições muitas vezes
não estavam subordinadas às rígidas normas das autoridades monetárias,
que os bancos têm que obedecer, o que contribuiu para a falta de
controle e transparência das transações internacionais.

O grande mercado de petrodólares: o grande volume de dólares,


oriundos dos superávits gerados pelos países exportadores de petróleo
(reunidos na Organização dos Países Exportadores de Petróleo – Opep)
eram aplicados nos mercados financeiros internacionais (particularmente
no Euromercado de Londres).

Progresso tecnológico: o desenvolvimento de tecnologias associadas à


revolução da informática e das telecomunicações elevaram a velocidade e
as possibilidades de transações financeiras internacionais.

No final dos anos 1980, a volatilidade do mercado financeiro


internacional levou os países a firmar o Acordo de Capitais do Comitê de
Basileia, posteriormente chamado de Basileia I, que estabeleceu
exigências mínimas de capital, que deviam ser respeitadas
por bancos comerciais, como precaução contra o risco de crédito. O
acordo visava o restabelecimento da estabilidade e solidez do sistema

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bancário internacional. O Basileia I, entretanto, não considerou os tipos
de ativo do banco, sendo assim, ativos com riscos diferentes eram
tratados de maneira uniforme, gerando claros problemas de avaliação de
risco de ativos e instituições bancárias.

As crises da década de 1990 mostraram a necessidade de


adequação das normas, sendo assim, em 2004 houve a divulgação do
Acordo de Basiléia II, com alguns objetivos centrais complementares ao
primeiro acordo. Foi implementado um enfoque mais flexível para
exigência de capital, com ênfase na supervisão bancária e transparência,
estimulando a divulgação de informações pelas instituições financeiras. O
Basileia II apoiou-se em três referenciais (ou pilares):

- Pilar I – Fortalecimento da estrutura de capitais das instituições;

- Pilar II – Estímulo à adoção das melhores práticas de gestão de riscos;

- Pilar III – Redução da assimetria de informação, favorecimento da


disciplina de mercado.

Já em 2010, em decorrência da crise de 2008, o Comitê de Basileia


divulgou a terceira versão do acordo, agora com foco na qualidade do
capital.

Sendo progressivamente implantado entre 2013 e 2019, O Basileia


III, procura garantir a capacidade dos bancos para absorver choques do
sistema financeiro, reduzindo o risco de transferência das crises
financeiras. Serão exigidos Índices mínimos de liquidez por parte dos
bancos o acompanhamento de limites de alavancagem.

Em resumo temos o seguinte quadro com relação aos acordos


apresentados pelo Comitê de Basiléia:

BASILEIA I (1988) BASILEIA II (2004) BASILEIA III (2010)


- Exigências de Capital - Requisitos de capital Maiores exigências e
- Supervisão e regulação qualidade de capital
- Disciplina de Mercado - Índice de cobertura de
liquidez
- Índice de alavancagem

No entanto, apesar de todas as iniciativas e avanços, não é possível


dizer que a disciplina dos fluxos financeiros internacionais seja uma
questão resolvida e com pleno controle de um sistema regulatório
estabelecido. Assim, a regulamentação permanece como um tema ainda
em discussão na agenda internacional.

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Todas as turbulências vivenciadas trouxeram algumas lições sobre o
novo funcionamento do mercado global:

- crises em um ambiente globalizado não ocorrem de maneira localizada,


são transmitidas de forma rápida entre os países;

- é preciso assegurar regulação e supervisão dos sistemas bancário e


financeiro, devido a constante evolução dos mecanismos utilizados;

- paraísos fiscais7 contribuem decisivamente para burlar o controle das


autoridades;

- reformas adicionais são necessárias no sentido de compartilhar


responsabilidades entre credores e devedores dos mercados
internacionais, principalmente em situações de crise;

- o sistema institucional existente desde Bretton Woods não é suficiente


para enfrentar um desequilíbrio sistêmico de grandes proporções;

- agências de classificação de risco desempenhem papel importante, mas


também falham. Esta percepção ficou mais clara na crise de 2008,
quando as instituições estavam realizando operações altamente
arriscadas e as agências mantinham sua nota de classificação de risco,
apontando qualidade.

Bem pessoal, por hoje é só!

Espero que tenham gostado da aula.


Abraço e bons estudos!

Heber Carvalho

Daniel Saloni

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Paraísos fiscais são jurisdições (estado nacional ou região autônoma), onde a lei facilita a aplicação
de capitais estrangeiros, com alíquotas de tributação muito baixas ou nulas.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE – INMETRO - 2009) - Sob o regime do padrão ouro, a


quantidade de ouro de que dispunha um país representava
também a base de sua oferta monetária, uma vez que o valor da
moeda estava diretamente atrelado a uma quantidade daquele
metal, o que propiciava a conversibilidade das moedas e um
mecanismo para a correção de desequilíbrios do balanço de
pagamentos.

Comentários:
Questão que ilustra bem o funcionamento do padrão ouro. No padrão-
ouro, cada país fixava o preço de sua moeda em relação ao ouro, isto é,
determinava sua taxa de câmbio com base no ouro. A quantidade de
reservas de ouro em um determinado país também determinava sua
oferta monetária, ou seja, a quantidade de moeda emitida pelo país tinha
que estar de acordo com suas reservas de ouro. Podemos dizer que este
sistema possuía plena conversibilidade das moedas em ouro.

Vimos também que o sistema propiciava o ajuste automático do Balanço


de Pagamentos, através da movimentação de ouro entre os países

Gabarito: Certo.

2. (ESAF – AFRF - 2003) O Padrão-ouro teve vigência, grosso


modo, entre o último quarto do século XIX e a Primeira Guerra
Mundial. Além de favorecer a expansão das trocas internacionais,
ao reforçar a convergência de expectativas acerca do valor
relativo das moedas, esse mecanismo se caracterizou por
acentuar a competição entre os governos, na medida em que suas
reservas internacionais precisavam converter-se em ouro e a
relativa escassez do metal obrigava a sucessivas desvalorizações,
que sempre privilegiavam países como a Grã-Bretanha e a França.

Comentários:
O início da assertiva está correto, o Padrão-ouro teve vigência, grosso
modo, entre o último quarto do século XIX e a Primeira Guerra Mundial.
Além de favorecer a expansão das trocas internacionais, ao reforçar a
convergência de expectativas acerca do valor relativo das moedas. Este
período foi marcado, entretanto, pela estabilidade dos mercados
internacionais e não por acentuar a competição, conforme traz a questão.
Ademais, a taxa de câmbio era fixa, não ocorrendo sucessivas
desvalorizações.

Gabarito: Errado

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3. (INMETRO – 2007)- Consistente com as hipóteses da teoria
quantitativa da moeda, no padrão-ouro, déficits comerciais são
corrigidos por reduções do estoque de ouro, que baixam os preços
e restauram a competitividade dos produtos domésticos,
reabsorvendo, assim, o desequilíbrio inicial.

Comentários:
O padrão ouro propiciava o ajuste automático do Balanço de Pagamentos.
A correção dos déficits era feita pela redução das reservas de ouro, que
levava à redução da oferta monetária, que, por sua vez, levava a baixa
dos preços. Os preços baixos aumentavam a competitividade dos
produtos, diminuindo o déficit comercial.

Os mecanismos de funcionamento do padrão ouro, entre eles a vinculação


da oferta de moeda, estão de acordo com a teoria quantitativa da moeda.

Gabarito: Certo

4. (INMETRO – 2007)- O fato de, no padrão-ouro, a volatilidade


das taxas de câmbio prejudicar o desenvolvimento do comércio
internacional e restringir o crescimento econômico constitui uma
das razões pelas quais ele tornou-se obsoleto.

Comentários:
No padrão ouro, as taxas cambiais eram fixas e variavam entre o “gold-
point”, sendo que a variação da taxa ocorria apenas nos intervalos
delimitados pelo gold-point. Portanto, não havia volatilidade das taxas.

Gabarito: Errado

5. (ESAF – AFRF - 2002) - No padrão-ouro, as taxas de câmbio


eram fixas, uma vez que o valor das moedas estava definido em
quantidades específicas de ouro.

Comentários:
O padrão ouro operava com taxas cambiais fixas e previsíveis, flutuando
apenas entre os gold-points.

Gabarito: Certo

6. (ESAF - AFRF-2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do


balanço de pagamentos procedia-se de forma automática,
mediante o aumento da oferta monetária quando da diminuição
das reservas de ouro ocasionada pelo aumento das exportações.

Comentários:

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O ajuste do Balanço de Pagamentos realmente operava de maneira
automática, entretanto, a assertiva faz uma série de confusões ao
descrever como ocorre este ajuste. O aumento das exportações tende a
gerar superávits comerciais e a aumentar as reservas de ouro. O aumento
das reservas eleva a oferta monetária do país, o que gera inflação. O
aumento dos preços diminui a competitividade dos produtos exportados,
diminuindo o superávit e promovendo o ajuste do BP.

Gabarito: Errada

7. (ESAF – AFRF - 2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do


balanço de pagamentos procedia-se de forma automática,
mediante a contração da base monetária quando do aumento das
reservas de ouro ocasionado pelo crescimento das exportações e
dos preços.

Comentários:
Questão muito parecida com a anterior. O aumento das reservas de ouro
leva a expansão da base monetária, pois a quantidade de moeda estava
atrelada ao volume de reservas de ouro.

Gabarito: Errada

8. (ESAF – AFRF - 2003) - O Padrão-ouro teve vigência, grosso


modo, entre o último quarto do século XIX e a Primeira Guerra
Mundial. Além de favorecer a expansão das trocas internacionais,
ao reforçar a convergência de expectativas acerca do valor
relativo das moedas, esse mecanismo se caracterizou por permitir
que os ativos necessários a operacionalizar as trocas tivessem o
custo de seu transporte reduzido, na medida em que eram
necessariamente convertidos em barras de ouro de tamanho
padronizado.

Comentários:
O começo da assertiva está correto, mas, ao final, menciona que o ouro
era necessariamente convertido em barras de tamanho padronizado. Isso
está errado.

Gabarito: Errado

9. (IPEA-2009) - Do ponto de vista teórico, os mecanismos


centrais do padrão ouro — fixação dos valores das moedas
nacionais em relação ao ouro, livre mobilidade através das
fronteiras nacionais e convertibilidade das moedas em ouro —
baseavam-se no enfoque do ajuste automático dos balanços de
pagamentos.

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Comentários:
A existência de um padrão-ouro está associada a três características
básicas:

ii) conversibilidade das moedas nacionais em ouro;

ii) liberdade para o movimento internacional de ouro (entrada e saída de


cada país);

iii) um conjunto de regras que relacionem a quantidade de moeda em


circulação em um determinado país ao estoque de ouro de que esse país
dispõe.

Estas condições propiciavam um ajuste automático no Balanço de


Pagamentos.

Gabarito: Certo

10. (IPEA-2009)- Durante o padrão ouro, os movimentos


internacionais de capital desempenhavam papel fundamental no
processo de ajuste dos desequilíbrios dos balanços de
pagamentos.

Comentários:
Os movimentos internacionais de capitais propiciavam o mecanismo de
ajuste automático dos Balanços de Pagamentos.

Gabarito: Certo

11. (IPEA-2009)- Para a sustentação do padrão ouro, foi


fundamental a existência de convergência de interesse entre a
Inglaterra e países como Alemanha, França e EUA, que se
beneficiavam da eficiência e estabilidade do padrão ouro.

Comentários:
O período do padrão ouro caracterizou-se pela estabilidade do sistema
financeiro internacional, em um ambiente de cooperação monetária
existente entre os países, que mantinham o valor de suas moedas fixo em
termos de ouro. Neste contexto, a convergência de interesse entre a
Inglaterra e países como Alemanha, França e EUA, que se beneficiavam
da eficiência e estabilidade do padrão ouro, foi de grande importância
para sustentação do sistema.

Gabarito: Certo

12. (AFRF-2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do balanço de


pagamentos procedia-se por meio de correções regulares do valor

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do câmbio definidas segundo o comportamento da balança
comercial.

Comentários:
O padrão ouro operava com taxas cambiais fixas e previsíveis, flutuando
apenas entre os gold-points. O ajuste do balanço de pagamentos
procedia-se por meio da movimentação de ouro, das variações na oferta
de moeda e suas consequências nos níveis de preços.

Gabarito: Errado

13. (ESAF - AFRF - 2002) - No padrão-ouro, embora as moedas


estivessem lastreadas nas reservas de ouro depositadas nos
Bancos Centrais, tinham seu valor estipulado em libras esterlinas.

Comentários:
No padrão ouro, que vigorou do final do século XIX até a Primeira Guerra,
as moedas eram lastreadas apenas em ouro e não em libras esterlinas ou
qualquer outra moeda.

Gabarito: Errado

14. (ESAF - AFRF - 2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do


balanço de pagamentos procedia-se de forma automática, em
decorrência das transferências de ouro e dos impactos destas
sobre a oferta monetária, os preços e o poder de concorrência.

Comentários:
O padrão ouro propiciava o ajuste automático do Balanço de Pagamentos.
A correção dos déficits era feita pela redução das reservas de ouro, que
levava à redução da oferta monetária, que, por sua vez, levava a baixa
dos preços. Os preços baixos aumentavam a competitividade dos
produtos, diminuindo o déficit comercial.

Já os países com superávit comercial, recebiam transferência de ouro, o


que aumentava a oferta monetária e, consequentemente, seus preços
internos. O aumento dos preços levava a perda de competitividade no
mercado internacional e, em decorrência disso, o superávit comercial era
reduzido.

Gabarito: Certo

15. (ESAF – AFRF - 2002) - No padrão-ouro, as taxas de câmbio


oscilavam acompanhando o nível das reservas de ouro do país.

Comentários:

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O padrão ouro operava com taxas cambiais fixas e previsíveis, flutuando
apenas entre os gold-points.

Gabarito: Errada

16. (ESAF - AFRF - 2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do


balanço de pagamentos procedia-se por meio de correções
regulares do valor da moeda determinadas em função do
comportamento dos preços no mercado doméstico e da balança
comercial.

Comentários:
Afirmar que o ajuste do balanço de pagamentos procedia-se por meio de
correções regulares do valor da moeda é o mesmo que afirmar que as
moedas se valorizavam ou desvalorizavam para equilibrar o BP. Como
sabemos, o padrão ouro operava com taxas cambiais fixas. As correções
no BP se operavam via movimentação de ouro e consequente ajuste da
oferta monetária.

Gabarito: Errado

17. (INMETRO – 2007)- Logo após a Primeira Guerra Mundial, as


fortes oscilações na paridade entre as principais moedas,
provocadas pelo excesso de ouro em circulação, levaram as
autoridades dos países detentores dessas moedas a romperem
com o padrão- ouro.

Comentários:
Devido à eclosão da 1º Guerra Mundial foi colocado em xeque o sistema
do padrão-ouro, tendo em vista que os países, principalmente as grandes
potências econômicas, tinham que dispor do mecanismo de emissão de
moeda para financiar os gastos da guerra. Portanto, o rompimento se deu
com a eclosão e não após a Primeira Grande Guerra e, tampouco, ocorreu
devido às fortes oscilações na paridade das principais moedas.

Gabarito: Errado

18. (INMETRO – 2007)- Entre as duas grandes guerras, vários


países, inclusive a Inglaterra, retornaram ao padrão-ouro, porém,
as dificuldades externas para mantê-lo levou esses países a
reverem essa decisão.

Comentários:
Nos anos 20, diversos países retornaram ao padrão-ouro, sendo o retorno
mais significativo o da Inglaterra, em 1925. Este retorno ao padrão-ouro
não durou muito. A Inglaterra, ao retomar o padrão, adotou uma taxa de
câmbio supervalorizada, o que levou a forte desequilíbrio externo deste

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país. O desequilíbrio externo inglês passou a causar grandes
desconfianças sobre a conversibilidade da libra esterlina e os países
passaram a acreditar que a Inglaterra viria a desvalorizar sua moeda.
Com a crise de 1929, a desconfiança aumentou e todos os detentores de
libras quiseram convertê-las em ouro. Isso levou a Inglaterra a romper
com o padrão-ouro em 1931, determinando o fim da conversibilidade da
libra em ouro.

Gabarito: Certa

19. (INMETRO-2009)- O padrão ouro, tal como restabelecido no


período entreguerras, diferia significativamente daquele praticado
anteriormente, devido ao nacionalismo em matéria monetária e à
dificuldade de coordenação entre os principais centros financeiros
— Londres e Nova Iorque.

Comentários:
Em 1922, alguns países, dentre os quais Inglaterra, Itália, Japão e
França, celebraram o Acordo de Gênova, por meio do qual estabeleceu-se
um novo sistema monetário que diferia do padrão-ouro. Neste sistema, os
países menores poderiam manter como reservas internacionais algumas
moedas de outros países grandes, que fossem conversíveis em ouro. Este
era o padrão câmbio-ouro. O período entre guerras focou caracterizado
pelo nacionalismo em matéria monetária e à falta de coordenação entre
os países.

Gabarito: Certa

20. (INMETRO-2009)- Apesar das dificuldades por que passavam


as economias nacionais no período entre guerras, o
restabelecimento do padrão ouro sustentou-se na integração dos
mercados de capitais no plano internacional, tendo contribuído
diretamente para a expansão da oferta monetária e dos
investimentos durante todo aquele período.

Comentários:
Conforme a questão anterior, o período entre guerras focou caracterizado
pelo nacionalismo em matéria monetária e à falta de coordenação entre
os países. Neste período, após a crise de 1929, as tensões entre os países
se acirraram e foram adotadas políticas de desvalorizações competitivas
cambiais, na tentativa de ganhar competitividade no mercado
internacional.

Gabarito: Errada

21. (ESAF – AFTN - 1996) - O padrão ouro-câmbio é um tipo de


garantia em que a moeda em circulação num país está garantida,

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total ou parcialmente, em termos de reservas em moeda
estrangeira conversível em ouro. Esse sistema de garantia foi
posto em prática pela Inglaterra, em 1925, quando de seu retorno
ao padrão-ouro, que havia sido suspenso em razão da Primeira
Guerra Mundial. A principal vantagem desse tipo de garantia em
relação à garantia mantida exclusivamente em ouro é que ela
aumenta a liquidez internacional, sem o constrangimento da
escassez relativa do ouro em face do crescimento das economias e
das trocas internacionais.

Comentários:
O padrão ouro-câmbio foi um sistema em os países poderiam
manter como reservas internacionais algumas moedas de outros países
grandes, que fossem conversíveis em ouro, como a libra esterlina. Nos
anos 20, diversos países retornaram ao padrão-ouro, sendo o retorno
mais significativo o da Inglaterra, em 1925. Esta nova situação se deu em
virtude das reservas de ouro (limitadas) não conseguirem acompanhar o
ritmo de crescimento da produção. Essa possibilidade de se manter outras
moedas como reservas internacionais representou, portanto, um aumento
da liquidez internacional, o que não era possível no padrão ouro puro.

Gabarito: Certa

22. (Consultor Legislativo / Câmara dos Deputados-2002)- A


denominada nova ordem monetária internacional foi instituída na
Conferência Monetária e Financeira Internacional, realizada em
julho de 1944, em Bretton- Woods, estado de New Hampshire,
EUA, na qual foram adotados os acordos que criaram o Fundo
Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Comentários:
A assinatura da Carta do Atlântico em 1941 é considerada uma
antecipação da Conferencia de Bretton Woods, ocorrida em julho de 1944,
na qual foram idealizados o Banco Mundial, o FMI e houve a assinatura do
GATT (em 1947), como alternativa mais viável a falta de consenso quanto
a OIC (posteriormente denominada OMC), e foram ainda estabelecidas a
maioria das diretrizes seguidas posteriormente ao longo do restante do
século XX e XXI.

Gabarito: Certa

23. (INMETRO-2009) Após a Segunda Guerra Mundial, o valor


das moedas poderia ser expresso em uma quantidade de ouro,
com o que se resguardava um dos aspectos centrais do padrão
ouro, embora pudesse ser também definido em relação ao dólar
norte-americano, admitindo-se uma pequena margem de
oscilação, o que propiciou estabilidade cambial e facilitou a

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expansão do comércio internacional até o início dos anos 70 do
século passado.

Comentários:
No acordo de Bretton Woods, firmado após a Segunda Guerra, ficou
estabelecido que o dólar passaria a ser a moeda oficial de troca de todo o
comércio internacional. O valor das moedas foi definido em termos de
dólar. Assim, a moeda de qualquer país era valorada em dólar, que, por
sua vez, era definido em termos de ouro. De fato, o sistema propiciou a
estabilidade cambial, até a década de 1970, quando entrou em colapso.

Gabarito: Certa

24. (ESAF – AFRF - 2002) - Os principais pilares do Sistema de


Bretton Woods foram o Fundo Monetário Internacional, o Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento e a
Organização Internacional do Comércio.

Comentários:
A proposta de criação de uma Organização Internacional de Comércio
(OIC) encontrou resistência entre os países e não foi ratificada pelos EUA,
pois seus congressistas temiam restrição da soberania americana no
cenário internacional. A organização não foi criada.

Gabarito: Errado

25. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados-2002)- Os


aportes financeiros do FMI para os países pobres servem para
facilitar o desenvolvimento estrutural desses países, que não têm
acesso ao crédito internacional de longo prazo. Essa política do
Fundo tem sido combatida pelo setor bancário internacional,
porque dificulta empréstimos lucrativos.

Comentários:
Os aportes financeiros do FMI para os países pobres servem para corrigir
os desequilíbrios no Balanço de Pagamentos e não para facilitar o
desenvolvimento estrutural desses países.

Gabarito: Errada

26. (IPEA-2009)- Ao contrário do padrão internacional do ouro


clássico, sob hegemonia britânica, Bretton Woods representou um
compromisso, ainda que ambíguo, entre os princípios do
multilateralismo e o intervencionismo doméstico.

Comentários:

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Em Bretton Woods, ao contrário da Carta do Atlântico, estavam reunidos
os 44 países aliados, com intuito principal de reconstrução da estabilidade
econômica global à partir do estímulo ao desenvolvimento do capitalismo.
O acordo estava de acordo com os princípios do multilateralismo.

No sistema Bretton Woods, as taxas de câmbio eram fixas e todos os


países tinham a obrigação de impedir qualquer variação cambial superior
a 1%. Caso a taxa tendesse a fugir deste intervalo, os Bancos Centrais
deveriam intervir no mercado, comprando ou vendendo dólares.

A assertiva atribui um caráter ambíguo ao acordo, pois, se por um lado


havia o comprometimento dos países com uma ordem internacional
liberal, por outro, a estabilidade do sistema era obtida por meio da
intervenção governamental no mercado de câmbio, para manter a taxa
fixada.

Gabarito: Certa

27. (IPEA-2009)- A posição do dólar como moeda-chave do


sistema de Bretton Woods criava um dilema e acentuava as
contradições da ordem monetária internacional, ao mesmo tempo
em que gerava privilégios para os EUA.

Comentários:
O crescimento do comércio mundial dependia também do aumento das
reservas internacionais de dólares. E o mundo inteiro só teria mais
dólares a partir de déficits externos dos EUA. Afinal, para que o resto do
mundo tivesse muitos dólares (superávits em seus balanços de
pagamentos) é porque os EUA estariam tendo déficits.

Na existência de excessivos déficits no Balanço de Pagamentos dos EUA e


da perda de valor do US$, eles teriam que possuir uma imensa
quantidade de ouro, para garantir a conversibilidade, uma vez que os
países tentariam converter seus dólares (em ritmo de desvalorização) em
ouro. Assim, os déficits no Balanço de Pagamentos dos EUA levariam a
uma situação tal em que os EUA não teriam condições de honrarem as
suas obrigações se todos os bancos centrais quisessem converter seus
dólares em ouro ao mesmo tempo. Não haveria ouro suficiente! É o
Paradoxo de Triffin.

Ademais, os EUA possuíam privilégios sobre os demais, devido a ser o


detentor da moeda internacional de referência.

Gabarito: Certa

28. (IPEA-2009)- Desde a ruptura do Acordo de Bretton Woods,


o mundo tem um “não-sistema” monetário internacional, no qual

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as taxas de câmbio e os preços dos principais ativos financeiros
flutuam livremente em mercados cada vez mais profundos e
integrados internacionalmente.

Comentários:
Em 1976, os países adotaram de vez o sistema de câmbio flutuante,
ratificado pelo acordo da Jamaica, de forma que as taxas de câmbio
flutuam livremente.

Gabarito: Certa

29. (ESAF – AFRF - 2002)- Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que resultavam de alterações do valor do dólar norte-americano
associadas aos níveis das reservas de ouro do Tesouro dos
Estados Unidos.

Comentários:
No sistema de Bretton Woods, determinou-se que uma onça de ouro
valeria U$ 35,00 (preço invariável do ouro), ou seja, o valor do dólar não
variava em relação ao ouro.

Gabarito: Errado

30. (ESAF – AFRF - 2002)- A estabilidade do sistema monetário


internacional e das trocas comerciais entre os países eram
objetivos fundamentais para o reordenamento das relações
econômicas internacionais após a Segunda Guerra Mundial. Para
isso, procurou-se determinar um sistema capaz de estabelecer o
valor das moedas nacionais que se pautava em taxas de câmbio
flutuantes em relação ao dólar norte-americano.

Comentários:
No sistema Bretton Woods, as taxas de câmbio eram fixas e todos os
países tinham a obrigação de impedir qualquer variação cambial superior
a 1%.

Gabarito: Errado

31. (ESAF – AFRF - 2002) - Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que eram permitidas em margens muito estreitas e associavam-se
aos pontos do ouro, tal como praticadas anteriormente sob o
padrão-ouro, e à eventual necessidade de correção de
desequilíbrios nas contas externas.

Comentários:

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No sistema Bretton Woods, as taxas de câmbio eram fixas e todos os
países tinham a obrigação de impedir qualquer variação cambial superior
a 1%. Caso a taxa tendesse a fugir deste intervalo, os Bancos Centrais
deveriam intervir no mercado, comprando ou vendendo dólares. O
sistema permitia uma alteração cambial acima de 1% e inferior a 10%,
mediante a comunicação ao FMI. Alterações superiores a 10% deveriam
ser autorizadas pelo FMI. Estes limites podem ser comparados aos gold
points, que vigoravam no período do padrão-ouro.

Gabarito: Certa

32. (ESAF – AFTN - 1996) - Nos acordos de Bretton Woods,


estabeleceu-se uma paridade fixa, com conversibilidade
assegurada, de US$ 35,00 por onça de ouro, e cada país, ao
ingressar no FMI, era obrigado a declarar o valor de sua moeda
em relação ao ouro e ao dólar americano. Assim sendo, o novo
sistema se afigurava demasiadamente rígido, pois possuir dólares
não seria suficiente, seria preciso também possuir ouro a fim de
garantir a moeda nacional.

Comentários:
Questão está correta até afirmar que os países necessitavam também
possuir ouro a fim de garantir a moeda nacional. O valor das moedas foi
definido em termos de dólar. Como o dólar era a moeda usada em todas
as operações do comércio internacional, todos os países possuíam dólares
como meios de pagamento internacionais (ou reservas internacionais).
Assim, não era necessário aos países possuir ouro para garantir a moeda
nacional.

Gabarito: Errado

33. (ESAF – AFRF - 2002) Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que ocorriam automaticamente quando se alterava a paridade do
poder de compra entre quaisquer pares de moedas.

Comentários:
Não havia ajustes automáticos do Balanço de Pagamentos no sistema
Bretton Woods. As taxas de câmbio eram fixas e todos os países tinham a
obrigação de impedir qualquer variação cambial superior a 1%. Caso a
taxa tendesse a fugir deste intervalo, os Bancos Centrais deveriam
intervir no mercado, comprando ou vendendo dólares. As taxas cambiais
mínimas e máximas eram os chamados “pontos de sustentação”.

Gabarito: Errado

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34. (ESAF – AFRF - 2002) - A estabilidade do sistema monetário
internacional e das trocas comerciais entre os países eram
objetivos fundamentais para o reordenamento das relações
econômicas internacionais após a Segunda Guerra Mundial. Para
isso, procurou-se determinar um sistema capaz de estabelecer o
valor das moedas nacionais que se pautava em taxas de câmbio
fixas, mas ajustáveis, em relação ao dólar norte-americano, que,
por sua vez, teve seu valor determinado em uma quantidade fixa
de ouro.

Comentários:
Questão resume bem o funcionamento do sistema Bretton Woods. A
moeda de qualquer país era valorada em dólar, que, por sua vez, era
definido em termos de ouro. As taxas de câmbio eram fixas, variando
entre os pontos de sustentação.

Gabarito: Certa

35. (ESAF – AFRF - 2002) Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que não eram permitidas, uma vez que o valor das moedas estava
definido em termos de uma quantidade de dólar norte-americano
e o valor deste correspondia a uma quantia fixa de ouro, o que
propiciou estabilidade cambial até a ruptura do sistema no início
dos anos setenta.

Comentários:
Vimos que no sistema Bretton Woods, as taxas de câmbio eram fixas e
todos os países tinham a obrigação de impedir qualquer variação cambial
superior a 1%. O sistema permitia uma alteração cambial acima de 1% e
inferior a 10%, mediante a comunicação ao FMI. Alterações superiores a
10% deveriam ser autorizadas pelo FMI. Ou seja, havia permissão de
alguma variação nas taxas de câmbio.

Gabarito: Errado

36. (ESAF – AFRF - 2002) Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que ocorriam em razão da relação entre taxas de juros e preços
internos, de um lado, e as taxas de juros internacionais e a
inflação mundial, de outro, permitindo o ajuste automático entre
os setores interno e externo das economias.

Comentários:
Não havia ajustes automáticos do Balanço de Pagamentos no sistema
Bretton Woods. As taxas de câmbio eram fixas e todos os países tinham a
obrigação de impedir qualquer variação cambial superior a 1%. Caso a

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taxa tendesse a fugir deste intervalo, os Bancos Centrais deveriam
intervir no mercado, comprando ou vendendo dólares.

Gabarito: Errado

37. (ESAF – AFRF - 2002) - O Fundo Monetário Internacional,


entre outros objetivos, visa a fornecer ajuda ao desenvolvimento
mediante o financiamento de projetos de cooperação e prestar
assistência financeira aos governos dos países-membros em
situações emergenciais.

Comentários:
Os aportes financeiros do FMI para os países pobres servem para corrigir
os desequilíbrios no Balanço de Pagamentos e não para fornecer ajuda ao
desenvolvimento mediante o financiamento de projetos.

Gabarito: Errado

38. (ESAF – AFRF - 2000) - O Fundo Monetário Internacional é


uma instituição destinada a colaborar na manutenção do equilíbrio
dos balanços de pagamentos, quando afetados por oscilações de
caráter estável ou cíclico.

Comentários:
O FMI atua na manutenção do equilíbrio no Balanço de Pagamentos dos
países, para isso realiza aportes financeiros para corrigir desequilíbrios
temporários no BP.

Gabarito: Certa

39. (FCC - Analista Trainee – Economia – Metrô - 2010) - A crise


financeira internacional, fortemente vivenciada pelos EUA em
2008 em seu mercado de hipotecas, provocou o renascimento do
interesse pela teoria econômica desenvolvida pelo economista
a) John Stuart Mill.
b) John Maynard Keynes.
c) Jean Baptiste Say.
d) Adam Smith.
e) Karl Marx.

Comentários:
Como vimos, diante da recessão, o governo brasileiro adotou políticas de
caráter Keynesiano para estimular a demanda agregada e elevar o PIB.
Esta não foi a postura apenas do governo brasileiro. Muitos governos
adotaram medidas na mesma direção.

Gabarito: B

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40. (ESAF - Analista Técnico de Políticas Sociais - Assistência


Social - MPOG – 2012)

A quebra do quarto banco dos Estados Unidos, o Lehman Brothers,


no segundo trimestre de 2008, marcou o ápice da crise financeira
nos Estados Unidos e a sua irradiação para o resto do mundo.
Algumas análises feitas para o Brasil sobre a crise diziam que os
fundamentos econômicos do país lhe garantiriam certa imunidade.
A base do argumento era que:
a) havia baixo nível de reservas cambiais, mas superávit na balança
comercial brasileira.
b) os bancos brasileiros apresentavam alto grau de solidez e baixo
envolvimento com o mercado de capitais externo.
c) o país não apresentava grande atratividade para os investidores
estrangeiros.
d) as altas taxas de desemprego e a informalidade da economia brasileira
serviriam de "amortecedor" para a crise.
e) os brasileiros não especulavam no mercado imobiliário norte
americano.

Comentários:
Letra A: Incorreta. O período era caracterizado no Brasil pelo recebimento
do investment grade e o bom nível de reservas internacionais.

Letra B: Correta. O bom marco regulatório do sistema financeiro nacional,


o saneamento dos bancos nacionais realizado na gestão FHC (PROER) e a
política monetária responsável colocaram o Brasil em boa posição para
enfrentar a crise internacional de 2008.

Letra C: Incorreta. A concessão do investment grade foi altamente


benéfica, pois trouxe a possibilidade de maiores investimentos externos
junto ao país que o recebe.

Letra D: Incorreta. Não faz sentido afirmar que o alto desemprego


poderiam amortecer os efeitos da crise.

Letra E: Incorreta. Este item também não faz muito sentido, visto que o
fato de brasileiros especularem no mercado imobiliário diz pouco sobre os
impactos da crise no Brasil. O grave problema da crise foi o contágio do
sistema financeiro (instituições financeiras) e vimos que os bancos
brasileiros eram poucos expostos a este contágio.

Gabarito: B

41. (ESAF - Analista de Infraestrutura de Transportes -


Ambiental -2013) - A crise de 2008, que teve início no mercado

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imobiliário dos Estados Unidos, ganhou contorno de crise
sistêmica porque:

a) é a característica da economia norte-americana em virtude do


tamanho do seu mercado.
b) contagiou somente as economias desenvolvidas.
c) não teve qualquer reflexo sobre o mercado de bens, mas somente
sobre o sistema financeiro mundial.
d) contagiou somente as economias em fase de desenvolvimento, entre
as quais está a economia brasileira.
e) contagiou outros mercados, com reflexos sobre a economia de alguns
países, entre os quais o Brasil.

Comentários:
Letra A: Incorreta. Sem dúvida o tamanho do mercado americano
influenciou a crise a se espalhar pelo mundo, entretanto não foi apenas
por este fator que a crise se tornou sistêmica. Não é uma característica
da economia norte-americana, conforme traz a alternativa.

Letra B: Incorreta. A crise econômico-financeira iniciada nos EUA


espalhou-se por todo o mundo. O Brasil, assim com a maioria dos países,
sentiu seus efeitos.

Letra C: Incorreta. A crise financeira refletiu na economia real, devido a


grande queda do crédito e aumento da inadimplência. Isto causou queda
nos investimentos e no consumo, impactando fortemente na atividade
econômica. Em poucas semanas, o desemprego nos Estados Unidos
atingiu a casa dos 10% e diversos tipos de empresas passaram a
apresentar problemas.

Letra D: Incorreta. A crise atingiu o mundo todo, economias


desenvolvidas e subdesenvolvidas.

Letra E: Correta. A crise ganhou contorno de crise sistêmica porque


afetou o mundo todo, inclusive o Brasil.

Gabarito: E

42. (CESPE - Economista – TEM - 2008) - A teoria


macroeconômica analisa o comportamento dos grandes agregados
econômicos. Utilizando os conceitos básicos dessa teoria, julgue o
item que se segue.

Considerando que as empresas exportadoras brasileiras


dependam fortemente de linhas de crédito internacionais para
viabilizar suas vendas externas, então a contração desse tipo de
crédito desencadeada pela atual crise norteamericana desloca a

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curva de demanda agregada da economia brasileira para baixo e
para a esquerda.

Comentários:
A crise levou a grande queda do crédito. A contração do crédito
desencadeada pela atual crise reduziu a oferta de moeda e, portanto,
deslocou a curva de demanda agregada da economia brasileira para baixo
e para a esquerda.

Gabarito: Certo

43. (CESPE - Analista do Ministério Público da União – Perícia –


Economia - 2010) - Acerca dos conceitos de deficit e dívida pública
e do papel do governo na economia, julgue o item subsequente.

A crise financeira, iniciada nos EUA em 2008, e que se alastrou


para alguns países europeus diz respeito às elevadas dívidas
públicas decorrentes de gastos públicos excessivos.

Comentários:
A crise foi criada no mercado financeiro americano, com empréstimos
imobiliários de má qualidade. A crise não diz respeito às elevadas dívidas
públicas decorrentes de gastos públicos excessivos.

Gabarito: Errado

44. (CESGRANRIO - Profissional Básico – Engenharia - BNDES -


2011) - A crise econômica mundial de 2008 afetou fortemente a
indústria automobilística no Brasil, gerando acúmulo de veículos
em estoque.

PORQUE

As vendas da indústria automobilística no Brasil foram


alavancadas pelo mercado doméstico, bastante dependente de
crédito.

Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que

a) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.


b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a
primeira.
c) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas.

Comentários:

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As vendas da indústria automobilística no Brasil dependem fortemente do
crédito. A crise de 2008 restringiu o crédito e, portanto, afetou a indústria
automobilística. Dessa forma, ambas as alternativas são corretas, sendo
que a segunda justifica a primeira.

Gabarito: A

45. (CESPE - Analista do Banco Central do Brasil - Área 3 -


Política Econômica e Monetária - 2013) - Julgue o item que se
segue, relativo à crise financeira deflagrada desde 2007.

Em 2008, o PIB brasileiro apresentou uma variação real negativa.

Comentários:
Apesar da queda de 3,6% no último trimestre de 2008, o PIB anual foi
positivo. Já em 2009, a economia brasileira encolheu em 0,2%.

Gabarito: Errado

46. (CESPE - Analista do Banco Central do Brasil - Área 3 -


Política Econômica e Monetária - 2013) - Julgue o item que se
segue, relativo à crise financeira deflagrada desde 2007.

Em resposta à crise, o governo brasileiro adotou, em 2008,


medidas de política fiscal que visavam estimular o consumo e o
investimento.

COMENTÁRIOS:
Diante da constatação que a crise havia atingido a economia brasileira, o
governo Lula passou a adotar um conjunto de políticas macroeconômicas
expansionistas, para conter a queda do PIB.

Foram adotadas política fiscal (elevação dos gastos públicos e redução de


impostos – IPI, por exemplo) e política monetária expansionistas
(redução dos juros a partir do primeiro semestre de 2009).

Gabarito: Certo

47. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2015) - Julgue


(C ou E) o item subsecutivo, referente à economia brasileira a
partir dos anos 90 do século passado.

Os efeitos da crise de 2008 observados no Brasil incluem a


contração das exportações de maior valor agregado, decorrente
de menor demanda externa, e a contração do crédito doméstico,
tanto para o giro das empresas quanto para o consumo das
famílias.

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Comentários:
Com a crise internacional, houve significativa queda das exportações
brasileiras. Essa queda se deu principalmente nas vendas para países
desenvolvidos. Em contrapartida, as exportações para a China
aumentaram no período. Ocorre que as vendas brasileiras para a China
estão concentradas fortemente em produtos primários, de forma que as
exportações de commodities ganharam importância na pauta de
exportação do Brasil, frente aos produtos de maior valor agregado.

O colapso do sistema financeiro abalou a confiança de maneira


generalizada, o que levou a grande contração do crédito internacional, o
que refletiu também na queda de concessão de crédito no mercado
doméstico.

Gabarito: Certo

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LISTA DE QUESTÕES

1. (CESPE – INMETRO - 2009) - Sob o regime do padrão ouro, a


quantidade de ouro de que dispunha um país representava
também a base de sua oferta monetária, uma vez que o valor da
moeda estava diretamente atrelado a uma quantidade daquele
metal, o que propiciava a conversibilidade das moedas e um
mecanismo para a correção de desequilíbrios do balanço de
pagamentos.

2. (ESAF – AFRF - 2003) O Padrão-ouro teve vigência, grosso


modo, entre o último quarto do século XIX e a Primeira Guerra
Mundial. Além de favorecer a expansão das trocas internacionais,
ao reforçar a convergência de expectativas acerca do valor
relativo das moedas, esse mecanismo se caracterizou por
acentuar a competição entre os governos, na medida em que suas
reservas internacionais precisavam converter-se em ouro e a
relativa escassez do metal obrigava a sucessivas desvalorizações,
que sempre privilegiavam países como a Grã-Bretanha e a França.

3. (INMETRO – 2007)- Consistente com as hipóteses da teoria


quantitativa da moeda, no padrão-ouro, déficits comerciais são
corrigidos por reduções do estoque de ouro, que baixam os preços
e restauram a competitividade dos produtos domésticos,
reabsorvendo, assim, o desequilíbrio inicial.

4. (INMETRO – 2007)- O fato de, no padrão-ouro, a volatilidade


das taxas de câmbio prejudicar o desenvolvimento do comércio
internacional e restringir o crescimento econômico constitui uma
das razões pelas quais ele tornou-se obsoleto.

5. (ESAF – AFRF - 2002) - No padrão-ouro, as taxas de câmbio


eram fixas, uma vez que o valor das moedas estava definido em
quantidades específicas de ouro.

6. (ESAF - AFRF-2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do


balanço de pagamentos procedia-se de forma automática,
mediante o aumento da oferta monetária quando da diminuição
das reservas de ouro ocasionada pelo aumento das exportações.

7. (ESAF – AFRF - 2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do


balanço de pagamentos procedia-se de forma automática,
mediante a contração da base monetária quando do aumento das
reservas de ouro ocasionado pelo crescimento das exportações e
dos preços.

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8. (ESAF – AFRF - 2003) - O Padrão-ouro teve vigência, grosso
modo, entre o último quarto do século XIX e a Primeira Guerra
Mundial. Além de favorecer a expansão das trocas internacionais,
ao reforçar a convergência de expectativas acerca do valor
relativo das moedas, esse mecanismo se caracterizou por permitir
que os ativos necessários a operacionalizar as trocas tivessem o
custo de seu transporte reduzido, na medida em que eram
necessariamente convertidos em barras de ouro de tamanho
padronizado.

9. (IPEA-2009) - Do ponto de vista teórico, os mecanismos


centrais do padrão ouro — fixação dos valores das moedas
nacionais em relação ao ouro, livre mobilidade através das
fronteiras nacionais e convertibilidade das moedas em ouro —
baseavam-se no enfoque do ajuste automático dos balanços de
pagamentos.

10. (IPEA-2009)- Durante o padrão ouro, os movimentos


internacionais de capital desempenhavam papel fundamental no
processo de ajuste dos desequilíbrios dos balanços de
pagamentos.

11. (IPEA-2009)- Para a sustentação do padrão ouro, foi


fundamental a existência de convergência de interesse entre a
Inglaterra e países como Alemanha, França e EUA, que se
beneficiavam da eficiência e estabilidade do padrão ouro.

12. (AFRF-2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do balanço de


pagamentos procedia-se por meio de correções regulares do valor
do câmbio definidas segundo o comportamento da balança
comercial.

13. (ESAF - AFRF - 2002) - No padrão-ouro, embora as moedas


estivessem lastreadas nas reservas de ouro depositadas nos
Bancos Centrais, tinham seu valor estipulado em libras esterlinas.

14. (ESAF - AFRF - 2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do


balanço de pagamentos procedia-se de forma automática, em
decorrência das transferências de ouro e dos impactos destas
sobre a oferta monetária, os preços e o poder de concorrência.

15. (ESAF – AFRF - 2002) - No padrão-ouro, as taxas de câmbio


oscilavam acompanhando o nível das reservas de ouro do país.

16. (ESAF - AFRF - 2002) - Sob o padrão-ouro, o ajuste do


balanço de pagamentos procedia-se por meio de correções
regulares do valor da moeda determinadas em função do

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comportamento dos preços no mercado doméstico e da balança
comercial.

17. (INMETRO – 2007)- Logo após a Primeira Guerra Mundial, as


fortes oscilações na paridade entre as principais moedas,
provocadas pelo excesso de ouro em circulação, levaram as
autoridades dos países detentores dessas moedas a romperem
com o padrão- ouro.

18. (INMETRO – 2007)- Entre as duas grandes guerras, vários


países, inclusive a Inglaterra, retornaram ao padrão-ouro, porém,
as dificuldades externas para mantê-lo levou esses países a
reverem essa decisão.

19. (INMETRO-2009)- O padrão ouro, tal como restabelecido no


período entreguerras, diferia significativamente daquele praticado
anteriormente, devido ao nacionalismo em matéria monetária e à
dificuldade de coordenação entre os principais centros financeiros
— Londres e Nova Iorque.
.
20. (INMETRO-2009)- Apesar das dificuldades por que passavam
as economias nacionais no período entre guerras, o
restabelecimento do padrão ouro sustentou-se na integração dos
mercados de capitais no plano internacional, tendo contribuído
diretamente para a expansão da oferta monetária e dos
investimentos durante todo aquele período.

21. (ESAF – AFTN - 1996) - O padrão ouro-câmbio é um tipo de


garantia em que a moeda em circulação num país está garantida,
total ou parcialmente, em termos de reservas em moeda
estrangeira conversível em ouro. Esse sistema de garantia foi
posto em prática pela Inglaterra, em 1925, quando de seu retorno
ao padrão-ouro, que havia sido suspenso em razão da Primeira
Guerra Mundial. A principal vantagem desse tipo de garantia em
relação à garantia mantida exclusivamente em ouro é que ela
aumenta a liquidez internacional, sem o constrangimento da
escassez relativa do ouro em face do crescimento das economias e
das trocas internacionais.

22. (Consultor Legislativo / Câmara dos Deputados-2002)- A


denominada nova ordem monetária internacional foi instituída na
Conferência Monetária e Financeira Internacional, realizada em
julho de 1944, em Bretton- Woods, estado de New Hampshire,
EUA, na qual foram adotados os acordos que criaram o Fundo
Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

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23. (INMETRO-2009) Após a Segunda Guerra Mundial, o valor
das moedas poderia ser expresso em uma quantidade de ouro,
com o que se resguardava um dos aspectos centrais do padrão
ouro, embora pudesse ser também definido em relação ao dólar
norte-americano, admitindo-se uma pequena margem de
oscilação, o que propiciou estabilidade cambial e facilitou a
expansão do comércio internacional até o início dos anos 70 do
século passado.

24. (ESAF – AFRF - 2002) - Os principais pilares do Sistema de


Bretton Woods foram o Fundo Monetário Internacional, o Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento e a
Organização Internacional do Comércio.

25. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados-2002)- Os


aportes financeiros do FMI para os países pobres servem para
facilitar o desenvolvimento estrutural desses países, que não têm
acesso ao crédito internacional de longo prazo. Essa política do
Fundo tem sido combatida pelo setor bancário internacional,
porque dificulta empréstimos lucrativos.

26. (IPEA-2009)- Ao contrário do padrão internacional do ouro


clássico, sob hegemonia britânica, Bretton Woods representou um
compromisso, ainda que ambíguo, entre os princípios do
multilateralismo e o intervencionismo doméstico.

27. (IPEA-2009)- A posição do dólar como moeda-chave do


sistema de Bretton Woods criava um dilema e acentuava as
contradições da ordem monetária internacional, ao mesmo tempo
em que gerava privilégios para os EUA.

28. (IPEA-2009)- Desde a ruptura do Acordo de Bretton Woods,


o mundo tem um “não-sistema” monetário internacional, no qual
as taxas de câmbio e os preços dos principais ativos financeiros
flutuam livremente em mercados cada vez mais profundos e
integrados internacionalmente.

29. (ESAF – AFRF - 2002)- Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que resultavam de alterações do valor do dólar norte-americano
associadas aos níveis das reservas de ouro do Tesouro dos
Estados Unidos.

30. (ESAF – AFRF - 2002)- A estabilidade do sistema monetário


internacional e das trocas comerciais entre os países eram
objetivos fundamentais para o reordenamento das relações
econômicas internacionais após a Segunda Guerra Mundial. Para

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isso, procurou-se determinar um sistema capaz de estabelecer o
valor das moedas nacionais que se pautava em taxas de câmbio
flutuantes em relação ao dólar norte-americano.

31. (ESAF – AFRF - 2002) - Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que eram permitidas em margens muito estreitas e associavam-se
aos pontos do ouro, tal como praticadas anteriormente sob o
padrão-ouro, e à eventual necessidade de correção de
desequilíbrios nas contas externas.

32. (ESAF – AFTN - 1996) - Nos acordos de Bretton Woods,


estabeleceu-se uma paridade fixa, com conversibilidade
assegurada, de US$ 35,00 por onça de ouro, e cada país, ao
ingressar no FMI, era obrigado a declarar o valor de sua moeda
em relação ao ouro e ao dólar americano. Assim sendo, o novo
sistema se afigurava demasiadamente rígido, pois possuir dólares
não seria suficiente, seria preciso também possuir ouro a fim de
garantir a moeda nacional.

33. (ESAF – AFRF - 2002) Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que ocorriam automaticamente quando se alterava a paridade do
poder de compra entre quaisquer pares de moedas.

34. (ESAF – AFRF - 2002) - A estabilidade do sistema monetário


internacional e das trocas comerciais entre os países eram
objetivos fundamentais para o reordenamento das relações
econômicas internacionais após a Segunda Guerra Mundial. Para
isso, procurou-se determinar um sistema capaz de estabelecer o
valor das moedas nacionais que se pautava em taxas de câmbio
fixas, mas ajustáveis, em relação ao dólar norte-americano, que,
por sua vez, teve seu valor determinado em uma quantidade fixa
de ouro.

35. (ESAF – AFRF - 2002) Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que não eram permitidas, uma vez que o valor das moedas estava
definido em termos de uma quantidade de dólar norte-americano
e o valor deste correspondia a uma quantia fixa de ouro, o que
propiciou estabilidade cambial até a ruptura do sistema no início
dos anos setenta.

36. (ESAF – AFRF - 2002) Sobre variações das taxas de câmbio


no contexto do sistema de Bretton Woods, é correto afirmar-se
que ocorriam em razão da relação entre taxas de juros e preços
internos, de um lado, e as taxas de juros internacionais e a

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inflação mundial, de outro, permitindo o ajuste automático entre
os setores interno e externo das economias.

37. (ESAF – AFRF - 2002) - O Fundo Monetário Internacional,


entre outros objetivos, visa a fornecer ajuda ao desenvolvimento
mediante o financiamento de projetos de cooperação e prestar
assistência financeira aos governos dos países-membros em
situações emergenciais.

38. (ESAF – AFRF - 2000) - O Fundo Monetário Internacional é


uma instituição destinada a colaborar na manutenção do equilíbrio
dos balanços de pagamentos, quando afetados por oscilações de
caráter estável ou cíclico.

39. (FCC - Analista Trainee – Economia – Metrô - 2010) - A crise


financeira internacional, fortemente vivenciada pelos EUA em
2008 em seu mercado de hipotecas, provocou o renascimento do
interesse pela teoria econômica desenvolvida pelo economista
a) John Stuart Mill.
b) John Maynard Keynes.
c) Jean Baptiste Say.
d) Adam Smith.
e) Karl Marx.

40. (ESAF - Analista Técnico de Políticas Sociais - Assistência


Social - MPOG – 2012)

A quebra do quarto banco dos Estados Unidos, o Lehman Brothers,


no segundo trimestre de 2008, marcou o ápice da crise financeira
nos Estados Unidos e a sua irradiação para o resto do mundo.
Algumas análises feitas para o Brasil sobre a crise diziam que os
fundamentos econômicos do país lhe garantiriam certa imunidade.
A base do argumento era que:
a) havia baixo nível de reservas cambiais, mas superávit na balança
comercial brasileira.
b) os bancos brasileiros apresentavam alto grau de solidez e baixo
envolvimento com o mercado de capitais externo.
c) o país não apresentava grande atratividade para os investidores
estrangeiros.
d) as altas taxas de desemprego e a informalidade da economia brasileira
serviriam de "amortecedor" para a crise.
e) os brasileiros não especulavam no mercado imobiliário norte
americano.

41. (ESAF - Analista de Infraestrutura de Transportes -


Ambiental -2013) - A crise de 2008, que teve início no mercado

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imobiliário dos Estados Unidos, ganhou contorno de crise
sistêmica porque:

a) é a característica da economia norte-americana em virtude do


tamanho do seu mercado.
b) contagiou somente as economias desenvolvidas.
c) não teve qualquer reflexo sobre o mercado de bens, mas somente
sobre o sistema financeiro mundial.
d) contagiou somente as economias em fase de desenvolvimento, entre
as quais está a economia brasileira.
e) contagiou outros mercados, com reflexos sobre a economia de alguns
países, entre os quais o Brasil.

42. (CESPE - Economista – TEM - 2008) - A teoria


macroeconômica analisa o comportamento dos grandes agregados
econômicos. Utilizando os conceitos básicos dessa teoria, julgue o
item que se segue.

Considerando que as empresas exportadoras brasileiras


dependam fortemente de linhas de crédito internacionais para
viabilizar suas vendas externas, então a contração desse tipo de
crédito desencadeada pela atual crise norteamericana desloca a
curva de demanda agregada da economia brasileira para baixo e
para a esquerda.

43. (CESPE - Analista do Ministério Público da União – Perícia –


Economia - 2010) - Acerca dos conceitos de deficit e dívida pública
e do papel do governo na economia, julgue o item subsequente.

A crise financeira, iniciada nos EUA em 2008, e que se alastrou


para alguns países europeus diz respeito às elevadas dívidas
públicas decorrentes de gastos públicos excessivos.

44. (CESGRANRIO - Profissional Básico – Engenharia - BNDES -


2011) - A crise econômica mundial de 2008 afetou fortemente a
indústria automobilística no Brasil, gerando acúmulo de veículos
em estoque.

PORQUE

As vendas da indústria automobilística no Brasil foram


alavancadas pelo mercado doméstico, bastante dependente de
crédito.

Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que

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a) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a
primeira.
c) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas.

45. (CESPE - Analista do Banco Central do Brasil - Área 3 -


Política Econômica e Monetária - 2013) - Julgue o item que se
segue, relativo à crise financeira deflagrada desde 2007.

Em 2008, o PIB brasileiro apresentou uma variação real negativa.

46. (CESPE - Analista do Banco Central do Brasil - Área 3 -


Política Econômica e Monetária - 2013) - Julgue o item que se
segue, relativo à crise financeira deflagrada desde 2007.

Em resposta à crise, o governo brasileiro adotou, em 2008,


medidas de política fiscal que visavam estimular o consumo e o
investimento.

47. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2015) - Julgue


(C ou E) o item subsecutivo, referente à economia brasileira a
partir dos anos 90 do século passado.

Os efeitos da crise de 2008 observados no Brasil incluem a


contração das exportações de maior valor agregado, decorrente
de menor demanda externa, e a contração do crédito doméstico,
tanto para o giro das empresas quanto para o consumo das
famílias.

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GABARITO

1. C
2. E
3. C
4. E
5. C
6. E
7. E
8. E
9. C
10. C
11. C
12. E
13. E
14. C
15. E
16. E
17. E
18. C
19. C
20. E
21. C
22. C
23. C
24. E
25. E
26. C
27. C
28. C
29. E
30. E
31. C
32. E
33. E
34. C
35. E
36. E
37. E
38. C
39. B
40. B
41. E
42. C
43. E
44. A
45. E
46. C
47. C

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