Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
projeto 2015 arquitetônica e paisagística, e procura constituir um recinto quali cado claramente delimitado
pelos dois pavilhões de habitação. Assim, o projeto se de ne a partir da sobreposição de três
elementos principais: um sistema modular regular, um vazio articulador e um redesenho da
topogra a (1). O projeto se realiza a partir de dois sistemas construtivos distintos: um sistema
modular industrializado, de natureza tectônica, que organiza os espaços típicos que
apresentam ordem e repetição, e uma construção pesada, estereotômica, em concreto
armado, que redesenha o chão e reconstrói a paisagem, abrigando os espaços atípicos (2). A
tensão e a diferenciação entre um desenho do chão e um desenho da construção é uma
questão central que se procura explorar.
Usos: clara diferenciação entre público e privado Os núcleos de moradia se organizam a partir
de nós de circulação vertical que abrigam também os espaços de uso coletivo intermediário a
cada pavimento. Esses nós de circulação vertical se interligam em diferentes cotas, por sob as
lajes ajardinadas que abrigam os espaços de convívio, e também ao ar livre, propiciando o
usufruto daqueles espaços abertos (5). A estrutura ambiental das circulações, que irradiam a
partir das áreas de convívio ocultas sob o redesenho do chão e se distribuem linearmente em
cada uma das barras a partir desses dois pontos focais em cada barra, contribui para
diferenciar claramente os espaços de convívio coletivo e equaciona o escalonamento das
barras. Sempre que possível, as demarcações entre circulações e espaços de permanência
são eliminadas ou reduzidas ao mínimo, de modo a reforçar um sentido de continuidade e
integração que favoreça a interação entre os moradores. Uma rica justaposição de percursos
de sol e sombra, sob e sobre as lajes ajardinadas e com espelhos d’água, com desníveis aos
modos de bancos, estimulam a apropriação das áreas livres como extensão dos espaços de
convivência. Em todos os casos, o pleno atendimento à acessibilidade universal se coloca
como princípio fundamental, tanto para os espaços de uso coletivo como para as áreas
comuns e livres, e ainda para os espaços privados que pretendem acolher portadores de
necessidades especiais.