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Sumário

1- Resumo.............................................................................................4
2- Introducao.........................................................................................5
3- Anamnese/Exame Físico....................................................................6
4-
5-
Resumo

O estudo de caso representa a avaliação das condições patológicas do cliente através


da anamnese e o exame físico, a partir da apresentação de parâmetros terapêuticos da
enfermagem, tal como a realização dos cuidados necessários a reabilitação da saúde do
paciente. Acerca disso será possível mostrar os conhecimentos adquiridos no decorrer do
acompanhamento do cliente no âmbito hospitalar, bem como os anseios técnicos em relação
as práticas de enfermagem.

Palavras – chave: Condições patológicas; Anamnese; Exame Físico; Práticas de


Enfermagem;
Introdução

A analise do caso clinico foi elaborada a partir dos parâmetros de conhecimento em


enfermagem, com o objetivo de efetivar a aprendizagem acadêmica acerca das técnicas e
praticas de enfermagem. Ao decorrer do estudo de caso será demonstrado de forma sucinta as
patologias apresentadas pelo cliente, o levantamento de problemas de enfermagem e seus
respectivos diagnósticos, bem como os planos de cuidados para com o cliente.
Anamnese/Exame físico

C.B.S, sexo masculino, 59 anos, cor branca, recebe auxilio doença, residente e
domiciliado na Fazenda Choça, casado, pai de 4 filhos, possui casa própria contendo 6
comodos, água encanada, não possui esgotamento sanitário e nem coleta de lixo diária.
Chegou ao Hospital, acompanhado de sua esposa, com queixas de dor abdominal, tosse e
febre. Afirma não ser hipertenso, nem diabético. Sem histórico familiar de doença renal,
porém com historia familiar de hipertensão e diabetes. Afirma fazer hemodiálise. Declara ter
sono regular, dieta hiperlipidica, no café da manha: ingerir café; no almoço: carne, arroz e
feijão, não ingere verdura, e muita gordura; no jantar: repete os alimentos do almoço. Possui
boa hidratação, informa ingerir 2 litros de água por dia. Não pratica exercícios físicos.
Higiene pouco satisfatória, informa tomar uma vez por dia e escovar os dentes uma vez ao
dia. Nega alergias a medicamentos e alimentos. Declara não ser tabagista nem etilista. Foi
admitido no Posto I dia 29-10-2010. Paciente encontrado no leito em decúbito dorsal, lúcido,
orientado no tempo e espaço, respondendo as solicitações verbais com clareza, afebril, pálido,
com fáceis de ansiedade, eupneico. Ao exame físico: crânio normocefalico, couro cabeludo
integro, sem presença de sujidade, cabelos limpos e bem distribuídos; mucosa ocular
normocromica, conjuntivas normocromicas, escleróticas anictericas, pupilas isocoricas, boa
acuidade visual (SIC); septo nasal sem alteração, narinas simétricas, permeáveis ao fluxo
aéreo; aparehos auditivos simétricos, sem presença de sujidade, boa acuidade auditiva (SIC).
Mucosa oral com lábios hidratados, arcada dentária total presente com presença de cáries,
língua saburrosa, sem presença de halitose e gengiva integra. Pescoço com boa mobilidade,
gânglios não palpáveis, glândula da tireóide não palpável; tórax Antero-posterior simétrico,
com boa expansibilidade, à percussão presença de sons claro-pulmonar, à asculta pulmonar
presença de murmúrios vesiculares, à asculta cardíaca normofonetica; abdômen simétrico,
plano, indolor a palpação, à percussão presença de sons timpânicos, à asculta ruídos
hidroaéreos (+); MMSS e MMII simétricos, com boa mobilidade, força muscular preservada,
sem edemas, nem hematomas, extremidades aquecidas e oxigenadas, unhas curtas e limpas;
genitália integra (SIC); Eliminações vesicais presentes e intestinais ausentes à
aproximadamente 1 dia; Em uso de venoclises no MSD e fistula para hemodiálise; Aferidos
os SSVV PA: 110x80 mmHg, T: 36,5 C, FC: 78 bpm, FR: 18 inc/min.
Estudo das patologias

O rim é o órgão responsável pela filtração do sangue, retirando do sangue a uréia, o


ácido úrico, o fósforo e o hidrogênio; além disso, reabsorve albumina, sódio, potássio e
cálcio. O rim também é responsável pela produção dos hormônios: eritropoietina que estimula
a produção de glóbulos vermelhos, sistema renina angiotensina aldosterona que aumenta a
pressão arterial, carcitriol que ativa a vitamina D, aumentando o cálcio dos ossos
(GOLDMAN, 2005).

Os rins exercem inúmeras funções, a principal delas é manter o volume e a


composição química dos líquidos corporais dentro de limites adequados à vida das células. Os
mesmos possuem, portanto o papel de manter a homeostasia, ou seja, a constância do meio
interno. Por isto regulam a quantidade de água, íons, radicais ácidos que devem ser poupados
ou que devem ser eliminados na urina quando o conteúdo dos mesmos na dieta ultrapassa as
necessidades do indivíduo. Por outro lado, o metabolismo normal do organismo produz
solutos, cuja acumulação seria danosa ao organismo que são excretadas pelos rins (PORTO,
2002).

De acordo com Papeléo Neto (2001), o rim do adulto mede cerca de 11cm, 3cm de
espessura, e 5cm de largura ocupando, longitudinalmente, o espaço entre a 12. ª vértebras
torácicas e a 3ª lombar, o direito ocupando uma posição cerca de 1,5 cm mais baixa que o
esquerdo. A irrigação dos rins é feita pelas artérias renais que são grandes vasos em ângulo
reto da aorta.

Segundo Hudak (1997), cada rim humano consiste em aproximadamente 1 milhão de


néfrons, todos com função idêntica,e, assim, a função renal pode ser explicada descrevendo-se
a função de um néfron. Cada néfron é composto de dois componentes principais: (1)
glomérulo e a cápsula de Bowman, na qual a água e os solutos são filtrados a partir do sangue;
e (2) os túbulos, que reabsorvem os materiais indispensáveis do filtro e permitem que as
substâncias residuais e desnecessárias permaneçam no filtro e fluam para a pelve renal como
urina.
A insuficiência renal crônica (IRC) é uma forma de insuficiência renal total causada
pela destruição progressiva de néfrons individuais por períodos prolongados de tempo. Na
medida em que mais e mais néfrons são destruídos, a função renal também progressivamente
é prejudicada; entretanto, em contraste com a insuficiência renal aguda, há uma oportunidade
de compensação metabólica. Várias doenças podem produzir insuficiência renal crônica,
todas elas causando destruição generalizada lenta, progressiva e irreversível dos néfrons tanto
de glomérulos como de túbulos (STEVAN; LOWE, 2002).

as principais causas são: Glomerulonefrites Crônicas; pielonefrites crônicas (infecção do rim);


nefropatias de origem genética como rins policísticos, nefropatia causada pelo diabetes
mellitus, nefropatia causada por toxicidade medicamentosa, nefropatia causada por alterações
na artéria renal.

Segundo Romão (2004), o acompanhamento dos pacientes que apresentam doença


renal crônica, deverá ser feito com base na taxa de filtração glomerular (TGF)
independentemente do diagnóstico que se tenha atribuído a patologia. Desta forma a IRC tem
sido dividido em 6 fases da doença, levando-se em consideração a TGF.

Fase I: nesta o paciente não apresenta qualquer tipo de sintomatologia. Entretanto, esta
apresenta grande importância do ponto de vista epidemiológico, uma vez que nesta estão
contido a maior parte dos pacientes que irão desencadear a insuficiência renal posteriormente.
Faz parte dessa fase: diabéticos, hipertensos, bem como portadores de doenças renais sem
características de lesões (ROMÃO, 2004).

Fase II: nesta fase já encontra-se presente a lesão de forma instalada entretanto não
apresenta sintomatologia evidente, portanto com funcionamento renal sem alterações.Nesta
fase tem-se a preservação da TGF, estando a mesma em torno de 90ml/1,73 m²
(ROMÃO,2004).

Fase III: quando o indivíduo atinge esta fase, pode-se evidenciar o início da perda da
função renal. No entanto, este padrão só pode ser evidenciado através de métodos
diagnósticos mais preciso, uma vez que não ocorrem alterações nos níveis da uréia e
creatinina, bem como a ausência de sintomatologia clínica significativa que indique a
presença de perda da função renal (ROMÃO, 2004).

Fase IV: nesta fase percebe-se perda moderada da função renal, quando a realização
dos exames laboratoriais. Estarão presentes ainda, discretos sintomas de uremia apesar do
paciente sentir-se bem clinicamente, na grande maioria das vezes como esses pacientes
apresentam associado a insuficiência renal doenças como diabetes e hipertensão, os sintomas
ficam de difícil notoriedade podendo ser confundida como exacerbação da sintomatologia da
doença de base. Nesta fase já é evidente a redução da TGF na presença de simples exames
laboratoriais, estando em torno de 30 a 59 ml/min/1,73 m² (ROMÃO, 2004).

 Fase V: considerada como sendo uma fase de sintomatologia clínica evidente e na


grande da maioria das vezes severa, uma vez que os portadores da doença renal crônica, nesta
fase apresentam significativos sintomas resultante da uremia. Pode-se considerar como
fazendo parte do quadro clínico característico desta fase os seguintes sintomas: HAS, edema,
astenia, náuseas, anemia, estando a TGF em torno de 15 a 29 ml/min/1,73 m² (ROMÃO,
2004).

Fase VI: definida como fase terminal uma vez que nesta a função perde o controle da
homeostasia, podendo rapidamente se tornar incompatível com a vida, levando o paciente ao
óbito. Nesta fase a TDF é inferior à 15, podendo estar em torno de 1,73 ml/min/1,73 m²
(ROMÃO, 2004).

O diagnóstico e controle da doença renal têm sido grandemente favorecidos pelo uso
rotineiro de biópsia renal com agulha percutânia.O exame histológico dos glomérulos e dos
túbulos é realizado para a identificação de anomalias estruturais e para caracterização dos
padrões de dano glomerular, tubular e intersticial. Exame imuno-histoquímico é necessário
para a identificação da imunoglobulina e componentes do complemento na doença glomerular
imune, e o exame sob microscopia eletrônica é necessário para os detalhes de ultra-estrutura,
incluído o local de deposição aos complexos imunes no glomérulo (STEVAN; LOWE, 2002).
A ultra-sonografia renal é um teste não-invasivo útil, que tem capacidade de
demonstrar a existência de fibrose cortical, cálculos renais, hidronefrose, obstrução uretral e
doença renal policística. A doença renal clínica pode está associada a uma redução simétrica
de tamanho e aumento da ecogenicidade; esses achados são inespecíficos sobre os demais
aspectos. A assimetria do tamanho dos rins levanta a suspeita de insuficiência renal
renovascular ou obstrução prévia por estenose ou cálculo (GOLDMAN, 2005).

A tomografia computadorizada sem contraste pode revelar necrose papilar ou


calcificações papilares sugestivas de nefropatia por abuso de analgésico. A observação de
anemia mais grave do que o previsto pelo grau de insuficiência renal sugere rim de mieloma;
deve-se proceder à imunoeletroforese do soro e da urina para a detecção de anticorpos
monoclonais ou cadeias leves Lambda ou kappa, respectivamente. Se for detectada a presença
de anticorpos monoclonal, o exame da medula óssea é habitualmente necessário para
confirmar o diagnóstico. Se o diagnóstico permanecer obscuro, e o tamanho dos rins for
normal ou apenas ligeiramente diminuído, deve-se considerar a realização de biópsia renal
para estabelecer o diagnóstico após controle da pressão arterial e, se necessário, diálise
(GOLDMAN, 2005).A diálise é um processo artificial para retirar, por filtração, todas as
substâncias indesejáveis pela (IRC). Isto pode ser feito usando a membrana filtrante do rim
artificial ou da membrana peritonial; este tipo de diálise aproveita a membrana peritonial que
reveste toda a cavidade abdominal do nosso corpo para filtrar o sangue. Para realizar a diálise,
devemos introduzir um catéter especial dentro da cavidade abdominal e, através dele fazer
passar uma membrana semelhante ao plasma; sendo que a solução permanece por um período
necessário para que se realize as trocas. Cada vez que uma solução nova entra em contato com
o peritônio, ele passa para a solução todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo

A infecção do trato urinário (ITU) caracteriza–se pela invasão e multiplicação


bacteriana em qualquer segmento do aparelho urinário, ocasionando uma bacteriuria
sintomática ou assintomática. Essa infecção pode acometer o trato urinário inferior (cistites e
uretrites) e o trato superior, como os rins e a pelve renal (pielonefrites).

Esta entre as doenças bacterianas mais freqüentes e de maior rico durante a infância,
devido a possibilidade de lesão renal irreversível e septicemia. 
A ITU atinge preferencialmente o sexo feminino (cerca 3:1), exceto durante o
primeiro ano de vida quando, eventualmente, pode predominar no sexo masculino. A infecção
urinaria prevalece nos primeiros anos de vida, atingindo seu pico de incidência por volta dos 3
e 4 anos de idade e sendo particularmente grave quando acomete lactentes, em especial, os
neonatos. Sua incidência eleva–se novamente por volta da adolescência, quando as alterações
hormonais favorecem a colonização vaginal por bactérias nefritogenicas, que podem migrar
para a área periuretral e ascender pelo trato urinário, causando ITU.
As recidivas são freqüentes, sendo que apenas 20 a 30% das crianças, principalmente
meninas, apresentarão surto único. Cerca de 20%  das recidivas ocorrem no primeiro ano após
o episodio inicial. Ocorre também uma associação com malformações das vias urinarias,
sendo as mais freqüentes o refluxo vesicoureteral  (RVU) em ate cerca de 30% dos pacientes
e malformações obstrutivas em ate 10% dos pacientes, podendo levar a formação de cicatrizes
renais, com risco potencial para o desenvolvimento de insuficiência renal crônica e
hipertensão arterial.

Para tanto, percebe-se uma análise sintática de cada patologia apresentada pelo cliente,
bem como as suas complementações.
Tratamento/Medicações

Omeprazol – 20mg

Indicações:

Esofagite erosiva, úlcera duodenal e úlcera gástrica

Mecanismo de ação:

Produz inibição especifica da enzima H+K +ATPase (bombas de prótons) nas células
parietais. Esta ação farmacológica inibe a etapa final da formação de acido no estomago.
Usado na forma sódica e magnésia.

Reações Adversas:

Dermatologicamente: Rash, urticaria, prurido, alopecia.

GI: boca seca, diarréia, dor abdominal, náusea, vomito, constipação, atrofia da língua.

Respiratório: sintomas de insuficiência respiratória, tosse, epistaxe.

SNC: cefaléia, tontura, astenia, insônia, apatia, ansiedade, parestesia.

Outras: febre, dor nas costas.

Contra-indicações e precauções:

Hipersensibilidade. Usar cuidadosamente durante a gestação ou lactação.

Interações medicamentosas:

Benzodiazepínicos: aumento do nível sanguíneo e maior risco de toxicidade por essas


drogas.

Cuidados de Enfermagem:
. A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado e o
tratamento não deve ser interrompido, sem o conhecimento medico, ainda que o paciente
alcance melhora.

. A medicação deve usada cuidadosamente durante a gestação ou lactação. No caso de


gravidez (confirmada ou suspeita)ou, ainda, se a paciente estiver amamentando, o medico
deverá ser comunicado imediatamente. Recomende a paciente o emprego de um método
contraceptivo seguro e adequado, durante a terapia.

. Informe ao paciente as reações adversas mais frequentemente relacionadas ao uso da


medicação e que, diante a ocorrência de qualquer uma delas, principalmente diarréia, o
medico deverá ser comunicado imediatamente. Informe, também, sobre a possível ocorrência
de alopecia.

. Pode causar boca seca. Enxágues orais freqüentes, boa higiene oral e o consumo de
balas ou gomas de mascar sem açúcar podem minimizar o efeito.

. Pode causar tontura. Recomende que o paciente evite dirigir e outras atividades que
requerem estado de alerta durante terapia.

. Recomende ao paciente que evite o uso de qualquer outra droga ou medicação, sem o
conhecimento do medico, durante a terapia.

. Interações medicamentosas: atenção durante o uso concomitante.

. VO: A medicação deve ser administrada antes das refeições; as capsulas não devem
ser maceradas ou mastigadas.

. IV: nos casos indicados a dose de 400mg proporciona redução imediata de 90% na
acidez gástrica; nas indicações pré-cirúrgicas, administre uma hora antes dos procedimentos;
na reconstituição, utilize somente o solvente próprio; a solução não deve ser misturada com
outros medicamentos, após a reconstituição, infunda lentamente (velocidade média mínima:
2,5 ml/min; velocidade média máxima 4 ml/min)após a reconstituição, a solução se mantém
estável até quatro horas.
Dipirona

Indicações:

Antitérmico, inclusive em convulsões febris em crianças e até doenças malignas,


quando a febre não puder ser controlada por nenhum outro meio. Também pode ser usada
como analgésico.

Mecanismo de Ação:

Derivado da pirazolona com propriedades analgésicas, antipiréticas e


antiinflamatórias. Usado na forma de sal sódico ou magnesiano. Usado na forma sódica e
potássica.

Reações adversas:

Dermatológicas: erupções cutâneas.

GI: náusea, vômito, hemorragia GI.

Hematológicas: agranulocitose, outras discrasias sanguíneas.

SNC: tremor.

Outras: anúria, edema, reações alérgicas.

Contra – indicações e precauções:

Hipersensibilidade aos derivados pirazolonicos. Glaucoma de ângulo fechado. Nefrites


crônicas. Discrasias sanguíneas. Certas doenças metabólicas, como porfiria hepática ou
deficiência congênita de glicose-6-fosfato desidrogenase. Asma e infecções respiratórias
crônicas. Grave comprometimento cardiocirculatório. Gestação e lactação. Crianças < 3
meses de idade ou < 5kg de peso o uso da medicação tão logo seja observada alteração na
contagem sanguínea ou sinal de agranulocitose.

Interações medicamentosas:

Álcool: possível potencialização do efeito dessa droga.

Anticoagulantes: diminuição do tempo de ação dessas drogas.


Barbitúricos: redução dos efeitos da dipirona.

Ciclosporina: diminuição dos níveis sanguíneos dessa droga.

Clorpromazina: possível desenvolvimento de hiportemia grave.

Nefrotoxicos: toxicidade aditiva.

Cuidados de enfermagem:

. A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado e o


tratamento não deve ser interrompido, sem o conhecimento do médico, ainda que o paciente
alcance melhora. A medicação não deve ser usada em doses altas durante períodos
prolongados sem controle medico. A resposta terapêutica, nos casos de dor ou febre, pode ser
observada geralmente em 30 min., após a administração.

. A medicação não deve ser usada em crianças < 3 meses de idade ou < 5 kg de peso
corporal nem durante a gestação ou lactação. No caso de gravidez (confirmada ou suspeita)
ou, ainda, se a paciente estiver amamentando, o médico deverá ser comunicado
imediatamente. Os pacientes diabéticos não devem receber a forma solução oral porque
contem açúcar.

. Informar ao paciente as reações adversas mais frequentemente relacionadas ao uso da


medicação e que, diante da ocorrência de qualquer uma delas, principalmente desconforto
respiratório, como também aquelas incomuns ou intoleráveis, o médico deverá ser informado.

. Nos casos de hipertermia, podem ser indicados banhos envoltórios até a estabilização
da temperatura.

. Pode causar tonturas e sonolência. Recomendar que o paciente evite dirigir e outras
atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia.

. Recomendar ao paciente que evite o consumo de álcool e o uso concomitante de


outros depressores SNC, como também de qualquer outra droga ou medicação, sem o
conhecimento do médico, durante a terapia.

. Interações medicamentosas: atenção durante o uso concomitante de outras drogas.


Rocefin – Ceftriaxona

Indicações:

Tratamento das infecções por germes sensíveis à ceftriaxona. Sepse, meningite,


borreliose de Lyme disseminada. Infecções abdominais, ósseas e das articulações, da
orofaringe, do nariz e do ouvido, da pele e de tecidos moles e dos tratos geniturinário e
respiratório.

Mecanismo de ação:

Inibe a síntese da célula e causa instabilidade osmótica.

Reações adversas:

Dermatológicas: eritema maculopapular, rash, urticaria.

GI: colite, náusea, vômito, diarréia, dor abdominal.

Exames laboratoriais: elevação enzimas hepáticas.

Hematológicas: leucopenia, eosinofilia.

Hepática: icterícia.

Locais: dor, abscesso, edema, flebite, tromboflebite.

Respiratória: dispnéia.

SNC: cefaléia, desmaio.

Outras: choque anafilático, febre.

Contra-indicações e precauções:

Hipersensibilidade à droga ou às outras cefalosporinas. Usar cuidadosamente nos


casos de disfunção hepática ou renal e em pacientes sensíveis à penicilina.

Interações medicamentosas:

Aminoglicosidios, diuréticos de alça e outras drogas nefrotóxicas: aumento da


nefrotoxicidade.
Drogas bacteriostáticas: possível interferência com a ação bactericida da ceftriaxona.

Probenecida: aumento dos níveis séricos do antibiótico.

Cuidados de Enfermagem:

. A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado pelo médico


e o tratamento não deve ser interrompido, ainda que o paciente alcance melhora.

. No caso de gravidez ( confirmada ou suspeita), ou, ainda, se a paciente estiver


amamentando, o médico deverá ser comunicado, imediatamente. Recomenda-se cautela
também nos caso de disfunção hepática ou renal, historia de doença GI e em pacientes
sensíveis à penicilina.

. Informar ao paciente as reações adversas mais frequentemente relacionadas ao uso da


medicação e que, diante a ocorrência de qualquer uma delas, principalmente, rash, como
também aquelas incomuns ou intoleráveis, o médico deverá ser comunicado imediatamente.

. Recomendar que o paciente informe ao médico o esquema de medicação anterior ao


tratamento ou à cirurgia.

. Pode causar desmaio. Recomendar que o paciente evite dirigir e outras atividades que
requerem estado de alerta, até que a resposta à medicação seja conhecida.

. Recomendar ao paciente que evite o uso de qualquer outra droga ou medicação, sem
o conhecimento do médico, durante a terapia.

. Antes da administração: documente as indicações para o tratamento e os sintomas e


relacione as drogas prescritas e os resultados obtidos; e avalie: os antecedentes de
hipersensibilidade à penicilina, às cefalosporinas ou aos outros antibióticos, disfunção
hepática ou renal; os resultados da cultura e do antibiograma; durante a administração.

. Durante a terapia, monitorar as funções hepática ou renal; a coagulação sanguínea e,


na presença de sangramento, administrar profilaticamente vitamina K, e avalie os sinais e
sintomas de flebite e de tromboflebite.
. Exames laboratoriais: dentre os pacientes que recebem cefalosporina, 40-75%
apresentam resultados falso-positivos no teste de Coombs direto; nos testes com redução de
cobre, a medicação pode produzir uma reação falso-positiva para glicose na urina.

. Interações medicamentosas: atenção durante o uso concomitante de outras drogas.

Doxazosina

Indicaçoes:

Hipertensão. Adulto: V.O, dose inicial 1 mg/dia verifique a pressão sanguínea na


posço supina e ortostática de 4 a 6 horas. se necessário, aumente a dose para 2 mg/dia,
4mg/dia, 8 mg/dia, no máximo 16mg/dia, conforme prescriçao médica.

Mecanismo de ação:

Exerce seu efeito vasodilatador através de bloqueio seletivo e competitivo dos


adrenoreceptores alfa-1 pós-juncionais.

Reações adversas:

Ouvido e labirinto: vertigem.

Gastrintestinal: náusea.

Gerais: astenia, edema, fadiga, mal-estar.

Sistema nervoso: tontura, cefaléia, tontura postural, sonolência, síncope.

Respiratório: rinite.

Hiperplasia Prostática Benigna

Experiências com estudos clínicos controlados em HPB indicam um perfil de eventos


adversos de Carduran® semelhante ao observado no tratamento da hipertensão.

No período pós-comercialização do produto foram relatados alguns eventos adversos


adicionais, tais como:
Hematopoiético: leucopenia, trombocitopenia.

Ouvido e labirinto: zumbido (tinido).

Olho: visão turva.

Gastrintestinal: dor abdominal, constipação, diarréia, dispepsia, flatulência, boca seca,


vômito.

Gerais: dor.

Hepatobiliar: colestase, hepatite, icterícia.

Sistema imunológico: reação alérgica.

Exames: testes da função hepática anormais, aumento de peso.

Metabolismo e nutrição: anorexia.

Músculo-esquelético: artralgia, dor nas costas, cãimbra muscular, fraqueza muscular,


mialgia.

Sistema nervoso: hipoestesia, parestesia, tremor.

Psiquiátrico: agitação, ansiedade, depressão, insônia, nervosismo.

Sistema urinário: disúria, hematúria, distúrbio urinário, aumento da freqüência


urinária, noctúria, poliúria, incontinência urinária.

Sistema reprodutivo: ginecomastia, impotência, priapismo e ejaculação retrógrada.

Respiratório: agravamento de broncoespasmo, tosse, dispnéia, epistaxe.

Pele e anexos: alopecia, prurido, púrpura, rash, urticária.

Vascular: rubor, hipotensão, hipotensão postural.


Contra-indicações e precauções:

Para pacientes hipersensível a droga. Use cuidadosamente em pacientes com disfunção


hepática.

Interações Medicamentosas:

O uso concomitante de doxazosina com inibidores da PDE-5 pode ocasionar


hipotensão sintomática em alguns pacientes (vide Advertências). Não foram conduzidos
estudos com Carduran XL (mesilato de doxazosina). A maior parte da doxazosina (98%) está
ligada às proteínas plasmáticas. Os dados in vitro no plasma humano indicam que a
doxazosina não apresenta efeito sobre a ligação protéica da digoxina, varfarina, fenitoína ou
indometacina. Carduran sob a forma de comprimido simples foi administrado sem qualquer
interação medicamentosa adversa nas experiências clínicas com diuréticos tiazídicos,
furosemida, ¯-bloqueadores, antiinflamatórios não-esteróides, antibióticos, hipoglicemiantes
orais, agentes uricosúricos e anticoagulantes.

Cuidados de enfermagem:

. Oriente o paciente para usar a droga conforme prescrição médica.

. Monitorize edema e descompensação cardíaca.

. Monitorize hipotensão postural, tontura, síncope na primeira dose.

. Oriente o paciente para não dirigir veículos nem exercer atividades perigosas devido
a reação adversas no SNC.

Dimeticona

Indicações:

Excesso de gases no aparelho gastrintestinal, dores ou colicas intestinais.

Mecanismo de ação:
Atua no estomago ou intestino, diminuindo a tensao superficial dos liquidos
digestivos, levando ao rompimento das bolhas de gases.

Reações Adversas:

A Dimeticona é fisiologicamente inerte e desprovida de toxicidade. Após


administração oral, a dimeticona é eliminada pelas fezes de forma inalterada.

Contra-indicacoes e precaucoes:

O uso deste medicamento é contra-indicado em caso de hipersensibilidade conhecida a


dimeticona e/ou demais componentes da fórmula.

Interacoes Medicamentosas:

Não são conhecidas interações deste medicamento com outras substancias.

Cuidados de Enfermagem:

. O medicamento deve ser administrado conforme prescrição medica.

. Orientar ao paciente sobre a utilização do medicamento.

. Fazer anamnese para investigar histórico de hipersensibilidade à formula.

Hemodiálise

A hemodiálise é um procedimento que filtra o sangue. Através da hemodiálise são


retiradas do sangue substâncias que quando em excesso trazem prejuízos ao corpo, como a
uréia, potássio, sódio e água.

A hemodiálise é feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro). O dialisador é


formado por um conjunto de pequenos tubos. Durante a diálise, parte do sangue é retirado,
passa através da linha arterial do dialisador onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela
linha venosa.

Atualmente, tem havido um grande progresso em relação à segurança e a eficácia das


máquinas de diálise, tornando o tratamento bastante seguro. Existem alarmes que indicam
qualquer alteração que ocorra no sistema (detectores de bolhas, alteração de temperatura e do
fluxo do sangue, etc.)

É bastante comum sentir cãibras musculares e queda rápida da pressão arterial


(hipotensão) durante a sessão de hemodiálise. Estes problemas acontecem, principalmente, em
conseqüência das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio. A hipotensão pode
fazer com que você sinta fraqueza, tonturas, enjôos ou mesmo vômitos. O início do
tratamento dialítico pode ser um pouco mais difícil pois, nesta fase, o corpo está adaptando-se
a uma nova forma de tratamento. Você poderá evitar muitas complicações se seguir a dieta
recomendada, tomar poucos líquidos e tomar seus remédios nos horários corretos.

Cuidados de Enfermagem:

 . Manter o local sempre limpo, lavando sempre com água e sabonete. Isto evita
infecções que podem inutilizar a fístula. Qualquer sinal de inchaço e/ou vermelhidão deve ser
comunicado imediatamente ao médico ou à equipe de enfermagem.  
 Faça exercícios com a mão e o braço onde está localizada a fístula, isto faz com
que os músculos do braço ajudem no amadurecimento da fístula.
 Evite carregar pesos ou dormir sobre o membro da FAV, pois a pressão sobre
ela pode interromper seu fluxo. 
  Não usar relógios e roupas apertadas que restrinjam o movimento e podem
provocar traumas na FAV  
 Não permita a retirada de sangue ou uso de medicamentos nas veias no braço
da fístula, a não ser que seu médico autorize. As retiradas de sangue podem criar coágulos no
interior do vaso e interromper seu fluxo e os medicamentos podem irritar as paredes das
veias.  
 Não permita as verificações de pressão no braço onde esta localizada a fístula,
pois o fluxo de sangue pode ser interrompido.  
 Caso aconteçam hematomas (manchas roxas) após uma punção, use
compressas de gelo no dia, e água morna nos dias seguintes, conforme a recomendação
médica ou da enfermagem.  
 É sempre bom evitar as punções repetidas em um mesmo local da fístula, para
que não se formem cicatrizes que dificultam as próximas punções.  
 Tenha o hábito de palpar seu pulso na região da fístula para sentir o fluxo de
sangue passando. Caso perceba que o fluxo está muito fraco, diferente do costumeiro ou que
parou completamente, procure auxilio médico imediatamente, pois este é um sinal de mau
funcionamento ou perda da fístula.
 Manter a comunicação interpessoal com o paciente,orientando
Diagnostico de Enfermagem/Plano de Cuidados

Problemas de enfermagem:

Acesso venoso periférico

Disuria

Não pratica exercícios físicos

Língua saburrosa
Caries nos dentes
Fáceis de ansiedade

Risco de infecção relacionado ao uso de acesso venoso periférico.

Plano de Cuidados:

. Executar medidas assépticas no equipamento terapêutico.


. Orientar o paciente quanto ao possível risco de infecção.

Eliminação urinaria prejudicada relacionada à infecção urinaria evidenciada por


disuria.

Plano de Cuidados:

Estilo de vida sedentário relacionado à falta de interesse evidenciado por relato verbal
de falta de atividades físicas diárias.

Plano de Cuidados:
. Estimular o paciente a praticar exercícios fisicos diariamente.
. Mostrar o valor relevante dos exercícios físicos na manutenção da saúde.
Mucosa oral prejudicada relacionada à higiene oral ineficaz evidenciada por língua
saburrosa e caries nos dentes.

. Orientar o paciente quanto a importância da higiene oral.


. Informar ao paciente, a manutenção da saúde oral, mostrando técnicas de higiene.
. Inspecionar, sob orientação, a cavidade oral três vezes ao dia com abaixador de
língua e lanterna.
Evolução de Enfermagem

04/11 – 07:00 hrs – Paciente encontrado no leito em decúbito dorsal, lúcido, orientado
no tempo e no espaço, respondendo as solicitações verbais com clareza, afebril, pálido, com
fáceis de desanimo, eupneico, extremidades aquecidas e oxigenadas. Em uso de venoclise em
MSD. Realizado exame físico; Aferidos SSVV PA: 110x80 mmHg; Temperatura: 36,5 °C;
FC: 78 bpm; FR: 18 inc/min.
05/11 – 07:00 hrs – Paciente encontrado em banho de aspersão. 08:00- hrs – Paciente
encaminhado para exame aompanhado da esposa.
08/11 – 07:00 hrs – Paciente teve alta hospitalar.
Avaliação de Enfermagem

Paciente com quadro clinico estável, intervenções de enfermagem realizados com


êxito e resultados significativos no âmbito hospitalar. Apresenta prognostico positivo para a
reabilitação da saúde, assim teve o regime terapêutico no hospital interrompido, pois o
paciente evoluiu para a alta hospitalar.
Considerações Finais

A enfermagem é uma profissão essencial na execução dos cuidados de saúde, pois essa
possui um papel importante na humanização da assistência e seus conseqüentes resultados, ao
analisar as características psicofísicas do cliente. Em meio a isso percebe-se a relevância da
realização do estudo de caso no âmbito hospitalar, pois trata-se de um instrumento que
possibilita efeitos significativos para a aprendizagem acadêmica. Ainda assim foi possível
identificar as funções do enfermeiro no hospital, ressaltando o papel investigativo,
educacional, técnico, para o êxito efetivo do regime terapêutico orientado ao cliente. Portanto,
essa nova experiência foi gratificante para aquisição cotidiana do conhecimento em
enfermagem.
Referencias Bibliográficas

MOORE, Keith L., DALLEY, Arthur F., Anatomia Orientada para a Clinica. Editora
Guanabara.

BARROS, Alba Lucia Bottura Leite de., Anamnese e Exame Fisico: Avaliacao e
Diagnostico de Enfermagem no adulto. Editora Artmed, 2010.

Diagnosticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2009 –


2011/NANDA International; tradução Regina Machado Garcez. – Porto Alegre: Artmed,2010

SIlVA, Penildon. Farmacologia. Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008

GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. CECIL: Tratado de Medicina Interna. 22ª Ed.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

ROMÃO, JE; PINTO. Censo SBN 2002, Informações Epidemiológicas das Unidades de


Diálise do Brasil. São Paulo: Atheneu, 2003.

STEVAN,Alan; LOWE, James. Patologia. 2ª Edição. São Paulo: Manole, 2002.

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

PAPALÉO NETO, Matheus; BRITO,Francisco Carlos de. Urgências em Geriatria. São Paulo:


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HUDAK, Gallo. Cuidados Intensivos de Enfermagem. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 1997.

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