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Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover
sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1
(um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas.
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput
não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas.
Entretanto, o texto menciona no Parágrafo único que: "O benefício ja concedido a qualquer
membro da família, nos termos do caput... etc... etc... (não se refere ao rendimento da
Aposentadoria, mas, sim, de outro LOAS, o que não é o caso).
Esse é o detalhe que me parece que não ficou muito claro, pois parece-me que no Estatuto do
Idoso, esse tal benefício não tem qualquer especificação ou, se refere-se a outro LOAS.
Grato e abraços.
Dimas Pereira.
Prezados.
O fato do companheiro(a) receber qualquer beneficio no valor de um salário minimo, não impede que o
conjuge/companheiro (maior de 65) receba o LOAS.
Certo é que, administrativamente, a autarquia irá indeferir o pedido e o único caminho é recorrer ao
Judiciário.
Regra definida Turma dos JEFs uniformiza entendimento sobre benefício para idosos As pessoas
idosas ou portadoras de deficiência, cuja renda per capita da família seja inferior a meio salário mínimo,
são consideradas sem condições de se manter e têm direito ao benefício assistencial de um salário
mínimo por mês. Segundo a Turma Regional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais da 4ª
Região, o critério anterior, que exigia renda per capita inferior a 25% do salário mínimo, previsto em lei
de 1993, foi modificado por leis editadas em 1997 e 2003.
A Turma consolidou o entendimento julgando pedido de uniformização de jurisprudência do Instituto
Nacional do Seguro Social. O INSS recorreu de decisão da Turma Recursal dos JEFs do Paraná,
alegando que a Turma Recursal dos JEFs de Santa Catarina tinha decidido de modo diferente. Nesses
casos, cabe à Turma Regional, formada pela reunião das Turmas Recursais dos três estados da 4ª
Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), pacificar a jurisprudência.
O relator do recurso foi o juiz federal João Batista Lazzari, que compõe a Turma Recursal de SC. Para o
magistrado, devem ser aplicados os critérios das leis 9.533/97 e 10.689/03, que instituíram,
respectivamente, os programas de acesso à alimentação e de renda mínima, mais vantajosos que o da
Lei nº 8.742/93, que regulamentou o benefício assistencial. Nessa, presume-se a miserabilidade da
pessoa cuja renda familiar não ultrapasse o limite de 25% do salário mínimo por integrante da família.
Naquelas, o limite aumentou para 50% do salário mínimo.
“Há que se estabelecer igual tratamento jurídico no que concerne à verificação da miserabilidade, a fim
de evitar distorções que conduzam a situações desprovidas de razoabilidade”, afirmou Lazzari. De
acordo com o juiz, “a inovação no ordenamento jurídico não pode passar despercebida do aplicador do
Direito, especialmente porque o benefício assistencial também se destina a suprir a falta dos meios
básicos de subsistência de quem comprovadamente encontrar-se em situação de miserabilidade”.
A sessão, feita pelo sistema de videoconferência, foi presidida pelo coordenador dos JEFs no Sul,
desembargador federal Tadaaqui Hirose, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Os três juízes da
Turma do Paraná, assim como os três da Turma de Santa Catarina, votaram diretamente de Curitiba e
Florianópolis, sem que precisassem ir até Porto Alegre, sede do TRF, onde estavam Hirose e os juízes
da Turma do Rio Grande do Sul.
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou na última quarta-feira (29)
proposta que aumenta para ¾ de salário mínimo (atuais R$ 702,75) a renda familiar per capita
utilizada como parâmetro para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Pela proposta, que altera dispositivos da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas, Lei 8.742/93),
passa-se a considerar incapaz de prover a manutenção do idoso ou de pessoa com deficiência a
família cuja renda mensal per capita seja inferior a ¾ do salário mínimo. Pela atual redação da
lei, a concessão do benefício está condicionada à comprovação de renda per capita familiar
inferior a 1/4 do salário mínimo (atuais R$ 234,25).
O texto aprovado é um substitutivo da deputada Conceição Sampaio (PP-AM) que unifica 18
projetos. O texto original (PL 117/11), do deputado Hugo Leal (PSB-RJ), aumenta para meio
salário mínimo (atuais R$ 468,50) a renda familiar per capita para concessão. A comissão
rejeitou outras cinco propostas.
Família
A definição de família para concessão do BPC também foi alterada na proposta para abarcar
todos os indivíduos que contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas por
aquele grupo.
“A atualização do conceito legal de família traz para a Loas uma oportuna uniformização com a
definição em vigor no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal”, disse
Sampaio.
Fora do cálculo
De acordo com o texto, a renda mensal de benefício previdenciário ou assistencial já concedida
a algum membro da família, até o teto do salário mínimo, não entram para cálculo da concessão
do BPC.
Assim, em uma família que uma pessoa com deficiência já receba o BPC, um idoso também
poderá receber o benefício, pois o valor per capita fica abaixo de um salário mínimo, por
exemplo.
60 anos
O texto também altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) para reduzir a idade mínima para ter
direito ao BPC, de 65 para 60 anos. Além dos idosos, a assistência no valor de um salário
mínimo (R$ 937 neste ano) também é concedida a pessoas com deficiência e de baixa renda.
“Concordamos com a uniformização legislativa, por entender que o conceito de idoso deve ser
o mesmo em ambos os diplomas legais [Loas e Estatuto do Idoso]”, afirmou a relatora.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa dos
Direitos das Pessoas com Deficiência; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
PL-117/2011
Já o critério objetivo de que a renda per capita do grupo familiar seja
inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo para verificação da
miserabilidade, disposto no art. 20, § 3º, da Lei nº 8.742/93 foi declarado
parcialmente inconstitucional, sem pronúncia de nulidade, pelo Supremo
Tribunal Federal (Rcl 4374, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno,
julgado em 18/04/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-173 DIVULG 03-09-2013
PUBLIC 04-09-2013).
Aproveitando a oportunidade, ao julgar os processos RE nº 567.985/MT e
580.963/PR, o STF também pacificou o entendimento de que todo e
qualquer benefício no valor de um salário mínimo deve ser excluído do
cálculo da renda familiar. O debate aconteceu porque o Estatuto do Idoso
trouxe expressamente em seu art.34, § único que o valor de benefício
assistencial auferido por idoso não será computado para fins de cálculo de
renda familiar. Diante disso, abriu-se a possibilidade de exclusão não
somente de valor originário de benefício assistencial ao idoso, mas também
o da Pessoa com Deficiência e o benefício previdenciário de valor
correspondente a um salário mínimo, pois não haveria fundamento para
tratar desigualmente situações de vulnerabilidade e necessidades iguais,
entendimento este consagrado pelo STF no julgamento citado.
Assim, por mais que tenha sido declarados inconstitucionais o art. 20, § 3.º
da lei 8.742/93 e § único do art. 34 do Estatuto do Idoso, não houve
declaração de nulidade, motivo pelo qual são critérios ainda válidos para a
esfera administrativa, até que ocorra uma evolução legislativa.
de se comprovar que a pessoa não possui outros meios para prover a própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, pois é apenas um elemento objetivo para se aferir a necessidade, ou seja,
presume-se absolutamente a miserabilidade quando comprovada a renda per capita inferior a 1/4 do
salário mínimo.
Tema 640: Aplica-se o parágrafo único do artigo 34 do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03), por
analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência a fim de que benefício
previdenciário recebido por idoso, no valor de um salário mínimo, não seja computado no cálculo da