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Sabrina Sampaio Santiago Lelles e Souza

Graduada pela Universidade Braz Cubas;


Advogada militante;

Assessora Jurídica do Município de Matutina- Advogada Concursada;

Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela


Universidade Federal de Uberlândia;

Especialista em Direito Público pela Faculdade de Direito de Ipatinga em


parceria com a ANAMAGES- Associação Nacional de Magistrados Estaduais;

Doutora em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Del Museo Social


Argentino, Buenos Aires;

Assessora Especial da Presidência da OAB/MG- Subseção de Belo Horizonte


Disciplina das

Profissões

Jurídicas
!CONTEÚDO POR UNIDADES DE ENSINO
 
!UNIDADE I - FUNÇÃO JURISDICIONAL 

1 - Características da jurisdição 

2 - Princípios da jurisdição 

3 - Jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária 


!UNIDADE II - INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS 



1 - Composição do Poder Judiciário 

2 - Justiça Estadual Comum 

3 - Justiça Federal Comum 

4 - Justiça Militar 

5 - Justiça Eleitoral 

6 - Justiça do Trabalho 

7 - Supremo Tribunal Federal 

8 - Superior Tribunal de Justiça 


! UNIDADE III - MAGISTRATURA 

1 - Ingresso na carreira 

2 - Garantias constitucionais dos magistrados 

3 - Vedações constitucionais dos magistrados 

4 - A carreira de magistrado 

5 - Tribunais de Justiça 

6 - Tribunais Regionais Federais 

7 - Quinto constitucional 

8 - Controle externo do Poder Judiciário: Composição e Atribuições do
Conselho Nacional de Justiça 

9 -  Dos auxiliares da Justiça 


UNIDADE IV - MINISTÉRIO PÚBLICO 

1 - Origem 

2 - Requisitos ao ingresso na carreira 

3 - Concurso de ingresso na carreira 

4 - Atribuições do Ministério Público 

5 - Garantias constitucionais dos membros do Ministério Público 

6 - Vedações constitucionais dos membros do Ministério Público 

7 - A carreira do Ministério Público 

8 - Controle externo do Ministério Público: Composição e Atribuições do Conselho
Nacional do Ministério Público 

! UNIDADE V - POLÍCIA JUDICIÁRIA 

1 - Conceitos preliminares 

2 - Polícia administrativa (ou de repressão) 

3 - Polícia judiciária 

4 - Delegado de Polícia Estadual 

5 - Delegado da Polícia Federal 


! UNIDADE VI - DA ADVOCACIA



1 - O advogado 

2 - Das origens da profissão 

3 - Da função do advogado 

4 - Dos requisitos para a inscrição como advogado na
Ordem dos Advogados do Brasil

5 - Da Defensoria Pública 
Referências Bibliográficas
HADDAD, José Ricardo; WAGNER, Luiz Guilherme da Costa; et. al. Poder Judiciário e
Carreiras Jurídicas. 3ª Ed. São Paulo: Atlas; 2009.

BARBOSA, Rui. O Dever do Advogado. São Paulo: Martin Claret; 2006.

ARAÚJO JR., Marco Antônio. Ética Profissional. 2ª ed. São Paulo: Premier Máxima; 2005.

BRASIL. Estatuto da Advocacia e da OAB: Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994. Belo


Horizonte: Del Rey; 2009.

MADEIRA, Hélcio Maciel Franca. A História da Advocacia. São Paulo: RT; 2002.

GONZAGA, Alvaro de Azevedo; NEVES Karina Penna; JUNIOR, Roberto Beijato .

Estatuto da Advocacia e Novo Código de Ética e Disciplina da OAB Comentados, editora


método, 2016

Novo CPC- Lei 13.256-2016


! Há uma dificuldade quando tratamos de
valores e conceitos morais.

! A tarefa da ordem jurídica é harmonizar


as relações sociais a fim de ensejar a
máxima realização dos valores humanos
com o mínimo de sacrifício e desgaste.
Poder 

Judiciário
Professora Sabrina Sampaio Santiago Lelles e Souza

CESG- A FACULDADE QUE TRANSFORMA PESSOAS


!

Introdução
Função Jurisdicional
! Poderes da União: artigo 2º
da Constituição Federal/88.

! Poder Judiciário: Constitui


um dos poderes da União
com função precípua de
julgar conflitos.
! Definição jurisdição: Latim “juris
dictio”.

Poder/Dever que detém o Estado


com a finalidade de aplicar o direito ao caso
concreto, objetivando solucionar os conflitos de
interesses e com isso resguardar a ordem
jurídica e a autoridade da lei.
A jurisdição caracteriza-se pela
substituição da vontade das partes pela
vontade eminente do Estado, tornando-se,
assim, única via hábil a mitigar as desavenças
contraídas entre particulares ou entre estes e
o próprio Poder Público.
! Segundo Giuoseppe Chiovenda:
Pode-se definir jurisdição
como “função do Estado que
tem por escopo a atuação da
vontade concreta da lei por
meio da substituição, pela
atividade de órgãos públicos,
da atividade de particulares ou
de outros órgãos públicos”.
! A teoria de Chiovenda sobre a jurisdição parte
da premissa de que a lei, norma abstrata e
genérica, regula todas as situações que
eventualmente ocorram em concreto, devendo
o Estado, no exercício da jurisdição, limitar-se
à atuação da vontade concreta do Direito
objetivo. Em outras palavras, limita-se o Estado,
ao exercer a função jurisdicional , a declarar
direitos preexistentes e atuar na prática os
comandos da lei. Tal atividade caracterizar-se-
ia, essencialmente, pelo seu caráter substitutivo.
CHIOVENDA, Giuseppe. Instituições de direito processual civil. Campinas: Bookseller, 1998.

! Função Precípua/Típica

Regra: Jurisdição pertence ao poder judiciário.

! Função Anômala/Atípica (previstas em lei).

Exceção: Poder legislativo e Executivo.

Ex: Senado Federal Julga o Presidente da República nos caso


de crime de responsabilidade (artigo 52, I CF ).

O Presidente da República na edição de Medida


Provisória.
16
Características da Jurisdição
! A) Substitutiva;

! B) Definitiva: artigo 5º da CF, inciso XXXVI;

! C) Declaratória;

! D) Lide;

! E) Imparcialidade;

! F) Inercia;

! G) Imperatividade;
Princípios da Jurisdição
A) Inércia ou iniciativa das partes: (art. 2º do CPC)-

Exceções: Pode o juiz, ex officio: declarar a falência de um comerciante no curso de

um processo de concordata, se verificar a falta de algum requisito para esta (art. 162, Lei de Falências);

instaurar a execução trabalhista (art. 878, CLT); conceder ordem de habeas corpus (art. 654, §2°, CPP); e

decretar prisão preventiva.

B) Inevitabilidade: Não se pode opor qualquer instituto para impedir

que a jurisdição alcance seus objetivos e produza seus efeitos.

C) Indelegabilidade; artigo 5º LIII, CF- exceções: O artigo 102, I, m, da CF/88,

e os artigos 201 e 492 do Código de Processo Civil admitem que haja delegação nos casos de

execução forçada pelo STF e também nas chamadas cartas de ordem (artigo 9°, §1°, da Lei n° 8.038/90

e regimentos internos do STF, STJ, TRFs e TJs).


D) Juiz Natural: artigo 5°, inciso LIII- "ninguém será processado nem

sentenciado senão pela autoridade competente, artigo 5°, inciso XXXVII - "não

haverá juízo ou tribunal de exceção“, artigo 5°, XXXV "a lei não excluirá da

apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito" . O artigo

564, I, do CPP, que dispõe ser caso de nulidade os atos praticados por juiz

incompetente.

E) Duplo grau de jurisdição: Organização do poder judiciário (inferior e

superior).
F) Investidura: a jurisdição só pode ser exercida por quem dela se ache legalmente

investido, (artigo 132 CPC);

G) Aderência ao Território ou Improrrogabilidade:

Exceção: é possível que haja prorrogação de competência, como nos

casos de conexão ou continência (arts. 76, 77 e 79, CPP), na hipótese prevista no art.

74, §2, in fine, do CPP, na circunstância quando é oposta e admitida a exceção da

verdade (art. 85, CPP) e no caso de desaforamento (art. 424, CPP).

H) Inafastabilidade; artigo 5º XXXV CF, artigo 126 CPC (artigo 140 do Novo

CPC).
Jurisdição: novo CPC retirou as expressões
contenciosa e voluntária artigo 16.

! A) Contenciosa:

! B) Voluntária:
Instituições Judiciárias
! Definidas pela Constituição Federal;
Cabe a Constituição Federal definir quais são os órgãos
que compõem o poder judiciário;
! Artigo 92 da Constituição Federal; (rol
exemplificativo-ex: art.98);
! Poder Judiciário é dual (convivem no mesmo
sistema um poder judiciário organizado pela União e
outros poderes judiciários organizados por cada
Estado-membro);
! Existem graus de jurisdição (exceção-competência
originária dos tribunais, art. 105 I Constituição
Federal);
Garantias do Poder Judiciário
! Visa preservar a autonomia e
independência do poder judiciário:

1º) autonomia administrativa: auto organização


dos seus serviços (artigo 93 da CF).

2º) autonomia financeira: capacidade de


elaborar o próprio orçamento (art. 99, parágrafo
1º CF).
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o
Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais
Superiores têm sede na Capital Federal.

§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os


Tribunais Superiores têm jurisdição em todo
o território nacional.


! Em Minas Gerais, o Poder Judiciário é exercido
pelos seguintes órgãos (art 9º LC 59/01):

O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos:


I – Tribunal de Justiça;
II – Tribunal de Justiça Militar;
III – Turmas Recursais;
IV – Juízes de Direito;
V – Tribunais do Júri;
VI – Conselhos e Juízes de Direito do Juízo Militar;
VII – Juizados Especiais.
Revisão
! Poderes da União;

! Função típica e função atípica;

! Jurisdição: Contenciosa e Voluntária;


Órgãos do Poder Judiciário-
Composição
STF: 11
CNJ: 15
STJ: 33
TST: 27
TSE: 7
STM: 15
TRT: 7 (mínimo)
TRE: 7
TJ Militar depende da constituição estadual
TJ Estadual: numero de acordo com a lei de organização
judiciária
TRF: 7 (mínimo)
Juízes Trabalho/Eleitoral/Militar
31
33
! Detalhes dos orgãos do Poder Judiciário


1. Superior Tribunal Federal (artigo 91, I da Constituição Federal).

O Supremo Tribunal Federal (STF):

a) É o guardião da Constituição Federal (artigo 102 da Constituição


Federal).
b) Representa o ápice da estrutura judiciária nacional tanto da
justiça comum quanto das especiais.
c) Compete-lhe, dentre outras tarefas, julgar as causas em que
esteja em jogo uma alegada violação da Constituição Federal, o
que ele faz ao apreciar uma ação direta de inconstitucionalidade
ou um recurso contra decisão que, alegadamente, violou
dispositivo da Constituição.
d) Tem sede na Capital Federal (artigo 92, parágrafo 1º da
Constituição Federal) e tem jurisdição em todo território nacional
(artigo 92, parágrafo 2º da Constituição Federal).



Composição: O STF compõe-se de onze
ministros, aprovados pelo Senado Federal (artigo
52, III, a c.c. artigo 84 XIV, c.c. artigo 101,
parágrafo único, todos da Constituição Federal) e
nomeados pelo Presidente da República, “dentre
cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e
cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade, de notável saber jurídico e de reputação
ilibada” (artigo 101 da Constituição Federal).
Restrições Constitucionais
! A) Brasileiro Nato: artigo 12, parágrafo 3º, IV da
Constituição Federal;

! B) Cidadão: Pleno gozo dos direitos políticos


(artigo 15 da Constituição Federal);

! C) Idade: Mais de 35 anos e menos que 65 anos;

! D) Notável saber jurídico e reputação ilibada;


! O cargo não tem mandato fixo: o limite máximo é a
aposentadoria compulsória, quando atinge os 75 (setenta e
cinco anos) de idade.

! O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou no dia 05


de maio, em segundo turno, a Proposta de Emenda à
Constituição 457/05, que aumenta de 70 para 75 anos a
idade de aposentadoria compulsória dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), dos tribunais superiores e
do Tribunal de Contas da União (TCU). A proposta foi
aprovada com 333 votos favoráveis, 144 contrários e 10
abstenções e será promulgada em sessão do Congresso
para começar a valer a partir do dia 07 de maio de 2015.
Competência
Definida inteiramente na Constituição Federal;

a) Julgar as causas apontadas no artigo


102, I da Constituição Federal;
b) Competência recursal ordinária, artigo
102, II da Constituição Federal;
c) Competência recursal extraordinária,
artigo 102, III da Constituição Federal;
d) Editar súmula vinculante, artigo 103-A
da Constituição Federal.
! Compete processar e julgar, originariamente, nas
infrações penais comuns, seus próprios ministros,
o presidente da República, o vice-presidente, os
membros do Congresso Nacional e o procurador-
geral da República;

! Nas infrações penais comuns e nos crimes de


responsabilidade os ministros de Estado, os
comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica
(ressalvado o disposto no art. 52, I), os membros
dos Tribunais Superiores e os do Tribunal de
Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente (Constituição
Federal, art.102).
! Em caso de crimes comuns (infrações
penais comuns), os ministros dos STF
são julgados pelos próprios colegas do
tribunal. Compete ao Senado Federal do
Brasil processá-los e julgá-los em crimes
de responsabilidade, quando o crime
está correlacionado ao exercício da sua
função. Até hoje não há, entretanto,
casos em que o Senado brasileiro tenha
processado um ministro do STF por
crimes de responsabilidade.
Composição Plenária atual http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/
atendimentoStfServicos/imagem/ComposioPlenaria2692018.jpg
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! 2. Conselho Nacional
de Justiça- CNJ


! O Conselho Nacional de Justiça foi
criado pela emenda constitucional
nº 45, de 30 de dezembro de 2004
e instalado em 14 de junho de
2005, com a função de controlar a
atuação administrativa e financeira
dos órgãos do Poder Judiciário
Brasileiro. Também é encarregado
da supervisão do desempenho
funcional dos juízes.
! Composição: O CNJ é
composto por quinze
membros com mandato de
dois anos, admitida uma
recondução. (EC nº 61 de
2009).
. O Presidente do Supremo Tribunal Federal (redação dada pela
EC nº 61, de 2009);
• Um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que será o
Corregedor Nacional de Justiça;
• Um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho;
• Um Desembargador de Tribunal de Justiça;
• Um Juiz Estadual;
• Um Juiz do Tribunal Regional Federal;
• Um Juiz Federal;
• Um Juiz de Tribunal Regional do Trabalho;
• Um Juiz do Trabalho;
• Um Membro do Ministério Público da União;
• Um Membro do Ministério Público Estadual;
• Dois advogados;
• Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação
ilibada.
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! 3. Superior
Tribunal
JustiçaCF/88

!O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é o guardião da uniformidade da interpretação

das leis federais (artigo 92, II da Constituição Federal). Direito Federal Comum.

! Sediado na capital Federal (artigo 92 parágrafo 1º da Constituição Federal)

! Possui jurisdição em todo território nacional (artigo 92, parágrafo e 2º da

Constituição Federal).


! Desempenha sua função jurisdicional ao

julgar as causas, decididas pelos

Tribunais Regionais ou pelos Tribunais

dos Estados, do Distrito Federal e dos

Territórios, que contrariem lei federal ou

deem a lei federal interpretação

divergente da que lhe haja atribuído

outro Tribunal.
! Recebe causas oriundas da Justiça

Comum Federal e Estadual; não

recebendo pois causas da Justiças

Especiais.

! Tribunal de Superposição (?).


! Composição: (artigo 104 da Constituição Federal) O STJ
compõe-se de 33 ministros, nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e
menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico
e reputação ilibada (depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal- art. 52 III, a, c.c, art.
104, parágrafo único da CF.-) sendo um terço dentre
juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre
desembargadores dos Tribunais de Justiça e outro terço
alternadamente em partes iguais, dentre advogados e
membros do Ministério Público Federal, Estadual, do
Distrito Federal e dos Territórios.
Exigências Constitucionais:
! A) Brasileiro nato ou naturalizado;

! B) Deve ser cidadão;

! C) Mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade;

! D) Notável saber jurídico e reputação ilibada;

! E) Regra do terço constitucional-um terço de juízes dos Tribunais


Regionais Federais (TRF), um terço de desembargadores dos
Tribunais de Justiça (TJ) e um terço, alternadamente, dentre
advogados e membros do Ministério Público (MP) Federal,
Estadual e do Distrito Federal e Territórios que tenham mais de
10 anos de efetiva atividade profissional.
Quinto Constitucional
!É um dispositivo que prevê que 1/5 (um quinto) dos membros de determinados tribunais brasileiros -
quais sejam, Tribunais de Justiça Estaduais, do Distrito Federal, dos Territórios, TRF, sejam
compostos por advogados e membros do Ministério Público

! (TST, TRT e STJ também utilizam a regra do quinto constitucional, embora não seja utilizada a
parte de 20% de suas vagas) terço constitucional.

! Caso a vaga reservada ao MP surja em um tribunal da justiça federal, indicar-se-á um membro


do Ministério Público federal. Havendo vaga do MP em um tribunal estadual, indicar-se-á um
membro do Ministério Público estadual

! Lista sêxtupla da classe;

! Lista tríplice do STJ;


! Caso a vaga reservada ao MP surja em

um tribunal da justiça federal, indicar-

se-á um membro do Ministério Público

Federal. Havendo vaga do MP em um

tribunal estadual, indicar-se-á um

membro do Ministério Público Estadual


Procedimento do Quinto Constitucional
! Cada órgão, a Ordem dos Advogados do Brasil
ou o Ministério Público, formará uma lista
sêxtupla para enviá-la ao Tribunal onde ocorreu
a vaga de ministro ou desembargador.

! Este tribunal, após votação interna para a


formação de uma lista tríplice, a remete ao chefe
do Poder Executivo, isto é, governadores, no caso
de vagas da justiça estadual, e o presidente da
república no caso de vagas da justiça federal,
que nomeará um dos indicados.
Objetivo do Quinto Constitucional
! A finalidade do dispositivo do art. 94 é dupla:

1) Num primeiro momento, visa arejar o


Poder Judiciário em suas instâncias
superiores com profissionais que já
atuaram em áreas no todo distintas da
magistratura, e que, por isso, tenham visão
não atrelada à dos magistrados, mas
calcada em outra formação e princípios.
! 2) A segunda finalidade do quinto
constitucional é democratizar o
Poder Judiciário, permitindo que
profissionais de outros campos de
atuação tenham também acesso à
função julgadora, e utilizem suas
experiências e vivência
profissionais para contrabalançar
a rigidez de alguns tribunais.
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Competência do STJ
! Definida pela Constituição Federal:

A) Competência originária para julgar as causas


apontadas no artigo 105, I da CF;

B) Competência recursal ordinária nos casos do


artigo 105, II da CF;

C) Competência recursal especial nos casos do artigo


105,III, da CF;
4. Superior Tribunal Militar
! O Superior Tribunal Militar julga os crimes militares (artigo 124, caput, da
Constituição Federal);

! Composição: ARTIGO 123 É composto por quinze ministros, nomeados pelo


Presidente da República após a aprovação pelo Senado Federal. Nessa
composição pode-se dizer que dez ministros são militares sendo três dentre
oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três
dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais
elevado da carreira. Os outros cinco ministros são escolhidos entre os civis.
Três dessas vagas são destinadas a advogados, de conduta ilibada e notório
saber jurídico; outra é reservada a um juiz auditor e a última a um membro
do Ministério Público Militar. Todos devem possuir mais de dez anos de efetiva
atividade profissional.


Tribunal de Justiça Militar
! É o órgão de segunda instância da Justiça
Militar Estadual no Brasil, previsto pelo Artigo
125 da Constituição Federal naqueles Estados
em que o contigente da Polícia Militar
ultrapassa o total de vinte mil integrantes. A
criação do Tribunal Especializado dependerá de
proposição do Tribunal de Justiça da Unidade
Federativa, o qual cumpre as funções de
segunda instância da Justiça Militar, quando da
inexistência do TJM.
5. Justiça do Trabalho
! Os órgãos da Justiça do Trabalho são o Tribunal
Superior do Trabalho (TST), os Tribunais Regionais
do Trabalho (TRTs) e os juízes do Trabalho.
Compete-lhe processar e julgar as causas oriundas
das relações de trabalho regidos pela CLT
(Consolidação das leis do trabalho) . Os Juízes do
Trabalho formam a primeira instância da Justiça
do Trabalho e suas decisões são apreciadas em
grau de recurso pelos TRTs. O TST, dentre outras
atribuições, zela pela uniformidade das decisões
da Justiça do Trabalho.
Justiça do Trabalho
! Art.  112  - A lei criará varas da Justiça do
Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos
juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho.

! Art.  113  -  A lei disporá sobre a constituição,


investidura, jurisdição, competência, garantia e
condições de Exercício dos órgãos da Justiça
do Trabalho.
Tribunal Superior do Trabalho
Composição: Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente
da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004).


I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira,
indicados pelo próprio Tribunal Superior.

§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.

§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:

I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus,
como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

!   O Tribunal funciona na plenitude de sua
composição ou dividido em Turmas.

! Dentre os juízes togados do Tribunal Superior


do Trabalho, serão eleitos o presidente, o vice-
presidente e o corregedor, além dos
presidentes das Turmas, na forma estabelecida
em seu regimento interno.

! O não comparecimento do membro do tribunal,


sem motivo justificado, a mais de três sessões
ordinárias consecutivas, importará em renúncia.
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Órgãos e Serviços Auxiliares da
Justiça do Trabalho ou Justiça Comum
! A) Secretaria do Trabalho ou secretaria: Cada
vara possui uma secretaria (autuar, expedir
certidões, receber petições, dar andamento
processual e demais determinações do juiz);

! B) Distribuidor: Sempre que houver mais de uma


vara, tendo como função precípua a divisão dos
processos de maneira igualitária;

! C) Contadoria: Função de realizar cálculos,


custas.
Conhecendo um processo
! 1) Qual o numero do processo?
! 2) Data e horário em que a ação foi distribuída?
! 3) Qual comarca? Qual juiz e qual o promotor de justiça eram
responsáveis no ato da distribuição processual?
! 4) Data em que o processo foi autuado?
! 5) Quem são as partes?
! 6) Qual tipo de ação?
! 7) Qual o valor da causa?
! 8) Quantas folhas tem o processo?
! 9) A parte requerida já foi citada?
! 10 ) Caso tenha sido citada a parte contrária como se deu a citação?
! 11) o Juiz já manisfestou nos autos?
! 12) O que mais chamou atenção neste processo em análise?

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Auxiliar da Justiça

! Oficial de Justiça ou
Oficial de Justiça
Avaliador: Desempenha
funções determinadas pelo
juiz como citações,
intimações, notificações e
avaliações;
! Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores;

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria
sujeita à sua jurisdição;

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I,
o ;

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;

VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos
legais, decorrentes das sentenças que proferir;

IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.


Conflito de competência
! • conflito entre juízes do trabalho na mesma região:
competente TRT da Região;
! • conflito entre juiz do trabalho e juiz de direito da justiça
comum investido na jurisdição trabalhista: competente o
Tribunal Regional Trabalhista da Região;
! • conflito entre juízes do trabalho de regiões diferentes:
competente o Tribunal Superior do Trabalho;
! • conflito entre juízes do trabalho e juiz de direito de
regiões diferentes investido na jurisdição trabalhista:
competente o Tribunal Superior do Trabalho;
! • conflito que envolva juízo federal comum e juízo do
trabalho de qualquer grau:competente é o STJ;
! • conflito envolvendo o Tribunal Superior do Trabalho:
competente o Tribunal Superior do Trabalho.
6. Justiça Eleitoral- Órgão do Poder
Judiciário
Justiça Especializada;

São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os


Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), os Juízes Eleitorais e as Juntas
Eleitorais.

Compete-lhe julgar as causas relativas à legislação eleitoral. Os TREs


decidem em grau de recurso as causas apreciadas em primeira instância
pelos Juízes Eleitorais. O TSE, dentre outras atribuições, zela pela
uniformidade das decisões da Justiça Eleitoral.



Artigos da Constituição (118 a 121).


Tribunal Superior Eleitoral
! A composição da Justiça
Eleitoral é “sui generis” (peculiar,
especial), pois seus integrantes
são escolhidos dentre juízes de
outros órgãos judiciais brasileiros
(inclusive estaduais) e servem
por tempo determinado (2 anos
permitida uma recondução).
! O TSE não tem quadro próprio, sendo composto
por no mínimo sete membros, através de eleição
por voto secreto, sendo eles três juízes escolhidos
dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), dois juízes dentre os ministros do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados, entre
seis, de notável saber jurídico e idoneidade moral,
indicados pelo STF e nomeados pelo presidente
da República. Serão também eleitos substitutos
em número igual por categoria. Não poderá haver
parentes de candidatos de até quarto grau dentre
os juízes escolhidos.
Eleição do TSE
! Presidente e vice presidente: Dentre os
ministros do STF

! Corregedor Eleitoral: Dentre os ministros


do STJ

Eleição acontece em plenário, com quorum de


maioria absoluta.
Tribunal Regional Eleitoral
 
! É o órgão do  Poder Judiciário, no  Brasil,
encarregado do gerenciamento
de  eleições  em âmbito  estadual. Tem por
órgão revisor de suas decisões o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Composição TRE
! O artigo 120 da  Constituição Federal do Brasil  determina que
"haverá um Tribunal Regional Eleitoral na capital de cada estado e
no Distrito Federal." Determina também, em seu parágrafo primeiro, a
composição deles:
! I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;


b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de
Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do
Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal,
escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados
pelo Tribunal de Justiça.
A competência da Justiça Federal, entre outras, está fixada no artigo 109 da CF/88 que prevê, também, o
processo e julgamento de:

- crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento da União ou de suas entidades


autárquicas ou empresas públicas;

- os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o


resultado devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

- os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico- financeira;

- os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de


autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

- os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves,


- os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o
exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a
respectiva opção, e à naturalização, ressalvadas, em todos, as competências das Justiças Militar e Eleitoral.


Juiz Eleitoral

! É o titular da
Zona Eleitoral,
funcionando como
órgão judiciário
singular em
primeira instância.
Junta Eleitoral
! As Juntas Eleitorais são órgãos deliberativos constituídos 60 (sessenta) dias antes do
pleito, com a competência de:


a) Apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas Zonas Eleitorais sob sua
Jurisdição;


! b) Resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da


contagem e da apuração;


! c) Expedir os boletins de apuração contendo o resultado de cada seção;


! d) Expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.


! 

Nos Municípios onde houver mais de uma Junta, a expedição de diplomas será feita pela
que for presidida pelo Juiz Eleitoral mais antigo (Art. 40, parágrafo único, do Código
Eleitoral).
! 

Cada Junta Eleitoral é composta de um Juiz de Direito, que será o presidente, e de 2
(dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade (Art. 36 do Código Eleitoral), os quais
não precisam ter formação jurídica.
! TSE tem jurisdição em todo
o território nacional; os
Tribunais Regionais Eleitorais,
nos respectivos Estados e
no Distrito Federal, e os
Juízes Eleitorais, somente
nas Zonas Eleitorais a que
presidem
7. Justiça Federal


! São órgãos do Poder Judiciário (artigo 92, III CF).

! São órgãos da Justiça Federal os Tribunais Regionais


Federais (TRF) e os juízes federais. A Justiça Federal
julga, dentre outras, as causas em que forem parte a
União, Autarquia ou Empresa Pública Federal.

! Dentre outros assuntos de sua competência, os TRFs


decidem em grau de recurso as causas apreciadas em
primeira instância pelos Juízes Federais.

! Tem competência constitucional taxativa.




Tribunal Regional Federal: competência recursal e originária (art. 108,
I da CF)

! Composição: Os Tribunais Regionais Federais têm


composição variável, com o número de juízes
definido em lei, sendo um quinto escolhido entre os
advogados com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional e membros do Ministério
Pùblico Federal com mais de dez anos de carreira.
Os demais são escolhidos mediante promoção de
juízes federais com mais de cinco anos de exercício,
por antigüidade e merecimento, alternadamente.
Critério Subsidiário de Alternância

! Em se tratando os TRF’s dentre outros de


composição ímpar em seu número de
v agas n o eu s e refere ao q ui n t o
constitucional, o STF decidiu que uma das
vagas será alternadamente e
sucessivamente preenchida por advogado
e membro do ministério público para que
assim a paridade plena exigida por lei.
Causas da Justiça Federal que podem
ser julgadas pelo Juiz Estadual

! Art. 109. Aos juízes federais compete processar e


julgar:

§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual,


no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as
causas em que forem parte instituição de previdência
social e segurado, sempre que a comarca não seja sede
de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a
lei poderá permitir que outras causas sejam também
processadas e julgadas pela justiça estadual
Lei Orgânica da Justiça Federal- Lei
5.010/66- traz outra exceção

Art. 15. Nas Comarcas do interior onde não funcionar Vara da


Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são competentes
para processar e julgar:

I - os executivos fiscais da União e de suas autarquias, ajuizados


contra devedores domiciliados nas respectivas Comarcas;

II - as vistorias e justificações destinadas a fazer prova perante a


administração federal, centralizada ou autárquica, quando o requerente
for domiciliado na Comarca;

III - os feitos ajuizados contra instituições previdenciárias por segurados


ou beneficiários residentes na Comarca, que se referirem a benefícios de
natureza pecuniária;
Recursos
Contra decisões de juízes federais ou juízes estaduais
exercendo a competência federal cabe recurso ao
TRF;

Exceções: 1) Julgamento de crime político quem


funciona como segunda instância é o STF;

2) Causas entre Estado estrangeiro ou organismo


internacional e Município ou pessoa domiciliada ou
residente no país caberá recurso ao STJ
Distribuição Geográfica: (artigo 27 parágrafo 6º do Ato de Disposições
Cosntitucionais Transitórias).

! TRF da 1ª Região - sede em Brasília: compreende as seções judiciárias do


Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais,
Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. (composição inicial
18 magistrados).

! TRF da 2ª Região - sede no Rio de Janeiro: compreende as seções judiciárias


do Rio de Janeiro e Espírito Santo. (composição inicial 14 magistrados).

! TRF da 3ª Região - sede em São Paulo: compreende as seções judiciárias de


São Paulo e Mato Grosso do Sul. (composição inicial 18 magistrados).

! TRF da 4ª Região - sede em Porto Alegre: compreende as seções judiciárias


de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (composição inicial 14
magistrados).

! TRF da 5ª Região - sede em Recife: compreende as seções judiciárias de


Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
(composição inicial 10 magistrados).
Juizados Especiais Cíveis e Criminais
Federais

! Crime de menor potencial ofensivo- pena


máxima não superior a 2 anos;

! Ações Cíveis até o valor de 60 (sessenta)


salários mínimos
A competência da Justiça Federal, entre outras, está fixada no artigo 109 da CF/88 que prevê, também, o
processo e julgamento de:

- crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento da União ou de suas entidades


autárquicas ou empresas públicas;

- os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o


resultado devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

- os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico- financeira;

- os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de


autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

- os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves,

- os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o


exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a
respectiva opção, e à naturalização, ressalvadas, em todos, as competências das Justiças Militar e Eleitoral.


8-Tribunal de Justiça
! Cada tribunal tem a sua composição que é
fixada pela Lei de Organização Judiciária de
cada Estado.

! Hoje temos 27 Tribunais de Justiça.

! Em Minas Gerais temos 140 cargos de


desembargadores sendo 1 Presidente, 3 Vice-
Presidentes e 1 de Corregedor Geral de
Justiça
! Um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça
será preenchido por advogados e membros do
Ministério Público, em conformidade com o
disposto na Constituição Federal.

! O acesso ao cargo de Desembargador dar-se-á


mediante promoção por antiguidade e por
merecimento, alternadamente, apurados entre
os Juízes de Direito integrantes da entrância
especial .
Juízes de Direito

! A jurisdição de primeiro grau é exercida


por:

I – Juiz de Direito;
II – Tribunal do Júri;
III – Juizado Especial Cível ou Criminal.
Órgãos que não fazem parte do Poder
Judiciário:

1. Tribunal Marítimo;

2. Tribunal de Contas da União TCU (Está
administrativamente enquadrado no Poder
Legislativo);

3)Tribunal de Justiça Desportiva;


Revisão- trabalho em sala de aula
! 1) Quais são os órgãos do Poder Judiciário? justifique
constitucionalmente sua resposta.

! 2) Qual o mais alto órgão da Justiça? E qual a sua atribuição?

! O que vem a ser a ser quinto constitucional? Fundamente sua


resposta.
! 4) Qual a função típica do Poder Judiciário? E atípica?

! 5) Qual a principal atribuição do STJ?

! 6) Quais são os tribunais e suas composições?


Justifique com artigo legal.
99
! 4) Qual a função típica do Poder
Judiciário? E atípica?

! 5) Qual a principal atribuição do STF e do


STJ?

! 6) Quais são os tribunais e suas


composições? Justifique com artigo legal

100
Magistratura
! O ingresso na
magistratura se
dá por meio de
concurso público;

! Cargo inicial:
Juiz substituto
Requisitos para investidura

! 1) Nacionalidade brasileira;

! 2) Diploma de bacharel em direito;

! 3) Três anos de atividade jurídica ( EC


45/04-Reforma do Judiciário);
Trabalho- Entendendo melhor a
expressão atividade jurídica

! O que vem a ser Atividade Jurídica?

! O que os tribunais tem entendido acerca do assunto?

! Existe alguma norma que regulariza a situação?

! O curso de pós graduação quanto feito concomitantemente com a


faculdade será válido como atividade jurídica?

! Como se dá a comprovação da atividade jurídica e em que momento


esse documento deve ser apresentado?

Obs: Pesquisar sobre a resolução 75 do Conselho Nacional de Justiça


Ementa
RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. CONCURSO
PÚBLICO. MAGISTRATURA. INSCRIÇÃO DEFINITIVA. EXIGÊNCIA NO EDITAL DO CERTAME DE
DOCUMENTO DE INSCRIÇÃO NA OAB COM PRAZO MÍNIMO DE CINCO ANOS.
INTERPRETAÇÃO EM CONSONÂNCIA COM O TEXTO CONSTITUCIONAL. NECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO DE TRÊS ANOS DE PRÁTICA FORENSE APÓS O BACHARELADO. PRINCÍPIO
DA RAZOABILIDADE. 1. A previsão contida em edital de certame para a magistratura no sentido
de que, para a inscrição definitiva, exige-se a apresentação de documento de inscrição na OAB
com prazo mínimo de cinco anos, deve ser interpretada em consonância com o disposto no art.
93, I, da CF/88, de modo que é necessária a comprovação de apenas três anos de prática
forense após a conclusão do Curso de Direito. 2. Entendimento contrário, além de não encontrar
amparo no texto constitucional, implicaria em ofensa ao princípio da razoabilidade ao admitir a
estipulação de prazo maior (cinco anos) do que aquele fixado pelo constituinte (três anos) como
adequado para a comprovação de experiência jurídica após o bacharelado pelo candidato ao
cargo de juiz. 3. Recurso ordinário provido.

Processo: RMS 25460 / PB, RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA


2007/0246917-5 , Relator(a) Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA , data de
julgamento 17/03/2011.
Momento da Comprovação(3 anos)
! STJ -  RECURSO ESPECIAL REsp 1198848 CE 2010/0115094-9
(STJ)
Data de Publicação: 16/03/2011

Ementa: RECURSO ESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO. MAGISTRATURA.


COMPROVAÇÃO DE EFETIVO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE JURÍDICA.
MOMENTO. RESOLUÇÃO N. 11 DO CNJ: DISSÍDIO COMPROVADO.
RECURSO PROVIDO. Tendo o edital do concurso público para
magistratura antecedido a exigência constitucional de efetivo exercício
de atividade jurídica por três anos para ingresso na carreira, possível
a comprovação desse período no momento da posse, conforme
expressamente dispôs o art. 7º da Resolução n. 11 do CNJ. Recurso
especi...
Encontrado em: antecedido a exigência constitucional de efetivo
exercício de atividade jurídica por três anos para ingresso na carreira,
possível a comprovação desse período no... EXERCÍCIO DE ATIVIDADE
JURÍDICA. MOMENTO. RESOLUÇÃO N. 11 DO CNJ: DISSÍDIO
! STJ - RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA: RMS 26667 DF 2008/0073021-1
! Concurso Público Para Ingresso na Carreira da Magistratura. Atividade Jurídica de

Três Anos. Exigência Constitucional. Contagem e Comprovação.
!Ementa para Citação Andamento do Processo
!Dados Gerais
!Processo:

!RMS 26667 DF 2008/0073021-1


!Relator(a):

!Ministro NILSON NAVES


!Julgamento:

!11/11/2008

!Órgão Julgador:
!T6 - SEXTA TURMA
!Publicação:

!DJe 02/03/2009


! Ementa

! Concurso público para ingresso na carreira da magistratura. Atividade jurídica de três anos. Exigência
constitucional. Contagem e comprovação.
! 1. A comprovação dos três anos de atividade jurídica, exigida daqueles que pretendem ingressar na carreira da
magistratura, deve ser feita no momento da inscrição definitiva, daí ser recomendável se faça constar nos
editais de abertura desses concursos a data provável em que se realizará tal inscrição. Caso ocorra a
antecipação do cronograma inicial, dessa alteração nenhum prejuízo poderá resultar para aqueles interessados
que se inscreveram considerando que, respeitada a data inicialmente prevista para a inscrição definitiva, teriam
como atender à exigência constitucional.
! 2. A data a ser considerada para a aferição dos três anos de conclusão do curso de Direito é aquela em que
o estudante conclui com êxito todas as disciplinas do curso de graduação. Em conseqüência, as atividades
jurídicas desenvolvidas a partir dessa data, assim consideradas aquelas previstas no edital, devem ser
aproveitadas na comprovação da exigência constitucional.
! 3. No caso, a antecipação da data prevista no edital de abertura para a inscrição definitiva não pode
acarretar a exclusão da candidata: as atividades por ela realizadas -suficientes ao atendimento da exigência
constitucional -entre a data em que concluiu as matérias do curso de graduação e aquela em que ocorreu a
colação de grau devem ser aproveitadas para comprovação dos três anos de experiência jurídica.
! 4. Recurso ordinário provido.
! Considera-se atividade jurídica o exercício
de cargos, empregos ou funções, incluindo
magistério superior, que exijam a
utilização preponderante de conhecimento
jurídico; Pós graduação na área jurídica
reconhecido pelo Ministério da Educação
ou pela Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados;
! 4) Regularidade com o serviço militar;

! 5) Estar em gozo dos direitos políticos;

! 6) Integridade física e mental e

! 7) Boa conduta social;


Composição da Comissão do
Concurso- Magistratura
! Banca Examinadora: Composição majoritária
de membros do respectivo Tribunal de Justiça;

! Membro da OAB (desde edital até o resultado


final);

* Impedimento:
advogados ou desembargadores professores -3
anos
Concurso: Quatro etapas eliminatórias

1) Prova escrita: múltipla escolha;

2) Prova escrita: dissertativa e redação;

3) Exame psicotécnico ;

4) Prova oral e entrevista com a banca examinadora.


Etapa classificatória

! Análise de títulos para fins de


classificação final;

Observação: Cada tribunal pode


adotar forma diversa desde que amparado por
legislação infraconstitucional local;
Garantias dos Magistrados- art. 95 CF

a) Vitaliciedade;
b) Inamovibilida
de;
c) Irredutibilidad
e de
subsídios.
! São vitalícios, a partir da posse, os Juízes
nomeados para os tribunais de segundo grau
e, após dois anos de exercício, os Juízes de
Direito e os Juízes de Direito do Juízo Militar.

! Adquirida a vitaliciedade, o magistrado só


perderá o cargo em razão de sentença
judicial transitada em julgado. Antes de
adquirir a vitaliciedade poderá perder o cargo
através de processo administrativo disciplinar;

! A garantia da inamovibilidade não impedirá a


remoção por interesse público.
Vedações dos Magistrados
(art 95 da CF)
! 1) Exercer comércio ou participar de sociedade
comercial exceto acionista ou cotista nos limites
legais;
! 2) Exercer a advocacia;
! 3) exercer atividade político partidária;
! 4) Exercer cargo ou função pública ou privada
ainda que em disponibilidade salvo a de
magistério;
! 5) Participação junto a justiça desportiva e ou
comissões disciplinares;
Vedações Magistrados
! 6) Recebimento de honorários, percentagens, custas
ou participações em processos;

! 7) Auxilio de contribuição de pessoas físicas ou


entes públicos ou privados salvo exceções legais;

! 8) Manifestar opinião em processo pendente de


julgamento ou efetuar juízo depreciativo sobre
despachos ou decisões de outros órgãos, ressalvado
crítica técnica ou proferida no exercício do
magistério;

! 9) Quarentena: 3 anos.
Carreira do Magistrado
! Para que o Poder Judiciário possa cumprir seu
objetivo principal e efetivar a prestação
jurisdicional a lei autoriza a divisão territorial dos
Estados.

! Os Estados via de regra tem seu território


dividido em :
a) distritos;
b) comarcas e
c) circunscrições.
! Distrito: É considerado a menor unidade
judiciária;

! Comarca: Compreende um ou mais municípios,


em área contígua, e tem denominação da
respectiva sede;

! Circunscrição Judiciária: É constituída pela


reunião de várias comarcas contíguas de uma
mesma região, escolhendo-se uma delas para ser
a respectiva sede;
São requisitos para a criação de comarca: 


a) população mínima de dezoito mil habitantes na


comarca;

b) número de eleitores superior a treze mil na comarca;

c) movimento forense anual, nos municípios que


compõem a comarca, de, no mínimo, quatrocentos feitos
judiciais, conforme estabelecer resolução da Corte
Superior do Tribunal de Justiça;
II – para a instalação de comarca:

a) edifício público de domínio do Estado com capacidade e


condições para a instalação de fórum, delegacia de polícia,
cadeia pública e quartel do destacamento policial;

b) concurso público homologado, para provimento dos cargos


que comporão a Secretaria do Juízo.

Parágrafo único. O preenchimento dos requisitos a que se refere


este artigo será comprovado por meio de certidões expedidas
pelas repartições públicas competentes ou, conforme o caso, por
inspeção local pelo Corregedor-Geral de Justiça.
! As comarcas classificam-se como:

I – de entrância especial as que têm cinco ou mais


varas instaladas, nelas compreendidas as dos
Juizados Especiais, e população igual ou superior a
cento e trinta mil habitantes;

II – de primeira entrância as que têm apenas uma


vara instalada; e

III – de segunda entrância as que não se


enquadram nos itens I e II .
Diferença entre Instância e Entrância
! Instância: Instância significa grau de jurisdição ou de
julgamento, por ex., será a 1ª Instância para o julgamento
de um processo o Juiz ou Tribunal que primeiro decidi-lo.

! Entrância: Entrância se refere ao nível de organização


judiciária dentro de um Estado É ao mesmo tempo,
degrau na carreira de um Juiz e classificação das
Comarcas. Uma Comarca será de 1ª entrância se
pequeno for o número de processos que lá existem e
pouca for a sua importância política. Será de 2ª entrância
se já tiver um número mais elevado de processos e uma
maior importância política, e assim por diante
123
! Os juízes singulares, seja em comarcas de 1ª e
2ª entrância ou entrância especial, constituem a
primeira instância de jurisdição.

! Os Tribunais de Justiça, os Tribunais Regionais


Federais e os Tribunais Regionais do Trabalho
são a segunda instância.

! Os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário

serão públicos, e as suas decisões serão

fundamentadas, sob pena de nulidade,

podendo a lei, se o interesse público o exigir,

limitar a presença, em determinados atos, às

próprias partes e a seus advogados, ou

somente a estes.
LC 59/2001

! DA MAGISTRATURA DA JUSTIÇA COMUM

Art. 163. A magistratura da justiça comum compreende os cargos de:

I – Juiz de Direito Substituto;

II – Juiz de Direito de Primeira Entrância;

III – Juiz de Direito de Segunda Entrância;

IV – Juiz de Direito de Entrância Especial;

V – Revogado.
Inciso revogado pelo art. 30 da L.C. nº 85, de 2005.

VI – Desembargador.
Servidores
! Dos auxiliares da Justiça

Artigo 139 do Código de Processo Civil:

São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas


pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito,
o depositário, o administrador e o intérprete.

Novo CPC traz essa composição no artigo 149 com a seguinte redação:

Art. 149    São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de
secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o
intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor,
o contabilista e o regulador de avarias.
Revisão para Prova
1)O que vem a ser princípio da separação dos poderes?
2)Quais são as garantias dos magistrados segundo a Constituição Federal?
3)Como se dá o ingresso de juiz na justiça eleitoral?
4)Quais são os cargos privativos de brasileiro nato?
5)Quais são os requisitos para composição do STF e o STJ qual a principal diferença entre ambos?
6)O que vem a ser o Conselho Nacional de Justiça?
7)O que é vitaliciedade e como ela é adquirida?
8)Quais são os órgãos auxiliares da justiça?
9)Quem exerce a jurisdição de primeiro grau?
10)Quais são os Requisitos para investidura no cargo de juiz?
11)Quais são as proibições do magistrado?
12)Quais São requisitos para a criação de comarca?
13)Qual a diferença entre Instancia e Entrância?
14) Quais são as características da jurisdição?
15) Quais São órgãos do Poder Judiciário ? Justifique constitucionalmente sua resposta.
16) Qual o mais alto órgão da Justiça? E qual a sua atribuição?
17) Parte dos tribunais Federais, dos tribunais dos Estados, do distrito Federal e Territórios será
composta de membros do Ministério Público e de advogados. Qual é o nome desta garantia constitucional?
18) Qual a função típica do Poder Judiciário? E atípica?
19) O que vem a ser quarentena do juiz?
20) O que vem a ser Atividade Jurídica?

128
Nova redação do CPC
! Art. 152  Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
! I – redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as
cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao
seu ofício;
! II – efetivar as ordens judiciais, realizar citações e
intimações, bem como praticar todos os demais atos que
lhe forem atribuídos pelas normas de organização
judiciária;
! III – comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo,
designar servidor para substituí-lo;
! IV – manter sob sua guarda e responsabilidade os autos,
não permitindo que saiam do cartório, exceto:
! a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
! b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao
Ministério Público ou à Fazenda Pública;
! c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao
partidor;
! d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da
modificação da competência;
! V – fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo,
independentemente de despacho, observadas as disposições
referentes ao segredo de justiça;
! VI – praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.
! § 1o  O juiz titular editará ato a fim de regulamentar a
atribuição prevista no inciso VI.
! § 2o No impedimento do escrivão ou chefe de secretaria, o
juiz convocará substituto e, não o havendo, nomeará pessoa
idônea para o ato.
! O art. 152 enumera as funções a serem
desempenhadas pelo escrivão, ampliando o rol
do art. 141 e amalgamando-o com o art. 142,
ambos do CPC atual. Merece destaque a
previsão do inciso VI, regulamentada pelo §
1º, no sentido de o juiz titular editar ato
regulamentar de quais atos meramente
ordinatórios estão sob a responsabilidade do
escrivão, iniciativa que aperfeiçoa a
autorização constante do art. 162, § 4º, do
CPC atual.
Oficial de Justiça- Artigo 154 do novo CPC
! Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:
! I – fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais
diligências próprias do seu ofício, sempre que possível na presença de 2
(duas) testemunhas, certificando no mandado o ocorrido, com menção ao
lugar, ao dia e à hora;
! II – executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
! III – entregar o mandado em cartório após seu cumprimento;
! IV – auxiliar o juiz na manutenção da ordem;
! V – efetuar avaliações, quando for o caso;
! VI – certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada
por qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de
comunicação que lhe couber.
! Parágrafo único.   Certificada a proposta de autocomposição prevista no
inciso VI, o juiz ordenará a intimação da parte contrária para manifestar-
se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuízo do andamento regular do
processo, entendendo-se o silêncio como recusa.
! Novidade importante está no inciso VI,
complementado pelo respectivo parágrafo único, que
regula o comportamento a ser assumido pelo oficial
de justiça e pelo magistrado ao receber, em meio
às suas diligências, proposta de autocomposição.
Não se trata, importa esclarecer, de permitir que o
oficial de justiça haja como conciliador ou
mediador, mas, apenas, de certificar a proposta
lançada, a este respeito, por uma das partes e
permitir que a parte contrária seja ouvida a
respeito, sem prejuízo do andamento do processo
Responsabilidade do Escrivão e do
Oficial de Justiça

! Artigo 155 novo CPC sem grandes alterações


acrescentou o chefe de secretaria
Do perito
! artigo 156 novo CPC) Quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito,
segundo o disposto no art. 421.

§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário,


devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitado o disposto
no Capítulo Vl, seção Vll, deste Código. (Incluído pela Lei nº 7.270, de
10.12.1984)

§ 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que


deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem
inscritos. (Incluído pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984)

§ 3o Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que


preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos
será de livre escolha do juiz. (Incluído pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984)
! Art. 156  O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.
! § 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos
técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o
juiz está vinculado.
! § 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de
divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além
de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à
Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais
ou de órgãos técnicos interessados.
! § 3o  Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do
cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a
experiência dos peritos interessados.
! § 4o  Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos
arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia
informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão
da atividade.
! § 5o  Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a
nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou
órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à
realização da perícia.
! A dinâmica da prova pericial, bastante alterada
quando comparada com o CPC atual, é objeto de
disciplina nos arts. 464 a 480. O novo CPC inova em
relação ao CPC atual quando prevê a necessidade de
os tribunais manterem (sempre atualizados) cadastros
de profissionais (§§ 1º a 3º), dentre os quais se
dará preferencialmente a nomeação (§ 5º). O § 4º,
também novidade, determina que o órgão técnico ou
científico nomeado para realização da perícia
informará ao juiz os nomes e dados de qualificação
dos profissionais que participarão da atividade para
fins de constatação de ocorrência de impedimento ou
suspeição
Do depositário e do administrador
Art. 159 novo CPC) A guarda e conservação de bens
penhorados, arrestados, seqüestrados ou arrecadados
serão confiadas a depositário ou a administrador, não
dispondo a lei de outro modo.

Art. 160 do novo CPC) O depositário ou administrador


perceberá, por seu trabalho, remuneração que o juiz
fixará, atendendo à situação dos bens, ao tempo do
serviço e às dificuldades de sua execução.
Parágrafo único. O juiz poderá nomear, por indicação
do depositário ou do administrador, um ou mais
prepostos.
Do interprete
! Art. 162 novo CPC acrescentou tradutor). O juiz nomeará
intérprete toda vez que o repute necessário para:
I - analisar (traduzir)documento de entendimento duvidoso,
redigido em língua estrangeira;

II - verter em português as declarações das partes e das


testemunhas que não conhecerem o idioma nacional;

III - traduzir a linguagem mímica dos surdos-mudos, que não


puderem transmitir a sua vontade por escrito. (realizar a
interpretação simultânea dos depoimentos das partes e
testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por
meio da Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando
assim for solicitado.)
Impedimentos do Interprete
! Art. artigo 163 novo CPC)Não pode ser intérprete
ou tradutor quem:

I - não tiver a livre administração dos seus bens;

II - for arrolado como testemunha ou serve como


perito no processo;

III - estiver inabilitado ao exercício da profissão por


sentença penal condenatória, enquanto durar o seu
efeito.
Dever de Imparcialidade dos Auxiliares
da Justiça
! Art. artigo 148 do novo CPC) Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição:

I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte, nos casos previstos nos ns. I a IV
do art. 135;

II - ao serventuário de justiça;

III - ao perito e assistentes técnicos;

III - ao perito; (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992)

IV - ao intérprete.

§ 1o A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e


devidamente instruída, na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos; o juiz mandará
processar o incidente em separado e sem suspensão da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco)
dias, facultando a prova quando necessária e julgando o pedido.
! § 2o Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar o incidente
! Art. 148  Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
! I – ao membro do Ministério Público;
! II – aos auxiliares da justiça;
! III – aos demais sujeitos imparciais do processo.
! § 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a
suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na
primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos.
! § 2o O juiz mandará processar o incidente em separado e sem
suspensão do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze)
dias e facultando a produção de prova, quando necessária.
! § 3o Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1o será
disciplinada pelo regimento interno.
! § 4o O disposto nos §§ 1o e 2o não se aplica à arguição de
impedimento ou de suspeição de testemunha.
! Aprimorando o art. 138 do CPC atual, o art. 148 estende os casos de
impedimento e de suspeição ao membro do Ministério Público, aos auxiliares da
justiça e, de forma ampla e interessante, aos demais sujeitos imparciais do
processo. (…) O § 4º exclui expressamente a disciplina deste artigo à arguição de
impedimento ou suspeição de testemunha, prevalecendo, para tanto, o disposto
nos §§ 1º e 2º do art. 457 e, mais amplamente, o que consta do art. 447. A
iniciativa é bem-vinda, até porque elimina qualquer dúvida sobre a expressão
‘sujeitos imparciais do processo’, referida no inciso III do caput, alcançar, ou não,
as testemunhas. A recorribilidade da decisão que julga o incidente a que se refere
o § 1º era expressamente garantida por um parágrafo no Projeto da Câmara
(art. 148, § 2º), eliminado no final dos trabalhos legislativos, prevalecendo, no
lugar, o silêncio do Projeto do Senado. Não há previsão para o recurso no rol
do art. 1.015, pelo que aquela decisão é irrecorrível imediatamente por agravo de
instrumento, cabendo o pedido de sua revisão, contudo, em razões ou em
contrarrazões de apelo na forma do § 1º do art. 1.009. Sendo o incidente
processado no âmbito dos Tribunais (art. 148, § 2º), a decisão monocrática ou
colegiada é irrecusavelmente recorrível por agravo interno e após seu julgamento,
se for o caso, por recursos extraordinário e especial, consoante sejam presentes,
neste último caso, seus pressupostos constitucionais de admissibilidade
Art. 144 novo CPC) É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:


I - de que for parte;

II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão
do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha;

III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão;

IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer
parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;

V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta
ou, na colateral, até o terceiro grau;

VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.


Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já
estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no
processo, a fim de criar o impedimento do juiz.
! so de mandato conferido a membro de Art. 144.  Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas
funções no processo:
! I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério
Público ou prestou depoimento como testemunha;
! II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;

! III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu
cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive;
! IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim,
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
! V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;

! VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;

! VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de
contrato de prestação de serviços;
! VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por
advogado de outro escritório;
! IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

! § 1o  Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o
membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
! § 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.

! § 3o  O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro
escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele
prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
! – Súmula 252, STF: Na ação rescisória, não estão
impedidos juízes que participaram do julgamento
rescindendo.
! –  “A disciplina do impedimento – expressamente referido
no caput do art. 144 – do magistrado é mais ampla, mais
realista, mais moderna e também mais rígida que a
constante do art. 134 do CPC atual (…) O § 3º, por sua
vez, ao se referir à hipótese do inciso III, similar ao inciso
IV do art. 134 do CPC atual, engloba a hipótese de o
mandato ser conferido a membro de escritório de
advocacia que tenha em seus quadros advogado que
individualmente gere o impedimento, mesmo que não
intervenha diretamente no processo. Trata-se de ferramenta
importante para combater o odiável tráfico de influência.
MINISTÉRIO PÚBLICO
148
Definição

O Ministério Público (MP) é uma instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis (art.127, CF/
88).
! O Ministério Público brasileiro é composto:

a) o Ministério Público da União subdivido em:


◦ Ministério Público do Trabalho;
◦ Ministério Público Militar;
◦ Ministério Público do Distrito Federal;
◦ Ministério Público Federal;

b) os Ministérios Públicos dos Estados;

c) e o Ministério Público junto aos Tribunais de


Contas (União e Estados - ver verbete acima
destacado)
! No plano infraconstitucional, a Instituição se
encontra regulamentada pelas Lei Ordinária
nº 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do
Ministério Público), Lei Complementar nº
75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público
da União) e, no âmbito estadual, por suas
respectivas Leis Orgânicas, em face da
repartição de competências legislativas
definida pela Constituição da República
(artigos 24, §3º, e 128, § 5º).
Ingresso na Carreira

O ingresso na carreira do Ministério Público se dá


mediante concurso público de provas e títulos, assegurada
a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo,
três anos de atividade jurídica e observando-se, nas
nomeações, a ordem de classificação.

Necessita ser brasileiro sendo vedado a estrangeiros ao


cargo
! São princípios institucionais do Ministério
Público

a) a unidade,

b) a indivisibilidade e

c) a independência funcional.
a) a de promover, privativamente, a ação penal pública;
b) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e
dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados nesta Constituição, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia;
c) promover o inquérito civil e a ação civil pública,
para a proteção do patrimônio público e social, do
meio ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos;
d) promover a ação de inconstitucionalidade ou
representação para fins de intervenção da União e
dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
exercer o controle externo da atividade policial;
a) defender judicialmente os direitos e interesses das
populações indígenas;
b) exercer notificações nos procedimentos administrativos de
sua competência, requisitando informações e documentos
para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
c) requisitar diligências investigatórias e a instauração de
inquérito policial, indicando os fundamentos políticos de
suas manifestações processuais;
d) exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde
que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas.
! o Ministério Público tem assegurada autonomia
funcional e administrativa;

! A chefia dos Ministérios Públicos dos Estados é


exercida pelo Procurador-Geral de Justiça.

! Os integrantes da carreira elaboram uma lista


tríplice, na forma da Lei Orgânica respectiva, a
qual é submetida ao Governador do Estado. O
escolhido assume um mandato de dois anos,
permitida uma recondução.
! Os seus membros gozam das seguintes garantias:

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não


podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse


público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da
maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla
defesa;

c) irredutibilidade de subsídio.
Vedações:


a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens


ou custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo


uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária;

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas


físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
Nomeclatura
! O promotor atua no primeiro grau de jurisdição (varas
cíveis, criminais e outras), enquanto o procurador age no
segundo grau (tribunais e câmaras cíveis e criminais).

! No Ministério Público Federal e no Ministério Público do


Trabalho os membros que atuam no primeiro grau de
jurisdição são também denominados Procuradores:
Procuradores da República e Procuradores do Trabalho,
respectivamente. Ao atuarem no segundo grau de
jurisdição, os membros passam a chamar-se Procuradores
Regionais. Depois de Procurador Regional, os membros
ainda podem ser promovidos ao cargo de Subprocurador-
Geral, caso em que são designados para atuar junto aos
Tribunais Superiores.
Conselho Nacional do Ministério
Público
! A partir da Emenda Constitucional nº 45, foi constituído o Conselho
Nacional do Ministério Público;

O Conselho é formado:

a) Procurador-Geral da República;
b) Quatro membros do Ministério Público da União;
c) Três membros do Ministério Público dos Estados;
d) Dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro
pelo Superior Tribunal de Justiça;
e) Dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil;
f) Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada,
indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado
Federal.
! Artigo 130 A parágrafo 2º da Constituição
federal;

! Compete ao Conselho Nacional do


Ministério Público o controle e atuação
administrativa e financeira do Ministério
Público, e do cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros.
TRABALHO
! Quais são as funções dos Procuradores de
Estado, Advogados da União, do Procurador
da República e dos Defensores Públicos?
Como se dá o ingresso na carreira? Quais
os requisitos exigidos por lei?

162
Polícia Judiciária


Polícia Judiciária
! A polícia judiciária é um órgão da
segurança que tem como principal função
apurar as infrações penais e a sua autoria
p o r m ei o da i n v e s t i g ação p o l i c i a l,
procedimento administrativo com
característica inquisitiva, que serve, em
regra, de base à pretensão punitiva do
Estado formulada pelo ministério público,
titular da ação penal.
! Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;

II - polícia rodoviária federal;

III - polícia ferroviária federal;

IV - polícias civis;

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.


166
Polícia Administrativa 

e Polícia Judiciária
! Momento de atuação;

! Antes do evento danoso: Prevenção


(administrativa)

! Depois do Evento danoso: Repressiva


(judicial)
Delegado de Polícia
! São servidores públicos pertencentes aos
quadros das Polícias Civis ou da Polícia
Federal que, por delegação legal recebida
no ato de investidura do cargo,
representam os chefes das instituições
policiais nas circunscrições de polícia para
as quais são designados, exercendo as
suas competências e atribuições no
desempenho das funções
! O ingresso na carreira se dá mediante
concurso público de provas e títulos,
exigindo-se dos candidatos:

a) Nacionalidade brasileira;
b) Diploma de bacharel em direito;
c) Não registrar antecedentes criminais
(principio da inocência);
d) Regularidade com o serviço militar;
e) Estar em gozo dos direitos políticos;
! São atribuições do delegado de polícia entre outras previstas em
Lei:

a)presidir inquéritos policiais, elaborando portarias, despachos


interlocutórios e relatórios finais, termos circunstanciados e autos de
prisão em flagrante;

b) apreender objetos que tiverem relação com o fato delituoso,


requisitar perícias em geral para a formalização da prova criminal;

c) cumprir e fazer cumprir mandados de prisão;

d) dirigir e orientar a investigação criminal e todos os atos de


polícia judiciária de uma delegacia de polícia ou qualquer outro
órgão policial;
e) proceder a verificação e exame dos atos ilícitos chegados
a seu conhecimento, tomando as providências jurídicas que o
caso requer;

f) elaborar relatórios, bem como, representar pela decretação


judicial de prisões temporárias;

g) proceder a sindicâncias administrativas, processos


administrativos disciplinares;

h) expedir e fiscalizar a emissão de documentos públicos de


sua competência;

i) gerenciar o órgão policial em que estiver lotado;

j) realizar atividades afins ou correlatas.


! “O advogado é indispensável à administração
pública da justiça, sendo inviolável por seus atos
e manifestações no exercício da profissão, nos
limites da lei” art. 133 CF/88.

! Somente ao advogado é concedido representar o


seu cliente em juízo, mediante a outorga
(autorização) de uma procuração.



! Para ingressar no quadro da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, de
acordo com o EAOAB (Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do
Brasil- Lei 8.906/1994).

Artigo 8º lei 8.906/94




I. Capacidade civil.

II. Diploma ou certidão de graduação em Direito, obtido em instituição de ensino
oficialmente autorizada e credenciada.

III. Título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro.

IV. Aprovação em Exame de Ordem.

V. Não exercer atividade incompatível com a advocacia.

VI. Idoneidade moral.

VII. Prestar compromisso perante o Conselho.
!O ingresso de estagiários no quadro da OAB deve seguir os itens I, III, V, VI e VII do EAOAB mencionado

acima.

!O estagiário não pode realizar qualquer ato próprio da advocacia sem a assistência do advogado, salvo

nas hipóteses previstas em lei (assinar petição juntada).

!O exame da ordem é realizado pelo bacharel em direito para provar que tem aptidão para exercer a

função de advogado. O exame consiste em perguntas de múltipla escolha sobre várias áreas do direito. O

candidato que tiver mais que 50% de acerto passará para a segunda etapa da prova. A segunda etapa

compreende uma prova prático-profissional, ou seja, uma redação de peça profissional, privativa de

advogado e de questões práticas sob a forma de situações-problema.



Trabalho
! 01) O bacharel em direito pode prestar consultoria jurídica?
Fundamente sua resposta.
! 02) No que se refere a publicidade profissional do advogado como a
mesma deve ser elaborada? Quais as limitações impostas por lei?
! 03) Quais são as espécies de honorários advocatícios? Explique cada
uma das espécies.
! 04)Qual a jornada de trabalho do advogado empregado?
! 05)Qual prazo prescricional para ação de cobrança de honorários
advocatícios?
! 06) Qual a natureza jurídica da sociedade de advogados? E quais os
requisitos exigidos por lei para sua constituição e onde deve ser
procedido o registro?

177
! 07- Em uma sociedade de advogados qual o
tipo de responsabilidade dos sócios pelos
danos causados aos clientes?
! 08- O que vem a ser tergiversação?
! 09- Explique o que vem a ser contrato com
cláusula “quota litis”? E quais os requisitos
a serem preenchidos segundo o Código de
Ética
! 10- Quais são as sanções disciplinares que
podem ser aplicadas aos advogados?
178
! 11- Quais são as atenuantes que podem ser
consideradas no caso de aplicação de
sanção disciplinar?
! 12- Quais as sanções disciplinares que
impedem o advogado de exercer o mandato
profissional?
! 13- Quais são os órgãos da OAB?
! 14- Há remuneração para os cargos de
Conselheiro ou membro de diretoria da OAB?

179
! 15- Quando ocorrem as eleições dos
membros dos órgãos da OAB? Qual duração
do mandato? O voto é obrigatório ou
facultativo? Justifique suas respostas.
! 16- Quais são os requisitos de elegibilidade
para qualquer cargo da OAB?

180
181

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