Você está na página 1de 126

FNDE – ProInfância

PROJETO EXECUTIVO

MANUAL DE PROJETO
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Coordenação:
Prof. Engº. Civil André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza, M.Sc.

Arquitetura:
Arq. Juanita Noronha
Arq. Ione Nogoceke (FNDE)

Hidrossanitárias, Gás e Incêndio:


Prof. Eng. Civil e Sanitarista Lucas Zacarias de Azevedo, Esp.
Engª Civil Erica Ramalho de Oliveira – Mestranda

Eletricidade:
Profº. Eng. Eletricista Sérgio Paes Rios, M.Sc.
Enga Eletricista Raquel Simas Coutinho Barbosa, Mestranda
Eng. Fábio dos Santos Silva

Estruturas:
Eng. Civil Glaucyo de Oliveira Santos, M.Sc.
Eng. Civil Ricardo Fiúza Lima, M.Sc.

Fundações:
Profa. Enga. Civil Neusa Maria Bezerra Mota, Ds.C
Engª. Civil Conceição de Maria Cardoso Costa, Doutoranda

Climatização (Ar-condicionado e Ventilação Mecânica):


Prof. Eng. Mecânico João Manoel Dias Pimenta, Ph.D

Estagiários:
Alan Max Silva Nunes Estagiário de Engenharia Civil
Anderson Silva de Asevedo Estagiário de Engenharia Civil
Arthur Rodolfo Gomes de Oliveira Estagiário de Engenharia Civil
Daniel Camelo Lacerda Estagiário de Engenharia Elétrica
Débora de Melo Pinto Cavalcante Estagiária de Engenharia Civil
Thiago Carneiro Campelo Estagiário de Engenharia Mecânica
Tiago Flor Bento Estagiário de Engenharia de Redes

i
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Sumário

1. Introdução 1

2. Equipe 2

3. Apresentação do Trabalho 3

4. Especialidades 5

4.1 Arquitetura 5

4.1.1 Apresentação 5

4.1.2 Considerações Gerais 9

4.1.3 Sistema Construtivo 10

4.1.4 Elementos Construtivos 10

4.1.5 Acabamentos 11

4.1.5.1 Paredes Externas 11

4.1.5.2 Paredes Internas (Áreas Secas) 12

4.1.5.3 Paredes Internas (Áreas Molhadas) 12

4.1.5.4 Pórticos 12

4.1.5.5 Pisos 13

4.1.5.6 Tetos 14

4.1.5.7 Bancadas e Rodabancas, Prateleiras, Balcões de


Atendimento e Distribuição e Divisórias de Banheiros 14

4.1.6 Definições de Cores 14

4.1.7 Particularidades Regionais 15

4.1.7.1 Orientação da Edificação 15

4.1.7.2 Elementos Construtivos de Adaptação Climática 18

4.2 Fundações 19

4.2.1 Introdução 19

ii
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.2.2 Movimento de terra 20

4.2.3. Fundações 20

4.2.3.1 Fundação Direta Em Sapata Isolada 21

4.2.3.2Fundações Profundas em Estacas Escavada


(Moldadas In Loco) com Monitoramento 21

4.3 Estruturas 23

4.3.1 Memória Descritiva e Justificativa 23

4.4 Instalações de Água Fria 24

4.4.1 Memória Descritiva E Justificativa 24

4.4.1.1 Reservatórios 24

4.4.1.2 Sistema de Abastecimento 27

4.4.1.3 Sistema de Distribuição 27

4.4.2 Fontes de Consulta 28

4.4.3 Diretrizes 29

4.4.4 Normas De Serviço 29

4.5 Instalações de Águas Pluviais 40

4.5.1 Memória Descritiva e Justificativa 40

4.5.2 Fontes de Consulta 43

4.5.3 Diretrizes 43

4.5.4 Normas de Serviços 44

4.6 Instalações de Esgotos Sanitários 45

4.6.1 Memória Descritiva e Justificativa 45

4.6.1.1 Subsistema de Coleta e Transporte 46

4.6.1.2 Subsistema de Ventilação 48

4.6.2 Fontes de Consulta 48

iii
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.6.3 Diretrizes 49

4.6.4 Normas de Serviços 50

4.6.5 Solução Individual de Destinação de Esgotos Sanitários 51

4.7 Instalações de Gás Combustível 51

4.7.1 Memória Descritiva e Justificativa 51

4.7.2 Fontes de Consulta 52

4.7.3 Diretrizes 53

4.7.4 Normas de Serviços 53

4.7.5 Solução de Abastecimento Por Botijões P-13 54

4.8 Instalações de Prevenção e Combate a Incêndio 54

4.8.1 Memória Descritiva e Justificativa 54

4.8.1.1 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio 55

4.8.2 Fontes de Consulta 57

4.8.3 Diretrizes 58

4.8.4 Normas de Serviço 58

4.9 Instalações Elétricas 59

4.9.1 Memória Descritiva e Justificativa 59

4.9.2 Normas Técnicas e Fontes de Consulta 61

4.9.3 Diretrizes 62

4.9.4 Normas de Serviço 67

4.10 Instalações de Cabeamento Estruturado 71

4.10.1 Memória Descritiva e Justificativa 71

4.10.2 Fontes de Consulta 74

4.10.3 Diretrizes 74

iv
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.10.4 Normas de Serviço 76

4.10.5 Considerações Gerais 77

4.11 Instalações de SPDA 79

4.11.1 Memória Descritiva e Justificativa 79

4.11.1.1 Malhas e Condutores 80

4.11.1.2 Subsistema de Aterramento 80

4.11.1.3 Detalhes do SPDA 81

4.11.1.4 Informações Complementares 82

4.11.2 Normas Técnicas e Fontes de Consulta 83

4.12 Instalações De Ar Condicionado 83

4.12.1 Memória Descritiva e Justificativa 83

4.12.1.1 Sala de Informática 84

4.12.1.2 Sala de Reunião de Professores e Diretoria 85

4.12.2 Fontes de Consulta 86

4.12.3 Diretrizes 87

4.12.4 Normas de Serviço 88

4.13 Instalações de Ventilação Mecânica 89

4.13.1 Memória Descritiva e Justificativa 89

4.13.1.1 Cozinha Principal 90

4.13.1.2 Lactário 91

4.13.2 Fontes de Consulta 92

4.13.3 Diretrizes 92

4.13.4 Normas de Serviço 93

5. Considerações Finais 94

v
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

1. Introdução

O projeto denominado “Creches de Referência para o Programa


ProInfância” surgiu de solicitação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) ao Laboratório de Projetos do Departamento de Engenharia
Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (LabProjetos), para que o mesmo
desenvolvesse o estudo preliminar de arquitetura concebido no seio da
Coordenação Geral de Infra-Estrutura, pela Arquiteta Ione Nogoceke.

Ao Laboratório de Projetos coube desenvolver o projeto executivo de


arquitetura adequando o estudo preliminar à regulamentação pertinente, assim
como à concepção e desenvolvimento dos projetos executivos de engenharia,
quais sejam: Sistema Estrutural e de Fundações, Sistemas Hidrossanitários de
Água Fria, Água Pluvial, Esgoto Sanitário, Gás Combustível, Segurança contra
Incêndio, Sistema Elétrico, Cabeamento Estruturado, SPDA, Ar Condicionado e
Ventilação Mecânica.

Face à diversidade de regiões geográficas nas quais a edificação virá a


ser construída, os projetos desenvolvidos apresentam alternativas tecnológicas
tais como projeto de instalações elétricas em 110V ou 220V, fundações em
sapatas ou estacas, alternativas sanitárias à ausência de rede pública de esgoto,
além de recomendações quanto à orientação ótima do edifício com vistas à
eficiência energética e conforto ambiental.

Por solicitação do FNDE, foram desenvolvidos dois modelos de creche,


adequadas a terrenos de 40x50m (Projeto A) e 40x70m (Projeto B),
configurando-se desta maneira um conjunto de oito diferentes projetos, sujeitos,
ainda, a condicionantes locais de clima e infra-estrutura.

Limitações quanto ao leque de materiais, tais como o tipo de telha, as


palhetas de cores, os revestimentos, etc., apresentadas pelo FNDE, assim como a

1
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

interação entre duas diferentes equipes – FNDE e LabProjetos – surgiram como


desafios a serem superados.

2. Equipe

A equipe de projeto é composta por professores, alunos de pós-graduação


e de graduação dos cursos da Faculdade de Tecnologia da UnB e profissionais
contratados pelo Laboratório de Projetos e FNDE, a seguir enumerados:

Coordenação:
Prof. Engº. Civil André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza, M.Sc.

Arquitetura:
Arq. Juanita Noronha
Arq. Ione Nogoceke (FNDE)

Hidrossanitárias, Gás e Incêndio:


Prof. Eng. Civil e Sanitarista Lucas Zacarias de Azevedo, Esp.
Engª Civil Erica Ramalho de Oliveira – Mestranda

Eletricidade:
Profº. Eng. Eletricista Sérgio Paes Rios, M.Sc.
Enga Eletricista Raquel Simas Coutinho Barbosa, Mestranda
Eng. Fábio dos Santos Silva

Estruturas:
Eng. Civil Glaucyo de Oliveira Santos, M.Sc.
Eng. Civil Ricardo Fiúza Lima, M.Sc.

Fundações:
Profa. Enga. Civil Neusa Maria Bezerra Mota, Ds.C
Engª. Civil Conceição de Maria Cardoso Costa, Doutoranda

2
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Climatização (Ar-condicionado e Ventilação Mecânica):


Prof. Eng. Mecânico João Manoel Dias Pimenta, Ph.D

Estagiários:
Alan Max Silva Nunes Estagiário de Engenharia Civil
Anderson Silva de Asevedo Estagiário de Engenharia Civil
Arthur Rodolfo Gomes de Oliveira Estagiário de Engenharia Civil
Daniel Camelo Lacerda Estagiário de Engenharia Elétrica
Débora de Melo Pinto Cavalcante Estagiária de Engenharia Civil
Thiago Carneiro Campelo Estagiário de Engenharia Mecânica
Tiago Flor Bento Estagiário de Engenharia de Redes

3. Apresentação do Trabalho

O resultado do trabalho desenvolvido é apresentado em:

154 Desenhos de Projeto em formato A1 e A0;


28 Memoriais Técnicos (Especialidade);
26 Especificações (Especialidade);
28 Quantitativos (Especialidade);
04 Cadernos de Especificações (Projeto Tipo);
04 Planilhas de Quantitativos (Projeto Tipo);
04 Orçamentos Estimativos
01 Caderno de Componentes;
01 Manual de Projeto;
36 ART;
10 Modelos de Documentos para Licitação;
01 Maquete Virtual Estática.

3
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Os documentos, entregues em digital, CD-Rom, foram armazenados obedecendo


a estrutura a seguir, onde os nomes em negrito referem-se a “pastas”.

Na raiz
Documentos Gerais
Manual de Projeto (.pdf)
Orçamento Estimativo A (.pdf)
Orçamento Estimativo B (.pdf)
ART
ART dos projetos (.pdf)
Modelos para Licitação
Modelos de documentos (.pdf)
Modelo de Tapume (.dwg)
Projeto A
Documentos
Manual de Projeto (.pdf)
Planilha de Quantitativos A (.pdf)
Planilha de Quantitativos A (.xls)
Caderno de Especificações A-110 (.pdf)
Caderno de Especificações A-220 (.pdf)
FNDE-PE1-XX2-A (14 pastas)
Desenhos
Pranchas (.plt)
Documentos
Memorial Técnico (.pdf)
Especificações (.pdf)
Caderno de Componentes3 (.pdf)
Quantitativos (.pdf)4

1
Abreviatura de Projeto Executivo. Na pasta de Fundações usa-se PB (Projeto Básico).
2
No nome de pastas ou arquivos o XX será substituído pela sigla da especialidade: AC (Ar-
Condicionado), AF (Água Fria), AP (Água Pluvial), AR (Arquitetura), CE (Cabeamento Estruturado),
EG (Esgoto Sanitário), EL (Eletricidade), ES (Estrutura), FU (Fundações), GC (Gás Combustível), IN
(Incêndio), PR (SPDA) e VM (Ventilação Mecânica).
3
O Caderno de Componentes existe apenas na pasta de Arquitetura (AR).

4
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Projeto B
Documentos
Manual de Projeto (.pdf)
Planilha de Quantitativos B (.pdf)
Planilha de Quantitativos B (.xls)
Caderno de Especificações B-110 (.pdf)
Caderno de Especificações B-220 (.pdf)
FNDE-PE-XX-B (14 pastas)
Desenhos
Pranchas (.plt)
Documentos
Memorial Técnico (.pdf)
Especificações (.pdf)
Quantitativos (.pdf)
Maquete
Maquete Virtual do Projeto Tipo B

4. Especialidades

4.1 Arquitetura

4.1.1 Apresentação

O presente projeto destina-se à construção de creches para atendimento de 56


crianças de 4 meses a 6 anos (Projeto A) e creches para atender a 112 crianças de 4
meses a 6 anos (Projeto B), a serem implantadas em todas as regiões do país.

Para o desenvolvimento do projeto, adotou-se como ideal, um terreno retangular


de dimensões de 40m de largura por 70m de profundidade declividade máxima de 3%.,
conforme determinação do FNDE. Porém, devido à grande diversidade de relevo, ou

4
O arquivo Quantitativos não existe na pasta de Arquitetura.

5
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

mesmo devido à indisponibilidade, em alguns municípios, de lotes com as referidas


condições, a unidade escolar foi projetada em blocos independentes, podendo ser
locados no terreno, conforme as características encontradas.

Definiu-se então, conforme a função a que se destinam e interligados por


circulação coberta, 06 blocos distintos:

• Bloco de Administração
• Bloco de Serviços
• 03 Blocos Pedagógicos: Creche I e II, Creche III e Pré-escola, Multiuso
• Pátio coberto
• Anfiteatro
• Parquinho

Apresenta-se a seguir a composição de cada um dos blocos acima relacionados.

Bloco Administração

Definido como entrada principal da creche.

• Área externa de espera coberta definida entre o pórtico de entrada e a


recepção;
• Recepção interna;
• Secretaria e orientação;
• Circulação interna;
• Diretoria;
• Sala de professores/reunião;
• Almoxarifado;
• Sanitários;

6
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Bloco de Serviços

Localizado junto ao estacionamento, possui entrada independente para


fornecedores e serviços.

• Entrada de funcionários;
• Circulação;
• Sanitários de funcionários;
• Cozinha
o Central GLP;
o Depósito de lixo orgânico e inorgânico;
o Área de recepção e pré-lavagem de hortaliças;
o Bancada de preparo de carnes;
o Bancada de preparo de legumes e verduras;
o Cocção;
o Bancada de passagem de alimentos prontos;
o Buffet (bancada) integrada ao refeitório;
o Refeitório (preferencialmente integrado ao pátio coberto);
o Bancada de recepção de louças sujas;
o Pia lavagem de louças;
o Pia lavagem de panelões.
• Lactário
o Área de higienização pessoal e troca de roupa;
o Área de preparo de alimentos (mamadeiras e sopas) e lavagem de
utensílios;
o Bancada de entrega de alimentos prontos.
• Lavanderia
o Lavagem de roupas com balcão de recebimento e triagem de
roupas sujas, tanques e máquinas de lavar;
o Área externa de secagem de roupas (varal);
o Passadoria com prateleiras para guarda de roupas;
o Balcão de entrega de roupas limpas.

7
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Bloco Creche I e II

Destinado a crianças de 4 meses a 3 anos.

• Recepção
• Higiene Pessoal
• Atividades
• Repouso
• Solário
• Alimentação

Bloco Creche III e Pré-escola

Destinado a crianças entre 3 e 6 anos.

• Recepção;
• Atividades;
• Repouso;
• Solário

Bloco Multiuso

• Sala de leitura e multiuso;


• Sala de informática;
• 02 sanitários infantis para crianças de 3 a 6 anos;
• 02 sanitários para adultos e portadores de necessidades especiais;
• Sala do Rack (apoio à informática);
• Sala Cia de Energia Elétrica;
• Sala Cia Telefônica.

8
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Pátio Coberto

Sempre que as condições de relevo e dimensões do terreno permitir, o


pátio coberto deve ser central. É o espaço de integração entre as diversas
atividades e diversas faixas etárias. Deve estar integrado ao refeitório e ao
anfiteatro. É também um espaço de realização de atividades.

Anfiteatro

Espaço circular com arquibancadas e palco integrado ao pátio


descoberto, ao playground e, sempre que possível, ao pátio coberto.

Parquinho

Espaço não coberto, integrado ao pátio e anfiteatro, com brinquedos onde


as crianças possam desenvolver as atividades lúdicas.

4.1.2 Considerações Gerais

Durante a definição de espaços, materiais, aberturas, levaram-se em


consideração os seguintes aspectos:

Independência e liberdade de acesso às várias dependências da creche;


Segurança física restringindo o acesso da criança desacompanhada às áreas que
ofereçam risco, tais como: cozinha, lavanderia, central de gás e castelo d’água;
Respeito à individualidade e as diferenças pessoais. Adoção de piso contínuo, sem
degraus ou juntas, rampas, espaço de circulação de no mínimo 80 cm;
Integração das crianças de diversas faixas etárias no ambiente de solário e pátio;
Integração com a área externa através do uso de esquadrias baixas colocadas a 50 cm do
piso nos ambientes de atividades, bem como, com a definição de aberturas envidraçadas
na parte inferior das portas;

9
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Respeito à escala infantil possibilitando a visão da área externa (dito


anteriormente) além da utilização de acessórios como pias, vasos sanitários, bancadas e
barras de proteção a altura convenientes à faixa etária a que se destinam.

4.1.3 Sistema Construtivo

Forma de padronizar e simplificar a execução da obra em todas as regiões do


país, sistema construtivo adotado é o convencional, ou seja:

• Estrutura de concreto para toda a edificação


• Paredes em alvenaria de blocos cerâmicos comuns
• Laje pré-moldada em todos os blocos
• Telhas cerâmicas

4.1.4 Elementos Construtivos

Alguns elementos construtivos foram definidos com o objetivo de evitar custos


futuros com manutenção, protegendo as paredes contra infiltrações e reduzindo a área
de re-pintura anual, tais como:

• Adoção de beirais com 1,20 de largura


• Calhas estruturadas em concreto evitando assim infiltrações ocasionadas por
rompimento da impermeabilização gerado por fissuras
• Rufos em concreto colocados junto às telhas
• Encabeçamento do topo dos pórticos, platibandas e calhas, evitando infiltração
vertical entre a parede e o revestimento de cerâmica
• Pingadeiras, elementos utilizados para evitar manchas verticais ocasionadas pelo
acúmulo de resíduos no topo das muretas, detalhadas como elementos nas
extremidades dos rufos das platibandas e calhas e na base das vigas de bordo das
platibandas;

10
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Vergas

As vergas em concreto com 15 cm de altura, salientes 2 cm em relação


ao alinhamento da fachada, são contínuas entre pilares constituindo um elemento
horizontal de fachada. O espaço entre estas e o fundo da laje será de 30 cm a ser
preenchido em alvenaria.

Acima das vergas, nas regiões de clima quente, o vão poderá ser dividido
verticalmente com elementos de 10 cm executado em tijolinho de barro “em pé”,
formando quadrados vazados protegidos com tela, criando assim, uma área de
ventilação permanente e cruzada. O espaço poderá também ser preenchido com
tijolo de vidro, aumentando a área de iluminação.

Contravergas

Contravergas em concreto, com 12cm de espessura embutidas na


alvenaria avançando 30cm além da largura das janelas.

4.1.5 Acabamentos

Para acabamento, são adotados materiais padronizados, resistentes, de fácil


aplicação e que não dependam de mão-de-obra especializada.

4.1.5.1 Paredes externas

As paredes externas receberão pintura acrílica sobre reboco desempenado com


desempenadeira de aço executado com areia fina. A base da parede até 50 cm de altura
será revestida em cerâmica 10X10 na cor Azul França e assentadas com argamassa
industrial indicada para áreas externas, obedecendo rigorosamente a orientação do
fabricante quanto à espessura das juntas. O rejunte será cinza médio indicado pelo
fabricante para áreas externas.

11
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Os revestimentos externos das platibandas, oitões, calhas e pórticos também em


cerâmica 10X10. Devem ser tomados os mesmos cuidados indicados para as bases das
paredes externas.

4.1.5.2 Paredes internas (áreas secas)

Recebem, à altura de 1,10m, um friso horizontal de 10cm de largura, em


madeira, para fixação de ganchos, quadros, pregos, etc.

Abaixo do friso, onde existe maior necessidade de limpeza, as paredes recebem


revestimento em cerâmica e acima é utilizada pintura em tinta acrílica lavável sobre
massa corrida PVA (conforme padrão do FNDE), reduzindo, assim, o custo inicial de
pintura e diminuindo o custo futuro de manutenção.

4.1.5.3 Paredes internas (áreas molhadas)

As paredes internas da cozinha e área de serviços recebem revestimento de


cerâmica 20X20 branco gelo, do piso ao teto.

As paredes internas dos banheiros possuem friso em madeira pintada em esmalte


a 1,70 do piso. Abaixo dele será aplicada cerâmica 20X20 branco gelo e acima, pintura
acrílica sobre massa acrílica, conforme esquema de cores definido.

4.5.1.4 Pórticos

São definidos três pórticos:

Um, no bloco da Administração, como marco de entrada da creche, é revestido


em cerâmica 10x10 amarela e recebe encabeçamento em concreto;

Dois outros, nas extremidades do pátio coberto, são revestidos em cerâmica


10X10 na cor vermelha e recebem encabeçamento em concreto.

12
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.1.5.5. Pisos

Estacionamento, área de secagem de roupas e rebaixo e entorno do


anfiteatro:

Pavimentação em blocos intertravados de concreto;

Bloco de Serviços

Cerâmica PI-4 antiderrapante branco gelo 20X20.

Demais áreas internas pavimentadas

Piso contínuo em granitina, juntas plásticas niveladas;

Soleiras

Granitina nos pisos em granitina;

Granito cinza andorinha nos pisos em cerâmica ou encontro de pisos de


diferentes materiais.

Parquinho

Forração em areia;

Áreas descobertas:

Passarela de acesso à Administração, calçada lateral do bloco multiuso,


palco do anfiteatro: cimento desempenado;

Forração em grama;

13
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.1.5.6 Tetos

Todos os tetos receberão pintura PVA sobre massa corrida PVA branco neve.

4.1.5.7 Bancadas e Rodabancas, Prateleiras, Balcões de Atendimento e


Distribuição e Divisórias de Banheiros:

Granito cinza andorinha polido.

4.1.6 Definições de Cores

CORES – referência – catálogo Coralit -CORAL

Externas
Base das paredes, oitões, calhas e platibandas: Azul França
Paredes: Branco Gelo
Vergas: Vermelha
Moldura das janelas do Bloco de Administração: Azul França;
Castelo d’Água: Amarelo com aberturas circulares em azul
Parede circular do Bloco de Serviço: Vermelha (externo), Branco Gelo (interno)
Portas dos Sanitários: Azul
Portas das Salas de Aula – Amarelo, baguetes em azul França
Demais portas: Platina
Portões em tela metálica: Azul França
Cobogós área de serviço: Vermelhos;
Cobogós fachada Administração: Branco gelo;
Cobogós das divisórias dos solários e fechamento frontal: Amarelo.
Volume retangular da fachada do Bloco de Serviço: Amarelo
Elementos metálicos:
Esquadrias: Azul Mar;
Portões em tela metálica: Azul França

14
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Castelo d’Água: Azul França


Pilares do Pátio Coberto:
Base: Azul França;
Friso: Amarelo
Acima de 1,20: Branco Gelo.
Pórtico entrada principal: Amarelo
Teto dos beirais (laje) – Branco Neve

Internas
Tetos: Branco Neve 001;
Paredes internas:
Bases em cerâmica 20x20: Branco Gelo
Frisos de madeira: verniz acetinado natural;
Alvenaria acima de 1,80 nos banheiros: verde água
Alvenaria acima de 1,20 nas áreas secas: marfim

4.1.7 Particularidades Regionais

4.1.7.1 Orientação da Edificação

A orientação ótima da edificação deve atender tanto a requisitos de conforto


ambiental e dinâmica de utilização da creche, quanto à minimização da carga térmica e
conseqüente redução do consumo de energia elétrica para refrigeração.

Quando incompatíveis, recomenda-se que prevaleça o critério de utilização dos


solários, com as creches I e II voltadas para Leste.

Quanto ao uso dos solários

Os fatores de insolação e ventilação natural devem ser cuidadosamente


observados quando da escolha do terreno e, principalmente na definição da orientação
do edifício da creche. Uma orientação que permita a entrada do sol nos ambientes

15
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

internos será favorável à desinfecção da edificação contribuindo fortemente para o


desenvolvimento das crianças. Sabe-se também, que o sol, especialmente até as 10hs, da
manhã é fonte de vitamina ``D´´, responsável pelo crescimento das crianças. Portanto, é
de suma importância a locação, principalmente dos solários das creches l e ll, de forma
a receberem o sol da manhã, além de se fazer um estudo relativo ao direcionamento dos
ventos favoráveis, brisas refrescantes, levando-se em conta a temperatura média no
verão e inverno característica de cada Município.

Quanto à carga térmica

Diferentes fatores afetam a sensação de conforto térmico nos ambientes


ocupados de uma edificação. Entre estes, a orientação da edificação em relação à
trajetória seguida pelo Sol entre o nascente e o poente, modificam o sombreamento
sobre as paredes externas e induzem cargas térmicas distintas. Dessa forma, sempre que
possível é recomendável examinar a condição ótima de orientação que minimiza os
ganhos de calor por radiação solar, reduzindo assim a carga térmica dos ambientes
ocupados.

Para o conjunto de blocos que compõem o edifício a ser construído no âmbito do


projeto Proinfância do FNDE, foi realizada uma simulação computacional da carga
térmica com o uso dos softwares Energy Plus5 (2007) e Design Builder6 (2007) (de
Farias, 2007). Tal simulação foi efetuada considerando-se três latitudes distintas dentro
do território nacional, para três grandes cidades: Boa Vista, Brasília e Florianópolis. A
orientação da edificação foi variada de 30 a 360 graus, onde as orientações consideradas
são representadas na figura abaixo.

5
DOE, 2007, Energy Plus, Department of Energy, USA.
6
DesignBuilder, 2007, Building design, simulation and visualisation ... DesignBuilder Software Ltd,
www.designbuilder.co.uk, UK
de Farias, G.H.N., 2007, Definição de soluções de climatização para diferentes regiões climáticas – caso
de estudo: Projeto MEC PROINFANCIA. Projeto de Graduação. Departamento de Engenharai Mecânica.
Universidade de Brasília, Brasil.

16
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

1800
(Norte)

900

2700
(Leste)

00

A Figura a seguir ilustra os resultados da simulação para as três capitais citadas.


Como se pode observar, para qualquer localização geográfica, as orientações do edifício
entre 60 e 90º (fundos para Oeste) e entre 240 e 270º (frente para Leste) acarretam as
menores cargas térmicas, devendo assim ser preferidas.

50

45

40

35
Carga Térmica [TR]

30

25

20

15
Boavista
10
Brasilia
5 Florianópolis

0
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360

Posição [Graus]

Por outro lado, a orientação do prédio estará também condicionada a outros


aspectos. O primeiro e mais limitante refere-se às características do terreno disponível
para a construção do edifício que podem não favorecer a adoção das orientações

17
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

recomendadas. Além disso, a área exposta ao sol pode não ser compatível com a
aplicação de solários, onde se deseje uma incidência de radiação solar mais efetiva.

4.1.7.2 Elementos Construtivos de Adaptação Climática

Os fatores climáticos no território nacional são, como se sabe, inúmeros. As


particularidades regionais devem ser observadas e as necessidades de conforto espacial
e térmico atendidas.

É, pois, de fundamental importância que o edifício proporcione a seus ocupantes


um nível desejável de conforto ambiental, sem, contudo, haver necessidade de se
recorrer a meios artificiais de controle de temperatura.

Foram criados durante a execução do projeto arquitetônico, alguns elementos


construtivos acessórios e opcionais de controle de ventilação para serem adotados
conforme a necessidade climática da região onde se construirá cada unidade de creche.

Elementos de controle de ventilação:

Acima das vergas contínuas e abaixo das lajes, é previsto um espaço de


30 cm a ser vedado de maneiras distintas, conforme a característica climática:

• Tela metálica ou de nylon, possibilitando maior área de ventilação natural e


cruzada nas regiões de clima quente;
• Alvenaria de blocos cerâmicos, reboco e pintura, para regiões de clima
temperado;
• Alvenaria de blocos de vidro em locais onde se deseje aproveitar o calor do
sol no início ou no final da tarde quando os raios incidem
perpendicularmente nas fachadas;
• Esquadrias com vidros de abrir, que possibilitem vedação ou ventilação;
• Fechamentos mistos, conforme o direcionamento de brisas refrescantes ou
ventos fortes.

18
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Elemento bloqueador de ventilação para as regiões de clima frio:

No pátio coberto, estão definidas esquadrias de vidro temperado a serem


instaladas no pórtico acima da mureta do banco nas regiões de clima frio.

As divisórias de tela metálica definidas para favorecer a ventilação do


pátio, poderão ser substituídas por fechamentos em alvenaria nas regiões de
clima frio.

4.2 Fundações

4.2.1 Introdução

Apresentam-se a seguir alternativas de Projetos Básicos preliminares para dois


tipos de obras de fundações da Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), a serem executados em diferentes regiões do país.

Para os projetos básicos preliminares de fundações são considerados perfis


estratigráficos distintos, mediante sondagens hipotéticas, utilizando para o lançamento
dos carregamentos o Projeto Básico Estrutural elaborado pelo Laboratório de Projetos.

As especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e


normas abaixo relacionadas devem ser consideradas como elementos base para
quaisquer serviços ou fornecimentos de materiais e equipamentos.

• NBR 6122 – Projeto e Execução de Fundações


• NBR 6118 – Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado –
Procedimento
• NBR 9061 – Segurança de Escavação a Céu Aberto – Procedimento
• NBR 5681 – Controle Tecnológico da Execução de Aterros em Obras de
Edificações

19
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• NBR 8044 – Projeto Geotécnico – Procedimento


• NBR 6484 – Execução de Sondagem de Simples Reconhecimento dos Solos
– Método de Ensaio
• NBR 9604 – Abertura de Poços e Trincheira de Inspeção em Solo com
Retirada de Amostra Deformada e Indeformada – Procedimento
• NBR 12131 – Estacas – Prova de Carga Estática – Método de Ensaio

Com base nas soluções propostas, são especificados e quantificados os serviços


de fundações para o levantamento de custo preliminar da obra.

4.2.2 Movimento de Terra

Para levantamento dos volumes de terra a serem escavados e/ou aterrados devem
ser utilizadas as curvas de nível referentes aos projetos de implantação de cada
edificação. A determinação dos volumes deve ser realizada através de seções espaçadas
entre si, tanto na direção vertical quanto horizontal. O volume de aterro deve incluir os
aterros necessários para a implantação da obra, bem como o aterro do caixão.

Para estimativa de custos de terraplenagem considerou-se a planificação por


corte e aterro de um terreno com declividade constante de 3%.

4.2.3. Fundações

Neste item estão orçados os custos estimados, com base nos diferentes perfis
estratigráficos esperados para a execução das fundações da FNDE. É feita uma
descrição de dois diferentes tipos de soluções e seus respectivos parâmetros de projeto.

4.2.3.1 Fundação Direta em Sapata Isolada

Desde que seja tecnicamente viável, a fundação direta é uma opção interessante,
pois, no aspecto técnico tem-se a facilidade de inspeção do solo de apoio aliado ao
controle de qualidade do material no que se refere à resistência e aplicação.

20
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

As tensões de trabalho no solo, também conhecidas como tensões admissíveis


ou taxa do solo são calculadas com base na experiência de cada projetista de fundações
que normalmente utilizam ensaios de campo tais como sondagem tipo SPT (sondagem a
percussão), deep-sounding, ou ainda DMT (Dilatômetro de Marchetti).

A solução em sapata isolada proposta, considera uma tensão admissível de 3


2
kg/cm e ausência de lençol freático.

A definição da cota de assentamento das sapatas é responsabilidade do


engenheiro responsável pelo Projeto Executivo de Fundação, sendo função do solo de
apoio (conforme tensão admissível de projeto), proximidade com as outras sapatas e
altura estrutural das sapatas. Para estimativa de custos adota-se, neste trabalho, a
profundidade média de apoio das sapatas de 1,5 m.

Na sua execução não é necessária a utilização de equipamentos e de mão-de-


obra especializada, tornando a alternativa de fundação direta atraente no que se refere ao
aspecto econômico.

4.2.3.2 Fundações Profundas em Estacas Escavada (moldadas in loco) com


Monitoramento

Estacas são elementos esbeltos, implantados no solo por meio de percussão ou


pela prévia perfuração do solo com posterior concretagem, que dissipam a carga
proveniente da estrutura por meio de resistência lateral e resistência de ponta, a serem
utilizados quando da presença de lençol freático.

Pode-se estimar a capacidade de carga de uma estaca por meio de correlações de


ensaios executados no campo tipo SPT, SPT-T (sondagem a percussão com medida de
torque) e CPT (cone elétrico).

21
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Estacas escavadas (moldadas in loco) com monitoramento é um tipo de fundação


profunda constituída por concreto, moldada in loco e executada com máquina
perfuratriz equipada com trado contínuo com comprimento variando entre 18,0 e 24,0
metros.

As estacas escavadas monitoradas apresentam as seguintes vantagens: grande


velocidade de execução, ausência de vibrações e ruídos excessivos.

Sendo detectada a presença de água por ocasião das sondagens (Tabela 1 – Perfil
estimado), adota-se a solução em estaca escavada com profundidade prevista de 11,0 m
e diâmetro de 30 cm.

Em função da variabilidade do sub-solo, as cotas de assentamento das estacas


deverão avançar pelo menos 1,0 m na camada de silte muito duro, com NSPT maior ou
igual a 40 golpes, com profundidade prevista de 11,0 m.

No Projeto Básico apresentado não foram consideradas camadas de aterro, porém,


caso venha a existir na obra, dever-se-á atentar para solicitações por atrito negativo.

22
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

FURO 1
PROF Nspt SOLO
1,00 3 Argila
2,00 3 Argila
3,00 3 Argila
4,00 5 Argila
N.A. 5,00 7 Argila
6,00 4 Argila
7,00 7 Argila
8,00 9 Argila
9,00 20 Silte
10,00 21 Silte
11,00 40 Silte
12,00 40 Silte
13,00 40 Silte
14,00 40 Silte
15,00 40 Silte
16,00 40 Silte
17,00 40 Silte
Tabela 1 – Perfil estimado mediante
sondagem a percussão
hipotética.

4.3 Estruturas

4.3.1 Memória Descritiva e Justificativa

O desenvolvimento do projeto de estruturas baseia-se no projeto de arquitetura


desenvolvido pela equipe do FNDE/MEC em paralelo com a equipe de arquitetura do
Labprj/UnB.

23
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

A creche em questão possui um pavimento e está dividida em basicamente


quatro edifícios além de um pátio central. Os edifícios são o Bloco de Atividades 1,
Bloco de Atividades 2, Bloco Administrativo e Bloco de Serviços.

A estrutura dos edifícios é constituída por pilares e vigas em concreto armado


moldado in loco e lajes de concreto armado pré-fabricadas. Será usado concreto fck=
25,0 MPa, conforme indicado no projeto de cálculo estrutural.

A estrutura foi projetada, conforme prescrições da NBR 6118/2003 – Projeto de


Estruturas de Concreto - Procedimento.

Neste projeto, além dos edifícios já citados, foi considerado um castelo d’água
para comportar dois reservatórios pré-fabricados. A estrutura do castelo é feita em
concreto armado moldado in loco, conforme projeto estrutural próprio.

4.4 Instalações de Água Fria

4.4.1 Memória Descritiva e Justificativa

Trata-se de projeto de instalações prediais de água fria para as creches do projeto


Pró-Infância, do FNDE/MEC a serem construídas em diversos municípios brasileiros.
Para a concepção do sistema de água fria, foi considerada a população de projeto
equivalente ao número de usuários previstos para o projeto tipo B, que atende a 112
crianças e tem uma expectativa de 45 funcionários.

4.4.1.1 Reservatórios

Neste projeto foi considerado um castelo d’água para comportar dois


reservatórios pré-fabricados. A estrutura do castelo é feita em concreto armado,
conforme projeto estrutural próprio. A reserva de água foi calculada com base em uma
população de projeto de 200 usuários, com índices de consumo consagrados pela
literatura para escolas primárias, funcionando em 2 turnos. O consumo diário obtido foi

24
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

de 22.000 litros de água. A definição de projeto foi de reservar o equivalente a 2 dias de


consumo, totalizando 45.000 litros de água reservada.

O castelo d’água foi concebido de forma a abrigar dois reservatórios pré-


fabricados, sendo um inferior (R1) e um superior (R2).

O R1 trata-se de um reservatório monolítico pré-fabricado, para água potável,


com tampa, capacidade para 30.000 litros, diâmetro máximo de 3,00 metros, altura
máxima de 5,90 metros, com material e atoxidade conforme a legislação vigente, em
aço carbono de alta resistência mecânica, baixa liga, boa tenacidade e alta resistência à
corrosão atmosférica. As limitações de dimensão desse reservatório se dão em função
da estrutura em concreto projetada para abrigá-lo.

A instalação do R1 deverá ser feita durante a construção do castelo, uma vez que
esse reservatório ficará confinado pela estrutura do castelo. Os testes de estanqueidade
das instalações desse reservatório, portanto, devem ser feitos antes que se dê
continuidade à construção das lajes e vigas superiores ao nível de sua tampa.

O castelo d’água possui um nível intermediário aos dois reservatórios,


denominado pavimento do barrilete, onde ficam os registros de manobra da tubulação
de limpeza e de distribuição vindas do reservatório superior.

O R2 trata-se de um reservatório monolítico pré-fabricado, para água potável,


com tampa, capacidade para 15.000 litros, diâmetro máximo de 3,00 metros, altura
máxima de 4,70 metros, com material e atoxidade conforme a legislação vigente. O
material desse reservatório pode ser em poliéster insaturado de elevada resistência
mecânica e química ou em aço carbono de alta resistência mecânica, baixa liga, boa
tenacidade e alta resistência à corrosão atmosférica, a depender da melhor
disponibilidade do produto no local onde a edificação será construída. As limitações de
dimensão desse reservatório se dão em função da estrutura em concreto projetada para
abrigá-lo. No entanto, na medida em que o R2 seja menor que o espaço para o qual o
castelo foi projetado, pode-se adaptar a altura da laje de cobertura do castelo, de forma

25
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

que fiquem aproximadamente 80 cm entre a tampa do R2 e a laje de cobertura. Essa


indicação de altura variável da laje de cobertura é indicada no projeto de instalações de
água fria, prancha PE-AF-01/04.

Nos casos em que o R2 for de poliéster, é de extrema importância a correta fixação da


tampa do reservatório. Caso o mesmo seja cheio antes da fixação dos grampos ou
tirantes de sua tampa, a pressão da água poderá romper a estrutura da caixa d’água.

A instalação do R2 também deverá ser feita durante a construção do castelo e os testes


de estanqueidade das instalações devem ser feitos antes que se dê continuidade à
construção da laje e vigas superiores ao nível de sua tampa.

Toda a furação dos reservatórios para a passagem dos tubos deverá ser feita conforme
recomendação do fabricante dos mesmos. Em alguns casos, adaptações podem ser
necessárias às indicações deste projeto.

Uma alternativa à construção do castelo d’água em concreto é a aquisição de um castelo


d’água metálico pré-fabricado. Essa opção é recomendada aos municípios que tiverem
proximidade geográfica de boas fábricas de reservatórios metálicos, de forma que se
viabilize a compra e a entrega do castelo pré-fabricado na localidade de construção da
creche. Com essa opção, o castelo metálico comporta toda a reserva de água, ainda
dividida em dois compartimentos, mais um compartimento seco onde se instalam as
bombas de recalque. O funcionamento do sistema permanece o mesmo, a menos do
compartimento do barrilete, que deixa de existir. Um projeto esquemático desse castelo
metálico é apresentado no Anexo B, prancha PB-AF-01/01, com a finalidade de orientar
a encomenda dessa estrutura aos fabricantes e sua instalação em substituição ao castelo
de concreto apresentado na prancha PE-AF-01/04 deste projeto. Vale ressaltar que as
devidas alterações devem ser feitas no projeto do SPDA (sistema de proteção contra
descargas atmosféricas) do castelo d’água metálico em relação ao apresentado para o
castelo de concreto.

26
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.4.1.2Sistema de abastecimento

O sistema de abastecimento de água potável foi considerado como um sistema


de abastecimento indireto, ou seja, um sistema no qual a água da concessionária é
reservada na edificação. Nesse sistema o abastecimento da rede pública não segue
diretamente aos pontos de consumo, mas passa por reservatórios, que têm por finalidade
principal garantir o suprimento de água da edificação em caso de interrupção do
abastecimento pela concessionária local de água e uniformizar a pressão nos pontos e
tubulações da rede predial. O projeto considerou uma reserva equivalente a dois
consumos diários da edificação.

A água da concessionária local abastece diretamente o R1, passando pelo


hidrômetro da edificação. Um sistema de recalque de água foi previsto em uma casa de
bombas próxima ao castelo. A casa de bombas trata-se, na verdade, de uma caixa
escavada no solo, caso as condições do solo sejam favoráveis para tal. Essa casa de
bombas tem dimensões 1,60x1,00x0,80 metros, de forma a abrigar os dois conjuntos
moto-bomba utilizados para a edificação, sendo um principal e um reserva.

A água é bombeada do R1 para o R2 através de comandos automáticos para


acionar e desligar as bombas conforme variação dos níveis dos reservatórios. A água, a
partir do R2, segue pela coluna de distribuição predial para os blocos da creche, como
consta nos desenhos do projeto.

4.4.1.3 Sistema de distribuição

O sistema de distribuição da água será feito através de uma coluna única de


distribuição predial que tem origem no R2 e desce, aparente, fixada na alvenaria do
castelo. A tubulação segue enterrada a 40 cm do nível do terreno e existem derivações
para os diferentes blocos. Foram previstos registros gerais no barrilete e em caixas de
alvenaria construídas no piso, para fechamento de blocos ou parte dos blocos. Além
disso, dentro das áreas molhadas, foram previstos registros para todas as colunas de
distribuição que alimentam os principais conjuntos de aparelhos.

27
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

As colunas, quando possível, foram divididas entre o abastecimento de válvulas


de descarga e demais aparelhos sem válvula de descarga. Entretanto, existem colunas
que abastecem simultaneamente válvulas e outros pontos de consumo. Por essa razão,
enfatiza-se a importância de serem utilizadas válvulas com tempo de fechamento lento,
conforme especificação deste projeto, a fim de evitar golpes de aríete na tubulação.

4.4.2 Fontes de Consulta

Para elaboração deste projeto foram consultadas as seguintes referências:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais


- Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio – SEAP;
• ABNT-NBR 5626/1998 – Instalação Predial de Água Fria;
• Modelo CEPLAN – UnB – Padronização de Pranchas de Desenho.
• Catálogo – Soluções AMANCO – Tubos Sistemas Linha Predial e Tubos
Sistemas para Infra-estrutura;
• Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Hélio Creder – 5ª edição – Livros
Técnicos e Científicos – Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ 1995;
• Instalações Hidráulicas e Sanitárias Feitas Para Durar – Usando Tubos de
PVC – Manuel Henrique Campos Botelho e Geraldo de Andrade Ribeiro Jr.
– 1ª edição – São Paulo Proeditores, 1998;
• Instalações Prediais e Industriais – Archibald Joseph Macintyre – 3ª edição –
Livros Técnicos e Científicos – Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ 1995;
• Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Archibald Joseph
Macintyre – 1ª edição – Editora Guanabara – Rio de Janeiro, RJ – 1990;
• Manual Técnico de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – TIGRE Tubos e
Conexões – Divisão de Produto – Departamento de Assistência Técnica –
Editora PINI, São Paulo, 1987;
• Tigre, Tubos e Conexões – Catálogos de Produtos Infra-Estrutura e Água,
Linha Predial;
• Thebe Bombas Hidráulicas Ltda. – Catálogo de Produtos 2006-A.

28
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.4.3 Diretrizes

A execução das instalações de água fria deverá obedecer às seguintes Instruções,


Normas e Práticas Complementares:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais


- Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio – SEAP;
• Normas do INMETRO;
• NBR 5626 – Instalação Predial de Água Fria;
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e do
Distrito Federal, inclusive normas de concessionárias dos serviços públicos;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA – CONFEA.

4.4.4 Normas de Serviço

Estas Normas de Serviço têm por objetivo a execução e fiscalização das obras.
Com esse objetivo, as seguintes prescrições deverão ser observadas:

• A execução da instalação predial de água fria deverá ser levada a efeito em


conformidade com o respectivo projeto. Eventuais alterações que se mostrarem
necessárias durante a execução deverão ser aprovadas pelo projetista e
devidamente registradas em documentos competentes para tal fim;
• A execução das instalações de água fria deverá ser feita por instalador
legalmente habilitado e qualificado;
• A potabilidade da água não poderá ser colocada em risco pelos materiais com os
quais estará em contato permanente;
• O desempenho dos componentes não deverá ser afetado pelas conseqüências que
as características particulares da água impuserem a eles, bem como pela ação do
ambiente onde se acharem inseridos;

29
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• As normas dos fabricantes de tubos, conexões e aparelhos quanto ao


carregamento, transporte, descarregamento, armazenamento, manuseio e
instalações deverão ser seguidas;
• Os componentes utilizados nas instalações deverão obedecer às seguintes
normas:
o Válvulas de descarga – NBR 12904;
o Tubos de PVC rígido – NBR 5648 e 5680;
o Montagem de tubos de PVC – NBR 7372 e 5626;
• Os trechos horizontais longos das tubulações deverão ter inclinação no sentido
de favorecer o encaminhamento de ar para pontos altos;
• Nenhuma tubulação da rede de água fria deverá ser instalada enterrada em solos
contaminados;
• As tubulações não poderão ser instaladas dentro ou através de caixas de
inspeção, poços de visita, coletores de esgoto sanitário, e depósito de lixo,
exceção feita à passagem pela calha de piso de águas pluviais, conforme consta
no projeto;
• Na travessia de tubulações em estruturas, quando previsto em projeto, deve-se
preparar o local com a colocação de tubulação de diâmetro maior, de modo a
não engastar a tubulação com a estrutura, permitindo sua movimentação;
• As passagens de tubulações através de uma estrutura serão projetadas de modo a
permitir a montagem e desmontagem das tubulações em qualquer ocasião, sem
que seja necessário danificar essa estrutura;
• Não utilizar calços ou guias nos trechos horizontais das tubulações de PVC,
evitando pontos onde possam surgir ondulações localizadas;
• Tão logo concluídas o assentamento das tubulações, estas deverão ser protegidas
com a colocação de plugues removíveis, plásticos ou buchas de papel ou
madeira, de modo a protegê-las da entrada de corpos estranhos;
• As aberturas na alvenaria para passagem de tubulações deverão ser preenchidas
com argamassa de cimento e areia, traço 1:3;
• Vistoriar os tubos, conexões e outros acessórios antes de iniciar a instalação e
não utilizar peças que apresentem falhas como:
o Deformação ou ovalação;

30
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

o Fissuras;
o Folga excessiva entre a bolsa e a ponta;
o Soldas velhas com muitos coágulos;
o Anéis de borracha sem identificação;
o Anéis de borracha sem elasticidade;
• Não fazer bolsas em tubos cortados; utilizar luvas para ligação dos tubos;
• Para cada desvio ou ajustes, utilizar conexões adequadas para evitar os esforços
na tubulação;
• Para evitar tensão e trincas, não se deve abusar da flexibilidade das tubulações;
• O transporte dos tubos deve ser feito com todo o cuidado para evitar deformação
e avarias. Evitar manuseio, grandes flechas e colocação de tubos com peças
metálicas salientes durante o transporte e colocação e tubos em balanço;
• No descarregamento dos tubos do caminhão, não usar métodos violentos como,
por exemplo, o lançamento dos tubos ao solo;
• Para evitar avarias os tubos devem ser carregados e nunca arrastados sobre o
solo ou contra objetos duros;
• Os tubos devem ser estocados o mais próximo possível do ponto de utilização. O
local destinado ao armazenamento deve ser plano e bem nivelado, para evitar
deformação permanente nos tubos;
• Os tubos e conexões estocados deverão ficar protegidos do sol. Deve-se evitar a
formação de pilhas altas, que ocasionam ovalação dos tubos da camada inferior;
• Os tubos em PVC rígido, quando não embutidos, deverão ser fixados às
estruturas ou alvenarias, por meio de braçadeiras metálicas, tipo ômega marca
Vlakaz ou equivalente;
• As tubulações aparentes ou tubulações não embutidas deverão obedecer a um
correto espaçamento dos apoios, indicado em projeto, visando-se evitar flechas
excessivas que possam provocar vibrações, vazamentos e bolsas de ar difíceis de
serem drenadas;
• As braçadeiras de fixação dos tubos de PVC não embutidos devem ter folga
suficiente (maior largura que a tubulação), de modo a permitir uma leve
movimentação da tubulação (dilatação / contração);
• Não utilizar fios, arames e barras de ferro com a função de apoio às tubulações;

31
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• As juntas das tubulações deverão ser executadas segundo procedimentos


técnicos que garantam o desempenho adequado da tubulação. No
estabelecimento de tais procedimentos, deverão ser consideradas as
recomendações dos fabricantes;
• Na execução de juntas, cuidados deverão ser tomados de modo a garantir que
sejam removidos os materiais aderentes às extremidades das tubulações e de
modo a impedir que os materiais utilizados entrem em seu interior;
• Para execução de juntas soldadas, a extremidade do tubo deverá ser cortada de
modo a permitir seu alojamento completo dentro da conexão. O corte deverá ser
feito com ferramenta em boas condições de uso, para se obter uma superfície de
corte bem acabada e garantir a perpendicularidade do plano de corte em relação
ao eixo do tubo. As rebarbas internas e externas deverão ser eliminadas com
lima ou lixa fina. As superfícies dos tubos e das conexões a serem unidas
deverão ser lixadas com lixa fina e limpas com solução limpadora recomendada
pelo fabricante. Ambas as superfícies deverão receber uma película fina de
adesivo plástico (solda). A extremidade do tubo deverá ser introduzida até o
fundo da bolsa, sendo mantido imóvel por cerca de 30 segundos para pega da
solda. Deverá ser removido o excesso de adesivo e evitado que a junta sofra
solicitações mecânicas por um período de 5 min;
• Deverão ser evitados o encurvamento dos tubos e a execução de bolsas nas suas
extremidades. Utilizar sempre as conexões específicas;
• As inspeções e ensaios deverão ser efetuados para verificar a conformidade da
execução da instalação predial de água fria com o respectivo projeto e se esta
execução foi corretamente levada a efeito. O instalador deverá estabelecer os
procedimentos necessários e suficientes para tal, consistindo em ações
necessárias para verificação de atividades de execução relacionadas a aspectos
críticos de desempenho da instalação, podendo se dar durante o
desenvolvimento da execução como também após a sua conclusão;
• As inspeções a serem executadas nas instalações de água fria poderão ser
simples inspeções visuais como, também, poderão exigir a realização de
medições, aplicação de cargas, pequenos ensaios de funcionamento e outros. A
conformidade com o projeto e a correção das atividades de execução deverá ser

32
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

verificada por inspeções, que se efetuarão durante todo o desenvolvimento da


execução da instalação. Particular atenção deverá ser dada para o tipo, o
material, as dimensões e o posicionamento das tubulações;
• Durante a instalação das tubulações aparentes, embutidas ou recobertas, deverá
ser efetuada inspeção visual, observando-se particularmente a correta execução
de juntas, instalação de válvulas e registros. Atenção especial deverá ser dada ao
correto posicionamento dos pontos de utilização;
• Para o assentamento de tubulações em valas, a largura das mesmas deverá ser
suficiente para permitir o assentamento, a montagem e o preenchimento das
tubulações sob condições adequadas de trabalho. O fundo das valas deverá ser
cuidadosamente preparado, de forma a criar uma superfície firme e contínua
para suporte das tubulações. O leito deverá ser constituído de material granulado
fino, livre de descontinuidades, como pontas de rochas ou outros materiais
perfurantes;
• Na fase da instalação das peças de utilização deverá ser verificado se as
torneiras, os registros, as válvulas e os outros componentes da instalação estão
em conformidade com o projeto. A resistência mecânica das fixações e o
acabamento geral da instalação deverão ser particularmente observados;
• As tubulações da instalação de água fria deverão ser submetidas a ensaio para
verificação da estanqueidade durante o processo de montagem, quando elas
ainda estiverem totalmente expostas e, portanto, sujeitas à inspeção visual e a
eventuais reparos. A viabilização do ensaio nas condições citadas poderá
implicar na realização do mesmo por partes, o que implicará, necessariamente, a
inclusão desta atividade no planejamento geral de construção da edificação. No
entanto, as verificações da estanqueidade por partes deverão ser
complementadas por verificações globais, de maneira que o instalador poderá
garantir ao final que a instalação predial de água fria estará totalmente estanque.
Tanto no ensaio de estanqueidade executado por partes como no ensaio global,
os pontos de utilização poderão contar com as respectivas peças de utilização já
instaladas ou, caso isto não seja possível, poderão ser vedados com bujões ou
tampões;

33
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• O ensaio de estanqueidade deverá ser realizado de modo a submeter às


tubulações a uma pressão hidráulica superior àquela que se verificará durante o
uso. O valor da pressão de ensaio, em cada seção da tubulação, deverá ser no
mínimo 1,5 vezes o valor da pressão prevista em projeto para ocorrer nessa
mesma seção em condições estáticas;
• Um procedimento para execução do ensaio em determinada parte da instalação
predial de água fria é apresentado a seguir:
o As tubulações a serem ensaiadas deverão ser preenchidas com água,
cuidando-se para que o ar seja expelido completamente do seu interior;
o Um equipamento que permitirá elevar gradativamente a pressão da água
deverá ser conectado às tubulações. Este equipamento deverá possuir
manômetro, adequado e aferido, para leitura das pressões nas tubulações;
o O valor da pressão de ensaio deverá ser de 1,5 vez o valor da pressão em
condições estáticas, previstas em projeto para a seção crítica, ou seja,
naquela seção que estará submetida ao maior valor de pressão em
condições estáticas;
o Alcançado o valor da pressão de ensaio, as tubulações deverão ser
inspecionadas visualmente, bem como deverá ser observada eventual
queda de pressão no manômetro. Após um período de pressurização de 1
hora, a parte da instalação ensaiada poderá ser considerada estanque se
não for detectado vazamento e não ocorrer queda de pressão. No caso de
ser detectado vazamento, este deverá ser reparado e o procedimento
repetido;
• A pressão de ensaio em qualquer seção da tubulação deverá ser superior a 10
m.c.a (100 kPa), qualquer que seja a parte da instalação sob ensaio considerada;
• O ensaio de estanqueidade nas peças de utilização deverá ser realizado após a
execução da instalação predial de água fria, com a instalação totalmente cheia
d’água, de forma que as peças de utilização estarão sob condições normais de
uso. Todas as peças de utilização deverão estar fechadas e mantidas sob carga,
durante o período de 1 hora. Os registros de fechamento deverão estar todos
abertos. Deverão ser observados eventuais vazamentos nas juntas das peças de
utilização e dos registros de fechamento, bem como nas ligações hidráulicas.

34
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Também deverão ser observados possíveis vazamentos nas peças de utilização,


quando estas forem manobradas, a fim de se obter o escoamento próprio da
condição de uso. As peças de utilização poderão ser consideradas estanques se
não for detectado vazamento. No caso da detecção de vazamentos, estes deverão
ser reparados e o procedimento repetido;
• Não deixar exposto ao sol nenhum setor da instalação sem proteção;
• O alimentador predial deverá possuir resistência mecânica adequada para
suportar a pressão de projeto. Além da resistência mecânica, os componentes
deverão apresentar funcionamento adequado em pressões altas, principalmente
no que se refere a vibrações;
• O alimentador predial deverá ser instalado a uma distância mínima horizontal de
3,00 m de qualquer fonte poluidora, respeitando o disposto na NBR 7229.
Poderá ser instalado na mesma vala de tubulações enterradas de esgoto, desde
que apresente sua geratriz inferior 0,3 m acima da geratriz superior das
tubulações de esgoto. Recomenda-se que o alimentador predial enterrado seja
instalado acima do nível do lençol freático;
• Os reservatórios deverão ser de tal modo que seu interior possa ser facilmente
inspecionado e limpo. Os reservatórios deverão ser recipientes estanques que
possuam tampa ou porta de acesso opaca, firmemente presa em sua posição, com
vedação eficiente. Qualquer abertura na parede do reservatório, situada no
espaço compreendido entre a superfície livre da água no seu interior e a sua
cobertura e que se comunique com o meio externo direta ou indiretamente
(tubulação), deverá ser protegida com tela de malha fina, metálica ou de nylon;
• - Na casa de bombas para recalque de água, serão utilizados comandos
liga/desliga automáticos, condicionados ao nível de água nos reservatórios. Os
níveis d’água máximos e mínimos serão definidos no momento da instalação,
adequadamente aos reservatórios adquiridos;
• O construtor deverá entregar a instalação predial de água fria em condições de
uso. Para tanto, deverão ser executadas a limpeza e a desinfecção das
instalações, cujo objetivo será garantir que a água distribuída pela instalação
atenda ao padrão de potabilidade;

35
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• A limpeza consistirá na remoção de materiais e substâncias eventualmente


remanescentes nas diversas partes da instalação predial de água fria e na
subseqüente lavagem através do escoamento de água potável pela instalação.
Deverão ser realizados, após a conclusão da execução, inspeção, ensaios e
eventuais reparos;
• A limpeza deverá obedecer ao procedimento apresentado a seguir:
o Após a remoção dos sólidos de maior porte, o interior dos reservatórios
deverá ser esfregado e enxaguado com água potável da fonte de
abastecimento, sendo o efluente escoado pela tubulação de limpeza. Esta
operação deverá ser realizada evitando-se que as águas residuárias aí
originadas entrem na rede predial de distribuição, o que poderá ser
obtido mediante a manobra adequada dos registros de fechamento;
o Em seguida, abertos os registros que dão acesso à rede predial de
distribuição, os reservatórios deverão ser cheios até os respectivos níveis
operacionais, previamente ajustados. Todas as peças de utilização, até
então fechadas, deverão ser abertas;
o Esta operação de limpeza poderá ser considerada concluída quando a
água efluente por todas as peças de utilização tiver aparência cristalina,
quando observada a olho nu, e não apresentar resíduos sólidos de
nenhum tipo, o que, eventualmente, exigirá enchimentos sucessivos dos
reservatórios. Os efluentes resultantes deverão ser encaminhados para o
sistema coletor de esgoto;
• A desinfecção dos compartimentos do reservatório elevado será uma operação
destinada a reduzir a presença de microorganismos, patogênicos ou não, a
números que obedeçam ao padrão de potabilidade;
• A substância ativa utilizada na desinfecção deverá ser o cloro livre, obtido, por
exemplo, pela dissolução de hipoclorito de sódio na água a ser desinfetada. O
efeito desejado será função da concentração de cloro livre e do tempo de contato
dele com os microorganismos;
• Cuidados especiais deverão ser tomados no armazenamento e manuseio das
soluções concentradas usadas para a obtenção do cloro livre, recomendando-se,

36
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

em particular, que o pessoal responsável pela execução tenha treinamento


adequado;
• Os efluentes resultantes das operações de limpeza e desinfecção poderão
provocar impactos ambientais em determinadas circunstâncias. Desta forma, o
órgão responsável pelo meio ambiente deverá ser notificado para que tais
operações sejam efetuadas atendendo as exigências estabelecidas;
• A desinfecção do reservatório superior e da rede predial de distribuição a ele
ligada deverá obedecer ao procedimento apresentado a seguir:
o O reservatório deverá ser cheio com água potável da fonte de
abastecimento até o respectivo nível operacional, previamente ajustado,
após o que a alimentação deverá ser interrompida. Uma certa quantidade
da solução utilizada para obtenção do cloro livre deverá ser misturada à
água do reservatório para que se obtenha uma concentração de cloro livre
de 50 mg/L (50 ppm), permanecendo no reservatório por 1 hora, período
durante o qual todas as peças de utilização deverão permanecer fechadas;
o As peças de utilização deverão ser abertas, obedecendo-se à ordem de
proximidade ao reservatório, ou seja, as peças mais a montante da
instalação deverão ser abertas antes daquelas mais a jusante, até que
todas tenham sido abertas. As peças de utilização poderão ser fechadas
assim que a água efluente exalar odor de cloro. O reservatório não deverá
esvaziar durante essa operação. Se necessário, o reservatório deverá ser
novamente cheio e o procedimento de cloração repetido com a mesma
concentração estabelecida anteriormente (50 mg/L). Completada a
operação, o reservatório e a tubulação deverão permanecer cheios por
mais 1 hora;
o A peça de utilização mais afastada do reservatório deverá ser aberta e a
concentração de cloro medida. Se a concentração de cloro livre for
menor que 30 mg/L (30 ppm) o processo de cloração deverá ser repetido
até que se obtenha tal concentração;
o O reservatório e as tubulações deverão permanecer nessa situação por
cerca de 16 horas;

37
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

o Terminado este período, todas as peças de utilização deverão ser abertas


e, após o escoamento da água com cloro, o reservatório deverá ser
alimentado com água potável proveniente da fonte de abastecimento. A
desinfecção estará concluída quando em todas as peças de utilização se
obtiver água com teor de cloro não superior àquele característico da fonte
de abastecimento;
• Os procedimentos de manutenção da instalação predial de água fria deverão ser
fornecidos pelo construtor ao usuário;
• A manutenção geral deverá observar se o funcionamento da instalação em todas
as suas partes está adequado. Ela deverá ser constituída de inspeções
sistemáticas por toda a instalação que, eventualmente, poderá dar origem a ações
específicas de manutenção. A instalação predial de água fria deverá ser
inspecionada pelo menos uma vez por ano;
• Nas inspeções ou durante os trabalhos de manutenção, deverá haver constante e
cuidadosa atenção para os casos de desperdício ou uso indevido de água;
• As recomendações ou instruções dos fabricantes do hidrômetro e das bombas
hidráulicas, quanto à manutenção preventiva destes, deverão ser corretamente
seguidas e incorporadas aos procedimentos de manutenção da instalação;
• Os reservatórios deverão ser inspecionados periodicamente, para se assegurar
que as tubulações de aviso e de extravasão estejam desobstruídas, que as tampas
estejam posicionadas nos locais corretos e fixadas adequadamente e que não
haja ocorrência de vazamentos ou sinais de deterioração provocada por
vazamentos. Recomenda-se que esta inspeção seja feita pelo menos uma vez por
ano.
• Como uma medida de proteção sanitária, é fundamental que a limpeza e a
desinfecção do reservatório de água potável sejam feitas uma vez por ano.
• O processo de limpeza dos reservatórios, quando o sistema estiver em
funcionamento, consistirá nos seguintes passos:
o Com planejamento e antecedência, os usuários do prédio devem ser
avisados da interrupção do abastecimento de água durante a limpeza dos
reservatórios. Através da manobra de registros será fechada a saída para
a edificação e o esvaziamento será feito através da tubulação de limpeza;

38
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

o Os materiais utilizados no processo de Limpeza e Higienização dos


reservatórios são: escovões e/ou vassouras de cerdas de nylon
arredondadas, para não afetar a impermeabilidade, panos limpos,
esponjas, baldes plásticos, pás de plástico e rodos;
o Ao final do serviço deverá ser providenciada uma análise de potabilidade
da água, através de laboratório credenciado;
• A qualidade da água dos reservatórios deverá ser controlada, com o objetivo de
se manter o padrão de potabilidade. Recomenda-se análise físico-químico-
bacteriológica periódica, pelo menos duas vezes ao ano, de amostras de água
distribuída pela instalação;
• Qualquer suporte de fixação das tubulações deverá estar sempre em bom estado.
Os espaços previstos para dilatação ou contração das tubulações deverão ser
verificados pelo menos uma vez por ano;
• Os espaços do castelo utilizados na instalação das tubulações deverão ser
mantidos acessíveis, limpos de materiais estranhos e livres de insetos, ratos e
outros animais. Pelo menos duas inspeções anuais deverão ser feitas, para
detectar sinais ou presença de insetos, ratos e outros animais, para determinar
possíveis medidas de desinfestação;
• Durante as inspeções, as juntas com vazamento deverão ser refeitas e, onde
necessário, as tubulações deverão ser substituídas de modo a eliminar o
vazamento. No caso da substituição de segmentos de tubulação, a
compatibilidade com a existente deverá ser verificada;
• Qualquer sinal de mau funcionamento nas torneiras da instalação (torneiras
convencionais, torneiras elétricas e torneiras de bóia) e nos registros de
utilização deverá gerar ação corretiva necessária, tais como: aperto em partes
móveis, troca de vedantes ou troca da própria torneira e/ou registro. A
capacidade de autobloqueamento das torneiras deverá ser verificada a intervalos
regulares e, quando necessário, os reparos deverão ser feitos. No caso das
torneiras de uso pouco freqüente, a verificação deverá ser feita em intervalos de
pelo menos um ano;
• Os registros de fechamento deverão ser operados no mínimo uma vez por ano,
para assegurar o livre movimento de suas partes móveis. Os vazamentos

39
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

observados no obturador destes registros poderão ser tolerados caso sejam de


baixa vazão (cerca de 0,01 mL/s), caso contrário, ou se acorrerem nas vedações
do castelo com o corpo ou com a haste, deverão ser reparados imediatamente;
• O mau funcionamento das válvulas de descarga (vazão insuficiente, vazão
excessiva, tempo de fechamento muito curto ou muito longo, “disparo” da
válvula, vazamento contínuo pela saída ou pelo botão de acionamento) deverá
ser corrigido por regulagens ou por troca do “reparo” (mola e vedações
internas);
• As tubulações de extravasão e limpeza também devem ser de PVC classe 15
soldável. Os trechos horizontais devem ter pequena declividade para
desempenho eficiente de sua função e o completo escoamento da água do seu
interior;
• A superfície do fundo do reservatório deve ter uma ligeira declividade no
sentido da entrada da tubulação de limpeza, de modo a facilitar o escoamento da
água e a remoção de detritos remanescentes. Na tubulação de limpeza, em
posição de fácil acesso e operação, há um registro de fechamento. A descarga da
água da tubulação de limpeza deve se dar em local que não provoque transtornos
às atividades dos usuários;
• Os extravasores foram projetados para descarregar imediatamente quando a água
alcançar o nível de extravasão nos reservatórios. A água será totalmente
descarregada em local facilmente observável, junto à base do castelo d’água.

4.5 Instalações de Águas Pluviais

4.5.1 Memória Descritiva e Justificativa

De acordo com o projeto de arquitetura, a cobertura é de telha colonial, com


inclinação de 35%. Os blocos das Creches e Multiuso possuem cobertura dividida em
duas águas, enquanto os blocos de Serviços e Administração têm cobertura composta
por quatro águas.

40
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

A captação das águas pluviais se deu basicamente de duas formas. A primeira,


quando as águas da cobertura caem em direção ao pátio central, consistiu na captação
das águas pluviais escoadas através de calhas na cobertura. Estas são compostas pela
laje das próprias estruturas dos blocos e paredes em concreto nas laterais das calhas. As
descidas foram feitas através de condutores verticais aparentes ou embutidos em
alvenaria, dependendo do bloco, a critério da arquitetura. Os condutores verticais são
conectados, através de curvas 87°30’, à calha de piso do pátio. A calha de piso, por sua
vez, recebe ainda a contribuição da água de lavagem de piso do pátio e refeitório e as
águas pluviais da cobertura da passarela, no caso do projeto tipo B. A partir da calha de
piso, um condutor horizontal encaminha as águas pluviais para a rede externa aos
blocos.

A segunda forma de captação das águas pluviais, quando as águas das coberturas
caem em direção aos solários e demais áreas externas aos blocos, não possui calha de
captação. Nesse caso, a queda da água é livre, seja sobre a pavimentação dos solários,
seja sobre a área gramada.

Alguns pontos do projeto foram exceção a esse conceito. No bloco de Serviços,


cujo piso foi definido pela arquitetura como granitina, foi prevista uma calha de piso
com grelha metálica sob a queda de águas pluviais da cobertura. Ainda no bloco de
serviços, sob a queda d’água dos rincões da cobertura, foi previsto, de um lado, um
condutor vertical que encaminha as águas a uma caixa de inspeção, e, do outro lado,
uma caixa de brita que coleta a água em queda livre. A última exceção se dá no bloco de
Administração, em função da fachada principal da creche. Nesse caso, a arquitetura
previu calhas de cobertura, cujos condutores verticais se encontram embutidos no
pórtico de entrada da creche.

As águas de escoamento superficial são coletadas por caixas de ralo, distribuídas


pelo terreno conforme indicação na planta baixa deste projeto. Dessas caixas saem
condutores horizontais que as interligam com as caixas de inspeção.

41
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

O projeto de drenagem de águas pluviais tem como base o projeto de arquitetura e


compreende:

Calha de beiral metálica – para a coleta das águas pluviais provenientes de


parte da cobertura do pátio.

Calha de cobertura em concreto – para a coleta das águas pluviais


provenientes de parte interna da cobertura dos blocos e pátio.

Condutores verticais (AP) – para escoamento das águas das calhas de cobertura
até as caixas de inspeção situadas no terreno.

Ralos hemisféricos (RH) – ralo tipo abacaxi nas junções entre calhas e
condutores verticais para impedir a passagem de detritos para a rede de águas
pluviais.

Caixa de ralo (CR) – caixa coletora para drenagem de águas superficiais. Trata-
se de uma caixa em alvenaria de tijolos maciços e fundo em concreto com grelha
de ferro fundido 40x40 cm.

Caixa de inspeção (CI) – para inspeção da rede. Deverá ter dimensões de 60x60
cm, profundidade conforme indicado em projeto, com tampa de ferro fundido
60x60 cm tipo leve, removível.

Poço de visita (PV) – para inspeção da rede. Deverá ter dimensões de 110x110
cm, profundidade conforme indicado em projeto, acesso com diâmetro de 60 cm,
com tampa de ferro fundido de 60 cm tipo pesado, articulada.

Ramais horizontais – tubulações que interligam as caixas de inspeção e poços


de visita, escoando águas provenientes dos condutores verticais e águas
superficiais provenientes das áreas gramadas.

42
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.5.2 Fontes de Consulta

Para elaboração deste projeto foram consultadas as seguintes referências:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais


– Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio – SEAP;
• Modelo CEPLAN – UnB – Padronização de Pranchas de Desenho;
• ABNT-NBR 10.844/1989 – Instalações prediais de águas pluviais;
• Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Archibald Joseph
Macintyre – 1ª edição – Editora Guanabara – Rio de Janeiro, RJ – 1990;
• Instalações Prediais e Industriais – Archibald Joseph Macintyre – 3ª edição –
Livros Técnicos e Científicos – Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ 1995;
• Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Hélio Creder – 5ª edição – Livros
Técnicos e Científicos – Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ 1995;
• Instalações Hidráulicas e Sanitárias Feitas Para Durar – Usando Tubos de
PVC – Manuel Henrique Campos Botelho e Geraldo de Andrade Ribeiro Jr.
– 1ª edição – São Paulo Proeditores, 1998;
• Instalações Prediais Hidráulico-Sanitárias – Vanderley de Oliveira Neto e
Jose M de Azevedo Neto – 5ª edição – Editora Edgard Bücher Ltda – São
Paulo, 2004;
• Conservação e Reúso de água em Edificações – 2a Edição – Agência
Nacional de Águas - ANA
• Manual Técnico de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – TIGRE Tubos e
Conexões – Divisão de Produto – Departamento de Assistência Técnica –
Editora PINI, São Paulo, 1987;
• Catálogo – Soluções AMANCO – Tubosistemas Linha Predial e
Tubosistemas para Infra-estrutura;

4.5.3 Diretrizes

A execução dos serviços de instalação de águas pluviais deverá atender às


seguintes Instruções, Normas e Práticas Complementares:

43
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais


Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio – SEAP;
• Modelo CEPLAN – UnB – Padronização de Pranchas de Desenho.
• Normas da ABNT e do INMETRO;
• NBR 10844 – Instalações prediais de águas pluviais;
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e do
Distrito Federal, inclusive normas de concessionárias dos serviços públicos;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA – CONFEA;
• Instruções e Normas dos fabricantes relativas à aplicação dos materiais.

4.5.4 NORMAS DE SERVIÇOS

• Todas as calhas de cobertura deverão ter declividade mínima de 0,5% em


direção à saída do condutor vertical;
• Todas as calhas de piso deverão ter declividade mínima de 0,5% em direção
a sua saída;
• Os condutores horizontais que interligam caixas de inspeção e poços de
visita deverão ter declividade mínima de 0,5%;
• As tubulações de águas pluviais serão instaladas de forma a não ficarem
solidárias à estrutura de concreto armado da edificação; no caso da
necessidade de travessias de vigas ou lajes, deverão ser previstas aberturas
nas formas antes da concretagem. Neste caso o calculista deverá ser
previamente consultado;
• Os condutores verticais e os ramais horizontais serão em PVC com junta
elástica, série reforçada, para diâmetros até 150mm e tipo Vinilfort ou
equivalente com junta elástica integrada (JEI) para diâmetros maiores que
150mm;
• As tubulações que passam embaixo da área de estacionamento serão em
PVC tipo Vinilfort ou equivalente com junta elástica integrada (JEI),
qualquer que seja seu diâmetro.

44
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• A ligação dos condutores verticais às caixas de inspeção (CI) deverá ser com
curva de PVC de 87°30’ série reforçada, com junta elástica;
• Deverão ser instalados tês de inspeção de PVC na transição de vertical para
horizontal (pés de coluna) de todos os condutores verticais, antes da curva de
87º30; no pavimento térreo;
• Deverão ser instalados ralos hemisféricos (RH) formato abacaxi de ferro
fundido em todas as junções das calhas de cobertura com os condutores
verticais;
• O recobrimento mínimo dos tubos de PVC enterrados será de 30 cm em
áreas não sujeitas a tráfego de veículos, 60 cm para áreas sujeitas a tráfego
de veículos leves e de 90 cm em áreas de tráfego pesado;
• Os tampões dos poços de visita (PV) serão de ferro fundido tipo pesado;
• Os tampões das caixas de inspeção (CI) serão de ferro fundido tipo leve;
• As áreas externas pavimentadas e as áreas de estacionamento deverão ter
declividade mínima de 0,5% em direção aos pontos de coleta de águas
pluviais;
• Os condutores verticais aparentes deverão ser pintados na cor marrom, não
devendo se utilizar tinta à base de solvente.

4.6 Instalações de Esgotos Sanitários

4.6.1 Memória Descritiva e Justificativa

Trata-se de projeto de um Sistema de Esgotos Sanitários para as creches do


projeto Pró-Infância, do FNDE/MEC a serem construídas em diversos municípios
brasileiros. A instalação predial de esgotos sanitários foi projetada segundo o Sistema
DUAL, ou seja, instalações de esgotos primário e secundário separadas por um
desconector, conforme prescrições da NBR 8160/99 – Sistemas Prediais de Esgoto
Sanitário – Projeto e execução.

45
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Todas as caixas de inspeção foram localizadas no térreo, em área externa aos


blocos, e fora das projeções de solários e pátios.

O sistema predial de esgotos sanitários da edificação compreende um conjunto


de aparelhos, tubulações, acessórios e desconectores, destinados a coletar e transportar
os esgotos sanitários, garantindo o encaminhamento dos gases para a atmosfera e
evitando a fuga dos mesmos para os ambientes sanitários.

Esse sistema é dividido em dois subsistemas:

• Subsistema de coleta e transporte;


• Subsistema de ventilação.

4.6.1.1 Subsistema de Coleta e Transporte

Conjunto de aparelhos sanitários, tubulações, acessórios e desconectores


destinados a captar o esgoto sanitário e conduzi-lo a um destino adequado. Esse
subsistema foi projetado de forma que as tubulações não passem por estruturas de
concreto (vigas baldrame), e sim desviem por baixo das mesmas.

São partes componentes desse subsistema:

Aparelhos

• Bacias sanitárias;
• Lavatórios;
• Banheiras e chuveiros;
• Torneiras de lavagem;
• Pias;
• Bebedouros;
• Tanques e máquinas de lavar roupas.

46
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Tubulações

• Ramais de descarga: tubulações que recebem os efluentes diretamente dos


aparelhos
• Ramais de esgoto: tubulações que recebem os efluentes dos ramais de
descarga;
• Subcoletores: tubulações que interligam as caixas de inspeção;
• Coletor predial: tubulação final que recebe efluentes dos subcoletores e
encaminha-os à rede pública.

Acessórios e desconectores

• Caixas sifonadas (CS) - recipientes dotados de desconector, com grelha na


parte superior e destinados a coletar água de lavagem de piso e efluentes dos
ramais de descarga;
• Caixas sifonadas com tampa cega hermética (CSH) - recipientes dotados de
desconector, sem grelha na parte superior;
• Caixas de gordura - destinadas a coletar efluente das pias;
• Caixas de inspeção - destinadas a receber os ramais de esgoto, interligar os
subcoletores até o coletor predial, reunir tubulações e permitir inspeção,
limpeza e desobstrução da rede.
• Caixas sifonadas com dispositivo anti-espuma - destinadas a coletar
efluentes de tanques e máquinas de lavar roupas;
• Poços de visita - destinados a interligar os subcoletores até o coletor predial,
reunir tubulações e permitir inspeção, limpeza e desobstrução da rede
quando esta atinge grande profundidade.

47
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.6.1.2 Subsistema de ventilação

O subsistema de ventilação consiste no conjunto de tubulações ou dispositivos


destinados a encaminhar os gases para a atmosfera e evitar a fuga dos mesmos para os
ambientes sanitários, bem como evitar o rompimento dos fechos hídricos dos
desconectores. Todas as colunas de ventilação devem possuir terminais de ventilação
instalados em suas extremidades superiores e estes devem estar a 30 cm acima do nível
do telhado.

Neste projeto, são partes componentes desse subsistema:

Tubulações

• Ramais de ventilação: tubos ventiladores que interligam os ramais de esgoto


a uma coluna de ventilação;
• Colunas de ventilação (CV): tubos ventiladores verticais;

4.6.2 Fontes de Consulta

Para a elaboração deste projeto foi consultada a seguinte bibliografia:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais


– SEAP – Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio;
• ABNT-NBR 8160/1999 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e
execução;
• ABNT-NBR 7229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de
tanques sépticos;
• ABNT-NBR 13969/1997 – Tanques sépticos - Unidades de tratamento
complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção
e operação;
• Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Archibald Joseph
Macintyre – 1ª edição – Editora Guanabara – Rio de Janeiro, RJ – 1990;

48
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Instalações Prediais e Industriais – Archibald Joseph Macintyre – 3ª edição –


Livros Técnicos e Científicos – Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ - 1995;
• Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Hélio Creder – 5ª edição – Livros
Técnicos e Científicos – Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ - 1995;
• Instalações Hidráulicas e Sanitárias Feitas Para Durar – Usando Tubos de
PVC – Manuel Henrique Campos Botelho e Geraldo de Andrade Ribeiro Jr.
– 1ª edição – São Paulo Proeditores, 1998;
• Manual Técnico de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – TIGRE Tubos e
Conexões – Divisão de Produto – Departamento de Assistência Técnica –
Editora PINI, São Paulo, 1987;
• Catálogo – Soluções AMANCO – Tubosistemas Linha Predial e
Tubosistemas para Infra-estrutura;
• Modelo CEPLAN – UnB – Padronização de Pranchas de Desenho.

4.6.3 Diretrizes

A execução dos serviços de instalações de esgotos sanitários deverá atender às


seguintes Normas e Práticas Complementares:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos


Federais - Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio –
SEAP.
• ABNT-NBR 8160 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e
execução;
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e do
Distrito Federal, inclusive normas da concessionária de serviços
públicos;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA – CONFEA.

49
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.6.4 Normas de Serviços

• As tubulações de esgotos sanitários serão instaladas de forma a não


interceptarem estruturas de concreto. As tubulações não devem ficar solidárias à
estrutura de concreto armado da edificação; no caso da necessidade de travessias
de vigas ou lajes, deverão ser previstas aberturas nas formas antes da
concretagem. Neste caso o calculista deverá ser previamente consultado;
• O coletor predial deverá ser ligado na rede pública coletora existente;
• Em conformidade com o projeto arquitetônico, todas as passagens de tubulações
serão embutidas em alvenaria;
• Todas as tubulações de esgotos sanitários deverão seguir as especificações de
projeto;
• Os ramais de descarga e de esgoto deverão ter as seguintes declividades
mínimas:
o Tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75 mm,
declividade de 2%;
o Tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100 mm,
declividade de 1%.
• Os tubos de gordura destinados a receber os efluentes das pias, têm diâmetro
nominal de 50 mm e devem ser instalados em um único alinhamento reto;
• Instalar terminais de ventilação em todas as colunas de ventilação na cobertura;
• Os subcoletores e o coletor predial têm diâmetro nominal de 150 mm para
proporcionar escoamento fácil e rápido e facilitar a manutenção; a declividade
mínima dessas tubulações deverá ser de 1%;
• Todas as caixas sifonadas terão grelha ou tampa hermética cromada ou
niquelada. No bloco de serviços, as grelhas dos ralos são escamoteáveis;
• Para coletar efluente das pias serão construídas caixas de gordura na obra,
conforme indicações de projeto;
• Os tampões dos poços de visita (PV) deverão ser de ferro fundido tipo pesado,
com a inscrição “Esgotos Sanitários” na face externa, bem legível;

50
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Os tampões das caixas de inspeção (CI) deverão ser de ferro fundido tipo leve,
com fechamento hermético e com a inscrição “Esgotos Sanitários” na face
externa, bem legível;
• As cotas dos greides nas CI e PV foram obtidas considerando-se o terreno plano
e nivelado. Assim sendo, as cotas apresentadas no projeto devem ser
consideradas indicativas, cabendo à empresa contratada fazer previamente um
levantamento topográfico para obter cotas exatas e adequar o perfil longitudinal
da rede.

4.6.5 Solução Individual de Destinação de Esgotos Sanitários

Nos municípios em que não houver rede pública de coleta de esgotos na região
da creche, quando as condições do solo e a legislação ambiental vigente permitirem,
serão instaladas soluções individuais de destinação dos esgotos. Essa solução consiste
num conjunto de fossa séptica e sumidouro a serem construídos conforme padrão
FNDE/MEC. No Anexo B são apresentados os desenhos e componentes desses dois
sistemas.

O dimensionamento dessas utilidades foi feito considerando uma população de


projeto de 200 pessoas e as diretrizes das NBR 7229 – Projeto, construção e operação
de sistemas de tanques sépticos e NBR 13969 – Tanques sépticos - Unidades de
tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção
e operação.

4.7 Instalações de Gás Combustível

4.7.1 Memória Descritiva e Justificativa

A instalação predial de gás combustível foi projetada, conforme prescrições da


NBR 13.523 – Central de Gás Liquefeito de Petróleo - GLP e NBR 15.526 – Redes de

51
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Distribuição Interna para Gases Combustíveis em Instalações Residenciais e Comerciais


– Projeto e Execução, para atender cozinha e lactário.

O projeto da creche prevê um fogão de 4 bocas com forno para o lactário e um


fogão de 6 bocas com forno para a cozinha. Foram considerados os consumos
equivalentes a queimadores duplos e fogões semi-industriais para cálculo da demanda.

O sistema de Gás Combustível compreende um conjunto de aparelhos,


tubulações e acessórios, destinados a coletar e transportar o gás combustível, garantindo
o encaminhamento do mesmo para seu destino. Tal sistema é composto por dois
cilindros de 45 kg de GLP além da rede de distribuição em aço SCH-40 e acessórios,
conforme especificações do projeto.

4.7.2 Fontes de Consulta

Para a elaboração deste projeto foi consultada a seguinte bibliografia:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais


– SEAP – Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio;
• ABNT-NBR 13523/2006 – Central de gás liquefeito de petróleo;
• ABNT-NBR 15526/2007 – Redes de distribuição interna para gases
combustíveis
• Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Archibald Joseph
Macintyre – 1ª edição – Editora Guanabara – Rio de Janeiro, RJ – 1990;
• Instalações Prediais e Industriais – Archibald Joseph Macintyre – 3ª edição –
Livros Técnicos e Científicos – Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ - 1995;
• Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Hélio Creder – 5ª edição – Livros
Técnicos e Científicos – Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ - 1995;
• Modelo CEPLAN – UnB – Padronização de Pranchas de Desenho.

52
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.7.3 Diretrizes

A execução dos serviços de instalações de esgotos sanitários deverá atender às


seguintes Normas e Práticas Complementares:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais


- Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio – SEAP.
• ABNT-NBR 13523 – Central de gás liquefeito de petróleo;
• ABNT-NBR 15526 – Redes de distribuição interna para gases combustíveis
em instalações residenciais e comerciais – Projeto e execução;
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e do
Distrito Federal, inclusive normas da concessionária de serviços públicos;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA – CONFEA.

4.7.4 Normas de Serviços

• A central de gás deve obedecer aos seguintes limites:


o 3,00 m de pára-raios e fonte de ignição;
o 1,5 m de ralos, grelhas, bueiros e etc;
• A canalização de distribuição de GLP não passará em locais sem ventilação,
como por exemplo, forros falsos, pisos falsos e outros que possam ocasionar,
em vez de vazamento, um acúmulo de gás e grave risco de explosão;
• A rede de distribuição embutida será envolta em fita adesiva própria que
garanta a estanqueidade e recoberta (envelopada) por camada de concreto
com espessura mínima de 3cm.
• Toda tubulação será em aço SCH-40 ASTM A-106.
• Toda tubulação aparente será pintada na cor amarela.
• Todas as conexões serão de ferro maleável rosca NPT classe 300.
• O extintor de incêndio (pó químico seco ABC de 6kg) deverá estar
localizado a menos de 3 metros da central de gás, conforme projeto.
• A válvula de corte geral encontra-se no coletor da central de GLP.

53
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• A central será identificada com as placas de sinalização: perigo inflamável,


proibido produzir chama e proibido fumar.
• Todos os pontos de consumo possuirão registro de fechamento rápido.
• A central de GLP encontra-se fora da projeção vertical da edificação.
• Os reguladores de pressão de 2º estágio terão pressão de entrada de 150KPa
e pressão de saída de 4KPa e serão equipadas com válvulas de alívio ou
dispositivo de bloqueio automático.
• Toda tubulação de gás aparente será fixada com braçadeira metálica.

4.7.5 Solução de Abastecimento por Botijões P-13

Nos municípios em que não houver disponibilidade de fornecimento de botijões


P-45 de GLP, deverá ser implementado um sistema simples, no qual ficam 2 botijões
convencionais, P-13, instalados sob a bancada do refeitório. Nessa configuração, o
fogão da cozinha ficará ligado diretamente a um botijão, enquanto o fogão do lactário
ficará ligado a outro botijão através de uma tubulação embutida conforme projeto básico
apresentado no Anexo B. É importante salientar que, nessa situação, a reserva de GLP
da creche deve ser limitada a 39 kg, o que equivale aos dois botijões em uso e um único
de reserva.

4.8 Instalações de Prevenção e Combate a Incêndio

4.8.1 Memória Descritiva e Justificativa

De acordo com o projeto tipo A de arquitetura, a creche compreende quatro


blocos de um pavimento, com área total de 583,42 m2 e capacidade para atender a 56
crianças. Sendo o projeto tipo B de arquitetura, a creche compreende quatro blocos de
um pavimento, com área total de 806,29 m² e capacidade para atender a 112 crianças.

54
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.8.1.1 Sistemas de proteção e combate a incêndio

A classificação de risco para essa edificação, de acordo com a classificação de


diversos Corpos de Bombeiros do país, é de risco leve, que compreende edificações
cujas classes de ocupação, na Tarifa de Seguros Incêndio do Brasil, sejam 1 e 2
(escolas, residências e escritórios).

Como regra geral, são exigidos para a edificação os seguintes sistemas:

• Sinalização de segurança
• Extintores de incêndio
• Iluminação de emergência
• SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas

O sistema de proteção por hidrantes é exigido, em alguns estados, para edificações


escolares cuja área total exceda 750,00 m². No entanto, apesar de a creche do projeto
tipo B possuir área total superior a esse valor, os blocos da edificação são isolados, pois
somente têm entre si continuidade através de passagens cobertas e pátio para pedestres e
cargas leves em nível térreo. Dessa forma, o projeto de instalações de prevenção e
combate a incêndio do qual esse memorial técnico faz parte não contempla a
implantação de sistema de hidrantes. Nos estados em que a legislação do Corpo de
Bombeiros englobar o sistema de hidrantes como exigência para a edificação, caberá ao
proprietário justificar ao Corpo de Bombeiros local a não implantação desse sistema
pelas causas supracitadas. O procedimento de justificativa e/ou adequação do projeto
deve ser verificado junto ao Corpo de Bombeiros local, quando da aprovação do
projeto.

Extintores portáteis

Para todas as áreas da edificação os extintores serão do tipo Pó Químico Seco –


PQS, classe de fogo A-B-C.

55
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

A locação e instalação desses extintores constam da planta baixa e dos detalhes do


projeto.

Sinalização de segurança

As sinalizações estão localizadas para auxílio no plano de fuga, orientação e


advertência dos usuários da edificação e estão indicadas nas pranchas do projeto.

Iluminação de emergência

O sistema adotado foi de blocos autônomos 2x7W e 2x55W, com autonomia de


2 horas, instalados nas paredes, conforme localização e detalhes indicados nas
pranchas do projeto.

Sistema de proteção contra descargas atmosféricas

O sistema adotado, concepções, plantas e detalhes constam no Projeto de SPDA


(Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas).

Sistema de proteção por extintores portáteis

Serão instalados extintores portáteis para uso geral (natureza do fogo classes A,
B e C), pó químico seco (PQS) com 6 kg em todas as áreas de risco para combate
manual a incêndio incipiente.

A localização dos extintores deverá ser conforme indicação na planta baixa do


projeto, em locais de boa visibilidade e seu acesso não poderá estar bloqueado no
caso de incêndio.

Em adição, os extintores não devem ter a sua parte superior a mais de 1,60 m
acima do piso. Devem ser posicionados onde haja menor probabilidade de fogo
bloquear o seu acesso; devem ser visíveis, para que todos os usuários do edifício

56
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

fiquem familiarizados com a sua localização, e devem possuir obrigatoriamente os


selos atualizados de marca nacional de conformidade. Deve-se observar ainda, que a
distância máxima real, a ser percorrida por um operador, do ponto de fixação do
extintor a qualquer ponto da área protegida pelo extintor será ser de 20 metros.

Os extintores deverão ser devidamente sinalizados, para fácil visualização,


através de placas adequadas, com dimensões conforme ABNT/NBR 13.434-2,
afixadas acima do extintor, de forma que permitam sua fácil visualização e
identificação.

Por fim, deverá ser delimitada por faixa, na cor vermelha, no piso abaixo do
extintor, uma área de 1,00 m x 1,00 m, dentro da qual não se devem colocar
quaisquer objetos ou móveis.

4.8.2 Fontes de Consulta

Para a elaboração deste projeto foram consultadas as seguintes referências:

• Práticas de Projetos, Construção e Manutenção dos Edifícios Públicos


Federais da SEAP, Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio-
SEAP;
• Decreto n° 21.361, de 20 de julho de 2000: RSIP – Regulamento de
Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal;
• Decreto N° 897, de 21 de setembro de 1976: Código de Segurança contra
Incêndio e Pânico do Estado do Rio de Janeiro;
• Decreto N° 44.746, de 29 de fevereiro de 2008: Regulamenta a Lei nº
14.130, de 19 de dezembro de 2001, que dispõe sobre a prevenção contra
incêndio e pânico no Estado de Minas Gerais;
• NT n° 001/2002-CBMDF: Exigências de Sistemas de Proteção Contra
Incêndio e Pânico das Edificações do Distrito Federal;
• NT n° 002/2000-CBMDF: Classificação das Edificações de Acordo com os
Riscos;

57
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• NT n° 003/2000-CBMDF: Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio;


• ABNT-NBR 13.434-1/2004 – Sinalização de Segurança Contra Incêndio e
Pânico – Parte 1: Princípios de Projeto;
• ABNT-NBR 13.434-2/2004 – Sinalização de Segurança Contra Incêndio e
Pânico – Parte 2: Símbolos e suas Formas, Dimensões e Cores;
• ABNT-NBR 10.898/1999 – Sistema de Iluminação de Emergência;
• ABNT-NBR 12693/1993 – Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio.

4.8.3 Diretrizes

A execução das instalações deverá obedecer às seguintes Instruções, Normas e


Práticas Complementares:

• Práticas de Projetos, Construção e Manutenção dos Edifícios Públicos


Federais - Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio- SEAP;
• Normas da ABNT e do INMETRO;
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais ou do
Distrito Federal, inclusive normas de concessionárias dos serviços públicos
onde a edificação for construída;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA – CONFEA;

4.8.4 Normas de Serviço

As instalações de prevenção e combate a incêndio serão executadas de forma a


atender às seguintes exigências:

• Permitir o funcionamento rápido, fácil e efetivo;


• Utilização de materiais de qualidade comprovada e normalizada;
• Permitir acessos livres de qualquer embaraço aos equipamentos constituintes
do sistema;
• Atender às normas vigentes do Corpo de Bombeiros do Estado ou Distrito
Federal, conforme a localização da edificação;

58
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Atender às normas da ABNT.

4.9 Instalações Elétricas

4.9.1 Memória Descritiva e Justificativa

Esta proposta parte da concepção de um projeto eficiente do ponto de vista


energético, utilizando iluminação moderna e eficiente, atendendo aos índices
luminotécnicos normatizados, garantindo conforto visual aos trabalhos a serem
executados.

Os desenhos do projeto definem o arranjo geral de distribuição de luminárias,


pontos de força, comandos, circuitos, chaves, proteções e equipamentos. Os elementos
foram, sempre que possível, centralizados ou alinhados com as estruturas. Os pontos de
força estão especificados em função das características das cargas a serem atendidas e
dimensionados conforme projeto.

Os circuitos a serem instalados seguirão aos pontos de consumo por eletrodutos,


conduletes e caixas de passagem. Todos os materiais e equipamentos especificados são
de qualidade superior, de empresas com presença sólida no mercado, com produtos de
linha, de forma a garantir a longevidade das instalações, peças de reposição e facilidade
de manutenção sem, no entanto, elevar significativamente os custos.

O projeto considera o atendimento à edificação em baixa tensão, conforme a


tensão nominal operada pela concessionária local (127V_1Ф/220V_3Ф ou
220V_1Ф/380V_3Ф, 60Hz). Os alimentadores foram dimensionados com base no
critério de queda de tensão máxima admissível considerando a distância aproximada de
40 metros do quadro geral de baixa tensão (QGBT) até a subestação em poste. Caso a
distância entre o trafo e o QGBT seja maior do que a referida acima, os alimentadores
deverão ser redimensionados.

59
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

As instalações elétricas dos blocos da creche (Creche1, Creche2, Creche3, Pré-


escola, Multiuso, Administração e Serviços) foram projetadas de forma independente,
permitindo uma maior flexibilidade na construção, operação e manutenção dos mesmos.
Cada bloco possui um quadro de distribuição próprio onde estão abrigados todos os
disjuntores dos circuitos elétricos que atendem aos ambientes do respectivo bloco. Os
alimentadores dos quadros de distribuição de todos os blocos têm origem no QGBT,
localizado na sala técnica do bloco multiuso, que seguem em eletrodutos enterrados no
solo conforme especificado no projeto. Os alimentadores foram dimensionados com
base no critério de queda de tensão máxima admissível considerando a distância entre
os quadros de distribuição e o QGBT definidas pelo layout apresentado. Caso haja um
reposicionamento dos blocos no terreno será necessário o redimensionamento dos
mesmos.

Os alimentadores do quadro geral de bombas (QGB) e os circuitos de


iluminação e tomadas do Castelo d’água tem origem no quadro de distribuição de
iluminação e tomadas 1 (QD-IT1) devido à proximidade do mesmo com o bloco da
creche 1. A iluminação externa do Castelo d’água foi projetada a fim de atender a uma
iluminância necessária à execução de serviços de manutenção caso se façam necessários
no período noturno.

Devido à presença de crianças pequenas em todos os ambientes da edificação,


não foram utilizadas tomadas baixas no projeto a fim de evitar acidentes de choque
elétrico. Por motivo de segurança, adotou-se o uso de dispositivos diferenciais residuais
(DDR’s) de alta sensibilidade em todos os circuitos de tomadas, além dos pontos de
tomadas das áreas molhadas.

Todas as tomadas destinadas à ligação de computadores foram distribuídas em


circuitos exclusivos a fim de evitar as interferências causadas por motores e demais
aparelhos ligados nas tomadas de uso geral, garantindo assim uma energia mais estável
e com a qualidade necessária a equipamentos eletrônicos sensíveis.

60
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Com base nos princípios que norteiam a eficiência energética, as luminárias


especificadas no projeto utilizam lâmpadas de baixo consumo de energia como as
fluorescentes e à vapor metálico e reatores eletrônicos de alta eficiência, alto fator de
potência e baixa taxa de distorção harmônica.

Os comandos das luminárias foram definidos de forma a proporcionar um


acionamento por seções, sempre no sentido das janelas para o interior dos ambientes.
Dessa forma pode-se aproveitar a iluminação natural ao longo do dia e acionar apenas
as seções que se fizerem necessárias, incentivando o uso racional da energia.

4.9.2 Normas Técnicas E Fontes De Consulta

O projeto foi elaborado de acordo com as prescrições das Normas Técnicas,


códigos e regulamentos aplicáveis aos serviços em pauta, sendo que as especificações
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e normas abaixo relacionadas
deverão ser consideradas como elementos base para quaisquer serviços ou
fornecimentos de materiais e equipamentos.

• NBR-5361 - Disjuntor de baixa tensão – Especificação;


• NBR 5410 - Instalações Elétricas de baixa tensão;
• NBR 5413 - Iluminação de Interiores;
• NBR 5471 - Condutores Elétricos;
• NBR-6146 - Invólucros de Equipamentos Elétricos – Proteção;
• NBR 6414 - Rosca para Tubos onde a Vedação é feita pela Rosca –
Designação, Dimensões e Tolerâncias;
• NBR-6808 - Conjuntos de Manobra e Controle em Baixa Tensão;
• IEC - International Eletrotechnical Comission;
• ANSI - American National Standards Institute;
• NEC - National Electric Code;
• NEMA - National Electrical Manufactures Association;

61
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

As prescrições, indicações, especificações e normas de instalação dos fabricantes dos


equipamentos a serem fornecidos e instalados, deverão ser obedecidas, atendendo as
normas especificadas.

4.9.3 Diretrizes

Recebimento na Obra

• Para o recebimento dos materiais, equipamentos elétricos e serviços, a


inspeção deverá conferir a discriminação constante da nota fiscal, ou guia de
remessa, com o respectivo pedido de compra, que deverá estar de acordo
com as especificações de materiais, equipamentos e serviços.
• Caso algum material ou equipamento não atenda às especificações e ao
pedido de compra, deverá ser rejeitado. A inspeção visual para recebimento
dos materiais e equipamentos constituir-se-á, basicamente, do cumprimento
das atividades descritas a seguir:
• Conferir as quantidades; verificar as condições dos materiais, como, por
exemplo, estarem em perfeito estado, sem trincas, sem amassamentos,
pintados, embalados e outras;
• Designar as áreas de estocagem, em lugares abrigados ou ao tempo, levando
em consideração os tipos de materiais, como segue:
• Estocagem em local abrigado - materiais sujeitos à oxidação, peças miúdas,
fios, luminárias, reatores, lâmpadas, interruptores, tomadas, eletrodutos de
PVC e outros;
• Estocagem ao tempo - peças galvanizadas a fogo, cabos em bobinas e para
uso externo ou subterrâneo.

Eletrodutos, Curvas e Acessórios

• Só serão aceitos eletrodutos que apresentem marca impressa indicando a


Norma que atende e fabricante.

62
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Não serão permitidos, em uma única curva, ângulos maiores que 90º e o
número de curvas entre duas caixas não poderá ser superior a três de 90º ou
equivalente a 270º, conforme disposição da NBR 5410 – Instalações elétricas
de baixa tensão.
• Os eletrodutos ou acessórios que tiverem as roscas sem o mínimo de 5
(cinco) voltas completas ou fios cortados deverão ser rejeitados, mesmo que
a falha não se situe na faixa de aperto.

Conexões e Tampões

• As emendas dos eletrodutos só serão permitidas com o emprego de conexões


apropriadas, tais como luvas ou outras peças que assegurem a regularidade
da superfície interna.

• Durante a construção e montagem, todas as extremidades dos eletrodutos,


caixas de passagem e conduletes deverão ser vedados com tampões e tampas
adequadas. Estas proteções não deverão ser removidas antes da colocação da
fiação.

• As curvas nos tubos metálicos flexíveis não deverão causar deformações ou


redução do diâmetro interno, nem produzir aberturas entre as espiras
metálicas de que são constituídos. O raio de qualquer curva em tubo
metálico flexível será no mínimo 12 vezes o diâmetro interno do tubo.

• Não serão permitidas emendas em tubos flexíveis, formando trechos


contínuos de caixa a caixa.

• Deverão ser utilizados conduletes nos pontos de entrada e saída dos


condutores na tubulação; nas derivações e mudança de direção dos
eletrodutos.

63
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Serão admitidas conexões não rosqueadas através de sistema pré-fabricado


equivalentes ao sistema de Conexões Unidut da Daisa, Wetzel, Tramontina,
Tigre ou equivalente.

Condutores

• Só poderão ser lançados nos eletrodutos, condutores isolados para classe


750V ou 1kV e que tenham proteção resistente à abrasão.
• As emendas de condutores somente poderão ser feitas nas caixas, não sendo
permitida a enfiação de condutores emendados, conforme disposição da
NBR 5410. O isolamento das emendas e derivações deverá ter, no mínimo,
características equivalentes às dos condutores utilizados.
• Todos os condutores de um mesmo circuito deverão ser instalados no mesmo
eletroduto.
• Emendas ou derivações de condutores só serão aprovadas em caixas de
junção. Não serão permitidas, de forma alguma, emendas dentro de
eletrodutos ou dutos, esteiras ou eletrocalhas.
• As extremidades dos condutores, nos cabos, não deverão ser expostas à
umidade do ar ambiente, exceto pelo espaço de tempo estritamente
necessário à execução de emendas, junções ou terminais.

Quadros de Distribuição

• Os Quadros de Distribuição de Energia devem ser executados conforme


discriminação e especificações do projeto.
• Após a conclusão da montagem, da enfiação dos circuitos e da instalação de
todos os equipamentos, deverá ser feita medição do isolamento, cujo valor
não deverá ser inferior ao preconizado pela NBR 5410.
• Os quadros elétricos deverão possuir grau de proteção mínimo IP 21,
protegido contra objetos sólidos maiores que 12mm e quedas verticais de
gotas d’água conforme NBR-6146 - Invólucros de Equipamentos Elétricos -
Proteção.

64
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Todos os quadros deverão ser identificados com a nomenclatura indicada no


projeto através de plaquetas de acrílico com caracteres brancos em fundo
preto, medindo no mínimo 80mmx30mm e fixadas na parte frontal da porta
dos mesmos, com nome do fabricante ou marca.
• Os diagramas unifilares de cada quadro, após a instalação dos mesmos,
deverão ser armazenadas em porta-planta confeccionado em plástico
apropriado, instalado na parte interna da porta frontal.
• Os disjuntores deverão ser identificados com plaquetas de acrílico de fundo
preto com caracteres brancos com a codificação dos respectivos circuitos. A
fixação das plaquetas será feita com cola resistente à temperatura e umidade.
• Os barramentos dos quadros, quando for o caso, deverão ser constituídos
por peças rígidas de cobre eletrolítico nu com 99,9% de pureza, cujas barras
serão identificadas através de pintura por cores, conforme a NTD 6.01 da
CEB, adotando-se a seguinte codificação:
o Fase A: verde
o Fase B: amarelo
o Fase C: violeta
o Neutro: cinza
o Terra: preto
• Os barramentos deverão comportar uma corrente no mínimo igual à carga
instalada mais 25%.
• As características técnicas dos barramentos deverão atender ao ensaios de
elevação de temperatura de acordo com a norma NBR-6808 - Conjuntos de
Manobra e Controle em Baixa Tensão.
• O barramento principal deverá possuir capacidade de suportar a corrente de
curto circuito com relação aos esforços eletrodinâmicos que aparecerão nas
barras até a atuação do dispositivo de proteção do disjuntor geral, conforme
NBR-6808.
• As distâncias de fixação dos barramentos entre si e as partes metálicas do
quadro deverão estar compatíveis com a tensão de isolamento prevista no
projeto. Os isoladores sobre os quais os barramentos estarão apoiados

65
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

deverão possuir tensão de isolamento compatível com a tensão nominal de


projeto, conforme NBR-6808.
• A chapa de montagem em aço #16MSG deve possuir tratamento
antiferruginoso e acabamento em tinta esmalte cor laranja.

Luminárias e Lâmpadas

• As lâmpadas referentes às luminárias a serem instaladas, conforme projeto,


deverão obedecer aos requisitos mínimos gerais constantes das normas
específicas. Deverão garantir o nível de iluminação adequado para cada
ambiente, em função de sua área e das atividades neste desenvolvidas. A
temperatura de cor deverá ficar entre 2.700 à 4.000K.
• As lâmpadas fluorescentes compactas deverão ser do tipo 4 pinos para serem
ligadas com reatores eletrônicos.
• As lâmpadas deverão apresentar, no mínimo, as seguintes marcações legíveis
no bulbo ou na base:
o potência nominal (W);
o designação da cor;
o nome do fabricante ou marca registrada.
• Os bulbos deverão ser isentos de impurezas, manchas ou defeitos que
prejudiquem o seu rendimento, ao longo de sua vida útil.
• As luminárias deverão ser providas de sistema que permita fácil substituição
das lâmpadas sem o uso de ferramentas. O reator deverá estar em local de
fácil acesso.
• A CONTRATADA executará os trabalhos complementares ou correlatos da
instalação elétrica, tais como abertura e recomposição de rasgos e arremates
decorrentes da execução dos serviços.
• Todo o aparelho de iluminação deverá apresentar, marcado em local visível,
as seguintes informações:
o Nome do fabricante ou marca registrada;
o Tensão de alimentação;

66
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

o Potências máximas dos dispositivos que nele podem ser instalados


(lâmpadas, reatores, etc.).

Disjuntores

• Os disjuntores deverão ter dupla proteção, compreendendo dois sistemas


independentes em cada pólo, um térmico para proteção de sobrecarga e outro
magnético para proteção de curto-circuito.
• Salvo indicação em contrário, serão em caixa moldada de material termofixo
de alta rigidez dielétrica com estrutura especialmente adequada para resistir a
altas temperaturas e absorver os esforços eletrodinâmicos desenvolvidos
durante o curto-circuito.
• Deverão possuir disparo livre, isto é, ocorrendo uma situação de sobrecarga
ou curto circuito, o mecanismo interno provoca o desligamento do disjuntor.
Este disparo não pode ser evitado mesmo mantendo-se o manipulador preso
na posição ligado.
• Deverão ser providos de câmara de extinção de arcos elétricos assegurando a
interrupção da corrente, propiciando maior vida útil dos seus contatos. Os
contatos principais do disjuntor deverão ser fabricados em prata-tungstênio
ou equivalente que suporte elevada pressão de contato, ofereça mínima
resistência à passagem de corrente elétrica e máxima durabilidade.
• Deverão possuir a corrente nominal, nº de pólos e capacidade de interrupção
que atendam ao projeto, e também às prescrições da norma NBR-5361 -
Disjuntor de baixa tensão - Especificação.

4.9.4 Normas De Serviço

Eletrodutos

• A instalação dos eletrodutos será feita por meio de luvas e as ligações dos
mesmos com as caixas, com arruelas e buchas.

67
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• As caixas deverão ser fixadas de modo firme e permanente às estruturas,


presas as pontas dos eletrodutos por meio de arruelas de fixação e buchas
apropriadas, de modo a obter uma ligação perfeita e de boa condutibilidade
entre todos os eletrodutos e respectivas caixas; deverão também ser providas
de tampas apropriadas, com espaço suficiente para abrigar os condutores e
suas emendas com folga dentro das caixas, depois de colocadas as tampas.
• Os eletrodutos deverão ser cortados perpendicularmente ao seu eixo
longitudinal, conforme disposição da NBR 5410.
• O curvamento dos eletrodutos deverá ser executado de tal forma que não
haja enrugamento, amassaduras, avarias do revestimento ou redução do
diâmetro interno dos mesmos.
• As roscas de eletrodutos ou acessórios deverão ser executadas segundo o
disposto na NBR 6414 - Rosca para Tubos onde a Vedação é feita pela
Rosca – Designação, Dimensões e Tolerâncias. O corte deverá ser feito
aplicando as ferramentas na seqüência correta e, no caso de cossinetes, com
ajuste progressivo.
• O rosqueamento deverá abranger, no mínimo, cinco fios completos de rosca.
Após a execução das roscas, as extremidades deverão ser limpas com escova
de aço e escareadas para a eliminação de rebarbas.
• Os eletrodutos ou acessórios que tiverem as roscas sem o mínimo de 5
(cinco) voltas completas ou fios cortados deverão ser rejeitados, mesmo que
a falha não se situe na faixa de aperto. Deverão ser utilizadas graxas
especiais nas roscas, a fim de facilitar as conexões e evitar a corrosão.
• A fixação dos eletrodutos metálicos flexíveis não embutidos será feita por
suportes ou braçadeiras. Os eletrodutos metálicos flexíveis serão fixados às
caixas por meio de conexões apropriadas tipo Box curvos ou retos, através
de buchas e arruelas, prendendo os tubos por pressão do parafuso.

Condutores

• A enfiação de fios e cabos deverá ser precedida de conveniente limpeza dos


eletrodutos, com ar comprimido ou com passagem de bucha embebida em

68
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

verniz isolante. Para auxiliar a enfiação deve ser utilizado guia, arame ou
fita metálica.
• As ligações de condutores aos bornes de aparelhos e dispositivos deverão
obedecer aos seguintes critérios:
o cabos e cordões flexíveis, de seção igual ou menor que 4 mm², terão
as pontas dos condutores previamente endurecidas com solda de
estanho;
o condutores de seção maior que 4 mm² serão ligados, sem solda, por
conectores de pressão ou terminais de compressão.
• Os condutores deverão ser identificados com o número do circuito por meio
de indicadores, firmemente presos a estes, em caixas de junção, chaves e
onde mais se faça necessário.

• As emendas dos cabos de isolamento até 1.000V serão feitas com conectores
de pressão ou luvas de aperto ou compressão. As emendas, exceto quando
feitas com luvas isoladas, deverão ser revestidas com fita de autofusão. A
espessura da reposição do isolamento deverá ser igual ou superior à camada
isolante do condutor.

Quadros de Distribuição

• Os quadros deverão ser nivelados e aprumados. Os diversos quadros de uma


área deverão ser perfeitamente alinhados e dispostos de forma a apresentar
conjunto esteticamente ordenado.
• A fixação dos eletrodutos aos quadros será feita por meio de buchas e
arruelas roscadas ou outras conexões adequadas. Após a conclusão da
montagem, da enfiação e da instalação de todos os equipamentos, deverá ser
feita medição do isolamento, cujo valor não deverá ser inferior ao
preconizado pela NBR 5410.
• Os barramentos de fase serão protegidos por um espelho isolante em acrílico
transparente fixado sobre isoladores da chapa de montagem por porcas e
arruelas niqueladas. Os barramentos de fase e neutro deverão ser fixado

69
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

sobre isoladores epóxi e possuir número de saídas equivalente ao número de


disjuntores que podem ser instalados.
• O barramento de terra deverá ser fixado diretamente na estrutura metálica do
quadro, sem isoladores, e possuir número de saídas equivalente ao número
de disjuntores que podem ser instalados e uma entrada com capacidade de
conexão do terra geral de entrada do quadro.

Luminárias

• As partes de vidro dos aparelhos deverão ser montadas de forma a oferecer


segurança, com espessura adequada e arestas expostas, lapidadas, de forma a
evitar cortes quando manipuladas.
• Os aparelhos destinados a ficarem embutidos deverão ser construídos em
material incombustível e que não seja danificado sob condições normais de
serviço. Seu invólucro deve abrigar todas as partes vivas ou condutores de
corrente, condutos, porta - lâmpadas e lâmpadas.
• Quanto a fiação, as ligações entre os terminais das lâmpadas e o
equipamento auxiliar de partida rápida deverão ser feitas com cabos de cobre
eletrolítico de 0,75mm² no mínimo, o rabicho para ligação externa deverá ser
feito com cabo tripolar, de 3x1,5mm².
• Todos os quadros deverão ser equipados com os disjuntores e demais
equipamentos conforme especificações do projeto. Todos os cabos deverão
ser distribuidos no interior dos quadros utilizando-se canaletas, fixadores e
abraçadeiras e serão identificados com marcadores apropriados para tal fim.
• As ligações dos condutores aos bornes dos aparelhos e dispositivos serão
feitas de modo a assegurar resistência mecânica adequada e contato elétrico
perfeito e permanente, sendo que os fios de quaisquer seções serão ligados
por meio de terminais adequados.
• Os condutores devem ser instalados de forma a não sofrer esforços
mecânicos incompatíveis com sua resistência ou com a do isolamento ou
revestimento. Nas deflexões os condutores serão curvados segundo raios
iguais ou maiores que os raios mínimos admitidos para seu tipo.

70
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Todas as partes danificadas, bem como piso, paredes, forros e lajes, serão
recompostos, inclusive pintura, deixando as superfícies com acabamento sem
defeito.
• As emendas dos circuitos deverão estar dentro das caixas de derivação ou de
equipamentos (tomadas, interruptores e outros). Usar solda 50/50, fita
autofusão com espessura mínima de 0,76 mm e fita isolante em PVC, não
propagadora de chama, com espessura mínima de 0,18 mm.

4.10 Instalações de Cabeamento Estruturado

4.10.1 Memória Descritiva e Justificativa

Para satisfazer as necessidades de um serviço adequado de voz e dados para o


edifício, o projeto de instalações de Cabeamento Estruturado prevê um total de 41
tomadas RJ-45, já inclusos os pontos destinados a telefones, e previsão de 1 tomada
para ponto de acesso (AP-Access Point) para rede local sem fio (WLAN – Wireless
Local Area Network). As tomadas estão distribuídas nos ambientes de acordo com a
tabela abaixo:

Estações de trabalho (quantidade)


Quantidade de
Ambiente Repetições Tomadas RJ-45
(Dados + Voz)
Leitura* 1 8
Laboratório de informática 1 14
Sala de reunião de professores 1 5
Diretoria 1 2
Secretaria, Orientação 1 8
Recepção 1 2
Pátio* 1 2
Total 41

71
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Obs.: *Haverá uma caixa de reserva nesse ambiente para uma tomada coaxial de
antena de TV conforme especificado em planta baixa.

Para o dimensionamento de necessidades de tráfego de dados no edifício, como


não houve especificação do solicitante, foram utilizadas premissas históricas e
estatísticas. Em um estudo de pior caso, foi considerado que todos os pontos sejam
usados simultaneamente para computadores, e operando a uma taxa média de tráfego de
50 kbps. A infra estrutura de rede foi projetada para as necessidades do edifício, de
acordo com o número de pontos por ambiente. Abaixo temos a distribuição de tráfego
para cada "rack":

Rack Repetições Tráfego total (kbps)


Leitura 1 400
Laboratório de informática 1 700
Sala de reunião de professores 1 250
Diretoria 1 100
Secretaria, Orientação 1 400
Recepção 1 100
Pátio 1 100
Total 2050

4.10.1.1 Cabeamento Vertical (Rede Primária)

O cabeamento vertical, doravante chamado de Rede Primária é concentrado no


único rack do projeto, localizado na sala de equipamentos.

A Central Privada de Comutação Telefônica - CPTC ou Private Automatic


Branch eXchange – PABX poderá ser especificada pela contratante por um outro
diferente do especificado pelo projeto, de acordo com as necessidades do edifício, desde
que possua capacidades e funcionalidades iguais ou superiores

72
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.10.1.2 Cabeamento Horizontal (rede Secundária)

O cabeamento a ser instalado constituir-se-á de cabos par trançados (UTP) não


blindados, de 4 pares, 100 Ohms, 24 AWG, Categoria 6 que interligará o armário de
distribuição (“rack“) existente, descritos acima, aos pontos de tomadas dos usuários.

Sob hipótese alguma os cabos UTP poderão ficar à mostra quando conduzidos
em leitos, eletrocalhas e eletrodutos, mesmo que na junção dessas estruturas. Assim
como os cabos UTP não podem compartilhar com cabos elétricos em uma mesma
estrutura.

No segmento horizontal será necessário a crimpagem dos 4 pares dos cabos,


possibilitando, futuramente, que cada tomada de voz possa vir a suportar dados.
Portanto, cada tomada RJ-45 terá um cabo dedicado de 4 pares conduzido até o armário
de distribuição (“rack”).

4.10.1.3 Área de Trabalho

Os pontos de saída junto aos postos de trabalho serão em tomadas modulares de


8 (oito) vias, com contatos banhados a ouro na espessura mínima de 30 µm, padrão RJ-
45.
A ligação de todos os conectores RJ-45 nas pontas dos cabos deverá obedecer ao
padrão T568A da norma EIA/TIA 568 para uso dos computadores no padrão Ethernet
10BaseT com taxa de transmissão a 10Mbps.

4.10.1.4 Administração

Todas as tomadas deverão ser identificadas por etiquetas adequadas, com


proteção plástica, para não permitir seu descoramento, em coerência com sua ligação e
conforme padrão de identificação.

73
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Os cabos UTP que alimentam os pontos nas tomadas deverão ter a mesma
identificação dos pontos, a qual deverá estar visível no armário de distribuição (“rack”).

4.10.2 Fontes de Consulta

Para elaboração deste projeto foi consultada a seguinte bibliografia:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos


Federais. SEAP - Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio;
• Normas da ABNT
• NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA;
• Modelo CEPLAN–UnB para Padronização de Pranchas.
• TIA/EIA 568 B.1 – Commercial Building Telecommunications Wiring.
General Requirements (Requisitos Gerais)
• TIA/EIA 568 B.2 – Commercial Building Telecommunications Wiring.
Balanced Twisted Pair Cabling Components (Componentes do Cabeamento
de Par Trançado Balanceado)
• TIA/EIA 568 B.3 – Commercial Building Telecommunications Wiring.
Optical Fibre Cabling Components Standard (Padrão de componentes do
cabeamento de fibra óptica);
• TIA/EIA 569 A – Commercial Building Standards for the
Telecommunications Pathways and Spaces.
• TIA/EIA 606 – Administration Standards for the Telecommunications
Infrastructure of Commercial Buildings.
• NBR 14565 – Procedimento básico para elaboração de projetos de
cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada.

4.10.3 Diretrizes

A execução das instalações de cabeamento estruturado deverá obedecer às


seguintes Instruções, Normas e Práticas Complementares:

74
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais


Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio – SEAP;
• Normas da ABNT e do INMETRO;
• TIA/EIA 568 B.1 – Commercial Building Telecommunications Wiring.
General Requirements (Requisitos Gerais)
• TIA/EIA 568 B.2 – Commercial Building Telecommunications Wiring.
Balanced Twisted Pair Cabling Components (Componentes do Cabeamento
de Par Trançado Balanceado)
• TIA/EIA 568 B.3 – Commercial Building Telecommunications Wiring.
Optical Fibre Cabling Components Standard (Padrão de componentes do
cabeamento de fibra óptica);
• TIA/EIA 569 A – Commercial Building Standards for the
Telecommunications Pathways and Spaces.
• TIA/EIA 606 – Administration Standards for the Telecommunications
Infrastructure of Commercial Buildings.
• NBR 14565 – Procedimento básico para elaboração de projetos de
cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada.
• A execução das instalações de Cabeamento Estruturado deverá ser feita por
instalador legalmente habilitado e qualificado.
• As normas dos fabricantes de equipamentos ativos e materiais deverão ser
seguidas quanto ao carregamento, transporte, descarregamento,
armazenamento, manuseio e instalações.
• A execução de toda a instalação de Cabeamento Estruturado, conforme
projeto fornecido, deverá ser realizada com fornecimento e instalação de
todo material necessário, inclusive o cabo, e em observância aos pontos
assinalados em planta.
• Todas as notas nas pranchas também deverão ser obedecidas.

75
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.10.4 Normas de Serviço

Estas Normas de Serviço têm por objetivo a execução e fiscalização das obras. Com
esse objetivo, as seguintes prescrições deverão ser observadas:

• Todos os acessórios necessários para a junção das eletrocalhas, tais como:


junções simples ou articuladas, curvas, cruzetas, reduções, dentre outros,
deverão ser aparafusados e não rebitados.
• No cabeamento horizontal os cabos vindos das tomadas devem chegar nas portas
traseiras dos patch panels. Tais cabos serão amarrados, formando um feixe, o
qual deverá ser fixado aos guias verticais das estruturas laterais dos armários de
distribuição (“rack”).
• Os módulos de conexões de distribuição (patch panel) deverão ser identificados
por cores. O painel do cabeamento horizontal (estações/usuários) terá o código
azul.
• Os painéis com cor azul deverão apresentar etiquetas para identificação dos
terminais RJ-45 no CRAD. A conexão entre blocos azuis e equipamentos ativos
da rede, deverá ser feita com cordões flexíveis categoria 6 (patch cords).
• Recomenda-se a utilização de caixas de passagem para cabeamento de
comunicação apenas em lances retos, dando-se preferência nas mudanças de
direção à utilização de curvas longas com eletrodutos, até o total de duas curvas.
• Em todas as instalações, as caixas comuns, quadradas e retangulares, serão
exclusivamente metálicas, em chapa de aço galvanizado a quente, interna e
externamente, #16 MSG, com olhais para assegurar a fixação de eletrodutos e
com as dimensões prescritas no projeto.
• A emenda entre os eletrodutos será feita por meio de luvas. As curvas para
eletrodutos serão pré-fabricadas, não sendo admitida improvisação de curvas na
obra.
• As ligações de eletrodutos com quadros e caixas serão feitas através de buchas e
arruelas. Arruelas e buchas serão exclusivamente metálicas, de ferro galvanizado
ou de liga especial de Al, Cu, Zn e Mg. Essas conexões quando expostas ao
tempo, serão de material cadmiado.

76
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• A contratada, antes do recebimento provisório, deverá proceder aos testes de


desempenho de todo o cabeamento (certificação), com vistas à comprovação da
conformidade com a norma EIA/TIA 568, no que tange a: Continuidade;
Polaridade; Identificação; Curto-circuito; Atenuação; NEXT (Near End
Crosstalk – diafonia); Atraso de propagação.
• Para realizar a certificação deverão ser utilizados dispositivos de análise de
cabos metálicos como Scanners e Injetores. A contratada deve apresentar os
relatórios gerados pelos dispositivos, datados e rubricados pelo responsável
Técnico da obra.
• Não serão aceitos testes por amostragem. Todos os ramais deverão ser testados,
na extremidade da tomada e na extremidade do painel distribuidor (bidirecional).

4.10.5 Considerações Gerais

Access point opcional

Fica a critério do contratante a decisão de instalar ou não um ponto de


acesso de rede sem fio (Wireless Access Point). O Access Point (AP) deverá ser
compatível com o padrão IEEE 802.11g com capacidade de transmissão de, no
mínimo, 54 MBps. O alcance do AP geralmente é maior que 15 metros, portanto
é necessário que o administrador da rede tome as devidas providências de
segurança da rede.

A tecnologia wireless (sem fios) permite a conexão entre diferentes


pontos sem a necessidade do uso de cabos - seja ele telefônico, coaxial ou ótico -
por meio de equipamentos que usam radiocomunicação (comunicação via ondas
de rádio) ou comunicação via infravermelho. Basicamente, esta tecnologia
permite que sejam conectados à rede os dispositivos móveis, tais como
notebooks e laptops, e computadores que possuem interface de rede sem fio.

Sugere-se que o AP seja instalado na parede da sala de reuniões próximo


à tomada RJ-45 em nível alto (próximo ao teto, conforme detalhe na prancha).

77
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Mesmo que a opção seja a não instalação do AP, a tomada alta da sala de
reuniões deverá ser instalada como previsão de aquisição do dispositivo em
algum momento futuro.

Ligações de rede

Uma vez instalada a infra-estrutura (Cabeamento Estruturado), fica a


cargo do administrador da rede a instalação, configuração e manutenção da rede
(computadores e telefonia). Como um exemplo da forma de instalação, sugere-se
que, no armário de telecomunicações (rack), os ramais telefônicos provenientes
do PABX sejam ligados na parte traseira do bloco 110. Os dois painéis (patch
panels) superiores devem ser usados para fazer espelhamento do switch, ou seja,
todas as portas do switch serão ligadas nas partes traseiras dos patch panels. Os
dois patch panels inferiores receberão os pontos de usuários. Serão utilizados
cabos de manobra (patch cords RJ-45/RJ-45 e RJ-45/110) para ligação dos
pontos de usuários com os ramais telefônicos ou rede de computadores.

Conexão com a Internet

Para estabelecer conexão com a Internet, é preciso que o serviço seja


fornecido por empresas fornecedoras/provedoras de Internet. Atualmente,
existem disponíveis diversos tipos de tecnologias de conexão com Internet,
como, por exemplo, conexão discada, ADSL, ADSL2, cable (a cabo), etc. Deve
ser consultado na região quais tecnologias estão disponíveis e qual melhor se
adapta ao local.

O administrador da rede é responsável por definir qual empresa fará a


conexão e a forma como será feita. O administrador também tem total liberdade
para definir como será feito o acesso pelos computadores dentro do edifício.

78
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Segurança da rede

Devem ser montados sistemas de segurança e proteção da rede. Sugere-se


que o acesso à Internet seja feita através de servidor centralizado e sejam
instalados Firewall, Servidores de Proxy, Anti-Virus e Anti-Malware e outros
necessários. Também devem ser criadas sub-redes virtuais para separação de
computadores críticos de computadores de uso público.

Ligações de TV

As ligações de TV foram projetadas para o uso de uma antena externa do


tipo "espinha de peixe", ligando os pontos através de cabo coaxial. A antena
deve ser ajustada e direcionada de forma a conseguir melhor captação do sinal.
Caso não haja disponibilidade deste tipo de antena, esta poderá ser substituída
por equivalente, com desempenho igual ou superior.

No caso do prédio estar localizado em região cuja recepção do sinal de


TV seja de má qualidade, deverá ser contratado o serviço de TV via satélite
(antena parabólica) ou a cabo. A instalação ficará como responsabilidade da
empresa contratada, assim como a garantia da qualidade do sinal de TV
recebido.

4.11 Instalações de SPDA

4.11.1 Memória Descritiva e Justificativa

Trata-se do projeto de um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas


(SPDA) para a construção de Creches do Programa Pró Infância – FNDE em todo o
território Nacional. Este projeto foi elaborado com dados estatísticos e níveis cerâunicos
de Brasília, tendo em vista que, em média, estes são superiores aos demais níveis de
descargas atmosféricas observadas no restante do País.

79
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

O projeto é constituído dos seguintes subsistemas:

4.11.1.1 Malhas e condutores

Malha de captação (pavimento cobertura) em torno de toda a edificação, através


de cordoalha de cobre nu de #35mm².

Condutor #50 mm² interligando a barra LEP (ligação equipotencial principal) ao


anel de aterramento em um ponto por meio de solda exotérmica.

Condutor #35 mm² interligando a malha de captação às estruturas metálicas do


telhado, quando for o caso da utilização deste material, tais como terças, treliças,
banzos, etc. Tais conexões serão executadas por meio de solda exotérmica.

Condutores isolados interligando a barra de LEP à barra de terra dos quadros de


distribuição.

4.11.1.2 Subsistema de aterramento

O método deste subsistema de aterramento é a utilização de captores naturais


aproveitando-se a infra-estrutura das fundações e das vigas baldrames; sempre se
utilizando de ferros adicionais à estrutura, portanto a medição da resistência do
aterramento é desnecessária como prescrito na NBR 5419/2001.

Os condutores serão interligados por solda exotérmica (cabo x cabo, cabo x aço
galvanizado) ou por meio de vinculo mecânico aço x aço – ver detalhes na prancha PE-
PR 02/02.

80
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.11.1.3 Detalhes do SPDA

A execução das instalações componentes do SPDA será feita de acordo com o


projeto específico em obediência à norma NBR 5419/2001 da ABNT que rege o
assunto.

O sistema de proteção projetado é baseado no método dos condutores em malha


ou gaiola (Método Faraday) cujos componentes são descritos a seguir.

Captores

Os captores serão constituídos por condutores de cobre nu, têmpera dura,


35 mm², no perímetro externo das coberturas das edificações e interligando-se
entre si formando uma malha (Método de Faraday) – ver prancha PE-PR 01/02.

Para assegurar a continuidade elétrica, os captores deverão estar


rigidamente interligados; a ligação deve ser assegurada, sendo necessário
conectá-los em vários pontos através de uma cordoalha de cobre nu de #35mm²,
soldando-se nas duas extremidades às partes metálicas e deixando-se uma folga
de 20cm. O tipo de conexão será através de solda exotérmica ou conectores
apropriados, conforme detalhado no projeto (prancha PE-PR 02/02).

Condutores de Descida

Em cada pilar, nos pontos de descida indicados em planta por setas


descendentes, será embutida, antes da concretagem, uma barra circular de aço
galvanizado a fogo de Ø10mm, aflorando 25 cm na extremidade superior para
ligação à malha de captação da cobertura e 50 cm na extremidade inferior para
ligação às ferragens das fundações e das vigas baldrames. Os vergalhões
pertencentes às estruturas deverão ser interligados entre si e conectados aos
elementos do SPDA, conforme mostrado no projeto – ver prancha 02/02.

81
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Caso as estruturas dos prédios sejam pré-fabricadas, a empresa contratada


para tal deverá ser alertada para as inclusões destas barras de aço adicionais em
suas peças de concreto (pilares, vigas, etc).

Condutores de Aterramento

Haverá um anel circundante no prédio conforme mostrado em planta – ver


prancha 02/03. Os condutores de aterramento serão constituídos por uma barra
circular de aço galvanizado a fogo de Ø10mm, embutidos nas vigas baldrames
antes da concretagem. Este anel se interligará às ferragens das fundações (blocos
e estacas ou tubulões), que também possuirão barras de aço galvanizado
embutidas até o seu final, ou no mínimo com 3,0 m (três metros) de
profundidade.

4.11.1.4 Informações complementares

Para manter o mesmo potencial elétrico entre as massas, estas deverão ser
aterradas, através de conexão ao condutor de equipotencialidade ou barra de
aterramento do quadro de equipotencial de terra (caixa de LEP), os seguintes
componentes:

• Rede de eletrocalhas e perfilados metálicos dos circuitos elétricos internos


das edificações;
• Rede de eletrocalhas metálicas e perfilados do sistema de cabeamento
estruturado;
• Carcaças dos aparelhos de ar condicionado, assim como os seus dutos
metálicos;
• Tubulações metálicas de água, de um modo geral;
• Carcaças das bombas dágua e componentes metálicos a elas associados;
• Partes metálicas dos quadros de distribuição (QD), quadros de aterramento
(QA), racks, etc;

82
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• As barras de neutro e de terra serão vinculadas apenas no QGBT;


• O aterramento das instalações telefônicas será interligado ao sistema de
aterramento das instalações elétricas e ao SPDA por uma cordoalha de cobre
nu, têmpera dura, 50mm² de seção.

4.11.2 Normas Técnicas e Fontes de Consulta

• NBR 5419/2001 – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas;


• Norma Técnica n° 001/2002-CBMDF
• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais
– SEAP – Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio.

4.12 Instalações de Ar Condicionado

4.12.1 Memória Descritiva e Justificativa

O projeto de climatização ativa para as instalações do FNDE-Proinfância


justifica-se pela necessidade de atendimento às condições de conforto em locais
específicos, as quais não alcançadas apenas por ventilação natural.

Dentre as alternativas tecnológicas para a climatização, no presente projeto,


considerando-se as limitações orçamentárias e as dificuldades logísticas de aquisição de
certos componentes, optou-se pela utilização soluções simples e de baixo custo. Tais
soluções foram aplicadas da seguinte forma:

• Sala de informática, sala de reunião de professores e sala de diretoria:


adoção de equipamentos simples de janela;
• Demais locais: adoção de ventiladores de teto.

83
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.12.1.1Sala de informática

Na sala de informática, a fim de atender a premissa econômica do projeto, sem


negligenciar a necessidade de coerência com os cálculos de carga térmica do ambiente,
foi adotada a solução de condicionamento do ar por meio de aparelho de janela,
devidamente instalado e equipado com chave de exaustão.

Para garantir a eficiência de toda e renovação de ar faz-se necessário o


funcionamento do equipamento sempre com a chave de exaustão aberta, permitindo
desta forma que o ar no local possa ser renovado com a exaustão do ar viciado.

Por questões de segurança, a abertura de montagem do aparelho deverá dispor


de uma gaiola de ferro chumbada às paredes, com dimensões que permitam a instalação
adequada do aparelho (vide detalhes em prancha).

Na sala de informática em especial, a fixação da grade de segurança terá três


pares de apoios: os apoios direito e esquerdo superior que serão “orelhas” de chapa 3
mm ou similar soldadas na gaiola e aparafusadas na esquadria chegando até a alvenaria;
os apoios direito e esquerdo inferiores feitos através de encurvamento lateral da
esquadria da grade e posterior chumbamento da mesma à parede; por fim, os apoios
direito e esquerdo em “mãos francesas” que deverão contar com encurvamento da
extremidade chumbada à parede (vide prancha de detalhes).

O aparelho deverá ser alocado em um caixilho de madeira devidamente


confeccionado, em obediência às normas do fabricante e respeito à inclinação
aproximada especificada (2 a 5 graus - vide detalhes em prancha).

Na sala de computadores em especial, como o aparelho será alocado em


esquadria, o caixilho contará com quatro pontos de apoio: direito e esquerdo superiores,
sendo estes barras metálicas do mesmo material da grade contando com “orelhas de
chapa” 3 mm ou similar soldadas às extremidades para aparafusamento no caixilho e na
esquadria (bucha e parafuso neste caso), chegando até a alvenaria; direito e esquerdo

84
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

inferiores que serão parafusos (parafuso e bucha) atravessando a esquadria e chegando


até a alvenaria.

Os espaços (folgas) existentes entre o caixilho do aparelho e as esquadrias da


janela onde o mesmo será instalado devem ser preenchidos com material isolante, de
forma a permitir o mínimo possível de passagem de ar ou transferência de calor.

No caso especial da sala de informática, onde o aparelho será instalado em uma


esquadria de janela, a grade de segurança deverá ser confeccionada de forma que
ofereça também suporte mecânico à parte posterior do aparelho para que não seja
transmitido qualquer esforço da parte superior do caixilho ao isolamento ou à parte
superior da esquadria.

Recomenda-se que a parte do aparelho interior ao ambiente seja contornada por


moldura de madeira ou material similar, a fim de auxiliar na vedação do ambiente.

A condução do dreno de condensado deverá de forma simples ser composta em


tubulação por mangueira de PVC flexível presa à conexão do aparelho por abraçadeira
simples, afixada por abraçadeiras de copo às paredes, de forma a desaguar em gramado.

4.12.1.3 Sala de reunião de professores e diretoria

Todas as observações citadas acima para instalação do aparelho da sala de


informática devem ser seguidas da mesma forma para a sala de reunião de professores e
diretoria, excetuando-se o fato que nestes ambientes aqui citados, os aparelhos serão
alocados em caixilho chumbado à parede, ao invés de serem alocados em esquadria de
janela.

Os aparelhos deverão ser alocados em um caixilho de madeira devidamente


confeccionado, em obediência às normas do fabricante e respeito à inclinação
aproximada (de dois a cinco graus vide detalhe em prancha) especificada.

85
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

As gaiolas de segurança anti-furto serão confeccionadas de forma semelhante à


sala de informática, com o diferencial de que os pontos de fixação superior e inferior
deverão ser feitos da mesma forma: através do encurvamento da barra metálica e
posterior chumbamento à parede (ver prancha de detalhes). As dimensões da gaiola da
sala de professores e da diretoria serão diferentes, uma vez que os aparelhos possuem
dimensões diferentes.

Os caixilhos deverão ser confeccionados com base nas medidas exatas dos
gabinetes dos aparelhos, sendo posteriormente chumbados à parede por meio de massa,
de forma a oferecer tanto função de apoio mecânico ao aparelho, como função de
vedação ao ambiente. Nestes ambientes em especial, os aparelhos contam com vaga
própria pré-dimensionada.

A fixação dos caixilhos destes dois ambientes será feito por meio de “alças” de
aço chapa 4 mm ou similar aparafusadas no caixilho (sendo duas na parte superior e
duas na parte inferior, conforme especificado em prancha de detalhes e planta baixa)
chumbadas à parede.

A drenagem de condensado na sala de reunião de professores deverá ser feita da


mesma forma que na sala de informática. Na sala de diretoria, o dreno deverá possuir
duas etapas de tubulação: a primeira, feita de PVC flexível saindo do aparelho, presa
por abraçadeira simples e a segunda unida à primeira por meio de conector de PVC e
adesivo epóxi ou similar, deverá seguir rente à parede, com três pontos de fixação e
passará a ser subterrânea, seguindo horizontalmente até encontrar a calha de águas
pluviais localizada no pátio principal.

4.12.2 Fontes de Consulta

Para elaboração deste projeto foi consultada a seguinte bibliografia:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos


Federais. SEAP - Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio;

86
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• Normas da ABNT
• NBR 6401 – Instalações de Condicionamento de Ar – Procedimento;
• NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico;
• Normas Internacionais
• Normas ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air
Conditioning Engineers): ASHRAE Standard 62/1989 – Ventilation for
Acceptable Indoor Air Quality);
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e
Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA;
• Modelo CEPLAN–UnB para Padronização de Pranchas.

4.12.3 Diretrizes

A execução das instalações de ar condicionado deverá obedecer às seguintes


Instruções, Normas e Práticas Complementares:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos


Federais. SEAP - Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio;
• Normas da ABNT
• NBR 6401 – Instalações de Condicionamento de Ar – Procedimento;
• NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico;
• Normas Internacionais
• Normas ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air
Conditioning Engineers): ASHRAE Standard 62/1989 – Ventilation for
Acceptable Indoor Air Quality);
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e
Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA;
• Modelo CEPLAN–UnB para Padronização de Pranchas.

87
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

4.12.4 Normas de Serviço

Estas Normas de Serviço têm por objetivo a execução e fiscalização das obras.

Com esse objetivo, as seguintes prescrições deverão ser observadas:

• A execução das instalações de ar condicionado deverá ser feita por instalador


legalmente habilitado e qualificado. As normas dos fabricantes de
equipamentos ativos e materiais deverão ser seguidas quanto ao
carregamento, transporte, descarregamento, armazenamento e manuseio.
Todas as normas técnicas citadas no item acima deverão ser estritamente
obedecidas. Todas as normas eventualmente citadas nas pranchas também
deverão ser obedecidas.
• A execução de toda a instalação de ar condicionado deverá, conforme o
projeto fornecido, ser realizada com fornecimento e instalação de todo o
material necessário e em observância aos pontos assinalados em planta.
Durante a montagem devem ser previstos pelas Contratadas suportes
provisórios de modo que a linha não sofra tensões exageradas e permitam
que esforços apreciáveis sejam transmitidos aos equipamentos, mesmo que
por pouco tempo. Somente será permitido soldar suportes ou equipamentos
(mesmos os provisórios) quando permitidos pela fiscalização da Contratante.
• Deverão ser fornecidas conexões flexíveis que vedem a passagem do ar em
todos os pontos onde os ventiladores e unidades de tratamento do ar forem
ligados aos dutos ou arcabouços de alvenaria e em outros locais
possivelmente indicados nos desenhos.
• A instalação da tubulação de dreno deverá ocorrer conforme o especificado
nas pranchas. Todos os sistemas de tubulação deverão ser limpos
internamente antes dos testes. A limpeza deverá ser realizada através de
bombeamento contínuo de água na tubulação, até que esta fique
completamente limpa.
• Toda a tubulação deverá ser livre de escorias, salpicos de solda, rebarbas, ou
materiais estranhos. Caso a limpeza da tubulação necessite ser realizada por

88
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

meios de produtos químicos, soluções de detergentes, básicos, etc., a mesma


deverá ser submetida à avaliação previa da Contratante. Após o termino, a
tubulação deverá ser completamente lavada com água para remover todos e
quaisquer traços desses produtos químicos.
• Especial cuidado deverá ser observado caso nas linhas estejam instalados
componentes. Durante a limpeza, deve ser tomado o cuidado para que as
pressões sejam sempre menores que a pressão de operação. O serviço deverá
ser feito até que seja constatada a limpeza total do sistema. A limpeza terá
que ser feita na presença da Contratante e a metodologia adotada,
previamente apresentada, deverá ser por ela aprovada. A Contratada
fornecerá todo o equipamento e pessoal necessário para a limpeza.
• Todos os equipamentos, após a montagem definitiva na obra, serão
submetidos a ensaios de funcionamento, em vazio, com carga nominal e com
sobrecarga. Deverão ser aplicadas as normas correspondentes (ver item
acima), bem como verificadas todas as características de funcionamento
exigidas nas especificações técnicas e nos desenhos de catálogos de
equipamentos ou de seus componentes. Deverá ser verificado se todos os
componentes (mecânicos ou elétricos) dos equipamentos trabalham nas
condições normais de operação, definidas naqueles documentos ou em
normas técnicas aplicáveis.
• Os aparelhos de janela deverão devidamente ser afixados nos caixilhos de
madeira e os espaços entre os caixilhos e as estruturas físicas do prédio,
quando existentes, devem ser preenchidos corretamente com material
isolante.

4.13 Instalações de Ventilação Mecânica

4.13.1 Memória Descritiva e Justificativa

O projeto de exaustão por ventilação mecânica para as instalações da área de


serviço do FNDE-Proinfância justifica-se pela necessidade de atendimento às condições

89
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

de purificação e renovação do ar, por se tratarem de ambientes de descarga de gases


nocivos, provenientes da queima do GLP, e partículas de resíduos alimentares.

Dentre as alternativas tecnológicas para a exaustão de ar no presente projeto, a


solução escolhida foi exaustão dutada, impulsionada por ventilação mecânica de
exaustores axiais. Esta solução é adotada para os dois pontos onde se faz necessário
instalações de exaustão, são eles:

• Cozinha principal;
• Lactário;

4.13.1.1 Cozinha principal

Na cozinha principal o ponto de maior emissão de resíduos se localiza sobre um


fogão de seis saídas e, portanto, maior necessidade de uma exaustão eficiente. Neste
ponto será alocado um captador simples de exaustão tipo coifa “ilha” com descarga
ascendente e centralizada, dimensões de 60 cm por 90 cm e sem equipamento de
ventilação acoplado. O equipamento de captação deverá essencialmente contar com
filtro simples, conforme especificado pela contratada.

O captador de exaustão será centralizado e posicionado de forma a ter a maior


aresta no mesmo sentido que a maior aresta do fogão e possuirá altura em relação ao
piso de um metro a mais que a altura de topo do fogão.

O ar aspirado pelo captador será encaminhado ao meio externo por meio de uma
rede de dutos circular com diâmetro inicial de 19,5 cm iniciada no topo do captador que
seguirá verticalmente atravessando a laje (em ponto previsto de forma a não coincidir
com qualquer viga estrutural), onde por meio de um conector de curva seguido de um
alargador de seção passará a ser horizontal e ter diâmetro de 40 cm.

No ponto acima do panelário, onde a rede passará a ser ascendente novamente,


será alocado o equipamento de ventilação axial que forçará a exaustão, logo acima da

90
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

conexão de curva horizontal-vertical, a fim de facilitar eventual manutenção, sem expor


o equipamento ao meio externo ou à fachada do prédio.

O acionamento dos exaustores será comandado por interruptor simples


posicionado próximo ao panelário, encontrando-se melhor detalhado na prancha de
instalações elétricas.

O ar será descarregado ao meio externo por meio de uma boca de saída com tela
de proteção posicionada logo após a conexão de curva vertical-horizontal e conforme
especificado em prancha.

4.13.1.2 Lactário

No lactário, o ponto de necessidade da exaustão encontra-se sobre um fogão


simples de quatro saídas. Neste ponto, o captador utilizado para exaustão será, da
mesma forma que na cozinha, do tipo coifa com descarga ascendente lateralizada,
conforme consta na prancha, dimensões de 60 cm por 60 cm, da mesma forma que na
cozinha, sem equipamento de ventilação acoplado diretamente ao captador e provido de
filtro simples, também conforme especificado pela contratada.

O captador será, da mesma forma que na cozinha, posicionado a um metro da


altura de topo do fogão e será centralizado com o mesmo (vide prancha), porém a saída
lateralizada da rede de dutos (vide prancha) se dá pelo fato de que a localização do
centro do fogão está sobre uma viga estrutural, sendo portanto esta solução adequada
para que não haja a necessidade de maiores alterações no projeto estrutural.

O ar aspirado pelo captador será, da mesma forma que na cozinha, encaminhado


ao meio externo por meio de uma rede de dutos circular de diâmetro inicial 19,5 cm
iniciada no topo do captador em local previsto para acoplamento. O duto seguirá
verticalmente atravessando a laje, onde por meio de um conector de curva seguido de
um alargador de seção, passará a ser horizontal com diâmetro de 40 cm.

91
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

A rede passará a ser ascendente novamente acima do panelário, onde será


alocado o equipamento de ventilação axial que forçará a exaustão, logo acima da
conexão de curva horizontal-vertical, a fim de facilitar eventual manutenção, sem expor
o equipamento ao meio externo ou à fachada do prédio.

As observações para a saída do ar no duto seguem as notas de prancha e as


normas de instalação de tubulações e dutos industriais de fluxo. A saída deve possuir
uma tela de proteção, uma parte de cobertura para proteção da água da chuva e não deve
ser obstruída.

4.13.2 Fontes de Consulta

Para elaboração deste projeto foi consultada a seguinte bibliografia:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos


Federais. SEAP - Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio;
• CREDER, Helio. Instalações de Ar Condicionado
• MUSSON, B. R. e outros, Fundamentos da Mecânica dos Fluidos
• Normas ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air
Conditioning Engineers): ASHRAE Standard 62/1989 – Ventilation for
Acceptable Indoor Air Quality);
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA;
• Modelo CEPLAN–UnB para Padronização de Pranchas.

4.13.3 Diretrizes

A execução das instalações de ar condicionado deverá obedecer às seguintes


Instruções, Normas e Práticas Complementares:

• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos


Federais. SEAP - Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio;
• Normas da ABNT

92
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

• NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico;


• Normas Internacionais
• Normas ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air
Conditioning Engineers): ASHRAE Standard 62/1989 – Ventilation for
Acceptable Indoor Air Quality);
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e
Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA;

4.13.4 Normas de Serviço

• Estas Normas de Serviço têm por objetivo a execução e fiscalização das obras.
Com esse objetivo, as seguintes prescrições deverão ser observadas:
• A execução das instalações de ventilação mecânica deverá ser feita por
instalador legalmente habilitado e qualificado. As normas dos fabricantes de
equipamentos ativos e materiais deverão ser seguidas quanto ao carregamento,
transporte, descarregamento, armazenamento e manuseio. Todas as normas
técnicas citadas no item acima deverão ser estritamente obedecidas. Todas as
normas eventualmente citadas nas pranchas também deverão ser obedecidas.
• A execução de toda a instalação de exaustão deverá, conforme o projeto
fornecido, ser realizada com fornecimento e instalação de todo o material
necessário e em observância aos pontos assinalados em planta. Durante a
montagem devem ser previstos pelas Contratadas suportes provisórios de modo
que a linha não sofra tensões exageradas e permitam que esforços apreciáveis
sejam transmitidos aos equipamentos, mesmo que por pouco tempo.
• Deverão ser fornecidas conexões flexíveis que vedem a passagem do ar em
todos os pontos onde os ventiladores e unidades de tratamento do ar forem
ligados aos dutos ou arcabouços de alvenaria e em outros locais possivelmente
indicados nos desenhos.
• Toda a rede de dutos deverá ser livre de escorias, salpicos de solda, rebarbas, ou
materiais estranhos. Caso a limpeza da rede necessite ser realizada por meios de

93
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

produtos químicos, soluções de detergentes, básicos, etc., a mesma deverá ser


submetida à avaliação previa da Contratante. Após o termino, a tubulação deverá
ser completamente lavada com água para remover todos e quaisquer traços
desses produtos químicos.
• Especial cuidado deverá ser observado caso nas linhas estejam instalados
componentes. A limpeza terá que ser feita na presença da Contratante e a
metodologia adotada, previamente apresentada, deverá ser por ela aprovada. A
Contratada fornecerá todo o equipamento e pessoal necessário para a limpeza.
• Todos os equipamentos, após a montagem definitiva na obra, serão submetidos a
ensaios de funcionamento, em vazio, com carga nominal e com sobrecarga.
Deverão ser aplicadas as normas correspondentes (ver item acima), bem como
verificadas todas as características de funcionamento exigidas nas especificações
técnicas e nos desenhos de catálogos de equipamentos ou de seus componentes.
Deverá ser verificado se todos os componentes (mecânicos ou elétricos) dos
equipamentos trabalham nas condições normais de operação, definidas naqueles
documentos ou em normas técnicas aplicáveis.

5. Considerações Finais

O projeto ora apresentado pretende-se como uma primeira experiência de


elaboração de “Projetos de Referência” para edificações escolares, no âmbito de uma
parceria entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a
Fundação Universidade de Brasília (FUB).

O projeto assume, portanto, duas características de igual importância:

Em uma primeira vertente fornece ao Ministério da Educação meio de prover os


municípios brasileiros de instrumentos para melhoria na qualidade das edificações
escolares, com conseqüente melhoria na qualidade do ensino e redução de gastos de
recursos públicos.

94
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Em uma segunda vertente, agrega à primeira, o caráter formativo ao desenvolver


os citados projetos no meio acadêmico, não só aproveitando o conhecimento aí
acumulado como possibilitando aos alunos de nossos cursos de engenharia e arquitetura
um aprendizado baseado em projetos da prática do projeto de edificações.

Como uma primeira experiência, o trabalho desenvolvido nos últimos 5 meses


atingiu os objetivos inicialmente propostos e possibilitou a análise crítica do mesmo e
aprendizados a serem incorporados em futuras experiências.

Solicitações de informações, críticas e sugestões devem ser encaminhadas ao


Laboratório de Projetos do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da
Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (LabProjetos/FT/UnB) através do
endereço eletrônico labprojetos@unb.br ou no endereço:

Laboratório de Projetos
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
Faculdade de Tecnologia
Universidade de Brasília
Campus Universitário Darcy Ribeiro
Asa Norte
70910-900 Brasília – DF

Brasília, 26 de março de 2008

95
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

ANEXO A

LISTAS DE PRANCHAS

A-0
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Lista de Pranchas – Projeto Tipo A – 110 V

FUNDAÇÕES

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PB-FU-01/02 Locação de Estacas – Corte Genérico, Armação INDICADA
PB-FU-02/02 Locação das Sapatas – Corte Genérico, Armação das INDICADA
Sapatas

ESTRUTURA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-ES-01/23 Locação e Cargas 1:75
PE-ES-02/23 Forma do Pavimento Térreo 1:50
PE-ES-03/23 Forma do Pavimento Cobertura 1:50
PE-ES-04/23 Cortes – Prancha 1 1:50
PE-ES-05/23 Cortes – Prancha 2 1:50
PE-ES-06/23 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-07/23 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-08/23 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-09/23 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-10/23 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-11/23 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-12/23 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-13/23 Armação dos Pilares – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-14/23 Armação dos Pilares – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-15/23 Armação dos Pilares – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-16/23 Armação dos Pilares – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-17/23 Armação dos Pilares – Prancha 5 INDICADA
PE-ES-18/23 Armação dos Pilares – Prancha 6 INDICADA
PE-ES-19/23 Armação Complementar das Lajes – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-20/23 Armação Complementar das Lajes – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-21/23 Armação Complementar das Lajes – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-22/23 Armação Complementar das Lajes – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-23/23 Castelo D’ Água – Forma e Armação INDICADA

A-1
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

ARQUITETURA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AR-01/10 Locação 1:75
PE-AR-02/10 Planta Baixa 1:75
PE-AR-03/10 Planta Baixa 1:50
Bloco de atividades I e II, Serviços e Administração
PE-AR-04/10 Planta de Cobertura 1:75
PE-AR-05/10 Cortes 1:75
PE-AR-06/10 Fachadas 1:75
PE-AR-07/10 Castelo D’água 1:50
Planta – Cortes – Fachadas
PE-AR-08/10 Áreas Molhadas 1:25
Vistas
PE-AR-09/10 Planta Baixa e Detalhe 1:75
Paginação de pisos
PE-AR-10/10 Detalhes Gerais INDICADA
Mapa de esquadrias

INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AF-01/04 Pavimento Térreo – Castelo d’Água, Alimentador INDICADA
Predial, Bombas de Recalque – Planta Baixa, Vistas,
Cortes e Detalhes
PE-AF-02/04 Pavimento Térreo – Planta Baixa, Rede Enterrada de INDICADA
Distribuição de Água Fria – Colunas, Ramais e Sub-
Ramais – Detalhes
PE-AF-03/04 Pavimento Térreo – Vistas dos Blocos Creche I, II e 1:25
Serviços – Coluna de Distribuição AF-01 a AF-27
PE-AF-04/04 Pavimento Térreo – Vistas dos Blocos Creche III, 1:25
Multiuso e Administração – Coluna de Distribuição AF-
28 a AF-41

INSTALAÇÕES DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AP-01/02 Pavimento Térreo – Rede de Drenagem – Planta Baixa, INDICADA
Perfis Longitudinais e Detalhes
PE-AP-02/02 Cobertura – Telhado, Calhas e Condutores Verticais – INDICADA
Planta Baixa, Perfis Longitudinais e Detalhes

A-2
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

INSTALAÇÕES DE ESGOTOS SANITÁRIOS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-EG-01/06 Rede Geral – Planta Baixa e Perfil Longitudinal INDICADA

PE-EG-02/06 Creches II e I – Planta Baixa 1:25

PE-EG-03/06 Bloco de Serviços – Planta Baixa 1:25

PE-EG-04/06 Creche III – Planta Baixa 1:25

PE-EG-05/06 Bloco Multiuso – Planta Baixa 1:25

PE-EG-06/06 Bloco de Administração – Planta Baixa – Detalhes INDICADA

INSTALAÇÃO ELÉTRICA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-EL-01/08 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Creche I – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-02/08 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Pré-escola – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-03/08 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Multiuso – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-04/08 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Administração – Iluminação, tomadas, quadro de cargas
e diagrama unifilar
PE-EL-05/08 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Serviço – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-06/08 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:75
Alimentação dos quadros elétricos e locação das
luminárias das áreas externas
PE-EL-07/08 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:25
Castelo d’água e casa de bombas - Iluminação e tomadas
PE-EL-08/08 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico INDICADA
Detalhes

A-3
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

SPDA – SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA AS DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-PR 01/02 SPDA - Subsistema de Captação e Subsistema de 1:100
Aterramento
Planta baixa – Legenda - Notas
PE-PR 02/02 SPDA - Detalhes Básicos de Infra-estrutura INDICADA

CABEAMENTO ESTRUTURADO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-CE 01/02 Planta baixa, locação de pontos da rede estruturada e da 1:50
antena de TV
PE-CE 02/02 Detalhes básicos de infra-estrutura e cabeamento da INDICADA
rede estruturada

INSTALAÇÕES DE AR CONDICIONADO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AC-01/02 Locação de equipamentos 1:75
PE-AC-02/02 Detalhes 1:20

INSTALAÇÕES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-VM-01/01 Sistema de exaustão INDICADA

INSTALAÇÕES DE GÁS COMBUSTÍVEL

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-GC-01/01 Rede Geral – Planta Baixa e Detalhes – Pavimento INDICADA
Térreo

INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-IN-01/01 Extintores, Sinalização e Iluminação de Emergência – INDICADA
Planta Baixa e Detalhes

A-4
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Lista de Pranchas – Projeto Tipo A – 220 V

FUNDAÇÕES

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PB-FU-01/02 Locação de Estacas – Corte Genérico, Armação INDICADA
PB-FU-02/02 Locação das Sapatas – Corte Genérico, Armação das INDICADA
Sapatas

ESTRUTURA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-ES-01/23 Locação e Cargas 1:75
PE-ES-02/23 Forma do Pavimento Térreo 1:50
PE-ES-03/23 Forma do Pavimento Cobertura 1:50
PE-ES-04/23 Cortes – Prancha 1 1:50
PE-ES-05/23 Cortes – Prancha 2 1:50
PE-ES-06/23 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-07/23 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-08/23 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-09/23 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-10/23 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-11/23 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-12/23 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-13/23 Armação dos Pilares – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-14/23 Armação dos Pilares – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-15/23 Armação dos Pilares – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-16/23 Armação dos Pilares – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-17/23 Armação dos Pilares – Prancha 5 INDICADA
PE-ES-18/23 Armação dos Pilares – Prancha 6 INDICADA
PE-ES-19/23 Armação Complementar das Lajes – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-20/23 Armação Complementar das Lajes – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-21/23 Armação Complementar das Lajes – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-22/23 Armação Complementar das Lajes – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-23/23 Castelo D’ Água – Forma e Armação INDICADA

A-5
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

ARQUITETURA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AR-01/10 Locação 1:75
PE-AR-02/10 Planta Baixa 1:75
PE-AR-03/10 Planta Baixa 1:50
Bloco de atividades I e II, Serviços e Administração
PE-AR-04/10 Planta de Cobertura 1:75
PE-AR-05/10 Cortes 1:75
PE-AR-06/10 Fachadas 1:75
PE-AR-07/10 Castelo D’água 1:50
Planta – Cortes – Fachadas
PE-AR-08/10 Áreas Molhadas 1:25
Vistas
PE-AR-09/10 Planta Baixa e Detalhe 1:75
Paginação de pisos
PE-AR-10/10 Detalhes Gerais INDICADA
Mapa de esquadrias

INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AF-01/04 Pavimento Térreo – Castelo d’Água, Alimentador INDICADA
Predial, Bombas de Recalque – Planta Baixa, Vistas,
Cortes e Detalhes
PE-AF-02/04 Pavimento Térreo – Planta Baixa, Rede Enterrada de INDICADA
Distribuição de Água Fria – Colunas, Ramais e Sub-
Ramais – Detalhes
PE-AF-03/04 Pavimento Térreo – Vistas dos Blocos Creche I, II e 1:25
Serviços – Coluna de Distribuição AF-01 a AF-27
PE-AF-04/04 Pavimento Térreo – Vistas dos Blocos Creche III, 1:25
Multiuso e Administração – Coluna de Distribuição AF-
28 a AF-41

INSTALAÇÕES DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AP-01/02 Pavimento Térreo – Rede de Drenagem – Planta Baixa, INDICADA
Perfis Longitudinais e Detalhes
PE-AP-02/02 Cobertura – Telhado, Calhas e Condutores Verticais – INDICADA
Planta Baixa, Perfis Longitudinais e Detalhes

A-6
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

INSTALAÇÕES DE ESGOTOS SANITÁRIOS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-EG-01/06 Rede Geral – Planta Baixa e Perfil Longitudinal INDICADA

PE-EG-02/06 Creches II e I – Planta Baixa 1:25

PE-EG-03/06 Bloco de Serviços – Planta Baixa 1:25

PE-EG-04/06 Creche III – Planta Baixa 1:25

PE-EG-05/06 Bloco Multiuso – Planta Baixa 1:25

PE-EG-06/06 Bloco de Administração – Planta Baixa – Detalhes INDICADA

INSTALAÇÃO ELÉTRICA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-EL-01/08 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Creche I – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-02/08 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Pré-escola – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-03/08 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Multiuso – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-04/08 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Administração – Iluminação, tomadas, quadro de cargas
e diagrama unifilar
PE-EL-05/08 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Serviço – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-06/08 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:75
Alimentação dos quadros elétricos e locação das
luminárias das áreas externas
PE-EL-07/08 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:25
Castelo d’Água e casa de bombas - Iluminação e
tomadas
PE-EL-08/08 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico INDICADA
Detalhes

A-7
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

SPDA – SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA AS DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-PR 01/02 SPDA - Subsistema de Captação e Subsistema de 1:100
Aterramento
Planta baixa – Legenda - Notas
PE-PR 02/02 SPDA - Detalhes Básicos de Infra-estrutura INDICADA

CABEAMENTO ESTRUTURADO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-CE 01/02 Planta baixa, locação de pontos da rede estruturada e da 1:50
antena de TV
PE-CE 02/02 Detalhes básicos de infra-estrutura e cabeamento da INDICADA
rede estruturada

INSTALAÇÕES DE AR CONDICIONADO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AC-01/02 Locação de equipamentos 1:75
PE-AC-02/02 Detalhes 1:20

INSTALAÇÕES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-VM-01/01 Sistema de exaustão INDICADA

INSTALAÇÕES DE GÁS COMBUSTÍVEL

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-GC-01/01 Rede Geral – Planta Baixa e Detalhes – Pavimento INDICADA
Térreo

INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-IN-01/01 Extintores, Sinalização e Iluminação de Emergência – INDICADA
Planta Baixa e Detalhes

A-8
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Lista de Pranchas – Projeto Tipo B – 110 V

FUNDAÇÕES

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PB-FU-01/02 Locação de Estacas – Corte Genérico, Armação INDICADA
PB-FU-02/02 Locação das Sapatas – Corte Genérico, Armação das INDICADA
Sapatas

ESTRUTURA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-ES-01/28 Locação e Cargas 1:75
PE-ES-02/28 Forma do Pavimento Térreo – Parte 1 1:50
PE-ES-03/28 Forma do Pavimento Cobertura – Parte 1 1:50
PE-ES-04/28 Forma do Pavimento Térreo - Cobertura – Parte 2 1:50
PE-ES-05/28 Cortes – Prancha 1 1:50
PE-ES-06/28 Cortes – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-07/28 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-08/28 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-09/28 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-10/28 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-11/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-12/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-13/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-14/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-15/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 5 INDICADA
PE-ES-16/28 Armação dos Pilares – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-17/28 Armação dos Pilares – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-18/28 Armação dos Pilares – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-19/28 Armação dos Pilares – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-20/28 Armação dos Pilares – Prancha 5 INDICADA
PE-ES-21/28 Armação dos Pilares – Prancha 6 INDICADA
PE-ES-22/28 Armação dos Pilares – Prancha 7 INDICADA
PE-ES-23/28 Armação dos Pilares – Prancha 8 INDICADA
PE-ES-24/28 Armação Complementar das Lajes – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-25/28 Armação Complementar das Lajes – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-26/28 Armação Complementar das Lajes – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-27/28 Armação Complementar das Lajes – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-28/28 Castelo D’ Água – Forma e Armação INDICADA

A-9
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

ARQUITETURA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AR-01/11 Locação 1:75
PE-AR-02/11 Planta Baixa 1:75
PE-AR-03/11 Planta Baixa Creches I, II III Pátio Refeitório Multiuso 1:50
PE-AR-04/11 Planta Baixa Administração 1:50
PE-AR-05/11 Planta de Cobertura 1:75
PE-AR-06/11 Cortes 1:75
PE-AR-07/11 Fachadas 1:75
PE-AR-08/11 Castelo d’ Água – Planta Baixa – Cortes Fachadas 1:50
PE-AR-09/11 Áreas Molhadas Vistas 1:25
PE-AR-10/11 Planta Baixa Paginação de Pisos 1:75
PE-AR-11/11 Mapa de Esquadrias Detalhes Gerais INDICADA

INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AF-01/04 Pavimento Térreo – Castelo d’Água, Alimentador INDICADA
Predial, Bombas de Recalque – Planta Baixa, Vistas,
Cortes e Detalhes
PE-AF-02/04 Pavimento Térreo – Planta Baixa, Rede Enterrada de INDICADA
Distribuição de Água Fria – Colunas, Ramais e Sub-
Ramais – Detalhes
PE-AF-03/04 Pavimento Térreo – Vistas dos Blocos Creche I, II e 1:25
Serviços – Coluna de Distribuição AF-01 a AF-28
PE-AF-04/04 Pavimento Térreo – Vistas dos Blocos Creche III, 1:25
Multiuso, Administração e Serviços – Coluna de
Distribuição AF-29 a AF-52

INSTALAÇÕES DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AP-01/02 Pavimento Térreo – Rede de Drenagem – Planta Baixa, INDICADA
Perfis Longitudinais e Detalhes
PE-AP-02/02 Cobertura – Telhado, Calhas e Condutores Verticais – INDICADA
Planta Baixa, Perfis Longitudinais e Detalhes

A-10
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

INSTALAÇÕES DE ESGOTOS SANITÁRIOS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-EG-01/07 Rede Geral – Planta Baixa e Perfil Longitudinal INDICADA
PE-EG-02/07 Creches II e I – Planta Baixa 1:25
PE-EG-03/07 Creche I – Planta Baixa 1:25
PE-EG-04/07 Bloco de Serviços – Planta Baixa 1:25
PE-EG-05/07 Creche III – Planta Baixa 1:25
PE-EG-06/07 Bloco Multiuso – Planta Baixa 1:25
PE-EG-07/07 Bloco de Administração – Planta Baixa – Detalhes INDICADA

INSTALAÇÃO ELÉTRICA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-EL-01/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Creche I – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-02/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Creche II – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-03/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Creche III – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-04/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Pré-escola – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-05/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Multiuso – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-06/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Administração – Iluminação, tomadas, quadro de cargas
e diagrama unifilar
PE-EL-07/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:50
Serviço – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-08/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:75
Alimentação dos quadros elétricos e locação das
luminárias das áreas externas
PE-EL-09/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico 1:25
Castelo d’água e casa de bombas - Iluminação e
tomadas
PE-EL-10/10 Tensão 110V Monofásico/ 220V Trifásico INDICADA
Detalhes

A-11
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

SPDA – SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA AS DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-PR 01/02 SPDA - Subsistema de Captação e Subsistema de 1:100
Aterramento
Planta baixa – Legenda - Notas
PE-PR 02/02 SPDA - Detalhes Básicos de Infra-estrutura INDICADA

CABEAMENTO ESTRUTURADO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-CE 01/02 Planta baixa, locação de pontos da rede estruturada e da 1:50
antena de TV
PE-CE 02/02 Detalhes básicos de infra-estrutura e cabeamento da INDICADA
rede estruturada

INSTALAÇÕES DE AR CONDICIONADO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AC-01/02 Locação de equipamentos 1:75
PE-AC-02/02 Detalhes 1:20

INSTALAÇÕES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-VM-01/01 Sistema de exaustão INDICADA

INSTALAÇÕES DE GÁS COMBUSTÍVEL

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-GC-01/01 Rede Geral – Planta Baixa e Detalhes – Pavimento INDICADA
Térreo

INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-IN-01/01 Extintores, Sinalização e Iluminação de Emergência – INDICADA
Planta Baixa e Detalhes

A-12
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Lista de Pranchas – Projeto Tipo B – 220 V

FUNDAÇÕES

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PB-FU-01/02 Locação de Estacas – Corte Genérico, Armação INDICADA
PB-FU-02/02 Locação das Sapatas – Corte Genérico, Armação das INDICADA
Sapatas

ESTRUTURA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-ES-01/28 Locação e Cargas 1:75
PE-ES-02/28 Forma do Pavimento Térreo – Parte 1 1:50
PE-ES-03/28 Forma do Pavimento Cobertura – Parte 1 1:50
PE-ES-04/28 Forma do Pavimento Térreo - Cobertura – Parte 2 1:50
PE-ES-05/28 Cortes – Prancha 1 1:50
PE-ES-06/28 Cortes – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-07/28 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-08/28 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-09/28 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-10/28 Armação das Vigas Baldrame – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-11/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-12/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-13/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-14/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-15/28 Armação das Vigas da Cobertura – Prancha 5 INDICADA
PE-ES-16/28 Armação dos Pilares – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-17/28 Armação dos Pilares – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-18/28 Armação dos Pilares – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-19/28 Armação dos Pilares – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-20/28 Armação dos Pilares – Prancha 5 INDICADA
PE-ES-21/28 Armação dos Pilares – Prancha 6 INDICADA
PE-ES-22/28 Armação dos Pilares – Prancha 7 INDICADA
PE-ES-23/28 Armação dos Pilares – Prancha 8 INDICADA
PE-ES-24/28 Armação Complementar das Lajes – Prancha 1 INDICADA
PE-ES-25/28 Armação Complementar das Lajes – Prancha 2 INDICADA
PE-ES-26/28 Armação Complementar das Lajes – Prancha 3 INDICADA
PE-ES-27/28 Armação Complementar das Lajes – Prancha 4 INDICADA
PE-ES-28/28 Castelo D’ Água – Forma e Armação INDICADA

A-13
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

ARQUITETURA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AR-01/11 Locação 1:75
PE-AR-02/11 Planta Baixa 1:75
PE-AR-03/11 Planta Baixa Creches I, II III Pátio Refeitório Multiuso 1:50
PE-AR-04/11 Planta Baixa Administração 1:50
PE-AR-05/11 Planta de Cobertura 1:75
PE-AR-06/11 Cortes 1:75
PE-AR-07/11 Fachadas 1:75
PE-AR-08/11 Castelo d’ Água – Planta Baixa – Cortes Fachadas 1:50
PE-AR-09/11 Áreas Molhadas Vistas 1:25
PE-AR-10/11 Planta Baixa Paginação de Pisos 1:75
PE-AR-11/11 Mapa de Esquadrias Detalhes Gerais INDICADA

INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AF-01/04 Pavimento Térreo – Castelo d’Água, Alimentador INDICADA
Predial, Bombas de Recalque – Planta Baixa, Vistas,
Cortes e Detalhes
PE-AF-02/04 Pavimento Térreo – Planta Baixa, Rede Enterrada de INDICADA
Distribuição de Água Fria – Colunas, Ramais e Sub-
Ramais – Detalhes
PE-AF-03/04 Pavimento Térreo – Vistas dos Blocos Creche I, II e 1:25
Serviços – Coluna de Distribuição AF-01 a AF-28
PE-AF-04/04 Pavimento Térreo – Vistas dos Blocos Creche III, 1:25
Multiuso, Administração e Serviços – Coluna de
Distribuição AF-29 a AF-52

INSTALAÇÕES DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AP-01/02 Pavimento Térreo – Rede de Drenagem – Planta Baixa, INDICADA
Perfis Longitudinais e Detalhes
PE-AP-02/02 Cobertura – Telhado, Calhas e Condutores Verticais – INDICADA
Planta Baixa, Perfis Longitudinais e Detalhes

A-14
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

INSTALAÇÕES DE ESGOTOS SANITÁRIOS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-EG-01/07 Rede Geral – Planta Baixa e Perfil Longitudinal INDICADA
PE-EG-02/07 Creches II e I – Planta Baixa 1:25
PE-EG-03/07 Creche I – Planta Baixa 1:25
PE-EG-04/07 Bloco de Serviços – Planta Baixa 1:25
PE-EG-05/07 Creche III – Planta Baixa 1:25
PE-EG-06/07 Bloco Multiuso – Planta Baixa 1:25
PE-EG-07/07 Bloco de Administração – Planta Baixa – Detalhes INDICADA

INSTALAÇÃO ELÉTRICA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-EL-01/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Creche I – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-02/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Creche II – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-03/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Creche III – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-04/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Pré-escola – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-05/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Multiuso – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-06/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Administração – Iluminação, tomadas, quadro de cargas
e diagrama unifilar
PE-EL-07/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:50
Serviço – Iluminação, tomadas, quadro de cargas e
diagrama unifilar
PE-EL-08/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:75
Alimentação dos quadros elétricos e locação das
luminárias das áreas externas
PE-EL-09/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico 1:25
Castelo d’Água e casa de bombas - Iluminação e
tomadas
PE-EL-10/10 Tensão 220V Monofásico/ 380V Trifásico INDICADA
Detalhes

A-15
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

SPDA – SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA AS DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-PR 01/02 SPDA - Subsistema de Captação e Subsistema de 1:100
Aterramento
Planta baixa – Legenda - Notas
PE-PR 02/02 SPDA - Detalhes Básicos de Infra-estrutura INDICADA

CABEAMENTO ESTRUTURADO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-CE 01/02 Planta baixa, locação de pontos da rede estruturada e da 1:50
antena de TV
PE-CE 02/02 Detalhes básicos de infra-estrutura e cabeamento da INDICADA
rede estruturada

INSTALAÇÕES DE AR CONDICIONADO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-AC-01/02 Locação de equipamentos 1:75
PE-AC-02/02 Detalhes 1:20

INSTALAÇÕES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-VM-01/01 Sistema de exaustão INDICADA

INSTALAÇÕES DE GÁS COMBUSTÍVEL

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-GC-01/01 Rede Geral – Planta Baixa e Detalhes – Pavimento INDICADA
Térreo

INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

PRANCHA TÍTULO ESCALA


PE-IN-01/01 Extintores, Sinalização e Iluminação de Emergência – INDICADA
Planta Baixa e Detalhes

A-16
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

ANEXO B

PROPOSTAS ALTERNATIVAS

B-0
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

FS-01
DESCRIÇÃO:
Fossa séptica de câmara única retangular em concreto armado.

CONSTITUINTES:
• Lastro de concreto magro;
• Fundo de concreto armado;
• Paredes em concreto armado, moldadas em formas de madeira;
• Tubos de inspeção em concreto armado;
• Chicanas removíveis em placas de concreto pré-moldado;
• Tampas removíveis de concreto pré-moldado;
• Tubos de entrada e saída em PVC ∅ 150mm;

EXECUÇÃO:
• Lastro: concreto traço 1:4:8, cimento, areia e brita;
• Fundo e paredes:
o concreto traço 1:3:4 cimento, areia e brita;
o armação de aço CA-50, ∅5.0mm;
o forma comum, de tábuas de pinho, espessura 1”;

APLICAÇÃO:
• Em áreas externas, com afastamento mínimo de:
o 20,00 m de manancial;
o 12,00 m de sarjeta ou córrego;
o 6,00 m de construção ou limite;

SERVIÇOS INCLUÍDOS NO PREÇO:


• Escavação do terreno e apiloamento do fundo;
• Lastro em concreto;
• Fundo e paredes de concreto armado;
• Tubos de entrada e saída em PVC ∅ 150mm;
• Chicanas removíveis de concreto armado;

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO:
• un – por unidade executada.

OBSERVAÇÕES:
• Usar somente em terreno seco;
• Respeitar a legislação ambiental vigente.

B-1
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

SU-01
DESCRIÇÃO:
Sumidouro cilíndrico em alvenaria.

CONSTITUINTES:
• Alvenaria de tijolos comuns de barro cozido;
• Enchimento de pedra britada n° 3;
• Tampo em laje de concreto armado;
• Tampão de inspeção em concreto armado, diâmetro de 60cm, e=7cm

EXECUÇÃO:
• Tampa:
o Concreto traço 1:3:4, cimento, areia e brita;
o Armação de aço CA-50, ∅5.0mm, malha 15x15cm (na face inferior);
o Forma das bordas em madeira
• Assentamento dos tijolos: argamassa traço 1:4:12 cimento, cal e areia;

APLICAÇÃO:
• Em áreas externas, com afastamento mínimo de:
o 20,00 m de manancial;
o 12,00 m de sarjeta ou córrego;
o 6,00 m de construção ou limite;
o 2,00 m acima de lençol freático;

SERVIÇOS INCLUÍDOS NO PREÇO:


• Escavação do poço e escoramento, quando necessário;
• Apiloamento do fundo;
• Alvenaria;
• Tampa e tampão de inspeção em concreto;

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO:
• un – por unidade executada.

OBSERVAÇÕES:
• Usar somente em terreno seco;
• Respeitar a legislação ambiental vigente.

B-3
Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br
FNDE - Projeto ProInfância
Universidade de Brasília

Brasília, março de 2008.

Laboratório de Projetos Prof. André Luiz Aquere de Cerqueira e Souza


Departamento de Engenharia Civil e Ambiental labprojetos@unb.br

Você também pode gostar