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A partida de Ítaca

Quando o príncipe Páris raptou a raínha Helena, Ulisses fingiu estar louco para não ter de
combater na guerra, deixando a sua mulher e o seu filho. Mas ninguém ficou convencido e lá
teve de partir para Tróia.

A guerra de Tróia

Apesar de pensarem que a guerra seria fácil de vencer, acabaram por ficar 10 anos a fazer o
cerco a Tróia. Ulisses teve então a ideia de construir um enorme cavalo de madeira, em cima
de um estrado com rodas, onde os seus guerreiros se esconderiam na zona da barriga.

Os gregos foram-se embora, enquanto os melhores guerreiros aguardaram dentro do cavalo.


Passado três dias os troianos convenceram-se de que o cavalo seria um sinal de retirada e uma
oferta por parte dos gregos, trazendo o cavalo para dentro das muralhas da cidade. Festejaram
a vitória e com o avançar da noite, os troianos foram-se embebedando e caindo para o lado.
Quando já não ouviram barulho, os gregos saíram de dentro do cavalo, abriram as portas da
cidade aos companheiros e destroíram a cidade, salvando a raínha.

Ciclópia

No regresso a Ítaca, o navio onde Ulisses e quarenta dos seus marinheiros se encontravam,
puxados por uma corrente muito forte, foi ter à Ciclópia. Este conjunto de ilhas era habitado
por gigantes com um só olho, os ciclopes.

Na ilha onde atracaram vivia Polifemo, o ciclope mais forte de todos, mas também aquele que
tinha mais maus feitio.

A certo ponto encontravam-se encurralados numa gruta com Polifemo, tentando sair. Alguns
marinheiros foram esmagados, outros foram comidos pelos ciclope, mas muitos conseguiram
furgir da ilha.

Ilha de Éolo

Atracaram depois na ilha de Éolo, rei dos ventos. Este ajudou-os, dando a Ulisses um saco de
couro onde guardara todos os ventos do mundo, excepto Zéfiro, a brisa suave. Apenas Ulisses
sabia o que lá se encontrava e não poderia dizer aos seus marinheiros, mas estes curiosos
abriram o saco para ver o que continha, soltando todos os ventos. Tiveram de regressar à ilha
de Éolo e arranjar o navio para poderem partir de novo.

Ilha de Circe

Como Ulisses estava chateado com os marinheiros e não lhes falava, ficou no navio enquanto
estes exploravam a ilha. Passado alguns dias, como não via sinal dos seus marinheiros,
encontrou Euríloco que lhe contou que os seus marinheiros haviam sido transformados em
porcos pela feiticeira Circe.

Atena foi em busca de Ulisses, ajudando-o a não ser enfeitiçado pelo licor de Circe.
Reino dos Infernos

Ulisses teve de passar no reino dos mortos para falar com o Profeta Tirésias, mas para isso
teve de passar pelo cão de três cabeças, Cérbero, que guardava a entrada da gruta.

Na gruta viu várias almas, entre elas a de sua mãe, que lhe falou de Penélope e Telémaco, de
como ainda o esperavam após 18 anos. Ulisses falou também com o Profeta Tirésias que o
ajudou a regressar a casa.

O mar das sereias

Para poderem passar no mar das sereias sem serem atraídos por estas, os marinheiros tiveram
de tapar os ouvidos com cera. Ulisses quis saber como seria o canto das sereias que tanto
encanta e desgraça os marinheiros, pedindo aos seus companheiros para o amarrarem bem ao
mastro do navio, mas sem tapar os ouvidos. Este sofreu, implorou, gritou e tentou desamarrar-
se para poder ir ter com as seias, mas felizmente os seus marinheiros não o ouviram,
conseguindo passar sem problemas no mar das sereias.

Na terra dos Feácios

O navio passa por uma enorme tempestade, afundando-se, e o único sobrevivente é Ulisses
que vai ter inanimado à praia Córcira, a terra dos Feácios. A filha do rei Alcino e da raínha
Arete, Nausica, encontra-o. Depois de contar toda a sua história ao rei, este dá-lhe um navio e
cede-lhe alguns dos seus marinheiros para que regresse a casa.

Regresso a Ítaca

Como Ulisses estava tão cansado, adormeceu na viagem e não acordou quando chegaram a
Ítaca, por isso os marinheiros deixaram-no na praia com os seus pertences ao seu lado.

Quando acorda sente-se perdido, mas a sua deusa protetora, Atena, diz-lhe que está de volta à
sua terra. Esta transforma-o num mendigo para que possa passar despercebido até chegar
perto da sua família.

Vai ter a casa de seu amigo Eumeu, que não o reconhece, e lá reencontra o seu filho Telémaco,
contando-lhe o seu plano para derrotarem os pretendentes de Penélope. Apenas Argus, o seu
cão, e Euricleia, a sua criada, o reconhecem.

Por fim, Ulisses e Telémaco lutam juntos e vencem os pretendentes de Penélope, acabando
por viverem felizes em família, para sempre.

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