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Subcultura
Subculturas representam as “culturas” de grupos mais pequenos que se inserem na
sociedade. Todas as sociedades são portadoras de múltiplas subculturas que, no seu
conjunto, coexistem com a cultura dominante.
Ex: As festas aos santos populares são um traço cultural português embora cada
região/cidade as festeje de forma específica.
Padrões de cultura
Representam conjuntos próprios de maneiras de pensar, sentir e agir de uma sociedade
específica. Assim sendo, o padrão de cultura é uma referência sociológica que permite
identificar grupos sociais.
Etnocentrismo Cultural
Quando um grupo entende que a sua cultura é superior a outra, entra-se no domínio do
etnocentrismo cultural. O etnocentrismo é um obstáculo à compreensão de outras culturas.
Socialização
Quando nasce, a criança é apenas um organismo biológico, preocupada com o seu bem-estar
físico. Apesar de já trazer os genes necessários ao ser humano, a criança ao nascer é, ainda,
um ser culturalmente em branco.
À medida que toma contacto com o ambiente grupal que a rodeia, a criança torna-se,
rapidamente, num ser cultural, adquirindo as maneiras de pensar, sentir e agir do seu grupo
de pertença.
O processo através do qual cada membro de um grupo adquire os traços da sua cultura
designa-se por socialização. Através deste processo, a integração social, a coesão social e a
reprodução social são alcançadas.
Características do processo de socialização:
Mecanismos de socialização
Ao iniciar os jovens no seu caminho para a integração social, a família é o primeiro e mais
importante agente de socialização.
A escola assume um importante papel na socialização dos jovens, transmitindo valores,
conhecimentos e atitudes.
Os meios de comunicação social têm tido um papel cada vez mais presente na socialização
dos jovens. A sua função é também a da reprodução social.
Tipos de socialização
Socialização primária – os membros do grupo aprendem os elementos da cultura
fundamentais à sua inserção social.
A criança vai tomando consciência do que lhe é exterior, repetindo e imitando atitudes e
comportamentos que descobre nos outros indivíduos, inicialmente nos seus familiares.
É grande a responsabilidade da família na socialização das crianças.
É nos primeiros tempos de vida que se pode interiorizar os valores fundamentais das
sociedades.
A família é fundamental.
Ex: aprender a falar, a comer, a ter hábitos de higiene, a respeitar os outros, ....
Socialização secundária – os membros do grupo aprendem outros comportamentos
necessários a uma inserção social mais completa e alargada.
A escola é um importante agente de socialização que se deverá adaptar às circunstâncias, sob
pena de impedir o desejável desenvolvimento pessoal e social das/dos jovens.
Os meios de comunicação social são fundamentais na transmissão da cultura das sociedades
em que os indivíduos se inserem. A aprendizagem é um processo construtivo e árduo. O
facilitismo poderá não ser a melhor opção.
Processos posteriores por meio dos quais o indivíduo faz a aprendizagem de novos papéis
sociais. Esta socialização deverá incluir a temática dos valores humanos.
Ex: aprender a ler e escrever, adquirir conhecimentos científicos, aprender a relacionar-se
com colegas num ambiente de trabalho,…
Interações sociais
A vida social implica interações entre os membros da coletividade:
• Interações informais – relações não duradouras, não estruturadas (sem finalidades e papéis
bem definidos); Ex: Participação num evento; assistência a um espetáculo; fila para o
transporte, …
Tipos de agrupamentos
Agrupamentos não estruturados
Ex.: passageiros de um comboio, consumidores no centro comercial, espetadores no cinema,
teatro ou concerto….
Agrupamentos estruturados ou grupos
Ex.: família, amigos, escola, empresa, clube de futebol, partido político, …
Classificação dos grupos:
Quanto à pertença/refeência
Grupo de pertença – aquele a que a pessoa pertence, no qual está inserida. Pode gerar:
• Fenómenos de identificação (a pessoa identifica-se com os elementos do seu grupo);
• Fenómenos de rejeição (a pessoa rejeita os elementos de grupos diferentes).
Grupo de referência – é aquele a que a pessoa deseja pertencer. Funciona como grupo-
padrão:
• Os seus valores e comportamentos constituem modelos culturais a seguir;
• Influencia as opiniões e as atitudes das pessoas que querem sair do grupo de pertença e
inserir-se no grupo de referência.
• Grupos secundários – dada a sua função utilitarista (obtenção de resultados, sucesso, etc.)
apresentam um relacionamento entre os seus membros de tipo formal e impessoal.