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Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Estatística

Introdução ao
Stata 8

Professora:
Cibele Comini Cézar
Bolsistas:
Carlos Spínola Ribeiro
Bernardo Azevedo Polettini

Julho de 2005
Índice

1. Introdução
2. Apresentando o Stata
2.1 Algumas utilizações
2.2 Tipos de arquivos e criação e logs
Inserindo dados no Stata
3. Inserindo dados no Stata
3.1 Entrando dados interativamente
3.2 Entrando dados com um arquivo
4. Atribuindo label às variáveis
5. Armazenando dados arquivos no Stata
5.1 Através do comando save:
5.2 Armazenando dados em arquivos ASCII
5.3 O comando outsheet
6. Comandos
7. Manipulação de dados
7.1 Expressões
7.2 Gerando e re-codificando variáveis
8. Descrição dos dados
9. Gráficos
10. Tabelas de dados
11. Teste de Hipótese
11.1 Teste de hipóteses para uma, duas e mais de duas médias; intervalos
de confiança para proporção e média populacional
11.2 Intervalo de confiança para proporção e teste de hipótese para a
associação
11.3 Observando correlação
12. Programação básica no Stata
1. Introdução

O stata é um software (ou pacote) estatístico desenvolvido para analise de


dados e estatísticas em geral.
Abordaremos muitos comandos para que o usuário tenha uma noção maior
do uso do programa e muito importante na parte de programação do stata.

2. Apresentando o Stata

Quando o programa é aberto, abre-se uma tela contendo janelas menores, com
cabeçalhos. A finalidade de cada janela é apresentada a seguir:

Cabeçalho Finalidade
Review Armazenamento dos comandos já
utilizados
Variables Apresentação das variáveis contidas no
banco de dados
Stata Results Apresentação dos resultados obtidos com
a execução dos comandos
Stata Command Digitação dos comandos a serem
executados
Results
(resultados)
Review
(comandos
j á executados)

Variables
(variáveis) Stata Comand
(j anela de comandos)

Quando o prompt (sinal de barra | intermitente) aparece na janela Stata


Command, significa que o comando pode ser digitado.
A execução de um comando é feita digitando-se o comando segundo uma
sintaxe definida e pressionado a tecla Enter.

Outras janelas

O Stata possui mais 4 janelas que só aparecem quando são clicadas no menu
Window. São elas:
• Viewer
• Graph
• Data editor
• Do-file editor

Outras opções do Stata podem ser acessadas através do menu (File, Edit,
Prefs, etc.) ou da barra de ferramentas que contém os ícones com as opções
mais utilizadas.
2.1 Algumas utilizações
O Stata é basicamente um programa de comandos, embora a versão 8
apresente muitas opções, contidas no menu, que podem ser executadas. Os
comandos têm uma forma geral do tipo comando lista de variáveis (
command varlist). Por exemplo, se o banco de dados contém as variáveis x e
y , então, o comando para listá-las é list x y, ou apenas list se forem as únicas
variáveis definidas.
Algumas estruturas condicionais usadas junto com o list podem ser
usadas, como if x>y fará com que sejam listados somente os dados onde os
valores de x são maiores que os de y.
A utilização do Help é fortemente recomendada; clicando-se em Help
no menu principal ou digitando help seguido ou não de argumentos, uma
segunda janela é apresentada, onde é possível pesquisar qualquer comando
utilizando-se a opção Contents ,Search ou Stata command.

2.2 Tipos de arquivos e criação e logs

O Stata trabalha com basicamente 4 tipos de arquivos:

Tipo de arquivo Extensão


arquivo que contém os dados .dta

arquivo que contém os comandos e .log


resultados obtidos durante a sessão

arquivo que contém comandos .do

arquivo que contém sub-rotinas .ado

Logo que for iniciado o trabalho no Stata, é aconselhável abrir um


arquivo log que armazenará todos os comandos e resultados da execução
destes. Se você quiser armazenar somente os comandos digitados durante sua
sessão Stata, utilize o comando cmdlog.
Você pode criar os dois logs simultaneamente, se desejar. Lembre-se,
porém que nada é armazenado até que você defina seu log e/ou cmdlog.
Para criar um arquivo .log utilizar o comando:

log using C:\diretorio\nome_do_arquivo.log [, append replace [ text | smcl ] ]


- O nome do arquivo pode ser uma única palavra ou conter espaços. Neste
caso, você deve utilizar aspas na definição do nome.

Por exemplo, se você quiser nomear o seu arquivo com a data da sessão, o
comando será

log using “c:\diretório\log mes dia”

Os arquivos log podem ser armazenados em SMCL (Stata Markup and


Control Language) ou texto (ASCII). O default é SMCL, mas este pode ser
modificado pelo comando:

set logtype { text | smcl } [, permanently]

Atenção: se for digitado [, permanently] os logs de todas as suas sessões


posteriores terão o formato definido, a menos que você a modifique pelo
comando set logtype.

A maioria das formas de usar o log serve para o cmdlog.


- A opção append especifica que as informações serão acrescentadas ao final
de um arquivo log/cmdlog já existente. Se o arquivo não existe, será criado.

- A opção replace especifica que as informações deverão substituir o arquivo


existente, se de fato ele existir.

Quando não especificamos replace ou append, Stata entende que é um novo


arquivo e mandará uma mensagem de erro caso já exista um arquivo
armazenado com o mesmo nome.

Para sair do Stata, escreva na janela de comandos exit ou clique no


menu file e em seguida exit. Se você tiver dados que não foram ainda
armazenados ( por exemplo, se você fez alguma modificação no seu banco de
dados), Stata emitirá uma mensagem de erro:

. exit
no; data in memory would be lost
r(4);
Neste ponto você poderá salvar seu banco de dados (save nome_arquivo,
[replace]) ou apagá-lo. Para isto, tem duas opções:
exit, clear ou drop _all
exit

3. Inserindo dados no Stata

A entrada de dados no Stata pode ser feita iterativamente ou através de um


arquivo de dados. No Stata somente um arquivo de dados pode ser aberto e
utilizado de cada vez. Os dados são apresentados em formato de matriz onde
as colunas representam as variáveis e as linhas as observações para cada
registro. Quando um banco de dados é aberto, as variáveis aparecem listadas
na janela Variables.

3.1 Entrando dados iterativamente:

Quando o volume de dados é pequeno, é possível e conveniente digitá-los


diretamente no Stata. Para isto, utiliza-se o seguinte comando input ou o
comando edit.
Ao enviar ao Stata o comando edit, o programa abre a janela contendo uma
planilha (Data editor), que permite a entrada de novos dados ou edição de
dados já existentes.
Já o input deve proceder da seguinte maneira:
input varlist

Por exemplo, considere um conjunto de dados que contém as seguintes


variáveis:

id semestre rsg
1 1 2.88
1 2 2.81
1 3 2.27
1 4 3.20
1 5 4.20
1 6 2.81
2 1 5.00
2 2 4.77
2 3 4.63
2 4 4.60
2 5 4.80
2 6 4.63
Para introduzi-los no Stata fornecer o comando da seguinte maneira:

input id semestre rsg

O Stata irá abrir uma linha para a entrada dos dados:

id semestre rsg
1.

Você deve digitar os valores das variáveis, separadas por, pelo menos, um
espaço
Quando você der enter, o Stata abrirá uma nova linha:

id semestre rsg
1. 1 1 2.88
2.

Continue digitando os dados até entrar com todas as observações. Ao


terminar, digite end, na linha aberta pelo Stata.

. input id semestre rsg

id semestre rsg
1. 1 1 2.88
. . . .
. . . .
. . . .
12. 2 6 4.63
13. end

Se você tem alguma variável alfanumérica, você precisa informar ao Stata.


Para isto, você deve colocar str# antes do nome da variável (# é o número
máximo de caracteres da variável).

Exemplo:
input id semestre rsg str15 nome

id semestre rsg nome


1. 1 1 2.88 Andreza
2. 1 2 2.81 Andreza
3. 1 3 2.27 Andreza
4. 1 4 3.20 Andreza
5. 1 5 4.20 Andreza
6. 1 6 2.81 Andreza
7. 2 1 5.00 Renato
8. 2 2 4.77 Renato
9. 2 3 4.63 Renato
10. 2 4 4.80 Renato
11. 2 5 4.80 Renato
12. 2 6 4.63 Renato
13. end

Para verificar os dados digitados, dê o comando list.


. list
+---------------------------------+
| id semestre rsg nome |
|---------------------------------|
1. | 1 1 2.88 Andreza |
2. | 1 2 2.81 Andreza |
3. | 1 3 2.27 Andreza |
4. | 1 4 3.2 Andreza |
5. | 1 5 4.2 Andreza |
|---------------------------------|
6. | 1 6 2.81 Andreza |
7. | 2 1 5 Renato |
8. | 2 2 4.77 Renato |
9. | 2 3 4.63 Renato |
10. | 2 4 4.6 Renato |
|---------------------------------|
11. | 2 5 4.8 Renato |
12. | 2 6 4.63 Renato |
+---------------------------------+

Para verificar apenas a 1ª observação, dê o comando list in 1


. list in 1

+--------------------------------+
| id semestre rsg nome |
|--------------------------------|
1. | 1 1 2.88 andreza |
+--------------------------------+

Para verificar as observações 1 a 3, dê o comando list in 1/3


. list in 1/3
+--------------------------------+
| id semestre rsg nome |
|--------------------------------|
1. | 1 1 2.88 andreza |
2. | 1 2 2.81 andreza |
3. | 1 3 2.27 andreza |
+--------------------------------+

3.2 Entrando dados com um arquivo

Uma forma conveniente de ler dados, desde que estejam em ASCII e


separados por tab, vírgula ou outro separador que deve ser especificado pelo
usuário, é o uso do comando insheet. Cada observação deve ocupar apenas
uma linha. A primeira linha dos dados pode ou não conter os nomes das
variáveis. Se o arquivo estiver em uma planilha deverá ser salvo como um
arquivo de texto separado por tabulação, vírgula ou outro caracter.

Sua sintaxe é:

insheet [varlist] using filename [, double [no]names [ comma | tab |


delimiter("char") ] clear]

Exemplo:
Temos um banco de dados contendo as informações sobre o rendimento dos
alunos, que já vimos anteriormente, do tipo texto já salvo e separado por
tabulação no endereço:
c:\temp\curso_stata\desempenho.txt

Para ler no Stata:

. insheet using c:\temp\curso_stata\desempenho.txt


(5 vars, 90 obs)

Para visualizá-los podemos usar o comando list ou sumarize que mostra as


estatísticas descritivas, pode ser abreviado por su :

. su
Variable | Obs Mean Std. Dev. Min
Max
-------------+----------------------------------------------------
----
id | 90 8 4.344698 1
15
semestre | 90 3.5 1.717393 1
6
rsg | 90 3.743556 .9118709 1.33
5
nome | 0
sexo | 0

Se o arquivo não contém o nome das variáveis (desempenho1.txt), Stata


nomeia as variáveis como v1, v2,...

. insheet using c:\cibele\curso_stata\desempenho1.txt, clear


(5 vars, 90 obs)

. su
Variable | Obs Mean Std. Dev. Min
Max
-------------+----------------------------------------------------
----
v1 | 90 8 4.344698 1
15
v2 | 90 3.5 1.717393 1
6
v3 | 90 3.743556 .9118709 1.33
5
v4 | 0
v5 | 0

O arquivo c:\temp\curso_stata\desempenho1.csv é um arquivo texto que tem ;


como separador. O arquivo pode ser lido no Stata através do comando:

. insheet using c:\cibele\curso_stata\desempenho.csv, delimiter(;) clear


(5 vars, 90 obs)

O espaço pode ser o delimitador, neste caso, deve aparecer entre parênteses na
declaração do delimitador.

. insheet using c:\cibele\curso_stata\desempenho2.txt, delimiter(" " ) clear


(5 vars, 90 obs)
O comando insheet não pode ser utilizado se a observação ocupar mais de
uma linha. Neste caso, a melhor opção é utilizar o comando infile com
dicionário (dictionary). Sua sintaxe básica é:

infile using nome_arquivo.dct

O arquivo dicionário - que recebe a terminação.dct - descreve o conteúdo do


arquivo. O arquivo pode estar formatado ou em formato livre. Para maiores
informações sobre o comando, consultar o manual ou o help online (help
infile2).

Obs: Para usar um arquivo armazenado pelo STATA, comando use :


. use nome do arquivo, [clear nolabel ]

4. Atribuindo label às variáveis


É possível atribuir um rótulo a cada variável. Esta é uma prática
recomendada, quando o nome das variáveis não é muito informativo. O rótulo
pode ter até 80 caracteres.

Exemplo:

. label variable id identificador

. label variable semestre semestre

. label variable nome "nome do aluno"

. label variable sexo "sexo do aluno"


Note que caracteres contendo espaço devem estar entre aspas.

Os labels aparecerão na janela Variables.

5. Armazenando dados arquivos no STATA:


5.1 Através do comando save:
Sintaxe:

save [nome do arquivo] [, nolabel replace all orphans emptyok


intercooled ]

Exemplo:

. save c:\temp\curso_stata\rendimento
file c:\temp\curso_stata\rendimento.dta saved

Se já existe um arquivo com este nome, o Stata emite uma mensagem de erro:

. save c:\diretorio\curso_stata\rendimento
file c:\diretorio\curso_stata\rendimento.dta already exists
r(602);

Se você deseja substituir o arquivo existente pelo novo, utilize a opção


replace.

. save c:\diretorio\curso_stata\rendimento, replace


file c:\diretorio\curso_stata\rendimento.dta saved

As outras opções do comando save não são de utilidade para o usuário


iniciante. São utilizadas em programação com Stata.

5.2 Armazenando dados em arquivos ASCII:

Comandos outfile e outsheet

outfile [varlist] using filename [if exp] [in range] [, comma dictionary
nolabel noquote replace wide runtogether rjs fjs]

Descrição:

Outfile escreve os dados em um arquivo ASCII, formato que pode ser lido por
outros programas. O separador utilizado é o espaço. Os dados gravados com
outfile podem ser lidos com infile.
Se o nome do arquivo é especificado sem extensão, a extensão.raw é
assumida, caso a opção dictionary seja especificada a extensão.dct é assumida.

Normalmente uma observação que ocupa mais de 80 caracteres é separada em


duas ou mais linhas no Stata. Para isto a opção wide faz com que Stata escreva
uma observação por linha, qualquer que seja seu tamanho.

Exemplos:

. outfile using c:\cibele\curso_stata\rendimento

Stata criará um arquivo rendimento.raw no diretório


c:\cibele\curso_stata

. outfile id semestre rsg using C:\cibele\curso_stata\rendimento, replace

Stata guardará apenas as variáveis id, semestre e rsg no arquivo


especificado. A opção replace indica ao Stata que ele deve substituir o
arquivo já existente.

5.3 O comando outsheet

. outsheet [varlist] using filename [if exp] [in range] [, nonames


nolabel noquote comma replace ]

O comando outsheet escreve os dados em um arquivo ASCII, com as


observações separadas por tab ou vírgula. Este é o formato mais conveniente
se os dados posteriormente forem lidos por uma planilha. Se o nome do
arquivo é especificado sem extensão, a extensão .out é assumida.

Exemplo
. outsheet id semestre rsg using C:\cibele\curso_stata\rendimento [,]

6. Comandos

Os comandos seguem a forma:

[by varlist:] command [varlist] [weight] [if exp] [in range] [using
filename] [,options]
onde,
[by varlist:] - Instrui Stata para repetir o comando para cada combinação de
valores nas variáveis listadas em varlist;
command - é o nome do comando, ex: list
[varlist] - é a lista de variáveis para as quais o comando é executado
[weight] - permite que pesos sejam associados às observações
[if exp] - restringe o comando a um subconjunto de observações que
satisfazem a expressão lógica definida em exp;
[in range] restringe o comando àquelas observações cujos índices pertencem a
um determinado subconjunto;
[using filename] especifica o arquivo que deve ser utilizado
[,options] são específicas de cada comando.
Ex:
help log fornece a informação:
log: comando
using filename: arquivo onde será armazenada a sessão de trabalho (extensão
.log)
log using filename [,noproc append replace]

noproc: opção que faz com que só sejam registrados no arquivo .log os
caracteres digitados; os resultados não são incluídos. Esta opção é útil quando
se deseja criar um arquivo .do.
append: esta opção instrui programa a salvar a sessão atual, como
continuação de uma sessão anterior.
replace: esta opção instrui programa a salvar a sessão atual sobre um texto já
existente.

7. Manipulação de dados

7.1 Expressões

Existem expressões lógicas, string e algébricas, no Stata.


Expressões lógicas atribuem 1 (verdadeiro) ou 0 (falso) e utiliza os
operadores:

Operador Significado Operador Significado


< menor que == igual a
<= menor ou igual a ~= diferente de
> maior que ~ não
>= maior ou igual a & E
Exemplo:
if (y~=2 & z>x) | x==1
Significa: se y for diferente de 2 e z maior do que x ou x for igual a 1
Expressões algébricas utilizam os operadores:
Operador Significado Operador Significado
+- soma subtração Exp() função exponencial
*/ multiplicação divisão log() função logarítmica
^ elevado à potencia ln() função logaritmo natural
Sqrt() função raiz quadrada

7.2 Gerando e re-codificando variáveis

Banco de dados: C:\cibele\.dta d


O comando generate iguala uma nova variável a uma expressão que é
construída para cada observação
. generate desempenho2=1 if rsg>3
(24 missing values generated)

Gera uma nova variável (desenpemho2) que contém valores 1 (se rsg>3) e
missing (se rsg<=3), no caso acima 24 dados missing. Para substituir os
valores missing por um valor numérico, utilizar o comando replace. O
comando replace permite que uma variável já existente seja alterada.
. replace desempenho2=0 if rsg<=3
(24 real changes made)

. tab desempenho2

desempenho2 | Freq. Percent Cum.


------------+-----------------------------------
0| 24 26.67 26.67
1| 66 73.33 100.00
------------+-----------------------------------
Total | 90 100.00

. label define desempenho2 0 “<=3” 1 “maior que 3”


. label val desempenho desempenho2
. tab desempenho2

desenpenho2 | Freq. Percent Cum.


------------+-----------------------------------
<=3 | 24 26.67 26.67
maior que 3 | 66 73.33 100.00
------------+-----------------------------------
Total | 90 100.00

8. Descrição dos dados

Os principais comandos de descrição são describe, ds e lookfor que servem


para resumir o conjunto de variáveis de um banco de dados.
O comando describe mostra um resumo dos dados na memória ou arquivados
no formato STATA do conjunto de dados tais como se as variáveis estão
representadas seja string, float ou numérico, seu label, etc.

Exemplo:

. desc

Contains data from C:\DOCUME~\Desktop\DESEMP~1.DTA


obs: 90
vars: 6 25 Nov 2004 09:26
size: 2,790 (99.7% of memory free)
-------------------------------------------------------------------------------
storage display value
variable name type format label variable label
-------------------------------------------------------------------------------
id byte %8.0g
semestre byte %8.0g
rsg float %9.0g
nome str8 %9s
sexo str9 %9s
sexon float %9.0g
-------------------------------------------------------------------------------
Sorted by:

Outras formas são aceitas:


. describe, short
. describe, fullnames
. describe, numbers
. describe using mydata
. describe using mydata, short

. ds

. lookfor median
. lookfor medage age

9. Gráficos

A sintaxe básica para a elaboração de gráficos é:


graph varlist, options
Entre options deve-se especificar o tipo de gráfico desejado, podendo ser Box
(Boxplot), histogram (histograma) ou diagrama de dispersão.

Exemplos: .8

. label variable rsg rendimento


.6

. histogram rsg
Density

(bin=9, start=1.33, width=.40777777)


.4
.2
0

1 2 3 4 5
rendimento
5
4

. graph Box rsg


3
2
1

10. Tabelas de dados

Vamos utilizar como exemplo os dados contidos no arquivo desempenho.dta


Objetivo Comandos
Abrir um arquivo texto para guardar a log using c:\diurno\sessao1.log
sessão de trabalho
abrir o banco de dados use C:\DOCUME~1\ Desktop\DESEMP~1.DTA,clear
verificar quais são as variáveis que describe
compõem o banco de dados ou
desc
construir uma tabela de freqüências Tab variable
simples de cada variável Tab id, tab nome, tab rsg, etc.

remover os valores faltantes das recode sexon –0=2.


variáveis ou substiuí-los por outro valor

Fornecer um resumo da variável id summ id


ou
summ id, d

Definir nova variável se passou ou não gen passou= 1 if rsg>=3


dicotômica (1 – aprovado 0 – reprovado) replace passou =0 if rsg<3
tab passou
label define passou 1 "aprovado" 0 ''reprovado''
label var passou passou
tab passou

Fornecer um resumo da variável passou Detail passou


sum passou, d
table passou
Criar uma variável conceito contendo a gen conceito=rsg
variável rsg em intervalos de classes de 1 recode conceito 0/1=5 1/2=4 2/3=3
3/4=2 =4/5=1
label val conceito “conceito”
tab conceito

11. Teste de Hipótese

As vezes é necessário fazer uma comparação de algumas medidas


estatísticas mediante a realização de testes de hipóteses, para pressupor algo
sobre um conjunto de dados.
Para comparar as variáveis quantitativas pode-se utilizar o teste t de
"Student" que assume que as observações nos dois grupos são independentes;
as amostras foram retiradas de populações com distribuição normal, com a
mesma variância. Também é possível calcular correlações entre variáveis
contínuas. Se for de interesse testar se o coeficiente de correlação de Pearson é
estatisticamente diferente de zero, o Stata apresenta um teste que pressupõe
que as variáveis são normais bivariadas.
Para as variáveis qualitativas nominais pode-se utilizar o teste Qui-
quadrado, de Pearson.

11.1 Teste de hipóteses para uma, duas e mais de duas médias;


intervalos de confiança para proporção e média populacional

Objetivo Comandos
Teste de igualdade de variâncias sdtest rsg,by(sexo)
Testar a diferença entre as variâncias da variável
rsg segundo sexo:
Teste de igualdade de duas médias ttest rsg, by(sexo)
Testar se existe diferença entre a média do
rendimento feminino e masculino:
Intervalo de confiança para a média populacional ci rsg
Apresentar o intervalo de confiança para a média se quisermos segundo outra variável:
de rsg segundo: ci rsg, by(“variável”)
Intervalo de confiança para uma média cii 60 2.54 1.6
populacional
Construir o intervalo de confiança de 95% para
uma amostra de 60 observações, média observada
igual a 2,54 e desvio padrão populacional igual a
1,6
Teste de uma média populacional ttest rsg=3.5
Testar a hipótese de que a média observada da
variável rsg( X obs =3.743556) é igual à média
populacional ( µ = 3.5 ).
Teste de 3 ou mais médias populacionais oneway rsg nome, means st
Testar a hipótese de igualdade de médias rsg por
nome.

11.2 Intervalo de confiança para proporção e teste de hipótese para a


associação

Objetivo Comandos
Intervalo de confiança para proporção populacional cii 112 0.125
Em um grupo de 112 pessoas, acusou que 14 tinham (14/112 = 0,125)
certa característica. Construa um intervalo de
confiança para a característica.
Teste de uma proporção populacional bitesti 112 28 0.20
Testar a hipótese de que a proporção observada seja
de 28/112 contra a verdadeira proporção amostral 0,2
Teste de associação pelo Qui-quadrado tab rsg sexo, col chi
Verificar a existência de associação entre as
variáveis rsg e sexo:
11.3 Observando correlação:

Inserir o conjunto de dados e observar se existe correlação:

X 62 64 61 67 66 59.5 65
Y 63 56 57.5 61.8 63 54.5 64

corr X Y
ou
pwcorr X Y,obs sig

12. Programação básica no STATA

Algumas vezes é necessário realizar uma mesma analise em vários bancos


de dados. Para isso, é conveniente armazenar os comandos em um arquivo
com a extensão .do e executá-lo quando o banco de dados estiver aberto ou
criar um que faça certa analise específica no conjunto de dados.
Para criar um arquivo .do clique no menu Window e em seguida do-file-
Editor será apresentada a seguinte janela:

No arquivo .do serão digitados os mesmos comandos que seriam


digitados no stata comand, na ordem que desejarmos ser seguinda para
analise, por exemplo:
clear
*comentários descrevendo o que o arquivo fará
capture log close
set more off
log using "c:\diretorio\nome do arquivo de log", replace text
use "C:\diretorio\file name.dta"
desc
ic var1
tab var1
sum var,d
ttest var1, by(var2)
.
.
.
log close
exit
clear

Em seguida clicar em arquivo, e salvar com um nome escolhido

Para rodar o programa podemos fazê-lo pelo próprio do file através do


menu Tools, run ou digitando do c:\diretorio\arquivo.do na janela de
comandos.

Alguns comandos úteis na edição de do files:


Comando Utilização
capture faz com que o Stata continue rodando mesmo que
ocorra um erro na execução de um comando.
Utilizamos capture log close para fechar o
arquivo log em uso, caso seja aberto outro ou
envia mensagem de erro.
quietly suprime toda saída exceto as mensagens de
erro.
log using filename,replace abre um arquivo log substituindo o já existente.
é bem útil criar arquivos de log nos do files

Após o termino dos comandos é conveniente limpar novamente a


memória do stata e fechar o arquivo .log com o comando log close. A última
linha do programa contendo o comando exit não é necessária. Ela é útil para
fazer o programa parar de ser rodado.
Referências Bibliográficas:
Introdução ao Stata 8
Cibele Comini César
Departamento de Estatística – ICEx – UFMG
Outubro de 2004

Stata Reference Manual


Ivan Iachine, Lars Korsholm,
Henrik Støvring, Kirstin Vach, Werner Vach
Version 1.5, Juli, 2003

Stata-Noções Básicas
FSP/USP. HEP139 – Informática/Nutrição – 2003
Denise P Bergamaschi, Claudia R Koga, Edson J B Faulin, Patrícia Di Battisti, Milena B Bueno

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