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Constantino Bento Duarte Junior

Jefferson Georgy de Lima Cavalcante Junior

Laborátorio de Eletrônica de Potência:


Relatório 1

Imperatriz - MA
2019
Constantino Bento Duarte Junior
Jefferson Georgy de Lima Cavalcante Junior

Laborátorio de Eletrônica de Potência: Relatório 1

Relatório desenvolvido para obtenção de nota


parcial da disciplina de Laboratório de Eletrô-
nica de Potência, ministrada pelo professor
Francisco de Assis Salazar Cintra Neto.

Instituto Federal do Maranhão - IFMA


Departamento de Engenharia Elétrica
Laboratório de Eletrônica de Potência

Imperatriz - MA
2019
Resumo
Este relatório aborda a análise de erros significativos presentes na bancada 4 do Laboratório
de Eletrônica de Potência do IFMA-Campus Imperatriz, erros esses que comprometem
as práticas em laboratório necessárias para o andamento de disciplina de Laboratório de
Eletrônica de Potência. Ao todo, foram analisados e listados erros gerais na bancada 4, além
de erros referentes às lâmpadas e aos fusíveis, sendo pautadas todas as ações necessárias
para a solução dos mesmos. Cabe então à instituição solucionar esses problemas, para
que ofereça assim a melhor estrutura possível para os graduandos do curso de Engenharia
Elétrica.
Palavras-chaves: Erros em laboratório. Laboratório de Eletrônica de Potência. Bancada.
Lâmpadas. Fusíveis.
Sumário

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1 FUSÍVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

2 PROCESSO LABORATORIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1 Erros gerais na bancada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Erros nas lâmpadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3 Erro nos fusíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
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Introdução

O estudo da Eletrônica de Potência é algo extramente importante para um en-


genheiro eletricista hodiernamente. A mesma consite na extensão da microeletrônica
comum à sistemas que exigem uma alta potência a ser transmitida para uma dada carga,
sendo, portanto, uma área que reúne 3 outras áreas: Microeletrônica, Potência e Controle.
(RASHID, 1999).
Os circuitos de potência possuem correntes bem mais altas que os cicuitos de
microeletrônica, sendo então necessário que estes sejam muito bem controlados e protegidos.
Um dispositivo que muito comumente é utilizado para a proteção de circuitos de potência
é o fusível. Outros dispositivos fundamentais na eletrônica de potência são os dispositivos
semicondutores, os conversores e os controladores, além das cargas, que vão de complexas
máquinas industriais até os básicos eletrodomésticos e as mais simples lâmpadas.
Para aprender uma disciplina com tamanha e vasta aplicação, além de um alto nível
de complexidade, é necessário unir muito bem a teoria com a prática. Nesse contexto, são
necessários laboratórios muito bem equipados, com estrutura de bancadas apropriadas, com
cargas variadas e em ótimo estado, e dispositivos de proteção em perfeito funcionamento.
Nesse contexto, observou-se que o Laboratório de Eletrônica de Potência do IFMA-
Campus Imperatriz não atende corretamente às necessidades básicas para o perfeito
aprendizado de práticas relacionadas à Eletrônica de Potência. No mesmo foram encontra-
dos diversos erros no que diz respeito à estrututa das bancadas, à presença e conformidade
de cargas, como as lâmpadas, e também à correta instalação dos dispositivos de proteção,
como os fusíveis.
Dessa forma, o objetivo desse relatório é listar e comentar os erros presentes no
laboratório, especificamente na bancada 4. Todas as correções que puderam ser feitas ins-
tantaneamente foram feitas, de modo que as outras, que dependem de verba da instituição,
foram apenas listadas, de modo que as mesmas possam ser feitas posteriormente.
Inicialmente é feita uma revisão bibliográfica acerca dos fusíveis, que são os dis-
positivos de proteção presentes nas bancadas do laboratório. O conceito e as principais
formas de utilizá-los são abordadas nessa parte. Seguidamente, o processo laboratorial é
feito com a análise das falhas e correções relacionadas ao laboratório.
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1 Fusível

O fusível é um dispositivo de proteção indispensável, pois em correto funcionamento


poderá evitar danos a todo o circuito a que pertence e, até mesmo, evitar a formação de
incêndios devido a curto-circuito. O seu princípio de funcionamento está em interromper
a passagem de corrente elétrica quando esta grandeza estiver acima de valores máximos
aceitáveis. Esse dispositivo está presente em diversos sistemas de potência desde os de alta
tensão (até 66 KV) a baixa tensão (até 400 V). (OSBERT, 2018).
Na figura 1 à esquerda esta presente o modelo de um fusível típico para aplicação
em baixa tensão, já à direta da mesma figura estão as três possíveis formas de representação
dos fusíveis em diagramas e circuitos elétricos.

Figura 1 – Fusível real à esquerda e suas representações à direita

Fonte: (WIKIPEDIA, 2019).

Os fusíveis são utilizados próximos a dispositivos que não podem conduzir valores
altos de corrente. Uma maneira de alocar tais dispositivos de proteção é utilizar um fusível
para cada fase de alimentação do circuito como mostra a figura 2.

Figura 2 – Retificador Controlado

Fonte: (RASHID, 1999).

No entanto, em um circuito com muitos dispositivos nem todos apresentarão o


mesmo valor máximo de corrente suportável. É por isso que fabricantes aconselham a
alocação de fusíveis como a da figura 3, onde cada dispositivo possui o seu equipamento
de proteção (RASHID, 1999).
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Figura 3 – Retificador Controlado

Fonte: (RASHID, 1999).

O fusível é um dispositivo de dois terminais que possui ao longo de seu corpo uma
proteção em vidro. Entre os dois terminais há um fino fio condutor que em condições
normais deve ser o suficiente para permitir a passagem de corrente elétrica. A proteção
em vidro serve para evitar a umidade e outras contaminações do ambiente e, além disso,
para permitir uma inspeção visual das condições do fio interno.
São diversos os materias que podem ser utilizados para a fabricação de fusíveis, mas
o fio no interior do dispositivo deve apresentar algumas propriedades essenciais para o seu
correto funcionamento, dentre elas estão: alta condutividade térmica, baixas temperaturas
de fusão e vaporização e uma facilidade de conexão com outros condutores (WRIGHT;
NEWBERY, 2004).
Quando o dispositivo está com altos valores de corrente, sua temperatura começa a
crescer até um instante de tempo tm , é nesse intervalo em que ocorre a fusão do fino fio do
fusível. Mas, com a fusão formam-se pequenos arcos elétricos entre os dois terminais que
duram até o momento em que a corrente já não existe mais, ta . O tempo de eliminação
da sobrecorrente (tc ) é, então, a soma do tempo de fusão do fio (tm ) com o tempo de
formação de arco (ta ), como ilustra a figura 4 (RASHID, 1999).
Ao se escolher um fusível para a proteção de determinado dispositivo deve-se
analisar com atenção a sua curva característica corrente x tempo. Para dispositivos ou
circuitos que necessitam apenas de uma proteção contra curto-circuito um fusível com a
curva característica como a da figura 5 é o ideal. Nesse sistema a proteção contra sobrecarga
é feita com o auxílio de disjuntores.
Já para uma proteção completa a curva característica ideal é a da figura 6. Nesse
caso o fusível garante a proteção para elevadas correntes em um pequeno intervalo de
tempo (curto-circuito) e também para correntes um pouco menores mas em um intervalo
de tempo maior (sobrecarga).
Os fusíveis elétricos possuem a vantagem de serem uma proteção barata para
sobrecorrentes e sua única desvantagem no quesito econômico é a sua troca sempre que
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Figura 4 – Corrente no fusível

Fonte: (RASHID, 1999).

Figura 5 – Proteção somente contra curto-circuito

Fonte: (RASHID, 1999).

esse dispositivo entrar em fusão. No quesito desempenho o fusível é uma boa escolha para
a proteção de curto-circuito, visto que, sua atuação é rápida e não são liberados ao meio
fumaça ou gases (OSBERT, 2018).

Figura 6 – Proteção completa

Fonte: (RASHID, 1999).


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2 Processo laboratorial

O objetivo deste trabalho é relatar os erros presentes no Laboratório de Eletrônica


de Potência do IFMA-Campus Imperatriz, erros esses que tornam inviáveis as atividades de
práticas laboratoriais no decorrer da disciplina. Em uma situação ideal, todas as bancadas
deveriam ter 7 plataformas ou até mais, sendo duas bem fixas de forma vertical, quatro
mantidas fixas na vertical, porém com mais facilidade para remoção, e uma ou mais
separadas na horizontal. Ademais, é mister que todos os fusíveis estejam em funcionamento
correto, estando o seu filamento intacto e dentro da especificação necessária para cada
pino. Outra necessidade é que todas as lâmpadas estejam em seus devidos lugares, de
acordo com a especificação de potência imposta pela plataforma de lâmpadas da bancada.
O laboratório de Eletrônica de Potência estava com várias bancadas desmontadas,
com a falta de uma ou mais plataformas. Ademais, tinha-se problemas com lâmpadas,
além de diversos fusíveis que não estavam instalados de forma correta, seja por já estar
aberto, ou por não ser da especificação necessária, ou por qualquer outro motivo.
Ao todo eram 9 bancadas, com todas tendo algo incorreto para se resolver. Este
trabalho especificamente relata as irregularidades contidas na bancada 4. Pode-se explanar
as mesmas dividindo-as em três categorias: em primeiro lugar, os erros gerais na bancada
em si, em segundo, os erros nas lâmpadas presentes na bancada, e por fim, os erros
presentes nos fusíveis da bancada.

2.1 Erros gerais na bancada


Analisando especificamente a bancada 4, percebe-se que ela tem as seguintes
plataformas:

• XKDG01, que fica disposta horizontalmente e solta. Ela pode ser vista na figura 7;

• XKDL11A, que é a primeira das plataformas fixas e removíveis na vertical, vista na


figura 8;

• XKDL09, que é a segunda na fila vertical. Vê-se ela na figura 9

• XKDL08, que é a terceira na fila, vista na figura 10;

• XKDG04, a quarta na fila, presente na figura 11;

• A primeira plataforma fixa, abaixo das quatro verticais, que não possui nome
específico e está presente na figura 12;
2.1. ERROS GERAIS NA BANCADA 9

• A segunda plataforma fixa, também sem nome, presente na figura 13.

Figura 7 – Plataforma XKDG01 da bancada 4

Fonte: Autor.

Figura 8 – Plataforma XKDL11A da bancada 4

Fonte: Autor.

De forma geral, na bancada 4, pode-se listar três erros que foram percebidos:

1. Ausência da plataforma XKDG01, que é a platafoma que fica na horizontal, solta na


bancada. A mesma foi devidamente colocada no seu lugar.

2. Ausência da plataforma XKDL09, que era uma das plataformas que deveriam estar
na vertical, fixa junto com outras três, acima das duas fixas permanentes. Ao tentar-se
colocar a plataforma em seu devido lugar, notou-se o terceiro erro.
2.2. ERROS NAS LÂMPADAS 10

Figura 9 – Plataforma XKDL09 da bancada 4

Fonte: Autor.
Figura 10 – Plataforma XKDL08 da bancada 4

Fonte: Autor.

3. Espaço de plataformas verticais folgado, de forma que obteve-se dificuldade de se


alocar a plataforma XKDL09 novamente no lugar correto. A mesma, estando bem
pressionada pelas vizinhas, foi colocada, porém com pouca estabilidade, havendo-
se então a necessidade de se resolver esta questão, apertando corretamente as
plataformas na bancada.

Fazendo-se o que foi possível e consciente do que deve ser ainda feito, tem-se todas
as plataformas juntas na bancada 4 na figura 14.

2.2 Erros nas lâmpadas


No que diz respeito às lâmpadas, todas elas devem ser postas em funcionamento
na plataforma XKDG04, conforme pode ser visto na figura 11. As mesmas devem ter uma
potência nominal de 25 W para entrar em correto funcionamento na bancada.
2.3. ERRO NOS FUSÍVEIS 11

Figura 11 – Plataforma XKDG04 da bancada 4

Fonte: Autor.
Figura 12 – Plataforma fixa da esquerda na bancada 4

Fonte: Autor.

Figura 13 – Plataforma fixa da direita na bancada 4

Fonte: Autor.

Na própria figura 11, percebe-se a grande irregularidade no que tange as lampadas,


que é a falta de mais de 50% da quantidade necessária. Das 9 lâmpadas que deveriam ter,
apenas 4 estão presentes. Há a falta de 1 lâmpada amarela, 2 vermelhas e 2 verdes.

2.3 Erro nos fusíveis


Por fim, tem-se também os erros nos fusíveis, presentes em quase todas as plata-
formas presentes na bancada 4, vista na figura 14. Ao todo, contando todas as bancadas
do Laboratório de Eletrônica de Potência, são demandados fusíveis com especificações de
corrente de 10, 2, 1 e 0,5 A.
2.3. ERRO NOS FUSÍVEIS 12

Figura 14 – Bancada 4 vista por inteira

Fonte: Autor.

Foram encontrados erros de vários tipos, sendo eles listados a seguir:

1. Dois fusíveis de 2 A queimados;

2. Um fusível de 1 A onde a especificação exigia 2 A;

3. Um fusível de 1 A onde a especificação exigia 0,5 A;

4. Um fusível de 2 A queimado onde a especificação exigia 0,5 A;

5. Ausência de um fusível de 0,5 A.

Com esses erros listados, nota-se a falta de três fusíveis de 2 A e de três fusíveis de
0,5 A. Ademais, havia fusíveis de 1 A em sobra, de modo que podem ser guardados para
posterior utilização.
Com isso, todos os erros relevantes referentes à bancada 4 foram listados, cabendo
ao IFMA providenciar a solução. Em resumo, existe a necessidade de se solucionar, para a
bancada 4, os seguintes itens:

1. Melhora da fixação das plataformas na bancada;

2. Compra de 1 lâmpada amarela, 2 vermelhas e 2 verdes, todas de 25 W;

3. Compra de 3 fusíveis de 0,5 A e 3 fusíveis de 2 A.


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Conclusão

Este relatório tratou da análise dos erros presentes no Laboratório de Eletrônica de


Potência do IFMA-Campus Imperatriz, especificamente na bancada 4. Foram detectados
erros referentes à estrutura da bancada, como a falta de plataformas e a falha de encaixe
das plataformas na bancada.
Além disso, falhas em lâmpadas foram detectadas, no que diz respeito à ausência
de mais de 50% das mesmas. A falta de 1 lâmpada amarela, 2 vermelhas e 2 verdes foi
reportada. Por fim, diversos erros foram encontrados nos dispositivos de proteção, no
caso os fusíveis. Estes são extramamente importantes, pois sua ausência pode danificar
vários equipamentos da bancada. Todos os procedimentos para solução foram listados, de
forma que os que estavam dentro do alcance foram solucionados, e o demais devem ser
solucionados posteriormente.
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Referências

OSBERT, J. C. Fusível elétrico. 2018. Disponível em: <https://owlcation.com/stem/


Electric-Fuse>. Citado 2 vezes nas páginas 5 e 7.

RASHID, M. H. Eletrônica de potência: circuitos, dispositivos e aplicações. [S.l.]: Makron


Books, 1999. Citado 4 vezes nas páginas 4, 5, 6 e 7.

WIKIPEDIA. Fusível. 2019. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fusível>.


Acesso em: 15 fev. 2019. Citado na página 5.

WRIGHT, A.; NEWBERY, P. G. Electric Fuses. [S.l.]: IET, 2004. Citado na página 6.

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