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Fronteiras Alemanha –
O balanço de uma história de sucesso
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Saudações
Campus
Grußwort Frau Alemanha
Prof. Dr. Wintermantel Um início perfeito para a vida e a carreira
Hermann Luís Lebkuchen recebeu o seu nome do seu bisavô alemão que imigrou
para o Brasil no século XIX. "Eu não tinha nenhuma idéia do país e da cultura do meu
avô e também não sabia falar a língua", diz o jovem brasileiro. Isso mudou no im de
2014, quando veio para a Alemanha através do programa CsF. "Eu segui os passos
dos meus antepassados. Isso foi muito empolgante, mas não foi o motivo mais impor-
tante para a minha decisão."
boa especialização." Um deles é Talles para o seu curso no Brasil. "É necessário forma possível. "Muitos bolsistas mantêm Um país é estranho apenas até o momento em que você o aceita - essa é a
Bruno Oliveira. A diversidade não foi o se engajar na causa de forma autônoma sua mobilidade e voltam a buscar opor- conclusão do relato do estudante Augusto Boshammer Piazera, depois do seu
único aspecto que o trouxe à Alemanha: e provar competências sociais – essa é tunidades de emprego ou um doutora- intercâmbio na Alemanha.
"Eu também escolhi a Alemanha, porque uma experiência muito importante." O mento no exterior – o programa CsF é o
aqui estudam pessoas do mundo inteiro." seu professor está impressionado com o início perfeito para uma maior internacio-
Há um ano coloquei meus pés na Alemanha têm outro alguém como amigo, eles se mostram as
O contato com estudantes internacionais foco do bolsista. "Para ele, o estudo e o nalização da pesquisa e desenvolvimento
pela primeira vez. Com um sentimento de certa pessoas mais gentis e coniáveis que se pode co-
e alemães o mudou, diz ele. "Hoje sou estágio se complementam perfeitamen- brasileiros."
insegurança e inquietação, mas ao mesmo tempo nhecer.
mais aberto e tenho mais respeito diante te. Ele obtém os fundamentos teóricos
de ansiedade e satisfação, cheguei pensando que
de culturas diferentes e aprendi a traba- em Berlim, aprofunda o conhecimento
meu ano de intercâmbio seria incrível. Bom, ele aca- Eu pensei que meu ano no exterior seria ótimo.
lhar de forma mais responsável e prois- de forma prática em um exercício de
bou tornando-se muito mais do que isso. Cheguei Foi além disso: memorável, excitante, desaiador
sional." simulação, aprende sobre os processos
pensando que meu alemão era bom, e percebi que e esclarecedor. Eu vejo o mundo agora com novos
industriais e consegue acompanhar mui-
eu ainda não entendia muita coisa. Acreditava que olhos: esse ano mudou meu modo de pensar e agir.
Ensino e prática se complementam to bem as discussões em alemão."
tudo seria perfeito, mas isso também não se conir- Gostaria que mais alunos pudessem compartilhar
Os estágios acadêmicos e industriais no
mou. Pensei que não seria tão difícil acompanhar as dessa experiência. Claro que eu senti falta do Brasil
laboratório geobotânico da Universidade Como o DLR mantém contato com a
aulas da universidade, mas no im acabei penando - minha família e amigos, minha casa e tudo o que
de Trier ou no Centro Aeroespacial Ale- Empresa Brasileira de Aeronáutica São
para entender o básico. o meu belo país tem à oferecer. Na Alemanha eu
mão (Deutsches Zentrum für Luft- und José dos Campos (EMBRAER) perto de n Talles Bruno Oliveira (esquerda) com
aprendi a desfrutar de cada momento e sempre me
Raumfahrt, DLR) em Göttingen foram São Paulo, Hermann acha que tem boas colegas de todo o mundo
A Alemanha é, sim, incrível em vários aspectos. O policiei para não perder qualquer experiência, dia,
valiosos para Talles e Hermann respec- chances de emprego depois de inalizar
trem funciona na hora, os serviços públicos são palavra, sorriso ou lágrima. O Brasil terá sempre um
tivamente. Os dois valorizam o trabalho seus estudos.. Mas, assim como Talles,
coniáveis e de qualidade, a educação é imbatível lugar especial no meu coração - mas este espaço
autônomo e independente coniado a ele também consegue imaginar fazer um
e a segurança é absolutamente grandiosa. Mesmo agora é dividido com outro país: a Alemanha.
eles e que é cobrado na Alemanha. Na doutorado na Alemanha. "A vontade de
assim, existem pontos fracos: existe lixo nas ruas
TU Berlim, Hermann fez o curso sobre aprender, a abertura e o empenho dos
como em vários outros países, existe assalto, assas-
aerolástica, ou seja, forças aerodinâmi- bolsistas brasileiros são impressionan-
sinato, xingamento, brigas e sim, inclusive corrup-
cas que fazem efeito sobre a estrutura tes", diz Katharina Riehle que coordena o
ção – a diferença é que os alemães sentem vergo-
de um avião. Graças ao seu professor programa CsF no DAAD. Assim, os jovens
nha disso e levam o assunto muito a sério.
Wolf Krüger, engenheiro no DLR, ele se brasileiros, que muitas vezes deixam o
esforçou para conseguir um estágio lá e seu país pela primeira vez, enfrentam os
Amizades para vida inteira
o conseguiu. O estágio será considerado desaios de estudar no exterior da melhor
Também cheguei pensando que todos os alemães
seriam frios e antipáticos. Mais uma vez, errei. Al-
guns são exatamente assim. No entanto, outros se
mostraram ser umas das pessoas mais extraordiná-
rias e carismáticas que já tive a oportunidade de
» Muitos bolsistas mantêm sua mobilidade conhecer. E aqui é a parte em que mais me surpre-
endi: iz amigos de verdade durante essa experiên-
e voltam a buscar oportunidades de em- cia, que esperançosamente manterei por toda mi-
n AUGUSTO BOSHAMMER PIAZERA
prego ou um doutoramento no exterior – nha vida. Os alemães demoram mais tempo para se
(terceiro a contar da esquerda)
sentirem confortáveis com pessoas que acabaram
o programa CsF é o início perfeito para de conhecer, mas a partir do momento em que eles foi, entre agosto de 2013 e julho de 2014 um bolsis-
uma maior internacionalização da pes- ta CsF. Ele estudou Ciência da Engenharia na Universi-
quisa e desenvolvimento brasileiros.« dade de Ciências Aplicadas na Universidade de Frank-
furt. Hoje ele estuda Engenharia Civil na Universidade
Katharina Riehle, coordenadora do programa CsF no DAAD Federal de Santa Catarina
10 Campus Alemanha 11
Doutoramento na Alemanha –
vantagem para ambos os lados
Tanto os doutorandos como as universidades alemãs são benei- é beneiciada por esse entrelaçamen-
ciados pelo doutorado no âmbito do CsF. to estreito entre ciência e economia; a
abordagem interdisciplinar lhe oferece
uma infraestrutura que não encontraria
Claudia Wickleder, professora catedrática de Química Inorgânica na Universidade
no Brasil dessa mesma forma.
de Siegen é, graças a uma antiga doutoranda brasileira, responsável por três bolsis-
tas do programa Ciência sem Fronteiras. "Ela que me falou sobre o programa", conta
Diálogos estimulantes
a professora. Assim que voltou para a sua terra natal, a doutoranda fez propaganda
O acompanhamento acadêmico vai mui-
por todos os lados. E teve sucesso: 22 brasileiros estudaram em Siegen no semestre
to além do trabalho nos melhores labo-
de verão de 2015.
ratórios. Além de seminários onde os
doutorandos apresentam a sua pesqui-
sa e colóquios com visitantes externos
Por que você escolheu a Alemanha como país de destino? de todo o mundo, o diálogo intensivo CURTA ENTREVISTA
entre doutorando e orientador tem um
Eu quero ampliar os meus conhecimentos do idioma alemão. papel particularmente importante. Clau- Fazer contatos, usar competência
15 % 23,5 % As condições de estudo e pesquisa são boas na Alemanha. dia discute extensivamente com os seus
17,6 % Letícia Santos de Lima está fazendo o seu doutorado no Integrative
Os cursos oferecidos na Alemanha foram especialmente interessantes para a doutorandos sobre os seus resultados
minha especialização. Research Institute on Transformations of Human-Environment Systems
22,5 % de pesquisa, o que beneicia ambas as
21,4 % Eu me interesso pela cultura alemã. da Universidade Humboldt de Berlim desde outubro de 2014. Na entre-
partes. "Às vezes os meus doutorandos vista ela resume o seu primeiro ano.
Uma estadia na Alemanha poderá me beneiciar proissionalmente no futuro.
discordam comigo – e têm razão", diz a
Fonte: Inquérito 2015 entre estudantes que acabaram de começar os seus estudos na Alemanha professora de química. Ela, por sua vez,
os auxilia com dicas ou textos cientíicos Por que você está fazendo o seu dou- O que você mais gosta no doutorado
quando têm diiculdades com suas ex- torado na Alemanha? com o CsF?
Métodos modernos para as tecnologias de ponta de amanhã periências. A Alemanha possui uma reputação ex- Além das exigências acadêmicas, o ins-
O departamento de Química Inorgânica de Siegen oferece muito aos bolsistas. Os celente na ciência. Por isso, eu procurei tituto valoriza muito as competências
laboratórios possuem equipamentos melhores que no Brasil e disponibilizam aos Os doutorandos também valorizam o uma vaga aqui e a encontrei na Univer- sociais como networking e interdiscipli-
pesquisadores toda a aparelhagem que precisam para um trabalho excelente. "Es- intercâmbio com os seus colegas. "Os sidade Humboldt: um professor aqui nariedade. Eu também aprendi a apre-
sas condições enriquecem a minha pesquisa e permitem o seu avanço", diz Aída outros doutorandos me ajudam muito", leciona exatamente a mesma área de sentar melhor as minhas pesquisas, o
Domithilla da Fonsêca Melo que está fazendo o seu doutorado na universidade. diz Aída que trabalha com alemães, bra- pesquisa que me interessa. O que aca- que traz vantagens ao realizar seminários
Nesses laboratórios modernos, os bolsistas aprendem muito e diretamente sobre sileiros, indianos, chineses, um francês bou me convencendo foi que um dos e conferências. Eu também valorizo tra-
as mais novas tecnologias e métodos modernos. "Os doutorandos recebem todo o e um queniano. Essa competência inter- pós-doutorados do instituto pesquisa na balhar em um ambiente intercultural e
conhecimento de meu círculo de trabalho", diz Claudia. Fazem parte, entre outros, cultural faz parte das experiências que Colômbia, e eu também queria trabalhar poder, assim, melhorar a minha capaci-
o desenvolvimento de novos materiais para tecnologias óticas, por exemplo células os bolsistas levam para o Brasil quando com dados da América do Sul. dade de comunicação.
solares, nanopartículas como marcadores medicinais ou novos materiais luores- retornam. Além disso, levam consigo o
centes economizadores de energia para LEDs, pelo qual a Universidade de Siegen conhecimento que obtiveram através de Qual a diferença entre o doutorado na Quais são os seus planos para o futuro?
é internacionalmente credenciada. Essas são as melhores condições para os jovens três anos de estudo prático de métodos Alemanha e no Brasil? O meu objetivo é trabalhar em uma uni-
cientistas , diz Claudia: "A Alemanha é reconhecida pela sua ótima competência na e tecnologias na Alemanha, o qual pode- O meu instituto me oferece muita coi- versidade brasileira e por em prática as
pesquisa de ciências naturais e de engenharia." rão aplicar no Brasil. Os anitriões tam- sa que não seria possível no Brasil, por experiências que iz na Alemanha. Eu
bém são beneiciados, pois os bolsistas exemplo, o contato com cientistas no quero promover que a pesquisa se torne
Barbara Priscila Andreon concorda. Depois de estudar na enriquecem as universidades e institu- país e no exterior. Eu sou incentivada a mais lexível e interdisciplinar. Os estu-
» A Alemanha é reconhecida pela sua ótima Alemanha em 2013, ela voltou ao país para o seu doutorado tos de pesquisa alemães, diz Claudia: realizar seminários e palestras ou a or- dantes também devem ser mais envol-
CsF em ciências dos materiais no Fraunhofer Institute for "No caso dos bolsistas do CsF, pode-se ganizar workshops. A autonomia e ini- vidos nas pesquisas e no intercâmbio,
competência na pesquisa de ciências naturais
Manufacturing Technology and Advanced Materials (IFAM): ter certeza de que se trata de jovens ciativa própria são componentes básicos para que possam ser apoiados de forma
e de engenharia.« "O IFAM é reconhecido mundialmente pela sua competên- pesquisadores excelentes e motivados." do doutorado na Alemanha. Ao mesmo melhor em seus estudos e para criar um
A Professora Claudia Wickleder recebe no Departamento de Química
cia na tecnologia de adesivos, que se estende desde a fór- tempo, eu considero o apoio construtivo ambiente produtivo.
Inorgânica da Universidade de Siegen três bolsistas do programa CsF
mula até a aplicação na indústria." A própria pesquisadora e igualitário.
12 Campus Alemanha 13
Acompanhamento social –
pessoal e individual
"Quando os bolsistas se sentem bem acolhidos, eles come- do programa Ciências sem Fronteiras. "Cinco tutores cuidam versidade. Além disso, eles se preparam 0,4%
çam os seus estudos com uma atitude positiva", airma Conny apenas dos estudantes brasileiros. Eles ajudam na primeira para entrevistas e Centros de Avaliação 5,3% satisfeito
10,9% principalmente satisfeito
Bast, funcionária do International Ofice (IO) da Universidade fase de adaptação, assim como em questões sobre os es- através de palestras e exercícios. Uma
de Albstadt-Sigmaringen. Por isso, os novos bolsistas já foram tudos. Por isso, fazemos questão que os tutores venham do funcionária do Career Center da uni- 49,1% principalmente insatisfeito
recebidos na estação de trem. Durante uma Semana de Boas- mesmo curso que os bolsistas", diz Anne-Katrin Behnert do versidade veriica todos os documentos 34,3% insatisfeito
Vindas intensiva eles têm a oportunidade de conhecer o novo International Ofice. "Os tutores são como amigos para nós. para a candidatura individualmente. não posso avaliar
ambiente: a equipe do International Ofice auxilia os estudan- Eles nos mostram a cidade e organizam passeios. Eles nos "Assim, todos bolsistas encontram uma
tes em questões administrativas, ajuda a abrir uma conta ban- disponibilizam resumos de aulas e seminários para podermos empresa adequada. Como a maioria Fonte: Pesquisa 2015 entre estudantes depois do primeiro semestre
cária ou a fazer a primeira compra no supermercado. estudar melhor", explica Gustavo Rodrigues de Carvalho Lei- dos brasileiros precisa absolver um es-
te, que estudou engenharia mecânica em Magdeburg durante tágio para o seu curso no Brasil, eles o
O contato pessoal é importante dois semestres. fazem aqui", diz Conny.
O quão satisfeito está com a consulta e assistência acadêmica de
Conny é a pessoa de contato desde a candidatura: "Eu não
sua universidade?
só conheço todos os bolsistas pelo nome, mas também tenho Através de um endereço de e-mail central, os estudantes bra- Sempre atualizados
um contato direto com os professores e posso intermediar, por sileiros podem entrar em contato com os tutores enquanto O DAAD realiza regularmente workshops 1%
exemplo, quando os bolsistas não conseguem acompanhar os ainda estão no Brasil. Depois de chegarem em Magdeburg, para preparar os responsáveis das uni- satisfeito
3,3%
seminários". Quando um professor reclamou que um estudan- eles passam a se conhecer em um "Fim de Semana de Boas- versidades alemãs para a chegada dos 12,6% principalmente satisfeito
te brasileiro não tinha a coragem de falar com ele depois do Vindas": "Transmitimos aos bolsistas que eles se encontram visitantes brasileiros. "Informamos sobre 41,6% principalmente insatisfeito
curso, a chefe do IO reagiu. "Eu encorajei o bolsista e ele teve no mesmo nível que os tutores e que podem procurá-los para desenvolvimentos atuais no programa 41,5% insatisfeito
uma conversa frutífera com o professor. Com 3.300 alunos, todas perguntas e problemas, seja a elaboração do horário, de bolsistas. Mas oferecemos, principal- não posso avaliar
a nossa universidade possui um ambiente familiar – e damos a inscrição para cursos, ou com questões sobre o dia-a-dia mente, um fórum para o diálogo com o
atenção a cada um. na Alemanha", diz Anne-Katrin. Para o melhor intercâmbio de objetivo de transmitir aos responsáveis Fonte: Pesquisa 2015 entre estudantes depois do primeiro semestre
experiências também contamos com bolsistas do CsF que já algumas idéias para o seu trabalho",
Apesar de ter 14.000 estudantes, entre eles, 2.000 estudan- estão na Alemanha há mais tempo: "Depois do im de sema- diz Katharina Latsch da equipe CsF no
tes internacionais, a assistência pessoal aos bolsistas brasilei- na, os brasileiros se sentem mais seguros e têm uma ótima DAAD. Em grupos de trabalho, os parti-
ros também é prioridade na Universidade Otto von Guericke base para dominar o dia-a-dia em Magdeburg." cipantes discutem questões fundamen-
em Magdeburg. Isso é possível graças a fundos adicionais tais como a organização de cursos de
Bem preparados alemão ou o acompanhamento acadê-
A adaptação funciona através de uma grande oferta de ati- mico. "Por sempre trocarmos idéias e
vidades que faz parte do padrão em Magdeburg, Albstadt- conversarmos sobre nossas experiên-
n Bem-vindo à Alemanha: o International Ofice da
Sigmaringen e muitas outras universidades alemãs: encontros cias com outras universidades, pode-
Universidade de Magdeburg cumprimenta os novos
internacionais frequentes, excursões para a região e ativida- mos melhorar a assistência cada vez
alunos internacionais
des de lazer comuns. Como o domínio do idioma também é mais", resume Anne-Katrin de Magde-
importante para quem vive e estuda na Alemanha, todos os burg.
bolsistas frequentam cursos de alemão.
Acompanhamento acadêmico –
em perfeita sintonia Associações de pesquisa animadas
Pesquisas no laboratório, projetos alemães-brasileiros, ensino empolgante – tudo isso aguarda os O Professor Thomas Stützel é o diretor do departamento de evolução e biodiversidade de vege-
futuros engenheiros civis do Brasil na Universidade Técnica de Kaiserslautern. O Professor Matthias tação na Ruhr-Universität Bochum e supervisiona os doutorandos do CsF nas modalidades plena
Pahn faz com que os cursos oferecidos estejam em sintonia com os interesses dos bolsistas do CsF. e sanduíche. Os bolsistas formam pontes importantes para a pesquisa alemã-brasileira na RUB.
O que abrange o acompanhamento acadêmico dos bolsistas habilidades práticas, como a criação de concreto de alta resis- Como você é beneiciado com o programa CsF?
no departamento de engenharia civil? tência ou a utilização de tecnologia de medição, e a analisar Graças ao CsF, o meu departamento recebe muitos doutorandos com ótima
Primeiro, auxiliamos os bolsistas do CsF na escolha das maté- resultados de pesquisa. formação. Eles assumem funções em projetos de pesquisa alemães-brasilei-
rias: pergunto sobre os seus interesses e recomendo professo- ros e trabalham de igual para igual com outros cientistas. O meu doutorando
res que ofereçam cursos respectivos. Para nós, é importante De que forma vocês respondem às necessidades de estudo “pleno” do CsF atual, por exemplo, está pesquisando sobre a evolução e o ci-
que os bolsistas conversem com os professores antes de se dos bolsistas brasileiros? clo de vida dos isoetes brasileiros. Tal pesquisa é combinada com o contexto
inscreverem para um curso, para discutirem as exigências em Todos os colegas sabem que há estudantes brasileiros parti- de um trabalho que já se encontra em andamento na mesma região sobre as
geral e a acreditação. Antes de começar o semestre, fechamos cipando das aulas e seminários e estão sempre à disposição selaginelas que estão estreitamente relacionadas aos isoetes.
o Learning Agreement e conferimos mais uma vez a grade cur- para esclarecer perguntas cientíicas e problemas. Além dis-
ricular elaborada, pois, de acordo com a nossa experiência, os so, oferecemos aulas com referência ao Brasil. No semes- Uma vantagem do CsF: quando solicitamos vagas para doutorandos no âm-
bolsistas exigem demais de si mesmos. No inal, documentamos tre de verão de 2015, os estudantes alemães e brasileiros bito do programa, eles geralmente são aceitos. Assim, podemos planejar os
os seus Credit Points alcançados para serem reconhecidos na abordaram a questão como eles construiriam no Brasil com projetos alemães-brasileiros a longo prazo.
n Professor Thomas Stützel
universidade no Brasil. tecnologias europeias. O seminário tinha um motivo concreto:
O Professor Thomas Stützel é o diretor do
em uma cooperação de pesquisa atual com uma empresa de
O CsF inluenciou a sua relação com o Brasil? departamento de evolução e biodiversidade
construção brasileira de Rio Claro, nós desenvolvemos um de vegetação na Ruhr-Universität Bochum
No início dos anos 80, eu mesmo pesquisei no Brasil como
conceito que permite a construção de milhares de casas em
doutorando com uma bolsa do DAAD. Hoje, muitos dos
pouco tempo. Os estudantes desenvolveram componentes e
meus colegas de antigamente também são professores. Com
princípios de construção para tal.
o programa CsF podemos intensiicar a nossa colaboração O CsF ajuda a criar novas cooperações entre universidades?
e juntos encaminhar novas pesquisas: os meus parceiros O programa CsF ainda é novo – novas cooperações entre uni-
Como os estudantes estão respondendo a este acompanha-
brasileiros sugerem candidatos para a bolsa e eu já passo versidades precisam de tempo para crescer. Mas o potencial
mento?
a conhecê-los no Brasil. Depois desenvolvemos um projeto para cooperações alemãs-brasileiras com certeza aumentou na
Depois de um só semestre, os bolsistas já estão tão bem in-
que combine com os nossos interesses e esteja em perfeita Ruhr-Universität Bochum: vários doutorandos do CsF, que estão
tegrados que não precisam de mais nenhuma ajuda de nossa
sintonização com os temas de doutorado dos doutorandos. bem integrados e que construíram uma rede entre si, pesqui-
parte e conseguem acompanhar todas as aulas com êxito. Não
sam em todos departamentos. Esperamos que o contato seja
conseguimos imaginar um sucesso maior. Eles gostam dos cur-
Como já existem relações com algumas universidades, frutífero e que possamos continuar e ampliar as cooperações.
sos, conhecem o nosso departamento e os nossos laboratórios.
muitas vezes icamos em contato com os bolsistas mesmo
Quem quiser voltar para fazer o seu doutorado aqui será muito
depois da sua estadia. A maioria das minhas publicações Um programa como o CsF também faz sentido para doutoran-
bem-vindo.
são criadas com a cooperação brasileira, inclusive com os dos alemães. Eu mesmo aprendi muito como doutorando no
bolsistas do CsF. Um belo reconhecimento: uma ex-aluna Brasil. Essa experiência inluenciou a minha pesquisa e toda
Professor Matthias Pahn n
voltará para pesquisar em Bochum em 2016 como bolsista a minha vida. No lado alemão, também precisamos de jovens
O Professor Matthias Pahn faz com
que os cursos oferecidos estejam da Universidade Alexander von Humboldt. pesquisadores que estabeleçam contatos no Brasil e que man-
em sintonia com os interesses dos tenham as cooperações existentes.
bolsistas do CsF
No Centro
Grußwort
Eventos | Estágios em empresas
Frau Prof. Dr. Wintermantel
Aprender alemão Os benefícios do networking
Discutir projetos, trocar ideias, fazer contatos – foi com essa inalidade que os
120 jovens pesquisadores brasileiros se reuniram no seminário para doutorandos
do programa CsF.
Desde 2014, Felipe Padilha Leitzke faz o seu doutorado em Bonn, no Instituto Stein-
mann de Geologia, Mineralogia e Paleontologia. No âmbito do seminário, a expecta-
tiva principal do geocientista consistia na possibilidade de fazer contatos com outros
doutorandos que compartilham as suas experiências com o doutorado na Alemanha.
No entanto, os dois dias de seminário em Bonn também o ajudaram no contexto
cientíico. "A maioria dos participantes possui um histórico cientíico diferente do
meu", diz Felipe. "Mesmo assim – ou, talvez, por isso mesmo – trocamos ideias e eu
adotei uma perspectiva totalmente diferente para as minhas pesquisas."
Esse resultado constituiu o foco do seminário desde o início. A Dra. Birgit Klüsener,
Chefe do Departamento de Bolsas, resume a pretensão: "Networking, networking,
networking – em vários sentidos." O DAAD permite que os doutorandos conheçam o
próprio DAAD e o ambiente de pesquisa alemão. "O equilíbrio entre as contribuições
e o intercâmbio era especialmente importante para nós", explica Julia Kracht da equi-
pe CsF e organizadora do evento. Por isso, várias palestras e discussões destacaram
as condições gerais da pesquisa na Alemanha; sejam oportunidades de doutorado
em instituições diferentes, possibilidades de inanciamento ou exemplos de coopera-
ções alemãs-brasileiras.
n ASSINATURA DO ACORDO DE n LANÇAMENTO DO n CeBIT n 1º WORKSHOP PARA n VIAGENS DE n 1º CsF JOINT ROAD SHOW n ENCONTRO DE n PARTIDA DOS
TRABALHO E WORKSHOP DE PORTAL DO CsF Março de 2012 TUTORES MONITORAMENTO Junho de 2013 BOLSISTAS EM CHEMNITZ ASSISTENTES
LANÇAMENTO Final de 2011 Junho de 2012 regularmente desde 2013 Junho de 2013 DE ENSINO
Brasil é país parceiro da Em um Road Show, o DAAD
Novembro de 2011 Outubro de 2013
O portal foi concebido feira de TI CeBIT. Chanceler Até 50 representantes de O DAAD visita as universi- e outras organizações interna- Mais de 150 bolsistas do
Ciência sem Fronteiras Alemanha: os para a alocação dos Angela Merkel encontra a IESs alemãs se encontram dades e escolas de línguas cionais fazem promoção para CsF e mais de 700 bolsistas A Alemanha apoia o
parceiros brasileiros CAPES e CNPq, candidatos nas universi- presidente brasileira e os anualmente em Bonn para para avaliar a sua qualidade a Alemanha nas universidades internacionais se encon- ensino de alemão no
representantes de universidades dades alemãs. Além disso, primeiros bolsistas do CsF. treinamento. e conhecer os bolsistas. brasileiras. tram para discutir sobre o Brasil e envia, pela
alemãs e brasileiras, assim como o fornece informações para tema do ano do DAAD "Um primeira vez, assistentes
DAAD lançam o programa com um bolsistas e representantes conceito internacional para de ensino para universi-
workshop em Bonn. de universidades. a sustentabilidade". dades brasileiras
(relatório p. 31).
2º CsF Joint Road Show 4º Workshop para tutores 2º CsF-Newsletter 3º CsF Joint Road Show 3º CsF-Newsletter
Junho de 2015
2015
Maio de 2014 Novembro de 2014 Dezembro de 2014 Maio de 2015
2016
n ASSINATURA DO n SEMINÁRIO DE ORIENTAÇÃO (PhD) n FEIRA DE CARREIRAS n WORKSHOP PARA PhDs EM BONN n FILME DO CsF
MoU ALEMÃO SEM FRONTEIRAS Setembro 2015 Novembro de 2015 Dezembro de 2015 Dezembro de 2015
Agosto de 2015
Mais detalhes na página 17. Ex-bolsistas do CsF se encontram em São Doutorandos e pós-doutorandos do programa Em ilmes produzidos por
No âmbito das consultas dos Paulo com empresas alemãs e brasileiras de intercâmbio se encontram. Eles atuarão eles mesmos, os bolsistas do
governos alemão e brasileiro, é e se can- como promotores para CsF mostram a sua vida na
assinado um acordo sobre a amplia- didatam a o CsF também na área Alemanha.
ção do ensino de alemão no Brasil. um estágio de pesquisa.
ou ao seu
primeiro
emprego.
20 No Centro – Estágios em empresas 21
Teoria e prática – universidades alemãs mantêm relações estreitas com a indústria para prepa- Para Elke, o ensino voltado para o mercado de trabalho na Ale-
rar os seus formandos para o mercado de trabalho. Isso também beneicia os bolsistas do CsF. manha é valioso por mais um outro motivo. O Brasil também
conhece o ensino voltado para o mercado de trabalho, porém:
Na Universidade de Ciências Aplicadas de Würzburg- hora de se candidatarem para um estágio na indústria. No "O convívio com culturas diferentes em empresas internacio-
Schweinfurt (FHWS) o "ensino voltado ao mercado de traba- curso "Internship in German Business Culture" Elke explica nais é treinado na indústria alemã através de estágios." Para
lho" signiica muito mais que estágios obrigatórios para estu- aos bolsistas brasileiros detalhadamente como funciona o Rômulo esse é um benefício central: "Foi muito interessante
dantes. "Aqui muitas aulas têm uma ligação concreta com a sistema de estágios na Alemanha. Onde se candidatar, como aprender como soluções diferentes são criadas em grupos in-
vida proissional", diz a Professora Elke Stadelmann, respon- escrever uma carta e um currículo, é preciso foto ou não? terculturais. Eu aprendi a solucionar problemas em um outro
sável por relações internacionais no departamento de ciên- "Além disso, eu converso com cada um individualmente sobre idioma."
cias da engenharia na FHWS. Nos seminários de projetos, a as suas intenções e seus objetivos, veriico os documentos e
universidade mantém uma cooperação estreita com empre- dou dicas", diz Elke. Foi assim que Rômulo Andrade, que, em
sas. Pequenos grupos trabalham com questões concretas da 2014, estudava engenharia industrial em Schweinfurt com
indústria da região da universidade – como por exemplo a uma bolsa do CsF, conseguiu um estágio na área de marke-
melhoria de sistemas de armazenamento. É quase impossível ting e vendas da Daimler AG – na sede da Mercedes-Benz em
criar uma proximidade maior entre o processo de aprendi- Stuttgart. Os meses na Alemanha foram "uma das melhores n Michelle Coqueiro C. Santos passou a conhecer o
zagem teórico e a sua aplicação, diz a professora. "Nesses experiências de minha vida" – especialmente devido ao en- dia-a-dia proissional de uma gerente de ofertas na VW
seminários, as empresas trelaçamento de teoria e prática. "Nós sempre trabalhávamos
também auxiliam os estu- com exemplos concretos e veriicávamos na prática o que
dantes e discutem as suas tínhamos aprendido. É isso que é necessário para tornar-se ENTREVISTA
sugestões." um bom engenheiro", diz Rômulo.
O estágio com futuro
Os estudantes do Brasil
são beneiciados por esse A Kärcher, líder de mercado para tecnologias de limpeza, emprega muitos estagiários internacio-
sistema e, além disso, são nais. Udo Maumann, Chefe do Marketing de Pessoal, coordena os bolsistas do CsF na central em
auxiliados pela FHWS na Winnenden.
n Para Rômulo de Andrade, a estadia na Alemanha Como são organizados os estágios na Kärcher? De que forma que os estágios contribuem para a Kärcher?
foi uma das melhores épocas de sua vida Valorizamos um bom acompanhamento. Os estagiários apren- Tendo em vista a falta de mão de obra com currículo enge-
dem muito sobre a empresa em eventos de informação e nheiro-cientíico, a Kärcher está estabelecendo uma rede na
workshops. Em cada departamento eles são recebidos por um Alemanha e no Brasil. No passado, já contratamos antigos
»Na Alemanha, esperam de mim muita iniciativa própria, que eu faça o supervisor com o qual trabalham e que os acompanha durante estagiários quando percebemos que ambas partes combina-
melhor possível e que seja comunicativa apesar das barreiras linguísticas todo o estágio. Assim, os bolsistas do CsF que já possuem vam. É uma situação vantajosa para todos, pois passamos a
uma boa formação cientíica podem mergulhar no dia-a-dia conhecer a pessoa e ela sabe exatamente se a Kärcher é o em-
iniciais. Aceitar esse desafio me prepara para o mercado de trabalho brasi- proissional e colaborar a nível prático. pregador de sua esco-
leiro onde há várias empresas internacionais. « lha. Na maioria das
Michelle Santos estudou engenharia industrial e mecânica na Universidade de Magdeburg. Por que a sua empresa trabalha com o CsF? vezes, esse é o início
Na nossa empresa, a diversidade é um aspecto importante, de uma ótima relação
jovens cientistas internacionais são bem-vindos. Além disso, de trabalho. Em geral,
A bolsista brasileira Michelle Coqueiro C. Santos que estu- reuniões e fazer experiências concretas. O alto reconhecimen- desde 1975, a Kärcher tem uma fábrica no Brasil. Por isso faz os nossos estagiários
dou engenharia industrial e mecânica na Universidade de to que recebeu no seu estágio foi motivador para Michelle: muito sentido transmitir o espírito da nossa empresa aos futu- têm as melhores con-
Magdeburg também buscou um estágio numa montadora de "Na Alemanha, esperam de mim muita iniciativa própria, que ros engenheiros brasileiros. Seria ideal se os bolsistas do CsF dições de encontrar
automóveis alemã. Ela trabalhou na gestão de orçamentos da eu faça o melhor possível e que seja comunicativa apesar das izessem as suas teses na nossa fábrica no Brasil. um bom emprego no
Volkswagen em Wolfsburg e aprendeu a logística complexa do barreiras linguísticas iniciais. Aceitar esse desaio me prepara seu país.
abastecimento de componentes plásticos para a fabricação de para o mercado de trabalho brasileiro onde há várias empresas
n UDO BAUMANN
automóveis. Lá ela também teve um acompanhamento pró- internacionais."
Chefe do Marketing de Pessoal
ximo e útil, pôde trabalhar de forma autônoma, participar de
22 No Centro – Aprender alemão 23
Diversos cursos de alemão preparam os bolsistas do CsF intensivamente para o Assistentes de ensino alemães complementam o ensino de idiomas em 20 univer-
ensino acadêmico. Além disso, os jovens recebem um acompanhamento abran- sidades brasileiras e oferecem a potenciais bolsistas do CsF uma boa preparação
gente – isso facilita os primeiros passos na Alemanha. para o estudo na Alemanha.
Quando Jürgen Kalinna, diretor da escola primeiro contato com o novo idioma e o Com o sucesso do "Ciência sem Fron- raquara durante dez meses. Das suas
de idiomas "Speak and Write" em Mar- dia-a-dia no país antes de começarem as teiras" cresce a demanda por cursos aulas intensivas faziam parte cursos
burg, e sua principal tutora para o progra- aulas", diz Juliana Brunello, que organiza de línguas nas universidades brasilei- de conversação e de preparação para
ma CsF, Veronica Silva dos Santos, dão cursos de línguas no DAAD. ras. Para fortalecer o interesse de es- testes, uma oicina de redação e aulas
as boas-vindas a um grupo de bolsistas tudantes brasileiros pela Alemanha, o sobre a história, economia, sociedade
do Brasil, a felicidade é grande: inalmen- Para garantir o maior sucesso de aprendi- ensino de alemão
te podem se dar as mãos e abraçar-se – zagem, todos os institutos de línguas com também vem sendo
pois eles já se conhecem há algum tem- os quais o DAAD trabalha estão prepa- apoiado por jovens ALEMÃO SEM FRONTEIRAS
po. "Nós nos comunicamos muito através rados para lidar com os diferentes níveis assistentes de ensi-
de e-mail e das redes sociais previamente de aprendizado dos bolsistas do CsF. Há no alemães, através Em 2015, são quase 13.000 alunos que aprendem alemão nas universidades brasileiras,
e respondemos muitas perguntas", diz a cursos desde o ensino sistemático de de um programa sendo 10.000 de outros departamentos além da germanística. No total, isso representa
tutora brasileira responsável pelos bolsis- alemão básico até aulas com conteúdos que o DAAD desen- 34 por cento mais estudantes de alemão que em 2010. Em agosto de 2015, um novo
tas do CsF na "Speak and Write". relacionados aos cursos universitários. volveu para o Brasil programa "Alemão sem Fronteiras" foi acordado entre o Brasil e a Alemanha como com-
Atualmente, o curso intensivo de alemão em 2013. "Desde o plemento ao CsF. Ele proporcionará oportunidades para o aprendizado da língua alemã a
Bem-vindos ao país-anitrião de língua dura dois meses. Porém, os bolsistas do início do programa já partir do próximo ano, através do fornecimento de licenças online em combinação com
alemã CsF já podem se preparar de antemão enviamos 33 profes- cursos presenciais. Além disso, testes e certiicados serão fornecidos e, em universidades
A renomada escola de línguas de Mar- com um teste de avaliação e o curso on- sores de alemão para brasileiras, serão promovidos o estabelecimento de centros de aprendizagem de línguas.
burg trabalha com o DAAD há mais de line DUO (Deutsch-Uni Online). "Nesse o Brasil", diz Julia
20 anos, e auxilia grupos de bolsistas que curso patrocinado pelo Ministério das Kracht. Ela coordena
vêm para a Alemanha através de pro- Relações Exteriores (AA), os bolsistas do o programa de assistentes de ensino no e cultura alemã. Lukas também des-
gramas especiais. "No âmbito do CsF, o CsF estudam e fazem exercícios online DAAD, que é inanciado pelo DAAD jun- pertou o interesse dos estudantes bra-
DAAD nos contrata não só para os cursos com um tutor alemão", diz Juliana. Quan- tamente com a CAPES. Os assistentes sileiros pelo estudo no exterior através
de alemão, mas também para o transfer do começam as aulas, o estudo do idio- de ensino transmitem conhecimentos de diversas atividades extracurriculares
do aeroporto, o alojamento em famílias ma continua para os bolsistas: cursos de básicos da língua. "Além disso, os es- – ele organizou um festival de cinema e
alemãs, e um programa de atividades alemão e de comunicação preparatórios tudantes são preparados para determi- uma semana temática sobre a literatura
culturais, orientadoras e de lazer", explica ou em acompanhamento na universida- nados cursos universitários relevantes contemporânea alemã na universidade
o diretor. Ele e a sua equipe estão à dispo- de inanciados pelos parceiros brasileiros para os bolsistas do CsF, expandindo as brasileira. Tendo em vista os potenciais
sição dos jovens brasileiros para auxiliá- CAPES e CNPq contribuem para que a ofertas de cursos também em relação ao bolsistas do CsF, também foi criado um
n Aprender alemão com facilidade: o los em todas as questões – seja na hora experiência acadêmica na Alemanha seja jargão cientíico." Mais uma vantagem: curso de peças radiofônicas. "A com-
instituto de línguas "Speak and Write" de abrir uma conta bancária, para uma um sucesso. Doutorandos e pós-douto- os jovens assistentes de ensino ale- preensão auditiva muitas vezes é insu-
em Marburg apoia o DAAD há mais de consulta médica ou perguntas pessoais. randos também podem se preparar para mães despertam a curiosidade sobre o icientemente tratada nas aulas de ale-
20 anos "Essa assistência abrangente é importan- a sua estadia através dos cursos inancia- seu país e respondem muitas perguntas mão comuns", diz Lukas. Mas é isso que
te do ponto de vista do DAAD. Pois ela faz dos pelo Ministério das Relações Exterio- iniciais dos alunos interessados em es- é importante para os jovens brasileiros
com que os bolsistas já tenham um bom res (AA). tudar na Alemanha. que chegam às universidades alemãs e
querem acompanhar as aulas. "Os estu-
Falar – escrever – entender dantes ouviram peças radiofônicas ale-
Lukas Reif é um desses assistentes de mãs, depois eles mesmos criaram um
APRENDENDO ALEMÃO ensino. Logo depois de se formar, o jo- roteiro, juntaram sons, gravaram trechos
vem professor de alemão da Baviera se de fala e produziram tudo sozinhos." A
»O meu curso de alemão no Instituto Goethe em Göttingen foi fantástico. Eu comecei sem falar uma candidatou como assistente de ensino introdução ao idioma alemão pode ser
palavra de alemão – e depois de seis meses o domínio era aceitável. Praticamos leitura, compreensão
do DAAD e foi lecionar na Universida- tão diversiicada assim.
auditiva e expressão escrita e oral. Hoje eu posso conversar com alemães e entender informações coti-
de Estadual Paulista (UNESP) em Ara-
dianas na rua ou no trem. Isso é muito importante para a minha vida aqui, apesar de o meu doutorado
ser em inglês. «
Kamila Tomoko Yuyama - Helmholtz-Zentrum für Infektionsforschung (HZI), Braunschweig
24 DAAD 25
O escritório do DAAD no Rio de Janeiro informa e aconselha estudantes interessados, organiza KATHARINA RIEHLE Chefe de equipe do CsF-Alemanha
eventos e estabelece contatos. A diretora Dra. Martina Schulze e o seu predecessor Christian Müller
sobre a execução dessas tarefas. » O DAAD apoia o programa CsF com uma equipe eiciente. É com grande empenho e
satisfação que prestamos assistência aos bolsistas e às universidades alemãs, possi-
Como começou o CsF? Quais mudanças o CsF trouxe para as relações alemãs-bra- bilitando a realização do programa da melhor forma possível para todas as partes.
CHRISTIAN MÜLLER: O programa foi inspirado pela iniciativa sileiras? Estamos empenhados em proporcionar aos bolsistas brasileiros na Alemanha uma das
americana de intercâmbio de estudantes "100,000 Strong", MARTINA SCHULZE: Desde o início do programa, o número de
apresentada pelo Presidente americano Barack Obama du- estudantes brasileiros nas universidades alemãs subiu notavel-
melhores fases de sua vida, que inluenciará o seu futuro – tanto proissional como
rante uma visita ao Brasil em 2011. A Presidente Dilma Rous- mente. Além disso, as parcerias entre as universidades quase pessoal – de forma decisiva; para que possam ampliar o seu horizonte em todos os
seff decidiu lançar um programa de mobilidade semelhante que dobraram. A atitude diante o idioma alemão também mu- sentidos e tenham a oportunidade de usar as experiências adquiridas para contribuir
para estudantes brasileiros. Pouco tempo depois, ela falou da dou muito. Em 2014, mais de 13.000 estudantes brasileiros
ideia para o então presidente alemão Christian Wulff, que pro- aprenderam alemão. São 34 por cento a mais que no último ativamente para o futuro do seu país. « Katharina Riehle
meteu aceitar um grande número de estudantes brasileiros levantamento em 2010. A partir de 2016, no âmbito do progra-
nas universidades alemãs. ma Idiomas sem Fronteiras, o alemão será oferecido em dez
universidades federais como terceiro idioma depois de inglês
De que forma é que o escritório no Rio de Janeiro apoia o e francês.
programa CsF? DAAD Bonn
CHRISTIAN MÜLLER: O DAAD esteve envolvido desde o iní- Como será daqui para a frente?
cio. O nosso antigo Vice-Presidente, Max Huber, aconselhou CHRISTIAN MÜLLER: Compreendo que o DAAD e as universi-
Christian Wulff extensamente durante a sua visita ao Brasil, dades alemãs mostraram-se bastante eicientes como parcei- JULIA KRACHT
apresentando o DAAD como organização implementadora ex- ros para o programa CsF. Os serviços de assistência e acom- Vice-chefe de equipe do CsF
PEDRO SOUSA CORREIA
periente e forte. panhamento dos bolsistas são excelentes, o que também é Assistência aos bolsistas
Alemanha
valorizado pelos parceiros brasileiros. Por isso, estou coniante
MARTINA SCHULZE: Com a ajuda de 14 Jovens Embaixado- que a Alemanha terá novamente um papel principal na sua
res, os nossos funcionários oferecem marketing e consulto- segunda fase, cujo peril ainda não está claro. Na comparação
ria à central alemã. Além disso, desde o início da campanha internacional, a Alemanha oferece excelentes condições de
FLORIAN HILLNHÜTTER KATHARINA LATSCH
do CsF, organizamos três grandes roadshows no país inteiro. ensino e pesquisa a baixo custo.
Responsável pelo portal CsF Assistência às universidades alemãs
Para a organização e conteúdo, obtivemos ajuda de agências
Alemanha que participam do programa
internacionais e das universidades que, assim, se apresenta- MARTINA SCHULZE: Na segunda fase, o foco maior deverá
vam ao público. Pela primeira vez, organizamos uma feira de ser o inanciamento de estudantes de mestrado ou doutorado.
carreiras em novembro de 2015. Lá os jovens formados com Quanto às bolsas de mestrado, o foco será a qualiicação de
experiência na Alemanha tiveram a oportunidade de encon- estudantes brasileiros em programas de universidades alemãs
trar representantes de empresas alemãs no Brasil. que preparam os alunos para o ingresso no mercado de tra- EVA SEIFERT
balho. Através do programa Idioma sem Fronteiras - alemão Programa de assistentes de
o DAAD também ajuda na preparação linguística de futuros ensino no Brasil
bolsistas do CsF já no Brasil. DAAD Rio de Janeiro
U Magdeburg 154
FH Schmalkalden 133
TU Darmstadt 130
TU Kaiserslautern 128
FH Deggendorf 152
TU Chemnitz 101
TU Bergakademie Freiberg 177
Anzahl der Undergraduates in Deutschland Wie schätzen Sie rückblickend Ihren Studienfortschritt in Deutschland ein?
(seit Programmbeginn)
Como você avalia o progresso da sua aprendizagem na Alemanha em retrospectiva?
Número de estudantes de graduação na Alemanha
(desde o início do programa) 2% 1%
6% positiv / de forma positiva
36 % eher positiv / de forma relativamente positiva
30 % Interesse.
Ainda não há planos concretos,
mas há interesse.
nein / não
Forschungsinstitute
Institutos de pesquisa
Hochschule
Universidades de ciências
Universität
Universidades (U + TU)
43 % Fonte: Pesquisa 2015 entre os estudantes após o término da bolsa