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Classificação do litisconsórcio da aula que faltei: com relação ao polo (passivo, ativo, misto)
e com relação ao momento em que ele se forma (inicial ou superveniente).
NECESSÁRIO - art. 114 - por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação
jurídica, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
Podemos propor ação contra município para anular NJ quando alegarmos que
causou dano ao patrimônio público - lei da ação popular, se você for cidadão (aquele em dia
com as obrigações eleitorais). Propondo essa ação popular, preciso propor ação contra o
município e contra a empresa que celebrou com ele o negócio (questão de eficácia da
sentença).
Se não se forma com todos os que deveriam estar presentes - art. 115, parágrafo
único - juiz intima para regularizar, sob pena de extinção do feito. A legitimidade pertence a
um grupo de pessoas, de tal modo que uma isoladamente não tem legitimidade para figurar
como parte. Juiz não inclui de ofício porque ele estaria propondo a ação.
FACULTATIVO - hipóteses dos incisos do art. 113 - quando pode ser formado litisconsórcio
- normalmente duas pessoas na mesma situação que querem dividir custas, honorários e
etc.
Existem, porém, casos em que a lei exige que a ação seja proposta por mais de um
autor - art. 73 - o cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que
verse sobre direito real imobiliário, salvo quando for regime da separação absoluta de bens.
Nas ações reais imobiliárias, a lei exige que seja ajuizada contra o casal.
SIMPLES - juiz tem a opção de dar conteúdos diferentes nas sentenças aos litisconsortes.
UNITÁRIO - art. 116 - quando, pela natureza da relação, juiz deva decidir o mérito de modo
uniforme para todos os litisconsortes -> o que caracteriza a unidade é a necessidade de
decisão do mérito de modo igual para todos. Não é possível sentenças diferentes para
todos os litisconsortes.
Difícil hipótese de necessário que não é unitário - quase sempre caminham juntas.
Normalmente, o necessário que se forma pela natureza da relação jurídica é unitário.
Art. 117 - litisconsortes serão considerados em suas relações com a parte adversa como
litigantes distintos, exceto no unitário, quando os atos e omissões de um não prejudicarão
os outros, mas poderão os beneficiar (código anterior dizia que não beneficiariam também).
Entende-se que os dois réus nesse caso serão prejudicados por anulação.
Se um quisesse anulação, poderia ter ele mesmo proposto ação, não o MP. Também é
possível o divórcio nesse caso, porque são coisas diferentes. Se casamento é declarado
nulo, casal nunca foi casal - efeitos ex tunc.
No simples, diferente -> se um confessa, pode ser julgado procedente com relação
aos dois. No unitário, se um confessa, não pode o outro ser prejudicado por isso; ainda, se
um é revel e outro contesta, o revel deve ser beneficiado pelo que foi contestado - não faria
sentido presumir verdadeiros os fatos.
SUJEITOS DO PROCESSO
MP - pode atuar no processo civil como autor - seus membros podem propor ação.CF/88
ampliou muito os poderes do MP, dada especialmente na legitimidade para propositura de
ações civis. No processo civil, a exceção é a de que o MP pode propor ação, ao contrário
do que ocorre no processo penal.
Atua também e mais frequentemente no processo civil como fiscal da lei. Art. 176,
177, 178 - defesa dos interesses sociais e dos individuais disponíveis, da ordem jurídica e
do regime democrático. Exercerá o direito de ação conforme as atribuições constitucionais.
Intimado para intervir como fiscal da lei nas hipóteses previstas em lei ou na
CF, ou nas hipóteses:
Possui todos os poderes que possuem as partes - pode recorrer, por exemplo
(estaria atuando em defesa parte que perdeu - pode inclusive recorrer quando o vencido
não recorre).
Art. 180 - prazo dobrado para manifestação nos autos. Vantagem com relação às
partes comuns. Fazenda Pública possui o mesmo benefício.
Art. 181 - membro do MP respondem civilmente quando agem com dolo ou culpa. O
erro judiciário (erro de julgamento) não impõe responsabilidade sobre o juiz (tribunal pode
reformar), mas se age com dolo ou culpa e isso for comprovado, ele é responsável
civilmente. Mas quem responde é o Estado.