América Latina e a conjuntura internacional (transformações nas décadas de 30, 40 e
50).
Em meados do século XX ocorreram diversas transformações na América latina, sobretudo nas
décadas de 1930, 40 e 50. No contexto mundial, ocorria a crise de 1929 que desencadeou uma grande depressão onde houve grandes tensões no sistema capitalista e, provocando um desequilíbrio na economia mundial, de um modo geral. O ritmo acentuado de produção acabou por entrar em crise uma vez que o poder de compra da população em processo de empobrecimento, uma vez que essa população não alcançou o seu ritmo fazendo assim com que houvesse uma queda acentuada no comercio mundial, provocando crises continuas de sobre acumulação e miséria. Tudo isso acabou por gerar um colapso do mercado de captais e a ruina de muitos empresários. Assim, passou-se a ter uma priorização da questão nacional para tentar sair de tal crise, priorizando a resolução de problemas internos. Todo esse processo desencadeou uma crise no liberalismo (livre comercio), assim, onde antes se queria pouca intervenção do Estado, agora os países irão recorrer a intervenção do mesmo para tentar sair dessa crise, visando proteger a sociedade e ao mesmo tempo os interesses monopolistas. Tudo isso levou a uma serie de transformações econômicas, tais como a diversificação na economia, que acabou por tornar a produção primaria (agropecuária) insustentável. Onde antes havia uma priorização do mercado externo, agora preocupa-se com o mercado interno. Dá-se prioridade a produção de bens de consumo barato para toda a sociedade, substituindo as importações. Os estados unidos ascendem como pot~encia aproveitando-se da crise de 29, com a queda da Grã- Bretanha como hegemonia, para impulsionar investimentos nas áreas afetadas da Europa, tornando-se exportador de produtos para a mesma. Já no final da 2ª guerra o Brasil e Argentina tornam-se exportadores para a Europa. Houve também diversas transformações sociais tais como um processo de urbanização, havendo um êxodo rural. Houve uma ampliação das classes medias e dos operários e por ultimo houve ainda um fortalecimento da burguesia industrial. Crescia as grandes tensões e os movimentos sociais decorrentes dos efeitos da crise, o desemprego, êxodo rural, inflação e redução do poder aquisitivo da população. Tudo isso aumentou a pressão popular, levando a movimentos populares ou de cunho popular: tais como cardenismo (México), republica socialista no Chile, o aprismo, no Peru, durante a fase mais revolucionaria; levantes camponeses em El Salvador e Nicarágua; as ações revolucioáarias de massas e m cuba e as tentativas revolucionarias de base agrária na Guatemala e Bolívia. Todas essas mudanças ocorriam, sobretudo, em países com maior extensão territorial e maior população. Em países como Caribe (América Central) houve a continuação da dominação oligárquica, uma vez que não tiveram condições de impulsionar as diversificações econômicas, industrialização, por isso continuaram sob poder oligárquico, havendo repressão constante por parte do mesmo. A grande depressão nos anos 30 acabou por gerar um rude golpe a economia exportadora da América latina, iniciando um processo encerrado com a ascensão de um nacionalismo burguês modernizador, o qual gerou novos processos políticos como o populismo. Esse nacionalismo acentua a concorrência entre as potencias conduzindo a 2ª guerra mundial (1939-1945). Esse processo da crise de 29 e posteriormente a segunda guerra, acabaram por estimular um processo de industrialização.