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A emergência dos EUA como potencia é dada como consequência da competição entre

as nações europeias por posse de colônias. É interessante notar como a mudança no controle
das potências hegemônicas para os EUA se acentuou com os presidentes Roosevelt e Taft que
aplicaram políticas externas baseadas no Darwinismo Social, ou seja, pregavam que os EUA
estavam vocacionados à tarefa de cumprir uma “missão civilizadora” junto aos povos da
América Latina. Contudo seu discurso era ambíguo, de um lado dizia promover a democracia,
por outro promovia a violência.
Os métodos de dominação estadunidenses tiveram um caráter militar e brutal, porem
quando se torna menos violenta, dá-se de maneira indireta. Tudo isso fica explícito no
documentário onde os interesses norte-americanos são expostos de modo que interferem na
infraestrutura dos países da América central para facilitar a chegada das bananas aos EUA,
além do apoio ao boicote a greves e escolha de governantes para dar preferência aos seus
negócios na América central, novamente interferindo, diplomática, financeira e violentamente
na América.
Assim, os EUA continuaram sua política intervencionista na América Latina. Quando
Franklin Roosevelt assume a presidência dos EUA cria a Política da Boa Vizinhança. Como
vemos no texto, o então presidente Roosevelt era apreciador do provérbio do Oeste africano
“Fale macio e leve um porrete, assim irá longe” (In: Lens, p. 301) por outro lado vê-se que a
sociedade americana era mais aderente do “porrete” do que da “paz e democracia”.
Outro fator que muito influenciou a Hegemonia dos EUA foi a Diplomacia do Dólar,
defendida por Taft. Com essa tal diplomacia os Estados Unidos demonstram sua preocupação
com a defesa de seus interesses econômicos na região e muitos países da América Central
tornam-se protetorados financeiros estadunidenses. Essas políticas iriam se tornar prática
comum na intervenção e na dominação do imperialismo dos EUA no Caribe (exemplo: o
Canal do Panamá). Como se vê no texto “Washington descobriu que as nações mais fracas
poderiam ser forçadas a servir aos objetivos americanos sem que fosse necessário ocupa-las;
por meio de acordos comerciais e financeiros [...]” (LENS, p301).
Pode-se dizer que força que os EUA possuíam estava no compartilhamento de seus
valores centrais e respeito pelos direitos humanos e também pela democracia, que
influenciava os demais países por ele controlados. Contudo, todo esse discurso de paz e
democracia é ambíguo de modo que é através dele que os EUA afirmam sua superioridade, a
partir do momento que acham ser sua vocação espalhar esses ideais pelo mundo e o modo
violento como o fazem até os dias atuais.

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