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21/09/2023, 19:40 SEI/CLDF - 1347184 - Ofício

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL ​


​GABINETE DO DEPUTADO ROOSEVELT - GAB. 14

OFÍCIO Nº 413/2023-GAB DEP ROOSEVELT


Brasília, 21 de setembro de 2023.

GRUPO UNIÃO DOS MILITARES DO DF E DOS EX-TERRITÓRIOS

Excelentíssimo Senhor Coordenador da Bancada dos Parlamentares Federais do DF no Congresso Nacional,

Cumprimentando-o cordialmente e agradecendo por todo empenho da nossa bancada de Deputados Federais e
Senadores da República na defesa dos interesses dos servidores de Segurança Pública do Distrito Federal, em especial na
luta pela recomposição salarial que ora tramita no Congresso Nacional, a retirada do Fundo Constitucional do arcabouço
fiscal aprovado recentemente, que garantirá solvência para nossa capital federal a longo prazo, e tantas outras ações que
beneficiam e protegem os direitos dos cidadãos da nossa capital federal.
Esse grupo, composto pelos deputados distritais Roosevelt e Hermeto e pelo Fórum das Associações das Entidades
Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal, que reúne as principais associações de militares do
Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do Distrito Federal, vêm trabalhando de maneira coletiva, demonstrando uma união
e organização política jamais vista entre as lideranças políticas dessas corporações.
E um dos frutos dessa união é a defesa e luta pelas principais pautas que assolam a tropa das
corporações militares no momento, quais sejam, o auxílio moradia (manutenção e correção da distorção
existente em decorrência do vínculo do benefício com dependência), a retirada do imposto de renda do
serviço voluntário e a correção na distribuição de vagas nos quadros do Corpo de Bombeiros Militar e da
Polícia Militar do Distrito Federal, de modo a corrigir o fluxo e permitir que as praças consigam atingir a
graduação de Subtenente.
As corporações sofrem de vários problemas legislativos que requerem ações de nós representantes, como a questão
da saúde, valorização do veterano e tantas outras, contudo, entendemos perfeitamente o cenário político e a dificuldade
política e econômica para corrigir todos os problemas de uma só vez, motivo pelo qual priorizamos as pautas acima
dispostas, por entender que no momento são as mais importantes para toda a categoria.
Pelo exposto, solicitamos à Bancada dos Parlamentares Federais do DF no Congresso Nacional a apresentação de
emendas ao PL 4426/2023, que trata, entre outros, da recomposição salarial dos servidores de Segurança Pública do Distrito
Federal, de maneira conjunta, todos nossos deputados federais e senadores assinando as emendas conjuntamente, para
que possamos todos juntos dar continuidade a esse belíssimo trabalho de união em prol da segurança pública da nossa
capital.
Ressaltamos que este grupo está a disposição para, junto da nossa Bancada Federal, reunirmos com os relatores,
demais parlamentares e integrantes do governo federal e do governo do DF, de modo a construírmos juntos as condições
políticas necessárias para fazermos essas entregas aos nossos valorosos profissionais.
Por motivos de logística administrativa e da dificuldade em recolher assinatura dos representantes das entidades de
classe integrantes do Fórum das Associações, o presente documento vai assinado pelos deputados distritais Roosevelt e
Hermeto, contudo, as associações que participaram da reunião realizada hoje na Secretaria de Estado de Segurança Pública,
endossam o presente pedido. As entidades presentes na reunião foram: CABE, Clube dos Bombeiros, ASSOR, ASFAM,
CAPPMDF e OSIDEMCI, as quais enaltecemos pela maturidade política e luta dos interesses dos seus associados.
Por fim, como anexo ao presente documento, seguem as sugestões de texto das emendas que abordam os assuntos
ora abordados.
Agradecendo o trabalho incansável da nossa bancada federal em prol da categoria policial e bombeiro militar e da
nossa capital federal, colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos e ações que se façam necessárias.

Respeitosamente,

ROOSEVELT
Deputado Distrital

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HERMETO
Deputado Distrital

CORONEL RR MARIA COSTA


Presidente da CABE PMDF

SARGENTO RR RODRIGUES
Presidente da CAPPMDF

CORONEL RR PADUAN
Presidente da ASSOR

SARGENTO RR JABÁ
Presidente da ASFAM

SUBTENENTE JAIR DIAS


Presidente do Clube dos Bombeiros

SARGENTO RR ALCIMAR
Presidente da OS/IDEMCI

À Sua Excelência
DEPUTADO FEDERAL RAFAEL PRUDENTE
Coordenador da Bancada dos Parlamentares Federais do DF no Congresso Nacional

ANEXO - SUGESTÃO DE TEXTOS E JUSTIFICAÇÕES PARA AS EMENDAS PARLAMENTARES

AUXÍLIO MORADIA

Inclua-se, onde couber, na MPV nº 1.181, de 2023, os seguintes artigos, renumerando-se os demais:
Art. 1º A Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002, passa a vigorar acrescida das seguintes modificações:
“Art. 3º ................................................. ..............................................................
XIV - auxílio-moradia - direito pecuniário próprio devido mensalmente ao militar, na ativa e na inatividade, para
auxiliar nas despesas com habitação, conforme a Tabela III do Anexo IV, regulamentado pelo Governo do Distrito
Federal
..............................................................; (NR)”

ANEXO IV

TABELA III - AUXÍLIO-MORADIA

POSTO OU VALOR FUNDAMENTO


GRADUAÇÃO (R$) LEGAL

Coronel 3.600,00 Arts. 2º e 3º


XIV,desta
Lei.

Tenente- 3.473,61 Idem


Coronel

Major 3.256,66 Idem

Capitão 2.613,52 Idem

Primeiro- 2.284,63 Idem


Tenente

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Segundo- 2.153,71 Idem


Tenente

Aspirante 1.813,48 Idem

Cadete (3o 1.027,86 Idem


ano)

Cadete 850,59 Idem


(demais
anos)

Subtenente 1.942,54 Idem

Primeiro- 1.763,50 Idem


Sargento

Segundo- 1.516,07 Idem


Sargento

Terceiro- 1.398,52 Idem


Sargento

Cabo 1.157,83 Idem

Soldado 1.095,58 Idem

Soldado 2ª 850,59 Idem


Classe

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda Parlamentar, fruto de estudos e debates dos Grupo União dos Militares do DF e dos Ex-
Territórios, composto pelos deputados distritais Roosevelt e Hermeto, pelos representantes das Associações
integrantes do Fórum das Associações Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal e
pela Federação das entidades associativas dos Policiais e Bombeiros dos ex-territórios, objetiva conceder
segurança jurídica ao benefício auxílio-moradia devido aos militares do DF, o qual está repleto de insegurança
jurídica, culminando na decisão do Tribunal de Contas da União, no âmbito do Processo nº 029.531/2016-0, que
determinou a suspensão imediata do pagamento do benefício no contracheque dos militares, o que gera uma
redução média de 20% na remuneração desses valorosos profissionais, bem como determinou ao GDF ressarcir o
Fundo Constitucional e apurar responsabilidades.
Prefacialmente, importa ressaltar o histórico envolvendo a “rubrica auxílio-moradia” e como se deu essa grave
insegurança jurídica que assola os militares do DF, especialmente quanto aos inúmeros questionamentos judiciais
e de órgãos de controle começaram no ano de 2014, quando da edição do Decreto nº 35.181, de 18 de fevereiro
de 2014, pelo então Governador do Distrito Federal.
O referido Decreto foi editado após um longo período de manifestações e negociações por parte da categoria
Bombeiro e Policial Militar ao longo dos anos 2013 e 2014, tendo como pauta melhoria salarial, visto que, naquela
época, a remuneração dos militares era a menor dentro do sistema de Segurança Pública do DF.
Após esse longo período de manifestações e negociações, chegou-se ao acordo com o GDF para recompor a
remuneração dos militares, contudo, na ocasião, o Governo Federal não estava em condições políticas para enviar
a proposição ao Congresso Nacional, por temer manifestações de outros setores, ocasião em que o GDF
encontrou no benefício auxílio-moradia o caminho para conceder a recomposição salarial acordada, visto que, nos
termos do inciso XIV, do art. 3º da Lei 10.486/2002, ele é regulamentado pelo Governador do Distrito Federal.
Contudo, desde a edição do Decreto nº 35.181, de 18 de fevereiro de 2014, os militares convivem com uma
grande insegurança jurídica, posto que o normativo é alvo constante de ações judiciais e de processos de órgãos
de controle, impactando severamente na vida de centenas de militares que recebem a verba em valor menor que
os demais, bem como a recente decisão que determinou a suspensão total do pagamento.
Em decorrência dos fatos narrados acima, bem como pela urgência e relevância de uma medida de correção
desse grave problema que poderá impactar em todo o sistema de segurança pública da capital, o Governo do
Distrito Federal agiu prontamente e construiu o caminho para a edição de uma Medida Provisória que sana os
possíveis vícios apontados pelo TCU, contudo o processo não foi concluído no Governo Federal e o TCU poderá
julgar a qualquer momento o recurso interposto pelo GDF e que gerou efeito suspensivo do acórdão, conforme
pode se constatar na Manifestação da SecexEstado/Diseg, em 7 de julho de 2023, nos autos do Processo TC
029.531/2016-0 que ora tramita no TCU:
“42. Ante o exposto, submetem-se os autos à consideração superior, propondo:
a) com fundamento nos art. 287, do Regimento Interno/TCU, conhecer dos embargos de declaração, para, no
mérito, negar-lhes provimento;
b) encaminhar à Procuradoria-Geral de Justiça do Distrito Federal cópia integral destes autos, para que avalie a
conveniência e a oportunidade de propor a revogação do Decreto Distrital 35.181/2014, que regulamenta a Lei
10.486/2002, tendo em vista ter criado aumento de despesa não suportado pela referida lei; ter inovado no
ordenamento jurídico, como se lei ele fosse; e ter proporcionado pagamentos ilegais de auxílio-moradia aos
policiais militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, com o
uso indevido recursos federais proveniente do Fundo Constitucional do Distrito Federal.”
Portanto, ao revogar a Tabela constante na Lei nº 10.486/2022 e estabelecer definitivamente a competência
regulamentar para o GDF, resolve-se o questionamento jurídico objeto de apreciação por parte do TCU, dando
respaldo ao ato normativo expedido pelo Governo do Distrito Federal e chancelado pelo Poder Judiciário.
Por todo o exposto, solicito apoio dos nobres parlamentares para aprovação da presente emenda.
Sala das Sessões,

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IMPOSTO DE RENDA DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO

Inclua-se, onde couber, na MPV nº 1.181, de 2023, o seguinte artigo, renumerando-se os demais, inclusive, na lei
alterada:

Art. xx A Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º.......................................................................................................
...................................................................................................................
§ 2º A gratificação de que trata a alínea “c” do inciso III deste artigo tem natureza indenizatória, não se
sujeitando à cobrança de imposto de renda e contribuição previdenciária.
...........................................................................................................……
Art. 3º.........................................................................................................
...................................................................................................................
VIII - gratificação de Serviço Voluntário – parcela indenizatória devida ao militar que voluntariamente, durante
seu período de folga, apresentar-se para o serviço de policiamento, prevenção de combate a incêndio e
salvamento, atendimento pré-hospitalar ou segurança pública de grandes eventos ou sinistros, com jornada não
inferior a 8 (oito) horas, na conveniência e necessidade da Administração, conforme regulamentação a ser
baixada pelo Governo do Distrito Federal;
.......................................................................................................” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda Parlamentar, fruto de estudos e debates dos Grupo União dos Militares do DF e dos Ex-
Territórios, composto pelos deputados distritais Roosevelt e Hermeto e pelos representantes das Associações
integrantes do Fórum das Associações Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal,
objetivando conceder simetria entre as legislações que tratam de serviço voluntário gratificado nos diversos
órgãos Federais e Estaduais como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil do Distrito Federal,
servidores do GDF e outros, conforme legislações transcritas abaixo:

Lei n.º 13.712/2018

Institui indenização ao integrante da carreira de Policial Rodoviário Federal. “Art. 4º A indenização de que trata o
art. 1º desta Lei:
I – não será sujeita à incidência de imposto sobre a renda de pessoa física e de contribuição previdenciária;
II – não será incorporada ao subsídio do servidor; e
III – não poderá ser utilizada como base de cálculo para outras vantagens, sequer para fins de cálculo dos
proventos de aposentadoria ou de pensão por morte.”

Lei Distrital n.º 6.261/2019

Institui o serviço voluntário no âmbito da administração direta do Distrito Federal vinculado à Policia Civil do
Distrito Federal e dá outras providências.
Art. 3º A indenização pelo serviço voluntário:
I - não se sujeita à incidência de imposto sobre a renda de pessoa física e de contribuição previdenciária;
II - não é incorporada ao subsídio do servidor;

Lei Distrital n.º 6.333/2019

Institui o serviço voluntário no âmbito da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal e dá
outras providências.

Art. 2º A indenização pelo serviço voluntário:


I – não se sujeita à incidência de imposto sobre a renda de pessoa física e de contribuição previdenciária;
II – não é incorporada à remuneração do servidor;
III – não pode ser utilizada como base de cálculo para outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos
proventos de aposentadoria ou de pensão por morte.

Conforme se pode observar acima o serviço voluntário tem natureza indenizatória nos diversos órgãos federais e
distritais, contudo nas Corporações Militares do Distrito Federal a gratificação é sujeita à incidência de imposto de
renda, apesar de não integrar a base de cálculo do 13º salário, férias e qualquer outra vantagem.
Frisa-se que a natureza desta verba tem caráter indenizatório, pois visa indenizar aquele que voluntariamente em
seu horário de descanso assume serviços extras nas instituições, não havendo diferenciação de valores quanto à
remuneração do servidor ou qualquer outra coisa, o que descaracteriza por si só analogia com horas extras.
É importante salientar também que é de interesse do Governo do Distrito Federal implementar essa simetria nas
legislações das Forças de Segurança Pública do Distrito Federal e corrigir essa anomalia na legislação, visto que o
Excelentíssimo Senhor Governador do Distrito Federal já enviou essa proposta ao Governo Federal em março de

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2022 (https://www.metropoles.com/colunas/grande-angular/projeto-isenta-servico-voluntario-da-pmdf-de-
imposto-de-renda), e no início do presente ano, ao enviar a presente proposta de recomposição salarial o
Governo do Distrito Federal voltou a reafirmar esse compromisso
(https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/02/28/celina-leao-assina-o-reajuste-salarial-de-18-aforcas-de-
seguranca-do-df/).
Por todo o exposto, solicito apoio dos nobres parlamentares para aprovação da presente emenda. Por todo o
exposto, solicito apoio dos nobres parlamentares para aprovação da presente emenda.

Sala das Sessões,

DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS NOS QUADROS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR E DA POLÍCIA MILITAR DO


DISTRITO FEDERAL

Inclua-se, onde couber, na MPV nº 1.181, de 2023, o seguinte artigo, renumerando-se os demais:

Art. xx A Lei nº 12.086, de 6 de novembro de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2º O efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal é de 18.673 (dezoito mil e seiscentos e setenta e três)
policiais militares distribuídos em Quadros, a ser regulamentado pelo Governo do Distrito Federal.
...................................................................................................
§2º O regulamento a ser baixado pelo Governo do Distrito Federal entrará em vigor a contar de 1º de janeiro de
2024, sendo disciplinado até 31 de dezembro de 2023 pelo Anexo I da presente lei.
........................................................................................................
Art. 58. A manutenção do efetivo dos militares da Polícia Militar do Distrito Federal será assegurada mediante
ingresso anual, gradual e sucessivo de militares nos diversos quadros ou qualificações, observada a existência de
recursos orçamentários e financeiros.
...................................................................................................
Art. 65. O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal é fixado em 9.703 (nove mil setecentos e
três) bombeiros militares de Carreira, distribuídos nos quadros, qualificações, postos e graduações, a ser
regulamentado pelo Governo do Distrito Federal.
.......................................................................................................
§2º O regulamento a ser baixado pelo Governo do Distrito Federal entrará em vigor a contar de 1º de janeiro de
2024, sendo disciplinado até 31 de dezembro de 2023 pelo Anexo II da presente lei.
.........................................................................................................
Art. 84. A manutenção do efetivo dos militares do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal será assegurada
mediante ingresso anual, gradual e sucessivo de militares nos diversos quadros ou qualificações, observada a
existência de recursos orçamentários.
........................................................................................................” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda Parlamentar, fruto de estudos e debates dos Grupo União dos Militares do DF e dos Ex-
Territórios, composto pelos deputados distritais Roosevelt e Hermeto e pelos representantes das Associações
integrantes do Fórum das Associações Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal,
objetivando implementar o modelo de gestão adotado pelo Exército Brasileiro, que mostra-se ser muito eficiente
no Corpo de Bombeiros Militar e na Polícia Militar do Distrito Federal.
No modelo lá aplicado, a autoridade máxima da instituição sugere ao Chefe do Poder Executivo a readequação
anual dos quadros, de modo a garantir o fluxo na carreira, sendo operacionalizado por meio de decreto expedido
pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
Já o modelo atual adotado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e pela Polícia Militar do Distrito
Federal é completamente engessado em lei, a qual está em vigor desde o ano de 2009 e tem inviabilizado o fluxo
na carreira dos militares, fazendo com que praças cheguem ao final da carreira na graduação de 2º Sargento,
sem perspectivas de promoção para as graduações de 1º Sargento e Subtenente.
Para fins de exemplificação, abaixo consta o quadro de vagas nos quadros de Praças do Exército Brasileiro, o qual
possui distribuição uniforme entre as graduações, inclusive a de Subtenente, que possui até mais vagas que a
graduação de Primeiro Sargento:

Já os quadros do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar do Distrito Federal, são completamente piramidais
e engessados em lei, não sofrem alteração conforme as necessidades de fluxo na carreira e da Instituição, assim
como ocorre no Exército Brasileiro:

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Conforme exposto acima, as vagas na graduação de Subtenente correspondem de 1/5 a 1/3 das vagas de
Terceiro Sargento, o que fatalmente condena vários militares a ficarem estagnados na carreira, exatamente o que
vem ocorrendo ao longo dos anos, em que vários militares têm chegado ao fim da carreira na graduação de
Segundo Sargento.
O ajuste na carreira será diluído ao longos dos anos, posto que, além de vagas, há uma série de outros critérios
que habilitam o militar para a promoção, entre eles o interstício exigido em cada posto ou graduação, bem como
o Limite Quantitativo de Antiguidade, que permite, em regra, no máximo a promoção de 1/5 dos militares do
posto ou da graduação a cada data de promoção, além da exigência de cursos, aptidão física, aptidão em saúde e
outros.
Outro fator importante a se observar é que a presente emenda não gera impacto financeiro, posto que o ato
normativo a ser expedido pelo Governo do Distrito Federal ocorrerá somente em 2024 e ele deverá observar a
disponibilidade orçamentária e financeira, nos termos da redação proposta.
Acerca do tema, destaca-se que, nos processos Processos SEI 00001-00017921/2023- 88 e 00001-
00017923/2023-77, as Corporações já se manifestaram pela necessidade e viabilidade da correção das vagas
dentro dos diversos quadros da Corporação, de modo a dar efetividade ao mandamento da própria Lei de
Promoção de do Estatuto das Corporações, em que é assegurado um fluxo regular e equilibrado na carreira dos
militares, o qual não tem sido atingido pelo atual modelo de distribuição das vagas. Vejam-se excertos:

“O limite quantitativo fixado no Quadro Geral de Praças para as graduações de soldado, cabo, 3º Sgt., 2º Sgt, 1º
Sgt e subtenente no anexo II, Alínea "f", tabelas I, II, II e IV, da Lei 12.086, de 6 de novembro de 2009, obstam
a isonomia no acesso à Carreira Bombeiro Militar entre as praças, mediante acesso à todas as graduações
mediante promoção, em especial, para permitir o acesso à graduação de subtenente BM, que é a última
graduação deste quadro.”

“A proposta oriunda do parlamento Distrital ainda persegue a efetivação do Princípio da Eficiência e Princípio da
Isonomia plasmados na Lei 7.289, de 18 de dezembro de 1984, que em seu artigo 61, aplicado ao CBMDF por
força do art. 12, da Lei 11.134, de 15 de julho de 2005 e regulamentado pelo Decreto 26.465, de 20 de
dezembro de 2005 no âmbito do CBMDF, que prescrevem como instrumento de efetivação da Eficiência da
Administração Pública e da Isonomia no acesso a Carreira Bombeiro Militar o Instituto denominado Quota
Compulsória, o qual é vocacionado a efetivação da Governança da Instituição Militar na gestão e emprego da
Corporação em sua Missão Fim.”

“O Estudo apresentado tem por virtude mitigar inativações compulsórias de bombeiros militares em condições
laborativas de permanecerem em serviço ativo, evitando passagens prematuras para a inatividade no interesse
público. A mitigação reside na aptidão do estudo legislativo de evitar que o bombeiro militar seja abrangido pela
quota compulsória em razão do quantitativo mínimo de vagas abertas à promoção obrigatória seja atingido em
cada ano-base. Tal conclusão decorre do aumento do número do efetivo fixado na graduação de subtenente, que
propiciará o fluxo das promoções represadas à graduação de subtenente, que está com seu efetivo completo.”

“O estudo parlamentar apresentado, objetiva dar máxima efetividade ao direito plasmado no art. 51, inciso IV,
alínea "m", da Lei 7.479/1986, para assegurar o fluxo regular da carreira e efetivar o acesso de todos os
graduados à graduação de subtenente BM, sem aumento de pessoal da Corporação, por meio alteração da
distribuição do efetivo de praças previsto no anexo II, da Lei 12.086/2009, remanejando o quantitativo do efetivo
fixado de soldado para o quantitativo do efetivo de subtenente, de modo a resultar no aumento de vagas na
última graduação do quadro geral de praças com a consequente e necessária progressão funcional nas
graduações inferiores, promovendo a renovação e equilíbrio de acesso em todas as graduações.”

“Os militares alcançados pela presente proposta possuem em média 26 anos de serviço, sendo que nas condições
atuais, com pouco tempo restante no serviço ativo, e com as poucas vagas ora existentes, inevitavelmente
permanecerão em suas atuais graduações e sem possibilidade de melhorias.”

“As praças na graduação de 2º Sargento de turmas mais antigas, modernos na graduação, e que integram o
chamado “fim de fila”, não teriam condições de aguardar a abertura de novas vagas, uma vez que o
represamento natural nas graduações mais altas se configura num óbice intransponível.”

“A ação pontual proposta, possibilita que mais militares do grupo denominado "meião" alcancem os postos mais
altos da hierarquia das praças, possibilitando-os, em certa medida, planejar melhor o fim de suas carreiras,
decidindo se é viável aguardarem uma nova promoção ou encerrarem suas atividades requerendo reserva.”

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Em decorrência das particularidades que envolvem os diversos quadros das corporações militares, faz-se
necessário existir essa ferramenta de gestão por parte do Governo do Distrito Federal, de modo a ir adequando
os quadros às realidades do momento nas instituições, assim como ocorre nas Forças Armadas, em que
anualmente o Governo Federal edita decretos realizando os ajustes necessários nos quadros.
Reforça-se novamente que a criação da ferramenta de gestão nos moldes ora proposto não cria despesas para o
Poder Executivo, visto que o ato regulamentar deverá necessariamente atender aos critérios de discricionariedade
e disponibilidade orçamentária e financeira quando da sua edição.
Por todo o exposto, solicito apoio dos nobres parlamentares para aprovação da presente emenda.

Sala das Sessões,

Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Deputado(a)
Distrital, em 21/09/2023, às 19:25, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por JOAO HERMETO DE OLIVEIRA NETO - Matr. 00148,
Deputado(a) Distrital, em 21/09/2023, às 19:33, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de
2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:


http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1347184 Código CRC: 9552FA87.

Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 3º Andar, Gab 14 ̶ CEP 70094-902 ̶ Brasília-DF ̶ Telefone: (61)3348-8142
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00001-00035650/2023-42 1347184v25

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