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Íon
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um íon (português brasileiro) ou ião (português europeu) é uma espécie química
eletricamente carregada, que resulta de um átomo ou molécula que perdeu
ou ganhou elétrons.[1] Íons, Iões carregados negativamente são conhecidos
como ânionsPB, aniõesPE ou até mesmo como íonsPB,iõesPE negativos (que
são atraídos por ânodos), enquanto íons com carga positiva são
denominados cátionsPB, catiõesPE, ou íon positivo (que são atraídos por
cátodos).
Índice
Campos científicos
História
Análise
Etimologia
Referências
Ligações externas
Campos científicos
Solução de sal comum na água. O
Na química, um íon resulta de uma molécula ou átomo que ganhou ou
cloreto de sódio no sal se dissocia
perdeu elétrons num processo conhecido como ionização. Pode também
em dois íons: o cátion de sódio e o
resultar da dissociação eletrolítica de um composto.[2] ânion do cloreto.
História
Os íons foram pela primeira vez teorizados por Michael Faraday por volta de 1830, para descrever as porções de
moléculas que viajavam, quer na direção do ânodo, quer na direção do cátodo. No entanto, o mecanismo através do
qual o fenômeno se processa só foi descrito em 1884 por Svante August Arrhenius na sua tese de doutoramento na
Universidade de Uppsala.[3] A teoria de Arrhenius a princípio não foi aceita (ele conseguiu o doutoramento com a nota
mais baixa possível), mas acabou por ganhar o Prêmio Nobel de Química em 1903 pela mesma dissertação.[3]
Análise
Para átomos isolados num vácuo, existem constantes físicas associadas ao processo de ionização. A energia necessária
para remover electrões de um átomo é chamada energia de ionização, ou potencial de ionização. Estes termos
são também usados para descrever a ionização de moléculas e sólidos, mas os valores não são constantes, porque a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Íon 1/3
03/12/2019 Íon – Wikipédia, a enciclopédia livre
As energias de ionização decrescem ao longo de um grupo da Tabela Periódica, e aumentam da esquerda para a direita
ao longo de um período. Estas tendências são o exacto oposto das tendências para o raio atómico. Electrões em átomos
menores são atraídos mais fortemente para o núcleo, e portanto a energia de ionização é mais elevada. Em átomos
maiores, os electrões não estão presos com tanta força, e portanto a energia de ionização é mais baixa.
A primeira energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron, a segunda para remover dois eletrões,
etc. As energias de ionização sucessivas são sempre maiores que a anterior, e há uma certa n-ésima energia de
ionização que é significativamente mais elevada que as demais. Por esta razão, os iões tendem a formar-se só de certas
formas. Por exemplo, o sódio encontra-se na forma Na+, mas não, geralmente, na forma Na2+ devido à grande
quantidade de energia de ionização que seria necessária. Do mesmo modo, o magnésio encontra-se como Mg2+, mas
não como Mg3+ e o alumínio pode existir como um catião Al3+.
Etimologia
As diversas variantes ião, íon, ionte, ânio, iônio, iono e ion provêm do grego ion, particípio presente de ienai, "vai", ou
seja, "o que vai, indo". "Anion" e "cation" significam "o que vai para cima" e "o que vai para baixo", respetivamente, e
"ânodo" e "cátodo" significam "caminho para cima" e "caminho para baixo" (hodos = estrada, caminho).[4]
Referências
1. Lima, Edílson Gomes (2011). Dicionário de Termos e Nomenclaturas em Nanotecnologia e Novas Ciências (http
s://books.google.com.br/books?id=uUBqCQAAQBAJ&pg=PA105&dq=%C3%ADon+esp%C3%A9cie+qu%C3%AD
mica+%C3%A1tomo+que+perdeu+ou+ganhou+el%C3%A9trons&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjex7Dto67jAhX
UH7kGHU0DDUEQ6AEILjAB#v=onepage&q=%C3%ADon%20esp%C3%A9cie%20qu%C3%ADmica%20%C3%
A1tomo%20que%20perdeu%20ou%20ganhou%20el%C3%A9trons&f=false). São Paulo: Estudos Acadêmicos.
p. 105
2. Todescatto, Tiago (2016). Física Radiológica (https://books.google.com.br/books?id=fx5yDwAAQBAJ&pg=PA122
&dq=ioniza%C3%A7%C3%A3o+perdeu+ganhou+el%C3%A9trons&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiy3_zjpa7jAh
X2E7kGHb5dD1gQ6AEIKDAA#v=onepage&q=ioniza%C3%A7%C3%A3o%20perdeu%20ganhou%20el%C3%A9t
rons&f=false). São Paulo: Clube de Autores. p. 122
3. Heilbron, John L. (2003). The Oxford Companion to the History of Modern Science (https://books.google.com.br/b
ooks?id=abqjP-_KfzkC&pg=PA423&dq=%C3%ADons+faraday+1830+arrhenius+1884&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ah
UKEwjr4MTsp67jAhV-HbkGHUxuBrkQ6AEINzAC#v=onepage&q=faraday%201830%20arrhenius%201884%20ion
ization&f=false). Oxford: Oxford University Press. p. 423. ISBN 0-19-511229-6
4. Frank A. J. L. James (ed.). The Correspondence of Michael Faraday, Vol. 2: 1832-1840 (https://books.google.co
m.tr/books?id=9lknVoNGj30C&lpg=PA212&vq=%22the%20word%20ion%22&dq=The%20Correspondence%20o
f%20Michael%20Faraday%20whewell&hl=tr&pg=PA183#v=onepage&q&f=false). Londres: The Institition of
Eletrical Engineers. p. 183. ISBN 0-86341-249-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Íon 2/3
03/12/2019 Íon – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ligações externas
Mapa Conceitual (http://cmapspublic3.ihmc.us/servlet/SBReadResourceServlet?rid=1237818649234_171864567
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