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ED com revisão para V2 de Nutrição Clínica II

1) Qual a relação das pneumopatias com complicações renais e cardíacas


R: O pulmão atua junto com os rins na manutenção do equilíbrio ácido-básico do
organismo (que mantém o pH do sangue neutro) o pulmão joga base no sangue (oxigena) e
retira o ácido (gás carbônico) e os rins para manter o pH urinário neutro retira hidrogênio
(ácido) e reabsorve bicarbonato (base). Dessa forma se o pulmão estiver com problemas, irá
sobrecarregar o rim e este órgão acabará tendo problemas.
O pulmão tb atua com o coração na manutenção da fisiologia da circulação pois ele participa
da circulação menor. Se o pulmaõ estiver com problemas irá sobrecarregar o coração.

2) O que se entende por dieta DASH? Conceitue hipertensão arterial, cite 3 fatores de risco
e 4 recomendações nutricionais para os portadores desta patologia
R: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica de natureza
multifatorial, caracterizada por níveis de pressão arterial (PA) elevados e permanentes (acima
de 140mmHg por 90mmHg), condições que aumentam o risco de dano em órgãos atingidos
como o coração, cérebro, rins e vasos periféricos. Fatores de risco: Tabagismo, Consumo de
Bebidas alcoólicas e doenças endócrinas como Síndrome de Cushing, Hipertireoidismo, ...)
Recomendações: Suplementação de ômega 3 (cápsulas de óleo de peixe), pois reforçam a
membrana celular prevenindo derrames; Consumo de pães e/ou biscoitos integrais, farelos
para aumentar o aporte de fibras; Evitar condimentos prontos; Evitar refrigerantes, massa de
tomate e enlatados, devido o alto teor de conservantes que tem sódio; Evitar embutidos
(presunto, mortadela, salame, lingüiças,...); Aumentar o consumo de alimentos ricos em
potássio como batatas, banana, damasco, pêssego, abóbora, ..., pois o potássio aumenta a
natriurese (eliminação de sódio pela urina) , reduz a renina (hormônio que estimula a
angiotensina II que é vasoconstrictora (estreita os vasos).
Dieta DASH é a nova recomendação para hipertensos. Consiste em 9 a 12 porções de frutas e
vegetais (são ricos em potássio e magnésio), 2 a 3 de leite desnatado e derivados (ricos em
cálcio) menos de 2 porções de carne por dia, até 30% do VET de lipídios, sendo menos de 7%
de saturados e 20 a 30g de fibras.
3) Classifique as Dislipidemias segundo Fredrikson e diga como deve ser o tratamento
nutricional em cada uma delas.
R: As dislipidemias podem ser classificadas segundo Fredrikson da seguinte forma:
Tipo I - aumento da lipoproteína Quilomícron no sangue. Esta lipoproteína carrega as gorduras
(saturadas e insaturadas) da alimentação, logo uma pessoa com quilomicronemia (aumento de
Qm no sangue) deve restringir qualquer tipo de gordura na alimentação.
Tipo II a - aumento de LDL colesterol no sangue. Esta lipoproteína carrega as gorduras saturadas
da alimentação, logo uma pessoa com hipercolesterolemia (aumento do LDL colesterol no sg)
deve restringir gorduras de origem animal fontes de colesterol (carne vermelha gorda, pele de
frango, vísceras, gema de ovo, manteiga, ...), além das gorduras TRANS (ex: gordura
hidrogenada, bolos, biscoitos recheados e amanteigados,...) e aumentar o consumo de
alimentos fontes de PUFAS (ômega 3 (salmão, linhaça, sardinha, chia, ..); ômega 6 (óleos
vegetais)) e MUFAS (ômega 9 (azeite, abacate, oleaginosas (castanhas, nozes...)) pois elas
retiram a deposição do LDL colesterol nas artérias. Além disso convém tb aumentar o consumo
de alimentos roxos e vermelhos pois são antioxidantes e fibras solúveis como aveia e bagaço e
cascas de frutas pois as fibras reduzem o colesterol endógeno tjá que as fibras aumentam a
excreção fecal de sais biliares levando o fígado à utilizar mais colesterol para produzir bile
reduzindo assim o excesso desta gordura ruim no sangue..
Tipo II b - aumento de LDL e VLDL (lipoproteína que transporta TG produzidos no fígado a partir do
excesso de glicose no sangue), logo uma pessoa com esta dislipidemia deve restringir gordura
animal e carboidratos simples como açúcar, arroz e pães brancos, massas, refrigerantes,
doces, ...além de produtos com gorduras TRANS como bolos, biscoitos recheados e
amanteigados,...
Tipo IV - aumento de VLDL (lipoproteína que transporta TG produzidos no fígado a partir do
excesso de glicose no sangue), logo uma pessoa com esta dislipidemia deve restringir
carboidratos simples como açúcar, arroz e pães brancos, massas, refrigerantes, doces, ...além
de produtos com gorduras TRANS como bolos, biscoitos recheados e amanteigados,...
4) Conceitue ICC, cite 3 sintomas da doença e 4 cuidados nutricionais
R: ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva): Anormalidade no bombeamento de sangue para os
órgãos levando a um comprometimento da função dos mesmos. Sintomas: dispnéia, flatulência
(gases) e náuseas (enjôos). Cuidados nutricionais: atenção à restrição hídrica, dieta
hiperprotéica, rica em potássio, magnésio e tiamina (vitamina B1) e pobre em sódio e cálcio.
5) Como deve ser o tratamento nutricional de um pós-infartado?
R: # Primeiro momento: Dieta Zero
# Quando o paciente estiver condições de se alimentar:
- Dieta Líquida nas primeiras 24 horas, seguida de pastosa e branda, hipossódica (2g de sal),
hiperglicídica, pobre em alimentos fermentados, com volume dimunuído e fracionamento
aumentado.
- Depois dieta pobre em colesterol e gorduras em geral (saturadas), estimulantes (café,
chocolate, condimentos...), hipocalórica (obesos).
- Usar laxativos se necessário, a fim de prevenir a flatulência (gases intestinais).
6) O que se entende por Intoxicação Digitálica, cite 2 causas e 2 sintomas e diga quais os
minerais que devemos ter seu aporte aumentado
R: Inibição da ATPase do músculo cardíaco Fatores desencadeadores: -Hipocalemia (baixa de
potássio), - Hipomagnesemia, - Hipercalcemia
Sinais e sintomas: anorexia, náuseas, vômitos, confusão mental, distúrbios visuais, diarréia,
plenitude pós-prandial, alteração de ritmo cardíaco

7) ) Caracterize a caquexia do câncer citando as alterações que podem comprometer a


ingestão o estado nutricional do paciente.
R: Síndrome de extremo catabolismo, glicogenólise, gliconeogênese (decorrente do alto
consumo de glicose pela célula cancerosa), alteração de paladar (aversão ao sabor
amargo e aumento do limiar para o doce, salgado e azedo), diarréia, náuseas, vômitos, má
absorção de nutrientes.

8) Cite 5 complicações do câncer ou de seu tratamento que podem comprometer a ingestão


oral de nutrientes e cite 2 manejos nutricionais que devemos adotar para estimular a
alimentação oral nestes casos.
R: Mucosites: evitar alimentos ácidos e com temperaturas muito altas ou muito baixas
Alteração do paladar: oferecer alimentos bem temperados e o prato deve estar com a
combinação de alimentos bem colorida
Diarréia: evitar alimentos gordurosos. Oferecer fibras solúveis, como pectina
Xerostomia: oferecer sopas, caldos e evitar alimentos muito farináceo.
Enjôos: oferecer gelo, sacolé de frutas, chá gelado de gengibre com gotas de limão

9) Cite 4 complicações pós-queimadura. Qual o momento exato de iniciar o tratamento


nutricional no paciente queimado e o que devemos levar em conta ao escolher a via alimentar,
além dos parâmetros de escolha tradicionais.
R: Úlceras de Curling, Taquipnéia, Hiperglicemia, Edema. Iniciar alimentação somente
após reposição hidroeletrolítica. Devemos levar em conta a SCQ, pois se esta for maior
que 30% deve ser indicado um suporte nutricional (ex: Nutren, Nutridrink) mesmo via oral,
pois o gasto energético fica muito alto quanto maior o % SCQ.

10) Que fórmulas exclusivas do queimado, podemos utilizar para estimar as calorias e a
quantidade de proteínas destes pacientes?
R: Estimativa de Calorias segundo Curreri: (25 kcal x Kg) + (40 kcal x % SCQ)
Estimativa de proteínas: (1g x Kg) + (3g x %SCQ)

11) Cite 3 complicações da AIDS que podem comprometer a ingestão e digestão de nutrientes
e dê 4 conselhos úteis para cada situação.
R: Odinofagia: evitar alimentos ácidos e com temperaturas muito altas ou muito baixas,
oferecer consistência pastosa
Diarréia: evitar alimentos gordurosos, leite e derivados, doces concentrados. Oferecer
fibras solúveis, como pectina
Xerostomia: oferecer sopas, caldos, frutas cítricas e evitar alimentos muito farináceo.
12) Qual a recomendação de proteínas para um aidético?
R: Recomenda-se cerca de 1 a 1,4g/Kg/dia para manutenção e 1,5 a 2,0g/Kg/dia para
repleção

13) Cite 5 nutrientes imunomoduladores usados no tratamento nutricional do aidético e


cite 2 funções de cada um.
• Glutamina. É um aminoácido não essencial , que desempenha papel importante na
transferência de nitrogênio entre os tecidos. Na AIDS a glutamina é fundamental
como substrato para células da mucosa intestinal , pois previne a atrofia da
mucosa controlando melhor os quadros diarréicos, melhora a absorção de
nutrientes e previne ou evita a translocação bacteriana.
• Arginina. Aumenta a síntese de colágeno , acelerando o processo de cicatrização e
retenção de nitrogênio após lesões. Por sua ação na síntese proteica , estimula a
produção hormonal e aumenta a ativação de linfócitos.
• Zinco. Estimula a produção de leucócitos , combate os radicais livres , é essencial para
a mobilização da vitamina A do fígado. Na AIDS sua carência pode ocorrer devido ao
hipermetabolismo , má absorção , stress , diarréia e baixa ingestão.
• Selênio. Atua como controlador dos níveis de radicais livres , evitando danos nas
membranas celulares. Sua deficiência também compromete a atividade bactericida dos
neutrófilos.
• Cobre. Participa do metabolismo ósseo , cabelo e pele. É importante na produção de
hemácias e também tem ação antioxidante.

14) Caracterize as fases do trauma.


R: A resposta metabólica ao trauma pode dividir-se em duas fases: fase EBB e fase FLOW.
A fase EBB ocorre logo após o trauma e pode permanecer de 24 a 48 horas. Caracteriza-se
pela presença de choque hipovolêmico e pode estar associada à perda volêmica que muitas
vezes acompanha o trauma (hemorragia). O consumo de oxigênio cardíaco e sistêmico e a
pressão arterial se reduzem, com conseqüente diminuição da perfusão tecidual. Ocorre
diminuição da taxa metabólica e da temperatura corporal que refletem um possível
mecanismo de proteção ao período de instabilidade hemodinâmica. Conforme ocorre
estabilização hemodinâmica, a fase EBB é substituída pela fase FLOW que se divide em
aguda e adaptativa. Na fase aguda predomina o catabolismo. Níveis hormonais relacionados
ao estresse catabólico (glicocorticóides, glucagon e catecolaminas) aumentam associados a
outros mediadores como citocinas e eicosanóides. O catabolismo do tecido muscular fornece
aminoácidos para a gliconeogênese e síntese hepática de proteínas de fase aguda.

15) Cite 2 modificações no metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídios decorrentes


do trauma.
R: Metabolismo de proteínas: - Proteínas de músculo mobilizadas para energia
(catabolismo muscular); Diminuição da captação muscular de aminoácidos; Aumento na
excreção urinária de nitrogênio (deixando o BN negativo); Glutamina é combustível para
células intestinais.
Metabolismo de Carboidratos: Aumento na produção hepática de glicose; Aumento em
insulina e glicemia; Redução da velocidade de infusão da glicose (devido a diminuição da
ação da insulina, já que ocorre aumento do glucagon (catabólico e hiperglicemiante))
Metabolismo de Gorduras: Mobilização de gorduras para energia; Consumo rápido de
tecido adiposo se não houver reposição nutricional.
Hidratação: possíveis perdas de fluidos

16) Como deve ser a recomendação de energia e macronutrientes de um paciente


politraumatizado?
R: Necessidades energéticas: cerca de 30 Kcal/Kg /dia. Mesmo sabendo que o
politraumatizado tem um alto grau de estresse e gasto calórico a oferta de calorias inicia-se de
forma cautelosa (normocalórica) para não sobrecarregar muito os órgãos,. Se precisar utilize
um suplemento nutricional via oral 1 ou 2 vezes ao dia.
Necessidades de carboidratos: No máximo 5g/Kg/dia
Necessidades de proteínas: 1,5 a 2,0g/Kg/dia
Necessidades de lipídios: No máximo 1,5g/kg/dia. P/doentes c/insuficiência respiratória, a
oferta de lipídios pode ser de 45 a 55% com o objetivo de reduzir a produção de CO2 pela
oxidação da glicose e poupar o trabalho respiratório. Oferecer W3, precurssor de EPA e DHA
que produzem prostaglandinas antiinflamatórias.

17) Para que serve o Clearance de Creatinina?


R: Serve para avaliar a taxa de filtração renal e formação de urina. Também funciona como um
indicador de terapia dialítica.

18) Cite 6 características metabólicas em um paciente com insuficiência renal


R: Anemia devido à falta de eritropoietina (hormônio que atua na medula óssea para produção
de hemácias); hipocalcemia, devido a falta da vitamina D ativa; descontrole da pressão arterial
devido a falta de renina e comprometimento do sistema renina-angiotensina; hipercalemia
(aumento de potássio no sangue já que é o rim que excreta potássio); azotemia (acúmulo de
amônia, creatinina, ácido úrico, uréia no sangue) e baixa metabolização de aminoácidos
essenciais.

19) O que se entende por Síndrome Urêmica. Cite 5 alterações que caracterizam esta
síndrome.
R: Síndrome renal decorrente da azotemia (acúmulo de amônia, uréia e creatinina no
sangue) acarretando principalmente pele pálida, seca com coceira e vermelhidão,
escamando e brilhosa; urina, hálito e suor com cheiro forte de amônia, respiração ofegante,
rebaixamento de consciência, fraqueza muscular, osteodistrofia (acúmulo de cálcio e
fósforo no sangue impulsionado pelo PTH elevado por estímulo dos baixos níveis de cálcio
no sangue decorrente da falta de vitamina D ativa. O PTH eleva cálcio no sangue e
aumenta a excreção de fósforo porém os rins que eliminam este mineral e como estão com
problema acaba acarretando aumento de fósforo no sangue).

20) Caracterize as diferentes formas de diálise renal incluindo a diferença de


recomendação protéica.
R: Hemodiálise: 1,2 a 1,4g/Kg/dia (recomendação de proteínas). A hemodiálise vai
promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da
passagem do sangue por um filtro. Em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões
com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas
especializadas neste tratamento.

Diálise Peritoneal (1,3 a 1,5g/Kg/dia). A diálise peritoneal funciona de maneira diferente. A


invés de utilizar um filtro artificial para “limpar” o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma
membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da
colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a
um soro na cavidade abdominal. Após um período de permanência do banho de diálise na
cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas, e é então retirado, sendo
feita em seguida a infusão de novo banho de diálise.

21) Caracterize o tratamento nutricional (macro e micronutrientes) na Insuficiência renal


Crônica apontando as diferenças em relação ao tratamento conservador e dialítico?
IRC Conservador IRC Dialítico
## VET hipercalórico pois IRC é doença de ## VET hipercalórico pois IRC é doença de
grande estresse metabólico (35 Kcal x Kg grande estresse metabólico (35 Kcal x Kg
Adulto e 30 Kcal x Kg Idosos) Adulto e 30 Kcal x Kg Idosos)

##Restrição de proteínas (0,3 a 0,75g x ## Hiperproteíca (1,2 a 1,4g x Kg (HD) e


Kg/dia e se for diabético 0,8g x Kg). 1,3 a 1,5g x Kg na diálise peritoneal). Aqui
Quanto menor o valor do clearance de a perda de proteínas no tratamento é muito
creatinina menos proteína deve ser grande.
ofertada para preservar o pouco que resta
da função renal. Deve-se priorizar a oferta
de cerca de 50 a 60% da cota protéica de
proteínas de alto valor biológico afim de
garantir o fornecimento de aminoácidos
essenciais já que os não essenciais o
organismo produz.

## Carboidratos: Normo a hipercalórica (55


a 65% do VET). Priorizando carboidratos ## Carboidratos: Normo a hipercalórica (55
complexos. a 65% do VET). Priorizando carboidratos
complexos.
## Lipídios; Normolipídica (cerca de 30%
podendo chegar a 35%). Restringir ## Lipídios; Normolipídica (cerca de 30%
gorduras saturadas pois eles têm podendo chegar a 35%). Restringir
tendência à dislipidemias. Aumentar a gorduras saturadas pois eles têm
oferta de PUFAS (ômega 3 e 6 ) e MUFAS tendência à dislipidemias. Aumentar a
(ômega 9) oferta de PUFAS (ômega 3 e 6 ) e MUFAS
(ômega 9)
## Restrição de Potássio e Fósforo, pois o
rim não está conseguindo eliminar ## Restrição de Potássio e Fósforo, pois o
rim não está conseguindo eliminar
## Suplementar alimentos ricos em cálcio
e vitamina D ## Suplementar alimentos ricos em cálcio
e vitamina D
## Suplementar alimentos ricos em ferro,
ácido fólico e vitamina B12 para aumentar ## Suplementar alimentos ricos em ferro,
a síntese de células vermelhas já eu o rim ácido fólico e vitamina B12 para aumentar
doente não produz a eritropoietina que a síntese de células vermelhas já eu o rim
ajuda na produção dessas células) doente não produz a eritropoietina que
ajuda na produção dessas células)
## Não precisa restringir líquidos. Só
atente para a redução muito severa da ## Restrição de líquidos (até 1000ml)
urina e o edema

22) O que é Pielonefrite? Como pode ser o tratamento nutricional neste caso?
R: Inflamação nos canais condutores de urina. Também é conhecida como ITU –
Infecção do Trato Urinário. Existe a aguda e a crônica (mais comum em idosos, cadeirantes
e usuários de fraldas). No caso da pielonefrite aguda as causas mais comuns são infecção
bacteriana em torno de um cálculo urinário que ficou preso na uretra ou então infecção por
candidíase vaginal. Tratamento Nutricional: Consumir mais de 3l de líquidos claros, chás
diuréticos (ex: cabelo de milho, cavalinha, casca de abacaxi, quebra-pedra, hibisco, ...),
água), uso de cramberry, suco de uva do monte, mirtilo (pois evitam proliferação bacteriana
nas vias uinárias), uso de alimentos antiinflamatórios como gengibre, alho, ômega 3.

23) Cite 3 recomendações nutricionais para portadores de cálculos renais de ácido úrico e
3 para portadores de cálculo de oxalato de cálcio.
R: Ácido Úrico: evitar alimentos ricos em purina (carnes vermelhas, vísceras, sardinha,
caldos de carne e galinha, ...); aumentar a hidratação e o consumo de alimentos que
alcalinizem a urina, como frutas (ex: limão), legumes.
Oxalato de cálcio: evitar alimentos ricos em ácido oxálico (chocolate, tomate, espinafre,
acelga, ...); evitar suplementos de vitamina C pois o excesso da ingestão de vitamina C leva
a uma acentuada formação intestinal de oxalato de cálcio e conseqüentemente de sua
excreção urinária favorecendo a formação de cálculos renais; aumentar a hidratação (usar
chás diuréticos, água) e o consumo de alimentos ricos em potássio e que acidifiquem a urina,
como carnes e cereais.

24) Diferencie Síndrome Nefrótica, Nefrítica e de Fanconi e cite como deve ser a oferta
calórica e protéica em cada uma destas patologias
R: Síndrome nefrítica é uma inflamação no glomérulo caracterizada por hematúria, leve
proteinúria, febre, edema e oligúria que pode ser decorrente de infecções recorrentes por
bactérias do gênero cocus. A dieta deve ser restrita em sódio, hipercalórica (adultos VET 35
x Kg e Crianças VET 100 a 150 Kcal x Kg), hiperprotéica (em torno de 1,5g x Kg),
normoglicídica (restringindo carboidratos simples e refinados) e normolipídica (priorizando
ômega 3 e 6 mediadores do processo inflamatório). uso de alimentos antiinflamatórios como
gengibre, alho.
Síndrome nefrótica é uma doença que afeta de forma acentuada a pressão oncótica
levando a proteinúria maciça, albuminúria e conseqüentemente dislipidemias. A dieta deve
ser adequada em calorias, hipoprotéica (em torno de 0,7 a 0.8g x Kg) com reposição de 1g
de ptn AVB para cada grama de proteína perdida na urina após uma proteinuria maior que 5
g/dia, normoglicídica, hipolipídica (restringir gorduras saturadas).
Síndrome de Fanconi é uma doença que acomete a filtração glomerular mas de forma
mais forte os túbulos que reabsorvem bicarbonato e excretam hidrogênio dando o pH neutro
da urina levando a proteinúria, glicosúria, saída de bicarbonato em excesso na urina e
acidose metabólica.

25) Cite os cuidados nutricionais para uma pessoa portadora do mal de Parkinson,
enfatizando a recomendação de proteínas?
R: Aumentar o consumo de alimentos laxativos, alimentação freqüente, pastosa e com
volume reduzido, bastante líquido (muitas vezes os pacientes com Parkinson e tb os com
Alzheimer costumam apresentar disfagia (engasgos freqüentes e dificuldade para engolir)
na fase avançada da doença, nestes casos convém utilizar espessantes alimentares para
tornar os líquidos mais viscosos. Ex de espessante: Thick easy; Nutilis, ..., em geral adiciona
1 colher de sopa para cada 100ml de água ou refresco) e oferecer uma dieta hiperprotéica,
entretanto a oferta durante o dia deve ser mínima por causa da interação dos aminoácidos
com a medicação utilizada por estes pacientes.

26) O que é uma dieta cetogênica? No tratamento de qual patologia ela é útil?
Caracterize o planejamento nutricional desta dieta.
R: É uma dieta composta basicamente por lipídios. É utilizada por crianças com crises
recorrentes de epilepsia. Seu planejamento consiste: cerca de 75 a 90% do VET é composto
por lipídios o resto é completado pelas proteínas (a oferta segue a recomendação da RDA)
e carboidratos.

27) Conceitue Esclerose Múltipla, Mal de Lou Gehrig, Síndrome de Guillain-Barré e


Miastenia Grave e caracterize o tratamento nutricional destas patologias.
R: Esclerose Múltipla é a degeneração da bainha de mielina. A dieta deve ser hipocalórica,
hipolipídica mas com alto teor de W6, hipoalergênica e restrita em carboidratos simples.
Mal de Lou Gehrig é a destruição progressiva dos nervos motores. Para a dieta deve-se:
evitar alimentos secos farelentos, pois podem causar engasgo no paciente, devido à redução
no peristaltismo bucal.; evitar alimentos duros (ex: bife ou vegetais crus). Devido à disfagia até
os líquidos finos podem ser difíceis de serem engolidos. Nestes casos indica-se a alimentação
enteral. A parenteral não é necessária, pois o paciente com esta patologia usualmente
apresenta o TGI funcionante. Uma sonda naso-gástrica pode ser a opção para a nutrição a
curto prazo. Deve-se aumentar o consumo de fibras por causa da constipação
Síndrome de Guillain-Barré é a destruição dos nervos periféricos.Na dieta deve-se evitar
excesso de carboidratos, principalmente os simples, pois estes pacientes freqüentemente vão
estar em respirador mecânico. Ao mesmo tempo a dieta deve ser hiperprotéica e normo a
hiperlipídica (de acordo com a adequação do VET).
O uso de suporte enteral pode se tornar necessário por causa da disfagia.
Miastenia Grave caracteriza-se por fraqueza dos músculos esqueléticos principalmente
os da face comprometendo mastigação pois esta se torna muito vagarisa. Refeições de
consistência líquida a pastosa devem ser mais fracionadas e menos volumosas. Um período de
descanso de meia hora antes das refeições diminui a fadiga na hora das refeições, por isso o
café da manhã deve ser a refeição mais densa, pois o período de descanso muscular foi maior.

28) Conceitue LES, cite 4 manifestações clínicas e caracterize seu tratamento.


R: LES (Lupús Eritomatoso Sistêmico) é uma doença autoimune onde o sistema imunológico
produz um anticorpo que ataca as células do organismo.Se manifesta por manchas na pele e
hipersensibilidade ao sol, dores articulares e insuficiência renal. Não existe um tratamento
nutricional específico para o lupus, mas devido a terapia com corticóides deve-se restringir
sódio, líquidos e aumentar a ofeta de alimentos com poder antiinflamatório como alho,
gengibre, chá de casca de salgueiro, W3, ...

29) Diferencie Gota de Artrite Reumatóide e cite 3 características do tratamento


nutricional de cada uma destas patologias
R: Gota é o acúmulo de ácido úrico nas articulações gerando inflamação que se inicia
nos pés e vai acometendo outras articulações, enquanto que a artrite reumatóide é uma
inflamação nas articulações que acomete principalmente as interfalanges das mãos.
Tratamento nutricional na gota é evitar alimentos ricos em purina (ex: vísceras,
sardinha, bacalhau, frutos do mar, carne vermelha, tomate, feijão preto), em sódio e em
gorduras e para a artrite reumatóide a dieta deve ser normocalórica, hiperprotéica (1,5 a
2,0g/Kg), normolipídica rica em W3 e normoglicídica. Deve-se aumentar a oferta de alimentos
antiinflamatórios (chá de semente de sucupira, boswellia, extrato de romã, gengibre, alho,
cebola, …), suplementar colágeno junto com silício e vitamina C e também pode prescrever
glicosamina + condroitina, ótimos para regenerar cartilagem.

30) Diferencie Osteoartrose de Osteoporose. Cite 4 recomendações nutricionais para


pacientes com osteoporose.
R: Osteoartrose é o desgaste da cartilagem articular e osteoporose é a desmineralização
óssea. Alimentos ricos em Ca e vitamina D como folhosos verde-escuros (exceto espinafre);
leite e derivados (prefira iogurtes e leite integral ou semi-desnatado, pois o cálcio é melhor
absorvido em meio ácido e com vitamina D que é veiculada através da gordura do leite e
derivados), soja, orégano, sardinha, salmão

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