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Sax 3 Edição PDF
Sax 3 Edição PDF
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
UMA BREVE HISTÓRIA DO SAXOFONE ...................................................................... 2
O SAXOFONE NO BRASIL ............................................................................................... 3
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS .......................................................................... 5
A FAMÍLIA DOS SAXOFONES ........................................................................................ 7
AS PARTES DO SAXOFONE ............................................................................................ 8
TESSITURA......................................................................................................................... 9
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA EXECUÇÃO ................................................... 13
VIBRATO .......................................................................................................................... 15
O SAXOFONE E A FAMILIA DAS MADEIRAS ........................................................... 16
BOQUILHA ....................................................................................................................... 18
PALHETAS........................................................................................................................ 21
ABRAÇADEIRA ............................................................................................................... 23
CORREIAS ........................................................................................................................ 23
CUIDADOS BÁSICOS ...................................................................................................... 24
ORIENTAÇÕES PARA COMPRAR O INSTRUMENTO ............................................. 24
SUGESTÃO PARA POSTURA DO CORPO E O USO DE CORREIAS ....................... 25
PRINCÍPIOS DA RESPIRAÇÃO PARA SAXOFONE ................................................... 30
EMBOCADURA ................................................................................................................ 33
NOTAS LONGAS .............................................................................................................. 38
ARTICULAÇÃO ............................................................................................................... 41
ESCALA MAIOR .............................................................................................................. 46
EXERCÍCIOS DE MECANISMOS .................................................................................. 47
ESTUDO/PRÁTICA DE CONJUNTO ............................................................................. 49
SAXOFONE BARÍTONO ................................................................................................. 51
OITAVA CORRETA DO SAXOFONE BARÍTONO NO HINÁRIO:............................ 51
SAXOFONES, BARÍTONO, BAIXO E CONTRA BAIXO ............................................. 53
REPERTÓRIO BÁSICO PARA REFERÊNCIA ............................................................. 54
Métodos adicionais para o estudo do saxofone: ................................................................ 54
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 56
INTRODUÇÃO
Após sua primeira audição em uma obra orquestral, por volta de 1844 na ópera Last King of
Juda, de Georges Kastner (1810-1867), o saxofone se popularizou pelo território europeu,
passando a fazer parte das bandas militares francesas. Com a fabricação em série, o saxofone
passou a ser distribuído em todos os continentes, adquirindo uma personalidade distinta em
cada cultura.
Na Europa seu som aproxima-se das cordas; nos Estados Unidos da América o saxofone tornou-
se uma das vozes mais radicais e importantes do Jazz, conquistando o mercado fonográfico e
tornando-se conhecido em todo mundo.
O saxofone é um instrumento muito versátil e expressivo, por isso ele deve ser bem controlado.
Se o músico não aprender a controlar bem o seu saxofone, ele sempre vai soar exagerado e
caricato, e é justamente aí que se esconde a dificuldade de tocar verdadeiramente bem.
Dependendo da boquilha, palheta, embocadura, possui uma gama de timbre e sonoridades que
vai do som mais amadeirado e escuro (saxofone erudito) ao som mais metálico e estridente
(música popular, Jazz, Rock, pop etc.); portanto é necessário ter conhecimento do instrumento
para buscar um timbre que seja compatível com instrumentos de orquestras sinfônicas.
Esse trabalho está inclinado totalmente para a vertente da Música de Concerto e/ou a chamada
Música Erudita, visto que é nesta segmentação onde nossa orquestra encontra-se situada. O
objetivo desse trabalho é instruir os irmãos candidatos e saxofonistas da CCB quanto às
características sonoras e a execução do saxofone na música de concerto, visando adequação do
instrumento à proposta musical de nossas orquestras.
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UMA BREVE HISTÓRIA DO SAXOFONE
Antoine Joseph Sax nasceu no dia 6 de Novembro de 1814 numa cidade belga chamada Dinant.
Sax aprendeu o ofício de seu pai, que era construtor de instrumentos e desde muito novo esteve
ligado ao mundo da fabricação de instrumentos musicais. Antoine Joseph, apelidado de
“Adolphe”, estudou clarinete e flauta no conservatório de Bruxelas com Bender (diretor de
música do regimento de Guides). Ao tocar e familiarizar-se com o clarinete foi-se apercebendo
daquilo que achava serem imperfeições e logo fez questão de melhorá-las.
Em Outubro de 1842, depois de obter um subsídio do governo belga, Sax fixou-se na Rua
Neuve-Saint-Georgesem Paris, onde teve que competir com outros grandes fabricantes de
instrumentos. Graças a um empréstimo do flautista Dorus, Sax adquire uma espécie de armazém
que vai lhe servir de alojamento. Pouco depois, em 1843 abre uma fábrica de instrumentos onde
vende seus produtos, em Outubro do mesmo ano a Revueet Gazette Musicale fala do interesse
despertado pelo clarinete baixo de Sax nos clarinetistas da ópera de Paris.
No ano de 1848, transformou a sua modesta oficina numa grande fábrica, que contava com 191
trabalhadores e de onde saíram 20.000 instrumentos entre os anos de1843 e 1860. Nessa mesma
oficina construiu também uma sala de concertos que, pouco a pouco, foi conseguindo uma
grande reputação. Com este sucesso, não tardaram as conspirações contra Sax.
Em Dezembro de 1843 amplia novamente o seu clarinete baixo e desta vez Berlioz utiliza-o no
seu Réquiem, sendo o próprio Sax a interpretá-la. Pouco tempo depois, o mesmo Berlioz
organiza um concerto que foi realizado na sala Herz de Paris, transcrevendo o seu Chant Sacré
para um conjunto de seis instrumentos, todos eles inventados por Sax. Sax demonstrou que o
timbre de um instrumento está determinado, não pela natureza do material que o instrumento é
construído, mas sim pela proporção de ar que é emitida para dentro deste.
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Bom entendedor dessa lei, conhecida como Lei das proporções, Sax aperfeiçoou, engrandeceu
e completou grande parte dos instrumentos de sopro, madeira ou metal. Inventou novos tipos
de instrumentos, como:
Saxtrompas ou Bombardinos/Eufonium (corno sax), família de seis membros, foi um
instrumento que se utilizou em bandas com frequência e foi patenteado em 1843.
Sax-trombas, família de sete membros patenteada em 1845.
Saxofones, família de oito membros registrada em 1846.
Saxtubas, patenteada em 1849.
Sax também se interessou por instrumentos de percussão e durante os anos de 1852 e 1863
registrou uma série de patentes relativas a timbales, bombos e tambores. Sax viveu uma vida
longa; ficou arruinado por três vezes, mas nunca deixou de estudar, inventar e aperfeiçoar
instrumentos. Morreu em 7 de Fevereiro de 1894 com 80 anos de idade, completamente
arruinado, deixando ao mundo da música uma grande contribuição.
O SAXOFONE NO BRASIL
A literatura musicológica sobre o saxofone no Brasil é bastante escassa e com isso é impossível
determinar precisamente quando este instrumento foi introduzido no país. É sabido, porém, que
a sua trajetória sempre esteve intimamente ligada à música popular brasileira, pois os primeiros
expoentes do saxofone eram justamente músicos ligados aos grupos de choro, estilo musical
muito popular no Brasil que começou a ser estruturado no final do século XIX e início do século
XX, e também às bandas militares.
Os primeiros registros da utilização dos saxofones no Brasil são do final do século XIX e
constam justamente em registros de bandas militares, seguindo a tendência das formações
militares francesas que haviam incorporado esses instrumentos aos seus contingentes. No
Brasil, o saxofone chega 40 anos após a sua invenção e insere-se justamente nesse meio.
Frequentemente essas bandas marciais se apresentavam nos coretos de praças e jardins e
começaram a incluir em seus repertórios os gêneros musicais mais em voga na época, a saber
valsas, polcas, schottisches e mazurcas, todos eles importados da Europa. Aos poucos, esses gêneros
foram se modificando para se tornar o que conhece-se hoje por choro.
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internacional. Ladário ficou muito conhecido por conseguir tocar notas muito agudas, fora da
extensão do saxofone. Outros nomes da primeira geração de saxofonistas eruditas brasileiros
foram Waldemar Szpilman (de origem polonesa), Sandoval de Oliveira Dias e Paulo Moura,
porém esses três últimos não dedicaram exclusivamente à prática da música de concerto.
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CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
A partir dessa ideia surge o saxofone, um dos poucos instrumentos de uso comum na música
ocidental que é tão conhecido e, ao mesmo tempo, tão desconhecido. Este instrumento combina
as características do oboé (tubo cônico, porém mais largo) e do clarinete (boquilha e palheta
simples). A popularidade do saxofone deve-se à sua difusão em meios como o teatro musical,
a opereta e em movimentos musicais tais como música militar e, sobretudo, o Jazz, apesar de
ter sido criado para tocar em bandas e orquestras sinfônicas.
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O Saxofone foi patenteado em 1846 incluindo 14 variações: Sopranino em Eb, Sopranino em
F, Soprano em Bb, Soprano em C, Alto em Eb, Alto em F, Tenor em Bb, Tenor em C, Barítono
em Eb, Barítono em F, Baixo em Bb, Baixo em C, Contra Baixo em Eb, Contra Baixo em F.
Contudo os mais usados pela relação acústica são o Soprano em Bb, Alto em Eb, Tenor em Bb
e o Barítono em Eb.
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A FAMÍLIA DOS SAXOFONES
Apesar de o saxofone pertencer a uma família de oito membros (contrabaixo, baixo, barítono,
tenor, melody (tenor em C), alto, soprano e sopranino, os compositores se limitaram a utilizar
o saxofone alto na maioria das peças e algumas poucas vezes o tenor e o soprano, deixando os
restantes para segundo plano.
Estes instrumentos comportam-se como uma verdadeira família, tendo qualidades e defeitos,
que se podem considerar como hereditários, guardando cada um o seu próprio caráter e
personalidade. Um é ligeiro, o outro é sombrio, um é caprichoso e outro é profundo. Hoje em
dia são fabricados em série seis destes oito saxofones, e mesmo assim em quantidades muito
desiguais.
O contrabaixo só existe cerca de uma dezena de exemplares, sendo alguns deles já peças de
museu. Reunidos todos os saxofones, estes atingem um âmbito igual ao de uma orquestra. A
combinação do corpo metálico com a embocadura proporciona ao saxofone uma vasta
variedade de sons, desde a sugestão de notas metálicas da trompa ao som profundo e melodioso
do violoncelo, passando pelos timbres agudos e delicados da flauta.
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AS PARTES DO SAXOFONE
O saxofone é composto de: boquilha (com palheta e braçadeira), tudel e corpo (campana com
a curva soldada).
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TESSITURA
O saxofone, tal como muitos outros instrumentos, é transpositor, isto quer dizer que não se
escreve na partitura do saxofone as mesmas notas que o público ouve. Isto acontece para que
os saxofonistas só tenham de aprender uma digitação para toda a família dos saxofones.
Por exemplo, se quer que um saxofonista toque o lá do diapasão, na partitura aparecerá: Para
saxofone sopranino: Fá # Para saxofone soprano: Si Para saxofone alto: Fá # Para saxofone
tenor: Si Para saxofone barítono: Fá # (agudo).
Diz-se que o soprano está em Si b, porque quando ele toca a nota Dó, o que se ouve é um Si b.
Apesar das possibilidades de extensão no superagudo (harmônicos), todos os saxofones têm o
mesmo âmbito, duas oitavas e uma sexta menor, à exceção do saxofone barítono, que possui
mais uma nota (Lá grave), que lhe permite tocar, em som real, um Dó, que seria um Dó grave
para o violoncelo.
A família, do mais agudo ao mais grave, se apresenta assim (as proporções mostradas nas
fotos entre os instrumentos, não correspondem as dos tamanhos reais):
SOPRANINO EM MIb
Fabricado em forma reta, como mostra o exemplo acima. Trata-se de instrumento raro, no Brasil
há poucos exemplares.
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SOPRANO RETO / CURVO EM SIb
Fabricado em dois modelos, reto e curvo. O modelo de soprano que têm formato curvo é
erroneamente chamado de sopranino. Seu tubo é curvo ao invés de reto, devido a isso ele parece
ter um tamanho menor, mas tem as mesmas medidas, sendo, tal como o reto, também um
saxofone soprano.
ALTO EM MIb
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TENOR EM SIb
BARÍTONO EM MIb
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BAIXO EM SIb
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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA EXECUÇÃO
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O Som do saxofone / como o som é produzido:
O som do saxofone é produzido através da vibração da palheta que se espalha pela vibração da
boquilha e para todo o instrumento. A palheta vibra porque ela é flexível. Fazemos a palheta
vibrar porque quando sopramos criamos uma diferença de pressão de ar.
Texto extraído do Caderno de Saxofone - Sopro Novo Yamaha, por Erik Haimann Pais
(PAIS, 2008, pg. 14).
Todos que decidem aprender tocar saxofone iniciam nesse momento (ou deveriam), suas
buscas, discussões, pesquisas, debates e experiências sobre os equipamentos e fundamentos
básicos necessários para tocar esse instrumento. Contudo, antes de qualquer coisa, julgamos
necessário pensar um pouco sobre o lugar que o saxofone ocupa em nosso universo musical.
Com frequência, as pessoas iniciam o estudo do saxofone tendo em mente um estilo musical
determinado que gostam de ouvir. É natural, portanto, que dediquem todas suas forças em tentar
(desde as primeiras notas) reproduzir o som e esses estilos ao tocar o instrumento.
Compreender a diferença entre esses dois simples conceitos é determinante para o bom
desenvolvimento dos fundamentos básicos, para a escolha dos fundamentos básicos e para a
metodologia a ser utilizada para aperfeiçoar o controle sobre o que realmente se quer realizar
com o instrumento.
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“Som modificado” - É toda e qualquer alteração que se faça ao “som básico”,
por movimento e alterações da embocadura, da língua, do sopro, da garganta
etc. No “Som modificado”, a nota não aparece simplesmente com aquela altura
definida por uma frequência, mas, sim, envolta por efeitos sonoros que
caracterizam determinados estilos musicais.
VIBRATO
Vibrato são pequenas oscilações de uma nota, muito usado no canto, tanto lírico como popular,
onde cada estilo/gênero vocal/instrumental têm sua forma própria quanto ao tamanho da
oscilação de amplitude e velocidade do vibrato. Frequentemente, o vibrato é usado como forma
de compensar inadequado desenvolvimento sonoro e afinação imprecisa. Quando tocamos em
naipe, não devemos usar vibrato para não interferir na afinação e no equilíbrio sonoro do naipe.
O bom vibrato, equilibrado e usado adequadamente, deveria integrar-se ao estilo musical;
quando chama atenção, é porque provavelmente se destaca dos limites do bom gosto musical.
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O SAXOFONE E A FAMILIA DAS MADEIRAS
O saxofone pertence à família das madeiras ou dos metais, ou nenhuma? Abaixo segue alguns
itens que sustentam o saxofone como pertencente à família das madeiras.
A seguir um excerto visual da obra “Bolero de Ravel”, onde os saxofones tenor e soprano são
utilizados. Nota-se que o posicionamento de ambos é feito na mesma fileira das madeiras, ao
lado dos clarinetes, clarones e fagotes, e atrás do flautim, flautas, oboés e corne inglês:
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Demais
madeiras
Saxofone
Tenor
Demais
madeiras
Saxofone
Soprano Reto
Nas orquestras da Congregação Cristã no Brasil, o saxofone é considerado como família, pela
grande quantidade desta categoria existente no seio das orquestras (desproporcional se
comparado aos demais instrumentos) e pelo fato que é admitido o quarteto de saxofones:
soprano (reto ou curvo), alto, tenor e barítono. Todavia tem que ser referenciado pela escola
erudita do instrumento, buscando sempre uma sonoridade dentro dos padrões da música
sinfônica.
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BOQUILHA
A mesa da boquilha é a parte plana que se prolonga até a parte curva. É sobre esta (mesa) que
deve ser colocada a palheta. O comprimento da mesa inclui também o comprimento da parte
curva. A câmara é a parte interior da boquilha onde nasce o som. O seu formato é muito
importante e determina a qualidade do som. Uma câmara pequena, com um teto baixo produz
um som rico em harmônicos.
Por outro lado, uma câmara grande, com um teto alto produz um som mais sombrio. Em geral,
na música erudita utiliza-se uma boquilha com uma mesa curta ou mediana e de abertura
pequena (boquilha fechada). No Jazz, as boquilhas com abertura grande são as preferidas
(boquilha aberta). Existem muitas boquilhas voltadas a prática da música popular, Pierret, Otto
link, Claude Lakey, Bari, Yamaha, Yanagisawa, B e N, Meyer, etc.
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Alguns modelos de Boquilhas apropriadas para a prática do saxofone (clássico)
voltado à música de concerto (orquestra / música sacra CCB).
Saxofone soprano:
Saxofone Alto:
Saxofone Tenor:
1. Vandoren - T20
2. Selmer Série C* S80
3. Selmer Série S90 170 até 200
4. Optimum - TL3, TL4 e TL5
Saxofone Barítono:
1. Vandoren - B35
2. Selmer Série C* S80
3. Selmer Série S90 170 até 200
4. Optimum - BL3, BL4 e BL5
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Outras boquilhas de modelos similares para a prática da música de concerto
(orquestra / música sacra):
Nota: Para obter o som puro do saxofone, além de embocadura apropriada, respiração correta
e boquilha indicada é necessária uma combinação de boquilha e palheta com numeração
adequada para essa boquilha (conforme exemplo citado). É importante também colar uma
almofada (adesivo gelatinoso colado onde se apoiam os dentes sobre a boquilha no bisel). Além
do conforto e de interferir diretamente na sua embocadura e sonoridade, este adesivo amortece
a vibração na boquilha produzida pela palheta, principalmente nos instrumentos mais graves
(tenor, barítono, baixo e c. baixo). As horas de estudo somadas ao longo do tempo podem afetar
a dentição superior causando enfraquecimento e soltura da raiz dos dentes.
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PALHETAS
A palheta, somada aos outros itens elencados no capítulo “o saxofone e a família das madeiras”
desta apostila, classificam o saxofone como membro pertencente à família das madeiras. É uma
das partes mais delicadas e importantes para a emissão do som. Da sua qualidade depende não
só o som, mas também a flexibilidade do instrumentista.
As palhetas de saxofone extraem-se duma planta chamada Arundo donax. O Arundo donax mais
apreciado provém de da região de Var, no sul de França junto ao Mediterrâneo. Dependendo
da parte onde é cortada pé ou cabeça da planta, a palheta tem qualidades diferentes, distribuindo
de maneira diferente a umidade e resistindo de maneira diferente à temperatura. A palheta é
constituída por várias partes: talão, partes laterais, bisel, coração e ponta.
Se a sua palheta está molhada, seque o mínimo possível com pano de algodão e guarde numa
caixa especial de palhetas, nunca deixe a palheta solta no estojo, ela é muito frágil e vai quebrar.
Evite passar panos e os dedos na palheta demasiadamente. Procure tocar apenas na parte onde
há a casca. Devemos ter um cuidado especial com as palhetas. Tenha pelo menos 4 palhetas e
use-as alternadamente para que durem mais.
Nunca mexa na ponta da palheta, não corte, não aperte, não toque, não lave, não esquente, não
lixe, não torça. Se você acha que a sua palheta precisa ser ajustada, peça ajuda a quem sabe
fazer isso. Se mesmo depois de ajustada, a palheta não ficar boa, jogue fora e compre outra,
pois palhetas não duram para sempre, elas precisam ser trocadas sempre que não estiverem
vibrando mais ou estiverem quebradas. Tente não se acostumar a “trabalhar” (lixar, raspar,
cortar) todas as suas palhetas, pois a tendência é que, com o passar do tempo, só se consiga
tocar com palhetas previamente lixadas ou modificadas.
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Quando for comprar uma palheta, escolha uma que seja simétrica: coloque-a contra a luz e
observe se ela é igual: se um lado não está mais escuro que o outro. (foto1). Escolha palhetas
maduras, fuja das verdes e claras: olhe na parte traseira e você vai observar uma linha escura
muito fina logo abaixo da casca; isso indica que a palheta está madura (foto 2). Não fique
trocando de marca e número de palheta todo dia.
Use a mesma marca e número durante alguns meses, antes de criar sua opinião sobre ela.
Sempre umedeça a palheta antes de tocar, colocando-a na boca por alguns instantes. Se preferir
molhá-la com água, não a deixe imersa por muito tempo, pois isso a deformará. Existem
fabricantes que pesquisam palhetas de outros materiais, que não são cana.
Não se acostume a usar apenas uma palheta. A pressão da embocadura se relaxa à medida que
a palheta se enfraquece e assim todas as palhetas parecerão forte demais.
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ABRAÇADEIRA
Para fixar a palheta à boquilha, Adolphe Sax, já em meados do século XIX, fabricou uma
abraçadeira metálica com parafusos (parecida com a que se utiliza hoje em dia). Mesmo assim
os fabricantes e saxofonistas não param de criar novos modelos de abraçadeiras que permitam
uma maior aderência de palheta à mesa da boquilha sem ter de pressionar demasiado o talão.
Abraçadeiras metálicas: São mais adequadas para grandes salas de concerto ou para solistas.
Abraçadeiras maleáveis (couro e outros): São em geral adequadas a pequenas salas, musica
de câmara ou pequenos grupos.
Toque primeiro com sua abraçadeira habitual. Depois, sob as mesmas condições, teste a nova
abraçadeira; procure observar a suavidade, passagem por entre os registros, a consistência de
volume e qualidade de som nos graves, médios e agudos. Ao mesmo tempo, escute as diferenças
encontradas quando toca piano e forte. Verifique se é mais fácil tocar staccato ou não. Se
possível faça o teste com outro músico presente. Por vezes, as diferenças entre as abraçadeiras
são identificadas mais facilmente por outra pessoa e não pelo próprio músico. Como escolher
uma abraçadeira: Experimente os vários modelos de abraçadeiras disponíveis em uma loja.
Diversos tipos de abraçadeiras satisfazem necessidades diversas, qualquer que seja o modelo.
Existem também outros modelos e marcas diferentes. Vale sempre lembrar:” A melhor
abraçadeira é a que melhor se adapta as suas necessidades”.
CORREIAS
Para o estudo do saxofone, evite usar a alça de sustentação (talabarte ou correia) no pescoço,
busque aquelas que distribuem o peso do instrumento sobre a região dorsal. E isso não apenas
para os saxofones maiores, como o tenor e o barítono, mas também para o alto.
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CUIDADOS BÁSICOS
Mais importante do que ter um instrumento de boa marca, é que o seu ESTEJA bom. Portanto,
entregue seu saxofone sempre que for preciso aos cuidados de um técnico profissional e
responsável para realizar a sua manutenção. Ele só trabalha com isso e tem ferramentas e
acessórios apropriados para a realização de tais serviços. Desconfie se seu instrumento estiver
apresentando muita resistência ou grande dificuldade na emissão de algumas notas; pode ser
que o problema seja de regulagem mecânica e não de execução.
Nunca, em hipótese alguma, lave seu instrumento montado na água corrente ou na banheira!
Limpe seu saxofone por fora após tocá-lo com uma flanela macia e seque-o por dentro com um
pano amarrado a um barbante numa ponta e um pequeno peso revestido na outra. A cada dois
anos, no máximo, leve seu instrumento ao seu técnico de confiança para fazer uma limpeza
completa e ele desmontará totalmente o saxofone e limpará minuciosamente peça por peça.
Seque seu instrumento mesmo depois de ter tocado poucos minutos, pois a condensação começa
a se formar a partir dos primeiros instantes de uso. Não utilize o “Pad Saver”, também chamado
de escovão (espécie de arame com fios sintéticos em sua volta), feito para ficar dentro do
instrumento. Ele é extremamente ineficaz, pois conserva a umidade e permite a oxidação dentro
do corpo do saxofone e dos reverberadores (presos às sapatilhas) quando feitos em metal.
Também soltam fios dentro do tubo, e se um desses fios ficarem entre uma chaminé e uma
sapatilha isso causará o chamado micro vazamento. Além disso, o couro das sapatilhas perde
sua elasticidade e prejudica a sua função de junta. Depois de algum tempo de utilização,
algumas sapatilhas têm tendência a colar. Para evitar que isso aconteça, passe um pano que não
solte fios com um pouco de álcool líquido entre a sapatilha e a chaminé. Melhor que o papel
com talco que com o tempo acentua o problema. - Use pedaços de papel recortados em forma
de quadrado para secar as sapatilhas. Isso retardará o desgaste das mesmas, principalmente as
das chaves do registro agudo, que ficam mais úmidas que as demais. Lubrifique seu saxofone
em intervalo máximo de dois meses. O atrito de metal contra metal é a principal causa de jogo
nas chaves. Use uma pequena chave de fenda para colocar uma gota de óleo em cada junta com
parafuso e não se esqueça de lubrificar as molas.
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CSA, Maxtone, Conductor, Stagg, Jupiter, HandCraft, SelmerBandy, Shelter, Century, Olds,
L.A., Armstrong, Winston, Arena, Rmv, Pierret, Dolnet, York, Antigua, Winds, Buffet
Crampon, Conn e o nacional WERIL. Para quem deseja adquirir um instrumento superior
existem as linhas profissionais Yamaha, Yanagisawa, ou Selmer (Frances). Se preferir comprar
um instrumento mais antigo, os chamados instrumentos “vintage”, como por exemplo: Martin,
Buerscher, Conn, King, Galasso, Weril e outros, apesar de sua comprovada e incontestável
superioridade sonora, você pode se deparar com uma série de inconvenientes, como afinação,
mecânica ruim, ergonomia ruim e etc. Nesse caso é preciso consultar uma pessoa experiente.
Posição do corpo:
Os ombros devem estar soltos (sem tensão) para criar espaço para o pescoço. Ajuste a correia
para que o saxofone fique numa altura confortável e que sua cabeça não fique forçada para trás
nem para frente. O tudel e a boquilha devem ser girados e ajustados numa posição em que não
seja necessário dobrar a coluna ou o pescoço para o lado, em função de alcançar a boca na
boquilha. É o instrumento que deve moldar-se no corpo e não ao contrário. A melhor maneira
de posicionar as mãos no instrumento pode ser definida como uma maneira sem nenhuma
tensão nos dedos, nas mãos, nos braços ou nos ombros. O peso não pode ficar totalmente sobre
as mãos e a maior parte do peso do instrumento deve ser distribuído na correia. Com uma
posição correta é muito fácil chegar a uma boa técnica com limpeza e agilidade nas notas. As
mãos com os dedos nas chaves devem estar em forma de “C” e não em forma de “V”.
SAXOFONE SOPRANO
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SAXOFONE TENOR
SAXOFONE BARÍTONO
SAXOFONE ALTO
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EXEMPLOS: Mão esquerda, como não devemos fazer...
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Exemplo correto/mão esquerda:
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Mão direita: Como não devemos fazer...
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PRINCÍPIOS DA RESPIRAÇÃO PARA SAXOFONE
Antes de começar a tentar produzir qualquer tipo de som em qualquer instrumento de sopro, é
de fundamental importância que se aprenda a respirar de maneira correta de forma a aplicar
essa respiração ao tocar. Cabe ao professor ser rigoroso em ensinar este tópico a seus alunos. A
prática da respiração deve ser feita diariamente antes de abrir o estojo do instrumento e essa
prática será para a vida toda. O processo respiratório é realizado de forma simples e natural com
apenas dois atos: inspirar (“puxar” o ar para dentro dos pulmões) e expirar ou exalar (soltar o
ar que entrou nos pulmões). Mas, até que o ar chegue aos pulmões é necessário que percorra
um longo caminho. Todo esse processo do ar acontece através de um sistema chamado: Sistema
Respiratório. O sistema respiratório é formado por: “dois pulmões, as fossas nasais, a boca, a
faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos”.
Todo ser - humano respira desde o primeiro até o último segundo de vida sem que ninguém lhe
ensine. Respirar é um processo natural e é uma das funções mais importantes do corpo. Porém,
quando se trata de tocar um instrumento de sopro ou de cantar, a respiração que utilizamos em
nosso cotidiano não é suficiente para a realização dessas atividades. É necessário que se estude
como respirar corretamente de maneira a aplicar estes estudos na realização de tais atividades.
O músico que toca instrumento de sopro ou canta precisa ter em mente que, além de tocar ou
cantar, o corpo necessita do ar para manter seu bom funcionamento. O primeiro treinamento
respiratório que se deve fazer é: como ter uma respiração completa. Para a maioria das pessoas
acontece o seguinte: quando se pede para alguém, não treinado, fazer uma respiração profunda,
nota-se que esse alguém estufa o tórax de maneira à quase “explodir”. Percebe-se que essa não
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foi uma respiração completa porque, foi utilizada apenas uma parte dos pulmões. Para que a
respiração seja completa, é necessário que se imagine que está “enchendo a barriga de ar” e
depois o “tórax”. (Foi dito para imaginar porque é impossível encher a barriga ou o tórax de ar.
O ar só vai para um local: os pulmões). Entre os diversos músculos que envolvem o ato de
respirar, existe um que é o mais importante entre eles. Esse músculo é o diafragma. O diafragma
é classicamente descrito como um músculo delgado e achatado, que separa a cavidade torácica
da cavidade abdominal.
EXERCÍCIO DE RESPIRAÇÃO
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(ESTUDO DIÁRIO)
1- Com o dedo indicador encostado nos lábios (veja figura abaixo), faça inspirações e
expirações lentas e profundas. Respire sempre pela boca mantendo os cantos relaxados.
Pronuncie WÔW ao inspirar e THÔW ao expirar.
2- Encoste o dedo indicador nos lábios (como na figura acima) mantendo os cantos da boca
relaxados. Agora, pela boca, faça uma inspiração de 5 tempos seguida de uma expiração
de 5 tempos. Ao inspirar, pronuncie a palavra WÔW. Ao expirar pronuncie a palavra
THÔW.
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EMBOCADURA
A embocadura é a posição dos lábios e da musculatura facial correta para se obter o som do
instrumento. A embocadura é a conexão mais importante com seu instrumento.
A quantidade de boquilha que se põe dentro da boca determina a qualidade do som. Pouca
boquilha na boca (tocando na pontinha) deixa o som apagado a instável. Muita boquilha na
boca (engolindo mais) deixa o som estourado e descontrolado.
Exercícios:
2 – Repita a etapa anterior só com o tudel, boquilha e palheta, depois com o saxofone (tocar
notas longas). Procurar não dobrar muito o lábio inferior, porque quanto menos lábio na palheta,
mais ela vibra produzindo mais harmônicos.
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Nota
Todos os exercícios intitulados como Estudos Diários deverão ser praticados na frente
de um espelho com o auxilio de metrônomo e afinador, observando a embocadura,
respiração, postura, precisão rítmica e afinação.
Exemplos musicais elaborados com Finale 2014
NOTAS LONGAS
“Para produzir um som firme, limpo e principalmente afinado, é extremamente importante que
todos os músicos pratiquem exercícios com notas longas diariamente, (não “pulem” essa parte
do estudo em hipótese alguma). Infelizmente, o estudo de notas longas tem sido muito
negligenciado pelos estudantes de instrumentos de sopro na CCB. Muitos acham que o estudo
é “chato” e outros, têm pressa para começar a tocar um “monte” de notas rápidas ou “passar
logo” aquele estudo do método para começar a tocar mais rápido nos ensaios e cultos, mas se
esquecem de que: para correr é preciso, primeiro, saber andar” (NASCIMENTO, 2014, p. 23).
Músicos profissionais estudam notas longas todos os dias.
Principais benefícios:
.
Estabilidade do fluxo da coluna de ar e domínio sobre a velocidade do ar, habilitando
para execução de dinâmicas mp, p e pp.
Fortalecimento e moldagem da mascara facial (todos os músculos que compõem a
embocadura).
A somatória dos itens acima resulta em uma melhora significativa favorecendo o maior
controle sobre a afinação.
Estudo diário: estudar em media 2 exercícios por dia, não mais. Exemplo, “A” e “C”
Procurar tocar com som firme e reto, atento à embocadura, afinação, respirações,
indicação de metrônomo e dinâmicas.
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H) Praticar somente com a boquilha:
1 - Tocar uma nota o mais grave que consiga alcançar somente com a boquilha.
Após encontrar e estabilizar esta nota, tocar de forma diatônica ascendentemente partindo da
nota mais grave até completar um pentacorde.
Exemplo - Sax alto: Fá, Sol, La, Si, Dó.
2 – Repetir o exercício completando o pentacorde cromaticamente.
Exemplo: De meio em meio tom, Fá, Fá#, Sol, Sol#, La, La#, Si, Dó.
3 - Havendo progresso nas etapas anteriores, estudar a parte do soprano dos Hinos 39 e 208
(somente com a boquilha).
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AFINAÇÃO
Estude com o afinador eletrônico, mas não tenha nele seu único recurso. Aprenda utilizar seus
ouvidos para corrigir as falhas de afinação do seu instrumento, e lembre-se que mesmo as
melhores marcas de saxofones também têm correções de afinação a ser feitas. O uso do afinador
é de grande utilidade, mas o principal objetivo é o desenvolvimento do treinamento auditivo e
não do visual.
Ao afinarmos o nosso instrumento com uma nota de referência (órgão na igreja ou com diapasão
e etc.) sopre sempre de forma natural e procure com pequenas alterações de pressão e
relaxamento na embocadura, perceber se sua afinação está “alta” ou “baixa” em relação a
referência. Ou seja, se houver oscilações ao tocar junto e elas diminuírem à medida que você
aumenta um pouco a pressão dos lábios, sua afinação está “baixa”. Se as oscilações diminuírem
à medida que você relaxa a pressão dos lábios, sua afinação está alta.
Principais benefícios:
ARTICULAÇÃO
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EXEMPLOS DE ALGUNS TIPOS DE ARTICULAÇÃO (MED, 1996, p. 218-220):
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EXERCÍCIO DE ARTICULAÇÃO
(ESTUDO DIÁRIO)
O estudo da articulação é para que se obtenha controle sobre a língua, tanto na pronúncia da
sílaba quanto na velocidade, bem como a clareza e definição das notas.
Principais benefícios:
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ARTICULAÇÃO/LIGADURA/ALTERNANCIA DE REGISTRO
ESCALA MAIOR
“O estudo de escalas auxilia o músico a ter uma boa afinação e uma melhora na sincronia dos
dedos. É importante enfatizar que qualquer música é escrita a partir de uma escala. Portanto, é
imprescindível o estudo de escalas. Na CCB, é impressionante a quantidade de irmãos músicos
que não tem a menor noção do que é uma escala (a maioria conhece o “famoso” dó a dó). Todo
músico tem por obrigação decorar, no mínimo, todas as escalas maiores haja vista que os hinos
são todos em tonalidade maior” (NASCIMENTO, 2014, p. 35).
Principais benefícios:
O estudo diário das escalas propicia maior agilidade nos dedos e maior fluência na
digitação em todas as tonalidades.
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EXEMPLO DE EXERCÍCIO DE ARTICULAÇÃO SOBRE A ESCALA MAIOR
(ESTUDO DIÁRIO)
Praticar este estudo sobre a escala maior em todos os tons com dinâmicas diferentes e
articulações variadas.
Forma de estudo: Começar lento, havendo progresso, aumentar a velocidade em quatro bpm
para cada repetição, objetivando cada vez mais, fluência nas escalas e suavidade nas
articulações.
EXERCÍCIOS DE MECANISMOS
(ESTUDO DIÁRIO)
Principais benefícios:
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Mecanismos 1
Mecanismos 2
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OBSERVAÇÕES PARA A PRÁTICA EM GRUPO
Nos cultos e ensaios, nota-se que há muitos irmãos tocando saxofone com sonoridades que não
são compatíveis com a massa sonora de uma orquestra e também não é raro a prática de tocar
mais forte, com uma intensidade muito acima dos demais instrumentos que tocam a mesma
voz, até mesmo, cobrir toda uma orquestra com o som do seu instrumento. Fato que se dá,
talvez, por não possuírem boas referências sonoras do instrumento e não ter o entendimento da
proposta musical de uma orquestra e principalmente das orquestras da CCB.
Na música popular, muito embora haja liberdade para o uso, estes efeitos/ornamentos, são
utilizados comedidamente. Na música erudita ou na chamada música de concerto
contemporânea, também são utilizados quando o compositor escreve na partitura o efeito
desejado por ele. Nas orquestras da CCB não devemos fazer uso de tais efeitos por duas razões
lógicas; os hinos não são considerados música popular e tais ou nenhum efeito está escrito no
hinário. Portanto cuidemos para guardar os princípios básicos de coerência musical.
ESTUDO/PRÁTICA DE CONJUNTO
Este estudo destina-se para aplicação de todas as técnicas estudadas nas etapas anteriores.
Principais benefícios:
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SAXOFONE BARÍTONO
“Efeito Ping-pong”
O que trataremos aqui como “efeito ping-pong” são as quebras de frases ocorridas durante a
execução da quarta voz do nosso hinário pelo sax barítono. A quarta voz também é tocada pelos
saxofones, baixo e contra baixo, porém esses são menos propensos a tal problema (efeito ping-
pong) pelo fato de alcançar até a nota Fá -1 (uma oitava abaixo do que está escrito).
Na busca por notas no registro mais grave do instrumento, os irmãos tocam uma oitava abaixo
do que está escrito, além de saírem da tessitura proposta no hinário, gera saltos inexistentes na
voz do baixo, contrários aos escritos originalmente, proporcionando alteração de timbre e
quebra de frase no caso especificamente do saxofone barítono.
O saxofone barítono deve fazer a voz do baixo (salvo em necessidades especiais). Para uma
correta execução do baixo pelo saxofone barítono, é necessário que ele toque na altura escrita
no hinário, ocupando o espaço entre o baixo profundo (tuba e pedaleira) e o tenor, cumprindo
assim a sua função de barítono*.
Essa regra (de não trocar as oitavas do baixo) pode parecer ter sido criada somente para
“atrapalhar”, porém é muito fácil compreender sua lógica se fizermos o mesmo em outra parte
que não seja o baixo:
OBS: Essa regra também se aplica aos seguintes instrumentos: Violoncelo, Fagote, Clarinete
baixo (“Clarone” baixo) Eufônio/Bombardino (de 3 ou 4 pistos).
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EFEITO PING PONG NO HINO 395.
As figuras circuladas são as notas que a tessitura do saxofone barítono não alcança quando
tocado uma oitava abaixo do que está escrito para a quarta voz.
Obs.: As notas assinaladas com asterisco*(Sib) são alcançadas apenas pelos saxofones barítonos
modificados. Esta modificação acrescenta geralmente as notas Lá, Lab e Sol (Do, Si e Sib – som
real) nos saxofones com mais de vinte anos. Lab e Sol (Si e Sib – som real) para os saxofones
fabricados a partir de vinte anos, aumentando sua extensão respectivamente até a nota Sib -1 (som
real).
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SAXOFONES, BARÍTONO, BAIXO E CONTRA BAIXO
Portanto, toque sempre dentro da tessitura escrita no hinário e use instrumentos originais
buscando sempre uma unidade sonora com os outros instrumentos que tocam a quarta voz.
Boa parte dos irmãos que tocam sax baixo acaba usando boquilha de sax barítono por serem
muito parecidas. Por fora as boquilhas se parecem em forma e tamanho, porém as câmaras
possuem tamanhos diferentes, fato que dificulta um timbre homogêneo com os demais
instrumentos que fazem a quarta voz. Outro fator que contribui significativamente para isso são
os preços. Atualmente existem poucos fabricantes e o preço de uma boquilha para sax baixo
custa em torno do dobro de uma para barítono. Uma saída para este problema é buscar
alternativas em boquilhas de marcas genéricas.
EXERCÍCIO FINAL:
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REPERTÓRIO BÁSICO PARA REFERÊNCIA
Repertório sinfônico:
LONDEIX, Jean Marie. Exercises Méchaniques pour lês Saxophones vol. 1. París: Henry
Lemoine, 1961.
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CONCLUSÃO
Entretanto, é extremamente importante que os irmãos músicos e candidatos que desejam tocar
saxofone na CCB, estarem esclarecidos sobre qual é a proposta musical de uma orquestra e que
o saxofone oferece inúmeras possibilidades de som, por isso, é preciso estar atento e consciente
buscando sempre o timbre do instrumento referenciado na escola erudita do saxofone.
É sabido que o estudo de qualquer instrumento musical exige disciplina durante uma vida toda,
é necessário ter paciência, força de vontade e saber que é somente com o tempo e a prática
constante que se alcançará um maior domínio técnico e mecânico sobre o instrumento.
“Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma
recompensa” (II Crônicas – 15:7).
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