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Greenstone Belts – Komatiítos.

O que são komatiítos?


Representa uma suíte de rochas ígneas máfico-ultramáfica compostas de rochas
vulcânicas e hipoabissais que vão do dunito ao basalto.

Fale sobre Greenstone Belts em relação a diversos aspectos.


Os Greenstone Belts são os mais velhos grupos de bacias vulcano-sedimentares
preservadas que ocorrem em muitos escudos, cuja idade varia de 3400 a 2300Ma. As
rochas vulcânicas variam de ultramáficas komatiíticas, básicas toleíticas e ácidas e
intermediárias de natureza cálcio-alcalina.
Idade - Os 3 grandes períodos de formação dos greenstone belts são 3.4 a 3.3
Ga; 2.8 a 2.6Ga e 2.3G.
Morfologia - Os greenstone belts apresentam-se em bandas ou faixas alongadas
irregulares, às vezes lenticulares, imersos em um mar de rochas graníticas e gnáissica-
migmatíticas, localmente cortadas por granitos mais jovens.
Estrutura - Estruturalmente, são marcadas por deformações polifásicas
penetrativas, com dobras, além de numerosos falhamentos de empurrão indicando um
regime de esforço dominantemente horizontal.
Dimensões - Os GBs variam de tamanhos, indo de 100 a 1000 km de
comprimento com 10 a 250 km de largura e uma espessura variando de 10 a 20km.
Rochas Graníticas - Têm-se em geral três associações graníticas distintas: um
complexo gnáissico-migmatítico; intrusões diapíricas concordantes; e os plutões
graníticos, sendo em geral mais potássicos que os plutões diapíricos.

Litoestratigrafia dos GBs


Coluna litoestratigráfica ideal
Grupo Inferior - toleítos abissais pobres em K2 O e derrames peridotíticos ou
piroxeníticos de natureza komatiítica, estratificados e/ou maciços, exibindo ou
não textura spinifex e disjunção poliedral bem desenvolvidas.
Grupo intermediário é comumente referido como uma sucessão calcio-alcalina
e reflete praticamente um outro ambiente tectônico. Contém rochas vulcânicas
máficas e intermediárias e ácidas caracterizadas pela associação basalto-
andesito-dacito-riolito que aparecem em vários ciclos, além de basaltos toleíticos
pobres em K.
Grupo superior representada por sedimentos de águas rasas. É constituída por
conglomerados, quartzitos, calcários e Formações Ferríferas Bandadas de
ambiente plataformal raso.

Principais Feições dos derrames Komatiíticos


A espessura varia de 1/2m a 200m e em número variável, podendo atingir até 60
unidades de flows.
Exibem pillows e podem estar associados a alguns corpos ultramáficos
intrusivos estratificados, além de sills e rochas piroclásticas de composição
similar, localizados nos espaços entre almofadas ou em canais erosivos entre os
derrames.
Topo marcado por disjunção poliedral e textura spinifex.
OBS: Textura spinifex encontrada nas porções superiores dos flows ultramáficos. É
caracterizada por cristais esqueletais ou dentríticos de olivina ou piroxênios em diversos
arranjos, que vão do aleatório, planar, chevron e acicular.
Estrutura termal da Pluma
Komatiítos ricos em Mg com 32-26% de MgO pode ser derivado da calda da
pluma ou da parte mais interna da cabeça da pluma.
Komatiítos com 26–18% MgO pode ser derivado da parte central da cabeça da
pluma.
Basaltos komatiíticos com 12–18% de MgO pode ser derivado da parte
intermediária da cabeça da pluma.
Basaltos toleíticos com 6–12% MgO que dominam nos GBs arqueanos podem
ser derivados das partes periféricas da cabeça da pluma

Origem dos Komatiítos


Sua origem tem sido interpretada como sendo produto de fusão direta do manto
peridotíticos em condições de súbita descompressão.
Tais condições teriam dominado no Arqueano quando a espessura da crosta
primitiva permitia com freqüência e facilidade a ascensão direta do manto a superfície.
Assim tais komatiítico são muito comuns nas sucessões arqueanas, poucos comuns no
Proterozóico e muito raros no Fanerozóico.
Tal diminuição reflete provável diminuição do gradiente geotérmico e um maior
espessamento da crosta com o tempo.

Mineralizações
Cromita, Níquel, Asbestos, Magnesita e Talco - Associam-se aos flows e
Intrusões Ultramáficas Inferiroes;
Au, Ag, Cu, Zn associam-se ao Grupo Intermediário representado pelas
vulcânicas máfico-félsicas.
O Au por ex: ocorre em 05 associações distintas :
 Tipo estratiforme associado aos sulfetos maciços localizado nas partes
superiores das sequências vulcânicas máfico-intermediária e félsica;
 Disseminado nos sulfetos e carbonatos das formações ferríferas
bandadas;
 Disseminados nas intrusões máfico-ultramáficas similares a sills;
 Em veios de quartzo hidrotermais ou epitermais associados às intrusões
graníticas;
 Placeres.
Fe, Mn e Barita associado ao grupo sedimentar;
Li, Be, Ta, Sb, Mo e Bi encontrando-se em pegmatitos associados com os
plutons intrusivos.

Depósitos Epidermais
Conceito:
Correspondem a depósitos epigenéticos de Au e Ag ± Cu associado a sistema
hidrotermal relacionado a atividades vulcânicas. Ocorrem em forma de veios ao longo
de falhas ou zonas de cisalhamento ou fraturas ramificadas abertas, stockworks, pipes
de brechas, vesículas, associados com derrames e rochas subvulcânicas continentais.
A mineralização pode ser de alto teor quando concentrada em filões e sistema de
veios ou vênulas e de baixo teor quando disseminada em brechas e outras rochas
porosas.

Ambiente Geológico
São associados a magmatismo alcalino e calcio-alcalino em ambientes de arco
magmáticos, intra-arco, bacias back-arc em margem continental ativa e riftes em níveis
crustais rasos.
Ambiente Tectônico
Associado às rochas vulcânicas intermediárias e ácidas ao longo de limites de
placas convergentes relacionados aos cinturões orogênicos.
Ocorrem associados a vulcões emersos em regiões de margem continental ou em
arco de ilhas.
Pode ocorrer também associado a complexos vulcânicos de ambiente
intracontinental tipo rifte.
Litologia:
Mais comuns são os dacitos, riodacitos, latitos e riolitos, piroclásticas soldadas,
ignimbritos e complexos em caldeira.
Idade
Ocorrem associados às rochas vulcânicas mais jovens, sendo quase
desconhecido em períodos pré-Cenozóicos.

Principais características dos Depósitos minerais.


A. Controles estruturais: falhas e fraturas, através das quais os fluidos
mineralizadores migram e precipitam seus solutos.
B. Controle Hidrotermal: influenciado pela pressão e reatividade dos fluidos
hidrotermais.
C. Associações litológicas: influenciada pelas características físicas das rochas
hospedeiras (porosidade, permeabilidade), interface entre estratos permeáveis e
impermeáveis onde os solutos das soluções hidrotermais precipitam.
As formas mais comuns em exploração são:
i. Filoneanas,
ii. Disseminadas em brechas e em sedimentos vulcanoclásticos,
iii. Disseminadas ou maciças estratiformes na parte central
iv. Stockworks
A maioria do minério está associada a vulcanismo terciário, especialmente
próximo aos necks vulcânicos. Entretanto, como é desenvolvido próximo à superfície,
eles são bastantes susceptíveis a destruição por erosão.

Transporte de fluidos
Estruturas extensionais ou pipes de brechas freatomagmáticas cujos fluidos
ácidos e quentes reagem com as rochas hospedeiras para produzir as alterações
características;
Controles estruturais predominam em profundidade e passam para cima para
controle litológico;
Estruturas extensionais subsidiárias com relações angulares aos principais
corredores estruturais hospedam o minério e facilitam reação com as rochas
hospedeiras;
Em outros locais fluidos que produzem alteração passam de controles estruturais
para associação litológica permeáveis;
Diatrema em complexo de domo de derrame são os controles de brechas mais
importantes, particularmente no contato entre o diatrema e as rochas hospedeiras
brechadas.

Depósitos do tipo VMS

Conceito
Depósitos de sulfetos do tipo estratiforme e/ou estratabound de contornos
irregulares que precipitam em ou próximo ao fundo oceânico em associação espacial,
temporal e genética com vulcanismo contemporâneo
Composição
Pirita com quantidades menores de sulfetos de Cu, Pb, Zn, Ag e Au e inclui
como subprodutos uma série de elementos, entre os quais: Sn, Cd, Sb e Bi.
Morfologia
Duas porções distintas:
Superior – Maciço, caracterizada por forma lenticular, concordante com as
rochas hospedeiras, o sulfeto maciço passa em profundidade para uma zona
venulada e em stockwork. Contendo mais de 60% de sulfeto;
Inferior - Marcada por uma zona venulada ou de stockworks próximos a um pipe
de rochas alteradas hidrotermalmente.
Estão associados exclusivamente às rochas vulcânicas desenvolvidas em ambientes
subaquosos.
Composição mineralógica
Os depósitos VMS são compostos por sulfetos de Fe, Cu, Pb e Zn (pirita,
calcopirita, galena, esfarelita, sulfetos de Ag, Au, etc);
Textura
O minério maciço, às vezes, bandado e superpõe-se às mineralizações
disseminadas e/ou venuladas; Minério venulado representa cerca 25% do volume e é
muito variável.
Alterações Hidrotermais
Cloritização, sericitização, silicificação e carbonatação.
Idade
Eles variam do Arqueano (3500Ma) ao Fanerozóico, estes localizados sobretudo
no Este do Pacífico.
Associação Litológica
Grande parte dos depósitos de sulfetos maciços fanerozóicos estão intimamente
associados às rochas vulcânicas félsicas (domos riolíticos ou vulcanoclásticas).
Horizonte Guia
Sedimento ou um exalito vulcanogênico característico que pode formar um
horizonte marcador para mapeamento e exploração do minério.
Ambiente Geológico
Existem 3 tipos de ambientes tectônicos em que os depósitos VMS se formam:
1. Ambientes divergentes de placas tectônicas associados às cadeias meso-
oceânicas (depósito de sulfetos associados a ofiolitos tipo Chipre);
2. Em ambiente de margem convergente tipo arco de Ilhas (ex. Deposito Kuroko);
3. Bacias de expansão (back-arc) em ambiente de margem convergente
continental) (Bahia Verde)

Classificação dos Depósitos VMS


Franklin et al.(2005), em função das associações litológicas e ambiente
tectônico, reconheceram 05 tipos de depósitos VMS
1. Associação bimodal-máfica com menos de 25% de rochas vulcânicas ácidas,
desenvolvido em ambiente de arco de ilha rifteado;
2. Associação máfica em complexos ofiolíticos com < 10% de pelitos;
3. Associação pelito-máfica em quantidades semelhantes, em ambientes de back-
arc maturo;
4. Associação bimodal-félsica dominado por derrames e rochas vulcanoclásticas
félsicas (35 a 75%) desenvolvido em ambiente de arco epicontinental rifteado;
5. Associação félsica-siliciclástica composta por estratos vulcânicos e sedimentares
derivados do continente depositados em bacia do tipo back-arc maturos.

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