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#DARETOSHINE:
O movimento transnacional pela equidade de gênero no futebol e o
legado da Copa do Mundo de 2019
1.3 Autor
2.1 Tema
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Lançado em 19 de setembro de 2017 junto ao emblema oficial do que seria a 8ª edição da Copa do
Mundo Feminina, o slogan DARE TO SHINE™ tinha como objetivo ―refletir a natureza mutável do
futebol e a evolução da competição feminina, que teria tempo de brilhar por toda a França em 2019‖
(FIFA, 2017, não paginado). Importante lembrar que, posteriormente, a Adidas, uma das
patrocinadoras oficiais da competição, anunciou que todas as jogadoras da equipe vencedora
receberiam o mesmo pagamento de bônus dado aos seus colegas do sexo masculino. (LEX
SPORTIVA, 2019).
Em muitas culturas, incluindo a brasileira, os esportes sempre foram
tradicionalmente divididos com base no gênero, refletindo valores e estereótipos que
ressaltam as noções de masculinidade e feminilidade perpetuados socialmente.
Conforme apontam Huggins e Randell (2007, p. 10, tradução livre) ―[...] os ‗esportes
masculinos‘ tradicionais frequentemente enfatizavam a força bruta e a agressão ou a
imitar o comportamento de guerra; enquanto os ‗esportes femininos‘, como a dança,
valorizavam as propriedades da graça, delicadeza e, em muitos contextos, imitavam
ou expressavam formas de sexualidade". Consequentemente, as pessoas
desinteressadas ou sem a habilidade necessária para praticar esses ―esportes" eram
consideradas menos femininas (no caso das mulheres) ou menos masculinas (dos
homens) pela sociedade, e cruzar essas divisões de gênero era visto como um ato
de provocação e resistência às normas sociais.
A história do futebol feminino e o seu desenvolvimento é particular de cada
país. Nos Estados Unidos, por exemplo, a seleção feminina está em um patamar de
projeção superior à masculina e, mesmo assim, suas jogadoras precisam lutar
contra a desigualdade salarial favorecida pelas instituições. Enquanto a equipe
masculina dos EUA sequer se classificou para a Copa do Mundo de 2018 na Rússia,
a equipe feminina é campeã mundial e vencedora de quatro dos oito torneios
disputados até o momento. Elas também conquistaram quatro medalhas de ouro
olímpicas e uma de prata em suas seis participações, iniciadas em 1996 (U.S.
SOCCER).
Essa diferença de tratamento é alvo de críticas dos veículos de comunicação
estadunidenses. São encontradas longas matérias sobre o assunto nos portais da
ESPN (Entertainment and Sports Programming Network), uma das maiores redes
americanas de cobertura esportiva. Também em setembro de 2019, Mia Hamm,
antiga estrela da seleção norte-americana – que teve sua estreia aos 15 anos de
idade em 1987 e levou o time ao primeiro lugar em duas Copas do Mundo e duas
Olimpíadas, além de ter sido a detentora do recorde de mais gols marcados em
competições internacionais até 2013 –, deu uma entrevista para a CNBC Make It
falando sobre o que seria preciso fazer para diminuir a desigualdade salarial entre
futebolistas homens e mulheres, assumindo a posição de defensora ferrenha de
direitos igualitários (CNBC, 2019). "Você investe naquilo que enxerga valor", disse
Hamm. "O fato de que as pessoas não viam as mulheres como valiosas é um erro e
também um prejuízo para a sociedade". A ex-jogadora também enfatiza que investir
nas mulheres não é apenas sobre posicionar-se socialmente, mas também uma
estratégia de negócios que demonstra inteligência. Neste trecho Hamm faz uma
ligação entre o aumento do investimento da FIFA no futebol feminino nos últimos
anos e o aumento da audiência na TV. "Simplesmente faz sentido para os negócios",
diz ela. "Estamos gritando isso há tanto tempo." (CNBC, 2019, não paginado,
tradução livre).
Segundo dados do Hollywood Reporter (2019), antes da Copa do Mundo
realizada este ano na França, todas as 28 jogadoras da seleção feminina entraram
com uma ação contra a Federação de Futebol dos Estados Unidos (em inglês United
States Soccer Federation - USSF) por discriminação de gênero, exigindo que
recebessem o mesmo valor pago à seleção masculina. O processo afirma que o
órgão governamental U.S. Soccer concedeu à equipe masculina um bônus de
desempenho totalizando US$ 5,375 milhões por perder nas oitavas-de-final da Copa
do Mundo de 2014, enquanto a federação forneceu às mulheres US$ 1,725 milhão
pela vitória na Copa do Mundo de 2015. O mesmo documento inicia com a
afirmação de que a USSF é a única empregadora comum entre os homens e as
mulheres que jogam futebol profissionalmente pelos Estados Unidos e informa que:
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A FIFA, por exemplo, em 2019 dobrou o prêmio em dinheiro para a Copa do Mundo Feminina de
US$ 15 milhões para US$ 30 milhões, embora isso ainda seja uma quantia minúscula comparada aos
US$ 400 milhões pagos às equipes que competiram na Copa do Mundo masculina de 2018 na
Rússia, onde somente a campeã França pegou US$ 38 milhões em bônus (HOLLYWOOD
REPORTER, 2019).
No Brasil, por exemplo, promulgou-se o Decreto-Lei número 3.199, em 1941,
que estabelecia as bases da Organização dos Desportos em todo o país; um de
seus artigos firmava o seguinte: "[...] às mulheres não se permitirá a prática dos
esportes incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo para este efeito,
o Conselho Nacional dos Desportos baixar as necessárias instruções às entidades
desportivas do país [...]" (MOURÃO; MOREL, 2005, p. 5). Até 1975 esse Decreto-Lei
proibia que as mulheres participassem de algumas práticas esportivas, tais como
lutas, boxe, futebol, rugby, polo e water-polo, porque eram considerados esportes
violentos e não adaptáveis ao sexo feminino. Seguindo essa lógica, as mulheres que
desafiassem tais proibições, estariam afrontando também os papéis de gênero e as
estruturas patriarcais. Nas palavras de Huggins e Randell (2007, p. 10-11, tradução
livre),
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Aqui pontua-se especificamente o Objetivo 5: ―Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas
as mulheres e meninas‖ (ONU, 2019, não paginado, tradução livre).
internacionalmente. Citam-se como exemplos a própria FIFA, que em 2008 lançou o
piloto de sua estratégia chamada Women’s Football Development, cujo orçamento
chegou entre 2015 e 2018 a 22 milhões de dólares; e a UEFA (Union of European
Football Associations), que em 2010 lançou o UEFA Women’s Football Development
Programme, prevendo a expansão do esporte pela Europa em todos os níveis. O
Comitê Olímpico Internacional (COI) promove conferências mundiais sobre as
mulheres no esporte, assim como premiações, seminários, workshops e parcerias, e
também existem associações específicas, como a Women’s FA (WFA)4, a Women's
Football Committee (WFC)5 e a Women in Sport6.
Em apoio à causa, campanhas foram lançadas e endossadas por grandes
times ao redor do mundo. Os principais exemplos são o Barcelona, com a campanha
#WeAreFootballers (FCB, 2019), e a Associação Alemã de Futebol (DFB) que, em
parceria com o banco Commerzbank, lançou um anúncio que não apenas promovia
a seleção alemã, mas também reconhecia o papel do establishment do futebol em
diminuir as conquistas futebolísticas femininas (FAST COMPANY, 2019). Por fim, há
atletas individualmente engajadas na luta, como a estrela norueguesa Ada
Hegerberg, que se recusou a jogar a Copa do Mundo da França em protesto contra
a desigualdade salarial; Marta, craque brasileira nomeada pela ONU Mulheres como
Embaixadora da Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte, cuja principal
função de agora em diante será lutar pela igualdade de gênero ao redor do mundo; e
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―A Women’s FA (WFA) foi formada em 1969 e, dentro de três anos, a primeira final da Copa
Feminina foi disputada, assim como os primeiros jogos da seleção feminina da Inglaterra. A FA
convidou a WFA a se filiar na mesma base que uma Associação de Condado em 1983 e, dez anos
depois, estabeleceu um Comitê de Futebol Feminino para disputar jogos na Inglaterra. A FA delineou
em 1997 planos para desenvolver o jogo das mulheres, da base à elite. No ano seguinte, nomeou
Hope Powell como treinadora nacional feminina. O futebol se tornou o esporte de maior participação
para mulheres e meninas na Inglaterra no ano de 2002 e o perfil do jogo feminino foi impulsionado
pela realização de grandes torneios em 2005 e 2012, a chegada da Inglaterra a uma final europeia e
duas quartas de final da Copa do Mundo, além do lançamento da Super Liga Feminina da FA‖ (THE
FOOTBALL ASSOCIATION, 2019, não paginado, tradução livre).
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―Criado em 2013, o objetivo geral do Comitê de Futebol Feminino (WFC) é atuar como uma
plataforma em que são discutidas questões relacionadas ao futebol feminino, seja em nível europeu
ou mundial. Os membros da WFC são familiarizados com o tópico geral do Comitê e usam esse
conhecimento para desenvolver ideias, fazer propostas e compartilhar conhecimentos para promover
o futebol feminino. Após a implementação do Programa de Proteção de Clubes, garantindo cobertura
para clubes de jogadoras em serviço internacional, outros tópicos de discussões futuras incluíram o
Calendário Internacional de Partidas e a promoção da Liga dos Campeões Feminina da UEFA‖ (THE
EUROPEAN CLUB ASSOCIATION, 2019, não paginado, tradução livre).
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―A instituição Women in Sport foi fundada em 1984, com o objetivo de dar a todas as mulheres e
meninas no Reino Unido a oportunidade de experimentar as recompensas transformacionais do
esporte. Somos a única organização no Reino Unido que pesquisa esporte exclusivamente da
perspectiva de mulheres e meninas. Usamos o insight adquirido para impulsionar a mudança por
meio de campanhas e parcerias‖. (WOMEN IN SPORT, 2019, não paginado, tradução livre).
as americanas Hope Solo, Carli Lloyd, Megan Rapinoe, Alex Morgan e Becky
Sauerbrunn, que buscam perante sua federação igualdade salarial e maior
reconhecimento de seus feitos, afinal, conforme os dados apresentados
anteriormente, o time feminino dos Estados Unidos gera mais receita do que o
masculino, além de possuir vários títulos mundiais e medalhas olímpicas, algo que
seus colegas homens não têm.
Estes exemplos ressaltam a necessidade de ouvir o que as mulheres têm a
dizer e de atender às suas demandas. É perceptível que algumas instituições notam
esta movimentação, algo positivo após muitos anos de luta. É por essa razão que a
Copa do Mundo de 2019 será lembrada, entre outros motivos, pelos manifestos das
jogadoras por uma maior valorização do esporte e pela equidade de gênero. No
caso do Brasil, o principal destaque foi Marta, eleita seis vezes a melhor jogadora do
mundo, que após a eliminação para as donas da casa em um jogo equilibradíssimo
nas oitavas-de-final da competição, cuja audiência teve o maior índice da história (35
milhões de pessoas assistiram à partida), fez um discurso emocionada que
repercutiu tanto na mídia nacional quanto internacional. ―Sem dúvida‖, disse Marta:
[...] essa Copa do Mundo é um momento especial que temos que aproveitar.
É preciso mais valorização. Nós também temos que valorizar o que
fazemos. Eu queria estar sorrindo ou chorando de alegria. Temos que
chorar no começo pra sorrir no fim. É querer mais, treinar mais, se cuidar
mais e estar pronta pra jogar 90 minutos e mais quantos forem. Não vamos
ter Formiga, Marta e Cristiane para sempre. O futebol feminino depende de
vocês para sobreviver. Valorizem isso! Chorem no começo para sorrir no
fim. (TERRA, 2019, não paginado)
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―Go Equal‖ (―Vamos Ser Iguais‖, em tradução livre) é o nome de uma campanha promovida pela
ONU Mulheres em favor da igualdade salarial entre homens e mulheres (REVISTA FÓRUM, 2019,
não paginado).
2.3 Formulação do Problema
O que consideramos o ‗cânone‘ nas RIs tem sido amplamente povoado por
homens brancos ocidentais, embora isso esteja mudando um pouco com
mais mulheres entrando no campo. Como mencionei anteriormente, agora
existem histórias revisionistas que estão chamando a atenção para autores
não-brancos, mas a maioria delas também é do sexo masculino. E como a
filósofa da ciência Sandra Harding nos lembra (e Keller também), os
homens fazem perguntas sobre questões que são importantes para eles e
respondem de certas maneiras preferidas. E, é claro, o assunto privilegiado
em RI – segurança nacional e guerra – é muito masculino. Os estudos de
segurança são um campo em que ainda há poucas mulheres e um em que
as mulheres se sentem particularmente marginalizadas. Termos como
política ‗alta‘ e ‗baixa‘ e ‗realismo‘ versus ‗idealismo‘ são altamente
marcados pelo gênero. Olhar para o discurso através de lentes de gênero
nos ajuda a ver o mundo de maneira diferente.
5.1 GÊNERO
Joan Scott (1989, p. 21) define o gênero como "[...] um elemento constitutivo
de relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos" e, portanto,
uma forma primária de significar as relações de poder. Por ser um campo de estudo
e uma ferramenta analítica cuja consolidação é recente, não há unanimidade entre
suas vertentes, motivo pelo qual a autora aponta para a necessidade de uma visão
mais ampla que não fixe o seu olhar apenas sobre o universo doméstico e a família,
como alguns antropólogos costumam fazer, por exemplo, mas que inclua o mercado
de trabalho, a educação e o sistema político, pois o gênero ―[...] é construído
igualmente na economia, na organização política e, pelo menos na nossa sociedade,
opera atualmente de forma amplamente independente do parentesco" (SCOTT,
1989, p. 22). Entende-se por ―gênero‖, então, o elemento legitimante e construtor de
relações sociais, utilizado para explicar o fenômeno a ser investigado por esta
pesquisa.
É importante ressaltar, no entanto, que existe uma distinção entre gênero
(algo socialmente construído) e sexo (biológico). Conforme Charlotte Hooper explica
em seu livro Manly states: masculinities, international relations, and gender politics
(2001), essa diferenciação foi popularizada por Ann Oakley na década de 70 e
rapidamente se tornou uma norma aceita por grande parte da teoria feminista e da
literatura de estudos de gênero, pois ela permitiu evidenciar que:
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Do inglês: ―rooted‖ significa ―enraizado‖; ―cosmopolitans‖ significa cosmopolitas.
6 METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
6.1 CRONOGRAMA
MÊS META
INTRODUÇÃO
1. FUTEBOL TAMBÉM É COISA DE MENINA: UMA HISTÓRIA DO FUTEBOL
FEMININO
2. A LUTA PELA EQUIDADE DE GÊNERO NO FUTEBOL
3. O MOVIMENTO TRANSNACIONAL PELA EQUIDADE DE GÊNERO NO
FUTEBOL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
8 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
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