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QUAL O CIMENTO IDEAL PARA TRABALHAR EM UMA FÁBRICA DE PRÉ-MOLDADOS?

O Cimento ideal para obra de elementos pré-fabricados de concreto, ou ao emprego de


elementos de concreto moldados, depende das características básicas para a durabilidade e
funcionalidade desse empreendimento. Aspectos como contato com a água, presença de
produtos agressivos, necessidade de alta resistência são pontos a serem observados.
A nomenclatura sempre se inicia com as letras CP que significam Cimento Portland, em seguida
são utilizados os numerais gregos I, II, III, IV e V, indicando o tipo de cimento. Para indicar qual
tipo de aditivo foi incrementado ao material são utilizadas as letras F para fíler, Z para pozolana
e E para escória.
Por fim, mas não menos importante é indicado a classe de resistência que o material pode
alcançar aos 28 dias, ou seja o fck. A resistência é informada em Mpa.

CIMENTO PORTLAND CP V-ARI - SERÁ UTILIZADO PARA O ESTUDO DE CASO


O cimento portland de alta resistência inicial é utilizado em obras onde seja necessário a
desforma rápida dos elementos estruturais. Este tipo de cimento alcança alta resistência em um
curto espaço de tempo, esta característica é amplamente aproveitada pelas indústrias de pré-
fabricado.
A diferença deste cimento para os outros está na composição diferenciada do clínquer, matéria
prima do cimento, e na moagem mais fina do mesmo. Este cimento não possui nenhum tipo de
aditivo e é normatizado pela NBR 5733.
ADITIVOS
Aditivos são produtos que adicionamos ao concreto ou a argamassas para modificar suas
propriedades físicas. Assim, seu manuseio e emprego são facilitados, oferecendo vantagens que
naturalmente não são obtidas se tratados normalmente.

Os aditivos são incorporados na mistura de cimento, água, areia e brita para proporcionar
características especiais ao concreto. Essas substâncias alteram as propriedades do material no
estado fresco e endurecido, e são exploradas para ampliar as qualidades e minimizar
desvantagens da mistura.

Podemos dizer que os objetivos fundamentais dos aditivos para concreto são:

 Ampliar as qualidades de um concreto;


 Minimizar seus pontos fracos;
 Aumentar a plasticidade do concreto;
 Reduzir o custo em termos de consumo de cimento;
 Acelerar ou retardar o tempo de pega;
 Reduzir a retração;
 Aumentar a durabilidade.
Os aditivos para concreto conseguem aumentar a durabilidade do produto final principalmente
pela redução da relação água/cimento. Porém, a última geração de superplastificante à base de
nanosílica estabilizada pode agregar outras qualidades além da redução desse fator.
O uso de aditivos em concretos é tão antigo quanto o do próprio cimento. Segundo estudiosos
da área, estima-se que os romanos e os incas já adicionavam clara de ovo, sangue, banha ou
leite aos concretos para melhorar a trabalhabilidade das misturas.

No Brasil, o emprego desse material pode ser constatado em várias obras históricas, igrejas e
pontes, com o uso de óleo de baleia na argamassa de assentamento das pedras com o intuito
de plastificá-la.

Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou pedras calcárias e argila, criando um
produto duro como as pedras empregadas nas construções. Tal mistura não se diluía na água.
Devido às cores e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica
de Portland, patenteou-se a mistura com o nome de Cimento Portland.

A partir daí, a função dos aditivos evoluiu em razão do seu benefício à trabalhabilidade e
durabilidade de misturas cimentícias.

No entanto, foi somente a partir de 1910 que o material começou a se transformar com a
produção industrial dos aditivos formulados com características plastificantes,
impermeabilizantes, aceleradores e retardadores.

Aditivos para concreto usinado


No decorrer do tempo foram desenvolvidos diversos princípios químicos para melhorar as
propriedades do concreto.

Para o concreto usinado, na década de 1930, desenvolveram-se os aditivos incorporadores de


ar, que ajudavam na trabalhabilidade e redução da relação água-cimento. Na mesma época,
surgiram os aditivos à base de lignosulfonato, com ótima relação custo-benefício, mas não
recomendável para concretos de alto desempenho.

O lignosulfonato é conhecido como um aditivo plastificante de primeira geração. E, em alguns


casos, também como superplastificantes.

Já nas décadas de 1960 e 1970, foi desenvolvido o aditivo Naftaleno Sulfonado, com melhores
características dispersantes e manutenção de slump flow. Esse aditivo é conhecido
comercialmente como superplastificante de 2ª geração e permite a redução de até 25% da
quantidade de água das misturas, quando usados como redutores de água.

Só no início do século XXI, os aditivos à base de policarboxilato começaram a ser


comercializados. Inicialmente era usado apenas para indústrias de pré-fabricados, porém com a
melhora da tecnologia começou a ser usado em larga escala. Atualmente este tipo de aditivo
consegue propiciar alto poder de redução de água e um grande tempo em aberto (necessário
para concretagens longas).Portanto, podem ser utilizados tanto para concretos de alto
desempenho quanto para concretos de baixa resistência.

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