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Dialógo e educação um ato de Amor… pesquisar

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3rd June 2012 Relatório Supervisionado de Estagio


Psicopedagogia Institucional

Este trabalho é resultado da proposta de estagio supervisiona da disciplina:


Avaliação Psicopedagógica Institucional do Curso de Pós Graduação em
Psicopedagogia Institucional e clinica do Centro Universitário Ítalo brasileiro campo
Santo Amaro SP. –Capital.
  A pesquisa foi desenvolvida em uma escola de ensino fundamental I e II
da rede pública do município de São Paulo, realisada no 1º semestre de
2012com uma carga horária de 30h/a teve como objetivo analisar
holisticamente a Instituição Escola e seu sistema de aprendizagem, para tal a
pesquisa analisou: o entorno, a estrutura física, estrutura pedagógica, estrutura
administrativa, funcionamento da escola, corpo docente e discente.

           O entorno é formado por uma comunidade de classe média baixa, o grau de instrução
da população vai do ensino médio (que em sua maioria está incompleto), poucos fizeram o
ensino superior. A diversidade cultural é grande, em razão de um movimento migratório
intenso, nas últimas três décadas, aonde família inteira do norte e nordeste do país e outros
ainda do interior de Minas Gerais vinham à procura de uma vida melhor e de um bom
emprego. Por ser uma região bastante populosa, contribui para que haja uma grande
demanda de alunos das diferentes séries. A maioria dos pais trabalham na indústria ou
construção civil, outros vendedores, ambulantes ou empregadas domésticas.
                      A comunidade escolar apresenta o perfil social de classe trabalhadora, com
defasagem na formação escolar e cultural, higiene, principalmente em carência afetiva, onde
os pais por motivo de trabalho deixam os filhos só em casa, pois não tem ninguém com
quem deixar.
A escola abre seus portões para a comunidade, os pais tem acesso à quadra de esporte nos
finais de semana.  Uma pessoa fica responsável pela abertura e fechamento da quadra para
que a população possa usufruir desse bem como área de lazer.
A Escola Municipal EMEF (XXXXXX), foi construída em cinco de outubro no ano de
1972, está localizada na Rua (XXXXXXXX), n°(XXX), um bairro misto na região sul da cidade
de São Paulo.
É um prédio com três andares, todo murado, possui três entradas com portões
grandes e pintados na cor azul, duas entradas para alunos, pais e professores, uma entrada
que dá acesso à garagem onde ficam os carros dos professores (espaço descoberto). Em
uma das entradas fica uma placa com o nome da escola, do engenheiro e o ano da
construção. Depois dos dois portões principais vem à parte interna do hall, é cimentada com
cimento grosso, tem uma escada e uma rampa para cadeirante onde tem mais um portão
médio que leva ao interior da escola.
No andar térreo, ficam as salas: do diretor, coordenadores, secretária, professores
(com banheiro), sala de reunião, sala de espera.
  Um ambiente que parece um labirinto, escuro, todo cheio de grades, sem pintura,
com instalação elétrica fios exporto sem proteção, o mobiliário e as grades entrando em
decomposição. Um ambiente antipedagógico parece mais a portaria de um presídio do que
a secretaria de uma escola, me sentir mal.
Ainda no andar térreo há uma saleta que será a rádio interna da escola, uma cozinha
(não foi permitido a nossa entrada) ao lado um refeitório grande (com oito mesas cada uma
com dois bancos necessitando de restauração), dois banheiros de alunos um feminino
(segundo uma integrante do grupo de pesquisa estava sujo) outro masculino, um depósito
de materiais diversos.
Dentro do refeitório tem uma porta que dar acesso à quadra poliesportiva, no dia de
nossa visita estava sendo coberta. Também no salão do refeitório há duas escadas de
acesso aos andares superior onde fica a sala de aula. Um total de treze de alua, sendo seis
salas de aula no segundo andar e uma sala de informática com computadores novos e uma
sala onde os professores guardam seus pertences. No terceiro andar mais sete salas de
aula. Todas as salas são ocupadas. Na parte interior do prédio precisa de reparos, pois as
instalações são velhas e expostas; as paredes mal pintadas.
  As escadas faltando cerâmicas, com pintura velha e escura, o que não
recomendável pedagogicamente. Constatamos que não possui rampa de acesso para
cadeirante do andar térreo para os outros andares onde ficam as salas de aula. A Lei de
Diretrizes e Base - (LDB), lei no 9.394/96 e a lei 3.298/99 que regulamenta a lei 7.853/89 e
Institui a Política Nacional para Inclusão declara que a escola tem o dever legal de estar
atendendo aos alunos com deficiência em suas turmas regulares, cujo objetivo é assegurar
que todos possam ter acesso às oportunidades educacionais e sociais oferecidas pelas
Instituições de Ensino.
No prédio anexo tem uma sala de brinquedoteca, uma de reforço, uma de apoio à
inclusão (SAAI), uma de educação física, uma de laboratório de ciência, uma sala reunião
onde se reúnem para discutir problema relacionado aos alunos.
De acordo com GASPARIAN, (2001. Pg. 66) “A escola, então, é vista por nós como um
sistema aberto, onde existe um movimento de entrada e saída dos elementos e de
informações através de suas fronteiras”.  

Todo sistema tem momentos de resistência e flexibilidade para que


esse sistema se mantenha em equilíbrio (homeostase) e finalmente,
seja de onde for o seu ponto de partida, você estará chegando onde
quer desde que seus objetivos não se percam dentro das inúmeras
informações recebidas (equifinalidade). (GASPARIAN, 2001. Pg. 66).   

                  A Escola Municipal EMEF Professora (XXXXXX), presta atendimento a mil e


quatrocentas crianças. O horário de funcionamento que vai das sete às dezenove horas,
dividido em três períodos, cada período atende aproximadamente 350 alunos e vinte e cinco
professores. Quanto o sistema de avaliação da escola, a finalidade da avaliação é
meramente verificar se os objetivos foram atingidos e se houve aprendizagem dos
conteúdos trabalhados. Segundo o relato da coordenadora pedagógica há dois tipos de
avaliação: uma externa e uma interna. Detemos-nos aqui na avaliação interna, - o professor
faz provas, trabalhos em grupos, trabalhos individuais e trabalhos pra casa somam tudo e
dar a nota final. Em momento algum ela relatou qual o objetivo da avaliação, o que nos fez
concluir que é uma avaliação tradicional. Onde o objetivo é meramente mensura os
conteúdos se os objetivos foram atingidos sem se preocupar se houve aprendizagem dos
alunos nos conteúdos trabalhados. É literalmente medir a quantidade de conteúdos que os
alunos aprenderam. Lei 5692/71 art. 14. Como pode observar legalmente esse sistema de
avaliação do que trata o art. 14 da lei 5692/71 foi instinto, contudo, infelizmente, continua
em evidencia em muitas escolas.
Art. 14. A verificação do rendimento escolar ficará, na forma
regimental, a cargo dos estabelecimentos, compreendendo a avaliação
do aproveitamento e a apuração da assiduidade.

1º Na avaliação do aproveitamento, a ser expressa em notas ou


menções, preponderarão os aspectos qualitativos sôbre os
quantitativos e os resultados obtidos durante o período letivo sôbre os
da prova final, caso esta seja exigida.

2º O aluno de aproveitamento insuficiente poderá obter aprovação


mediante estudos de recuperação proporcionados obrigatòriamente
pelo estabelecimento

A escola (XXXXXXX) adota a progressão continuada e o projeto ler e escrever. Possui


treze salas de aula ampla, porem, mal cuidada, uma sala de informática, um laboratório de
ciências, uma sala de leitura, uma sala de reforço, uma quadra poliesportiva alem de
aparelhos de som, TV e vídeo para desenvolver a aprendizagem escolar que ocorre através
de projetos desenvolvidos pelos alunos e seus respectivos professores. Há na escola outros
projetos em andamento: teatro, xadrez, campeonatos, recuperação paralela, SAAI (sala de
acompanhamento e apoio a inclusão), leitura individual e coletiva, e música. Cumprindo as
orientações do (DOT. 205 pg. 16).
“As Salas de Apoio Pedagógico representam uma importante conquista voltada ao
planejamento de situações de aprendizagem para os alunos com dificuldades”. Encontram-se
instaladas e em funcionamento 153 salas com professores designados para atender alunos do
Ensino Fundamental. “O professor da sala de apoio pedagógico tem como atribuições:
organizar uma proposta semanal de trabalho, participar de estudos, analisar e elaborar
propostas para intervenção pedagógica em parceria com o coordenador pedagógico e o
coletivo de professores e ainda atender grupos de alunos fora do horário regular de aulas”.
(PROPOSTA DE FORMAÇÃO DOT. 2005 pg. 16).
Quanto à estrutura e os recursos pedagógicos existem. Contudo, não há
acessibilidade, existem inúmeras barreiras arquitetônicas, os cadeirantes e pessoas com
deficiência física são excluídos. Não há rampa de acessos nem banheiro adequado para
alunos com necessidade físicos especiais. Desde 1978, as discussões a respeito da
inclusão de crianças com necessidades especiais no Ensino Regular foram intensificadas, o
que levou a Política Educacional a efetivar através da Lei 9.394/96 artigo 58, que todas as
crianças portadoras de deficiência tenham acesso á educação na rede regular de ensino
(LDB 1996).
 Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei,
a     modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades
especiais.
  (Segundo a coordenadora pedagógica esses alunos são enviados para outra
escola) “É mais fácil transferir a responsabilidade pro outro”. MOTOAN, diz. “A inclusão
possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por
direito, ocupem o seu espaço na sociedade”.

“A inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os


professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão
escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de
todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições
atuais do ensino básico”. (MANTOAN,1997,p.120)

Outro fator negativo é a falta de planejamento. A escola não tem um projeto


interdisciplinar das ações pedagógicas, nem mesmo ainda possui um projeto político
pedagógico, (a coordenadora na presença do gestor, quando questionada sobre o processo
de ensino aprendizagem respondeu que teria que pegar no PPP do ano passado que esse
ano ainda não tinha), a meu ver o projeto político pedagógico é a identidade da escola, sem
ele as ações são fragmentadas e sem sentido.
 É o PPP que norteia todas as ações pedagógicas da escola, sem ele não há uma
direção a ser seguida. O que reflete de maneira negativa na educação, causando falta de
motivação de professores e alunos, consequência surge à indisciplina, o que levam:
inspetores, professores, coordenadores e gestor ficarem, todo tempo a apagando incêndio.
Esquecendo-se do foco principal. A aprendizagem.
“O Projeto Político-Pedagógico é o plano global da instituição. Pode
ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um
processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se
objetiva na caminhada, que define claramente o tipo de educação
educativa que se quer realizar, a partir de um posicionamento quanto à
sua intencionalidade e de uma leitura da realidade”. Vasconcellos
(2007, p. 17)
De acordo com a nova ênfase educacional, centrada na aprendizagem, o professor é
co-autor do processo de aprendizagem dos alunos. Nesse enfoque centrado na
aprendizagem, o conhecimento é construído e reconstruído continuamente.
  Entendo por níveis os processos educativos e curriculares, os
aspectos organizacionais, estruturais e funcionais, assim como todos
os elementos envolvidos no processo de ensino aprendizagem, nisso
incluo professores, alunos, sua família, os profissionais que tenha um
tipo de ligação com a Educação e consequentemente com a
instituição, enfim toda a comunidade. (GASPARIAN, 2001. Pg. 66).   
    É necessário que as escolas encontrem o caminho para a diversidade,
possibilitando o envolvimento dos alunos no mundo das diferenças e preparando-os para
serem legítimos cidadãos. Visto que, na sala de aula, há alunos de diversas culturas, o que
requer do professor um olhar diversificado para seu planejamento, bem como para o
currículo escolar que, por sua vez, merece adaptações aos conteúdos e às atividades
desenvolvidas em sala de aula.
Os recursos humanos da Escola Municipal EMEF Professora(XXXX), possui um
quadro de funcionários sendo: um diretor, dois assistentes de direção, dois coordenadores,
uma secretária, oitenta e dois professores, seis inspetores, quatorze agentes de apoio
serviço geral (terceirizado), cinco agente de apoio na cozinha (terceirizado) e um vigia.
  Quanto à gestão da Unidade Escolar, foi possível perceber que se trata de uma
gestão em que os membros da equipe têm boa convivência e de certa maneira uma parceria
entre todos os funcionários da escola. Não coseguimos perceber a liderança do gestor, nos
pareceu que a liderança esta com a coordenadora pedagógica.

  Ao assumir esse papel o gestor deve necessariamente buscar a


articulação dos diferentes atores em torno de uma educação de
qualidade, o que implica uma liderança democrática, capaz de interagir
com todos os segmentos da comunidade escolar. A liderança do
gestor requer uma  formação pedagógica crítica e autônoma dos ideais
neoliberais. Nesse sentido, o objetivo  é construir uma verdadeira
educação com sensibilidade e também com destrezas para que se
possa obter o máximo de contribuição e participação dos membros da
comunidade. Conforme Libâneo (2001, pg.102)

Durante o tempo em que estivemos pesquisando na escola o gestor só uma vez este
presente e por pouco tempo (nos pareceu ausente), nesse período obsevamos, a entrada de
uma inspetora de aluno que entrou em sua sala aos gritos reclamando da indisciplina de um
aluno. Ele ficou sem saber o que fazer, após alguns instante falou leva ela para a sala, ela
retrucou você não vai falar com ele? Ele respondeu, “agora não, não vou fazer o que ele quer,
ele quer que eu deixo ele aqui sem estudar, leva ele par sala, depois falo com ele”.
 A maneira com que a inspetora entrou na sala do gestor não é como se entra na sala
de um gestor escola, foi uma situação vexatória.
Organizar o trabalho pedagógico em escola pública não é uma tarefa fácil é algo
abrangente, requer formação, capacidade e dedicação, além de exigir da equipe gestora um
trabalho coletivo que busque incessantemente a autonomia, liberdade, emancipação e
participação na construção do projeto político-pedagógico.
  Numa gestão democrática, a equipe gestora precisará saber como trabalhar os
conflitos, ter competência para buscar novas alternativas que atendas as necessidades da
comunidade escolar, deverá compreender que o êxito da escola, dependerá da participação
ativa de todos os membros, respeitando a individualidade e buscando novos conhecimentos
que enriquecer o trabalho pedagógico.
O trabalho pedagógico compreende todas as atividades teóricas- práticas
desenvolvidas pelos profissionais da escola para a melhoria do processo ensino-
aprendizagem é precisa ser planejada. Além disso, o planejamento é um suporte pedagógico
que norteia todas as pretensões da escola.
O planejamento na organização do trabalho pedagógico é uma estratégia facilitadora
das ações dentro do processo ensino aprendizagem, é de suma importância que a equipe
gestora desenvolva novas competências e habilidades de administrar escola, onde a 
comunicação e o diálogo estejam presente na prática pedagógica do dia-a-dia do docente.
Cabe à equipe gestora assumir a liderança desse processo.
Na Lei n. 9394/1996, a gestão democrática, enquanto princípio aparece no artigo 3o,
inciso VIII: “Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos
sistemas de ensino”.
Sobre os princípios norteadores da gestão democrática nas escolas públicas de
educação básica, a LDB dispõe: Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas de
gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-
pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
De acordo com a legislação vigente, cabe aos sistemas de ensino regulamentar a
gestão democrática por meio de dois instrumentos fundamentais ao incremento da
participação:
a) projeto político-pedagógico da escola, elaborado por seus profissionais da
educação;
b) conselhos escolares que incluam membros da comunidade escolar e local.
  A aplicação desses princípios implicará na alteração da escola, buscando a
construção de uma nova escola voltada para a educação pública e popular, com processos
de participação e de gestão envolvendo a comunidade. Professores, coordenadores,
supervisores, orientadores educacionais, funcionários, pais e alunos tomam as decisões,
construindo coletivamente a autonomia da escola.
  Cabe o gestor está atento a todas as ocorrências, tratando os problemas com
cuidado e atenção. Nesse âmbito, pelo pouco que observamos foi possível compreender que
a gestão fica todo tempo apagando incêndio, como se estivesse enxugando gelo. De acordo
com LÜCK, “gestão é indicado como um processo pelo qual se mobiliza e coordena talentos
humanos, coletivamente organizados, de modo que as pessoas, em equipe, possam
promover resultados desejados”.

A gestão escolar consiste no processo de mobilização e orientação do


talento e esforço coletivos presentes na escola, em associação com a
organização de recursos e processos para que esta instituição
desempenhe de forma efetiva seu papel social e realize seus objetivos
educacionais de formação dos seus alunos e promoção de
aprendizagem significativa. (LÜCK, 2010, pg.96)

Diante dessa constatação é necessário que o gestor escolar desenvolva programas e


ações que envolva teoria e a práticas que atenda o anseio social. O gestor precisa cada dia
repensar e refletir sua forma de administrar a escola.
         A gestão democrática é ponto de partida para que ocorra uma mudança significativa na
escola, onde todos têm diretos e dever de participar, opinar com ideias coerentes que venha
atende as prioridades da escola. Essa prática exige que o gestor conheça a realidade de sua
escola, para coordenar e dirigir ações em conjunto com todos os membros da comunidade,
preparando o ambiente para um processo de mudança gradual. Onde a escola é vista como
um espaço livre de socialização, articulação de ideias e aprendizagem.
           As relações interpessoais/gestão, docente discente e pais,é na medida do possível
satisfatória, (fala da coordenadora pedagógica) “visto que em datas comemorativas,
amostra cultural e reunião dos pais, a maioria da comunidade escolar participa
efetivamente”.
 Observa na fala da coordenadora! A comunidade participa(das festa) dos comes e
bebes e não das decisões, essa é uma maneira de fazer com que a comunidade não
reclame, ficando submissa.  Conforme, Libâneo (2005) Eis o grande desafio da escola, fazer
do ambiente escolar um meio que favoreça o aprendizado, onde a escola deixe de ser
apenas um ponto de encontro e passe a ser, além disso, encontro com o saber com
descobertas de forma prazerosa e funcional.

Devemos inferir, portanto, que a educação de qualidade é aquela


mediante a qual a escola promove, para todo o domínio dos
conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e
afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e
sociais dos alunos. (Libâneo, 2005, p.117)

A unidade Educacional (Fala da coordenadora pedagógica) tem uma política onde alunos,
professores e pais tem toda liberdade de expor seus problemas, estando o trio gestor e os
professores sempre aberta para receber os pais, porém, não possuindo um grupo de pais.
Esse sistema de receber e fazer reclamações, “queixa lamento”, “um finge que ensino o outro
finge que aprende”.  Não é postura de profissionais comprometidos, a escola como
instituição tem papel fundamental na socialização do saber. 
“A Escola como uma instituição que deve procurar a socialização do
saber, da ciência, da técnica e das artes produzidas socialmente, deve
estar comprometida politicamente e ser capaz de interpretar as
carências reveladas pela sociedade, direcionando essas necessidades
em função de princípios educativos capazes de responder as
demandas sociais”. HORA, (1994, p.34)

    Convivência professor X aluno; Nota-se que a relação professor aluno da escola,


quanto ao processo de ensino-aprendizagem, dá-se por meio de uma relação extremamente
democrática, em que o professor firma uma parceria de equidade e de amizade com seus
alunos. Os alunos, por sua vez, tem total abertura para expor suas ideias e dúvidas a
respeito de qualquer que seja a temática trabalhada; enriquecendo os projetos. O papel do
educador em conduzir seus alunos a criticidade deve ser essencialmente recíproco, já que
há uma troca de experiências na busca da aquisição de novos conhecimentos e novos
caminhos a serem seguidos. Como bem destaca PAIVA (1987:6) “compete ao educador,
praticar um método crítico de educação... que dê ao aluno oportunidade de alcançar a
consciência crítica instruída de si e de seu mundo”.
Com a fidelidade de melhor compreender o cotidiano da escola foi realizado entrevista semi
- dirigida, com três pergunta respectivamente, para uma agente de apoio, um professor e
uma coordenadora pedagógica.
a) Como compreende o processo de aprendizagem?
R: “o processo de aprendizagem acontece da melhor forma, por outro lado é o aluno
que não demonstra interesse em aprender o que o professor tem para ensinar”.
É importante que a escola trabalhe sempre no coletivo, com uma equipe
interdisciplinar, o que implica em ir além das disciplinas aplicadas, cruzando suas fronteiras
e aplicando conhecimentos de múltiplas disciplinas em todos os momentos e situações em
que sua aplicação seja adequada. Segundo Morin (2000), a nova proposta da educação é
ousada, visto que ela é utilizada para uma transformação e não uma separação. Ela unifica
tudo que envolve o indivíduo, com a preocupação de ligar as formas de conhecimento e
valorizar a diversidade (que é um processo natural da vida), e conduz ao caminho de um
novo olhar. Por sua vez, cada olhar contribui para elaboração de estudos.

A teoria de Pichon está centrada na comunicação. Comunicação que


envolve os mundos internos, cheios de partes contraditórias dentro de
cada sujeito e suas relações com os outros mundos internos cujos
repartimentos também são conflitantes, ou seja, o mundo complexo de
vínculos, povoados de inúmeras relações entre grupos internos de
cada sujeito. (DAVINI, e outros, p.12)

b) O que é problema de aprendizagem escolar? Cite um exemplo.


R: “O problema de aprendizagem é causado por falta de concentração e interesse
dos alunos que vêm à escola como área de lazer e recreação, não valorizam os conteúdos
ministrados e consequentemente tornam-se indisciplinados. Outro motivo são os programas
sociais. Ex: leve leite, onde o aluno só se preocupa com as faltas para não perder o leite,
material escolar e uniforme a agente de apoio”.
Os problemas de aprendizagem indicam um momento em que os alunos podem
apresentar dificuldades em algumas disciplinas ou em algum momento da vida, além dos
problemas patológicos, psicológicos, como a falta de motivação e a baixa auto - estima.

Segundo MENDES um distúrbio de aprendizagem se refere a um


retardo, desordem ou atraso no desenvolvimento em ou mais dos
processos de fala, linguagem, leitura, soletração, escrita ou aritmética,
resultante da possível disfunção cerebral ou distúrbio emocional ou
comportamental e não de retardo mental, privação sensorial, fatores
culturais ou de instrução MENDES biênio 91/92 (p.36).

c) Quais as ações realizadas com os alunos com problemas de aprendizagem?


 R: “A escola toma como ação a presença dos pais, tenta corrigir através do diálogo,
por fim adverte”.
É comum encontrar, no quotidiano escolar, muitas crianças sensíveis e
emocionalmente retraídas que passam a apresentar problemas de aprendizagem depois de
submetidas a alguma situação constrangedora não percebida pelos demais: professores,
orientadores, coordenadores, funcionários (aqueles que integram a equipe escolar) e demais
colegas de classe. Neste contexto, é necessário dar mais atenção aos sintomas e às
verdadeiras causas antes de rotular os alunos. Por outro lado, algumas escolas podem ou
não ser adequadas a certas crianças. Tudo faz parte de um quebra-cabeça no qual se deve
tentar encaixar a melhor proposta pedagógica à realidade de cada aluno, com flexibilidade
de pensamento sobre o desenvolvimento humano.

Segundo FREIRE (1988, p.23), considera que o “mito da neutralidade


da educação, que leva à negação da natureza política do processo
educativo, e a tomá-lo como um que fazer puro em que nos engajamos
a serviço da humanidade entendida como abstração é o ponto de
parida para compreendermos as diferenças fundamentais entre uma
prática ingênua, uma prática astuta” e outra crítica.

a) Como compreende o processo de aprendizagem?


R: “Como um pré-diagnóstico necessário para conhecer as competências e       
habilidades do aluno”.
A aprendizagem dá sentido à vida, as informações são absorvidas através de
técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O sujeito precisa estar pronto
para aprender, pois a aprendizagem humana envolve ato ou vontade de aprender, dinamismo
e criatividade. Todo o processo é baseado na criatividade. O conteúdo das matérias é
explorado para que o aluno aprenda de maneira crítica e criativa. O foco não é o conteúdo,
mas na forma como absorve as informações.

Na visão sócio-interacionista as atividades do aprendizado escolar são


sistemáticas e têm uma intencionalidade deliberada; um compromisso
explícito, historicamente comprometido em tornar acessível o
conhecimento formal organizado pela cultura. As crianças, à medida
que são encorajadas a adquirir conceitos científicos nas atividades
propostas pela escola, estão modificando sua relação cognitiva com o
mundo. Por conseqüência, o aprender modifica o desenvolver
PITOMBO, (2004, pg. 3. Apud. REGO, 1995).  

b) que é problema de aprendizagem escolar? Cite um exemplo.


R: “o problema de aprendizagem escolar é da família inculta, mudança nos hábitos
familiares, e pais que não corrigem seus filhos em casa”.
O professor não falou o que é problema de aprendizagem, e colocar a culpa na
família a qual lhe falta tudo (casa, comida, roupa, cultura escolar os pais são separado) ou a
problema psicológicos/ emocionais (são carentes, dependentes, gostam de chamar a
atenção)
Buscando uma explicação para a visão do professor, me recordo que a corda
arrebenta sempre do sado mais fraco. Nas crianças e seus familiares!

ARPINI (1995) aponta que o preconceito esta presente com uma marca
forte na analise do professor, as criança não aprende porque são
lentas, são pobres falta carinho, os pais não dão atenção porque
trabalham fora, não tem tempo para os filhos ou são alcoólatras. Esse
discurso na escola torna se homogêneo e quando não se para refletir
torna-se verdade. Nesse vaivém a casa dos culpados, quando não são
as crianças “culpadas” pelo fracassa escola e a própria família. ARPINI
(1995)

Dessa forma fica difícil enxergamos o problema num contexto mais amplo, a
individualização da problemática tem dificultado compreender o que se passa e de construir
estratégica que venha minimizar o problema. De acordo com PITOMB
  Olhando dessa maneira, os alunos que apresentam diferentes ritmos
e comportamentos tidos com problemas no aprendizado escolar,
fazem parte da constituição heterogênea do grupo-escolar; assim
sendo, não deveriam ser vistos como casos estigmatizados e isolados.
Trata-se, então, em meu ponto de vista, de olhar a criança com
problema de aprendizado escolar muito mais para identificar as suas
capacidades potenciais no seu próprio desenvolvimento e
aprendizado, para reconstruir a fratura de um momento, do que
teologizá-lo em “distúrbios” ou “doenças”. (PITOMBO, 2004, pg.3). 

c) Quais as ações realizadas com os alunos com problemas de aprendizagem?


R: “As ações realizadas é dialogar, e conquistar a confiança dos alunos para que os
mesmos realizem os trabalhos pedagógicos”.
Acreditamos que cabe ao professor não só dialogar e conquistar a confiança do
aluno, mas desenvolver ação que levante levantar a alto- estima do aluno, motiva-los, intervir
acompanhá-lo, esgota todas as possibilidades de aprendizagem, como diz, (PITOMBO, 2004,
pg.3).

 Ao educador caberia olhar o processo educativo global em oposição à


rotulação do aluno indicando possíveis intervenções, aos pais o
incentivo a credibilidade do saber e conhecimento que a escola
desenvolve com seus filhos, bem como o enfrentar desafios do ato de
aprender. (PITOMBO, 2004, pg.3).

a) Como compreende o processo de aprendizagem?


R: “É um processo de transformação e desenvolvimento de forma a despertar no
aluno um interesse, aguçando e estimulando o desejo de aprender”.
A abordagem sócio-histórica nos mostra o quão importante é
privilegiarmos a interação entre os atores que entregam o mesmo
contexto, o que é válido tanto para aluno como para os docentes,
coordenação, etc; é a escola um espaço essencial para o desenvolvimento
das funções psicológicas superiores, que de acordo com Vygotsky, são
operações intelectuais geridas por um controle consciente. (MENDES,
biênio 91/92, pág. 33)

             b) O que é problema de aprendizagem escolar? Cite um exemplo.


  R: “Nesta unidade educacional o problema de aprendizagem escolar ocorre por falta
de interesse e motivação do aluno ex: o aluno não faz o trabalho proposto pelo professor,
para eles o importante é não ter falta para não repetir”. Segundo, PITOMBO (2004) Enfim,
cabe aos pares educativos, professores e pais, ampliar a visão sobre os problemas de
aprendizagem aprimorando sua competência e atuação, de forma criativa.

O papel de cada uma destas instituições, escola e família, no atual


cenário contemporâneo configura um quadro: a escola lidar com a
formação do conhecimento e do saber culturalmente instituído e a
família com o incentivo ao conhecimento e o saber cotidiano. Ambas
são co-responsáveis pelo processo de aprendizagem escolar e seus
problemas.(PITOMBO, 2004, pg.4)

            c) Quais as ações realizadas com os alunos com problemas de aprendizagem?


           R: “As ações realizadas são: (PRE) programa de recuperação paralela oferecido pela
secretaria de educação que atende não só os alunos com necessidades especiais, ao longo
do ano, como também alunos que necessita de reforço escolar, recebem aula de português e
matemático. Independente, temos um projeto de educação continuada em parceria com os
pais, que são as atividades extras realizadas na própria casa do aluno”.
A escola devem buscar formas de prevenção nas propostas de trabalho, preparar os
professores para entenderem seus alunos, diferenciar um a um, respeitar o ritmo de cada
um. A escola deve ser um ambiente onde as crianças possam sentir-se bem, amadas e
sempre alegres. Segundo Fonseca (1995) as dificuldades de aprendizagem aumentam na
presença de escolas superlotadas e mal equipadas, carentes de materiais didáticos
inovadores, além de frequentemente contarem com muitos professores “derrotados” e
“desmotivados”. A escola não pode continuar a ser uma fábrica de insucessos. Na escola, a
criança deve ser amada, pois só assim se poderá considerar útil.  
A escola tem uma tarefa relevante no resgate da auto-imagem distorcida da criança,
por ter uma concepção socialmente transmissora de educação e de cultura, que transcende
as habilidades educacionais familiares, além da responsabilidade e competência em
desvendar para a criança o significado e o sentido do aprender.
  Após serem colhidos os dados, foi feito uma minuciosa analise do: entorno
estrutura física, administrativa e pedagógica da escola.
             O entorno da escola é formado por uma comunidade de classe média baixa, o grau
de instrução da população vai do ensino médio (que em sua maioria está incompleto),
poucos fizeram o ensino superior. A diversidade cultural é grande, em razão de um
movimento migratório intenso, nas últimas três décadas, aonde famílias inteiras do norte e
nordeste do país e outros ainda do interior de Minas Gerais vinham à procura de uma vida
melhor e de um bom emprego. Por ser uma região bastante populosa, contribui para que
haja uma grande demanda de alunos das diferentes séries. A maioria dos pais trabalham na
indústria ou construção civil, outros vendedores, ambulantes ou empregadas domésticas.
           A estrutura física é um prédio com três andares, todo murado, possui três entradas
com portões grandes, duas entradas para alunos, pais e professores, uma entrada que dá
acesso. Depois dos dois portões principais vem à parte interna do hall, é cimentada com
cimento grosso, tem uma escada e uma rampa para cadeirante onde tem mais um portão
médio que leva ao interior da escola.
No andar térreo, ficam as salas: do diretor, coordenadores, secretária, professores
(com banheiro), sala de reunião, sala de espera.
  Um ambiente que parece um labirinto, escuro, todo cheio de grades, sem pintura,
com instalação elétrica fios exporto sem proteção, o mobiliário e as grades entrando em
decomposição. Um ambiente antipedagógico parece mais a portaria de um presídio do que
a secretaria de uma escola, me sentir mal.
Ainda no andar térreo há uma saleta que será a rádio interna da escola, uma cozinha
(não foi permitido a nossa entrada) ao lado um refeitório grande (com oito mesas cada uma
com dois bancos necessitando de restauração), dois banheiros de alunos um feminino
(segundo uma integrante do grupo de pesquisa estava sujo) outro masculino, um depósito
de materiais diversos.
Dentro do refeitório tem uma porta que dar acesso à quadra poliesportiva, no dia de
nossa visita estava sendo coberta. Também no salão do refeitório há duas escadas de
acesso aos andares superior onde fica a sala de aula. As escadas faltando cerâmicas, com
pintura velha e escura, o que não recomendável pedagogicamente, não possui rampa de
acesso para cadeirante do andar térreo para os outros andares onde ficam as salas de aula.
Um total de treze de alua, sendo seis salas de aula no segundo andar e uma sala de
informática com computadores novos e uma sala onde os professores guardam seus
pertences. No terceiro andar mais sete salas de aula.
  No prédio anexo tem uma brinquedoteca, uma sala de reforço, uma de apoio à
inclusão (SAAI), uma de educação física, uma de laboratório de ciência, uma sala reunião
onde se reúnem para discutir problema relacionado aos alunos.
 A escola necessita de reforma de: elétrica, hidráulica, piso, pintura, rampa de acesso
e mobiliário. “Na parte interior do prédio precisa de reparos, pois as instalações são velhas e
expostas; as paredes mal pintadas”.
A escola presta atendimento mil e quatrocentas crianças. O horário de
funcionamento das sete às dezenove horas, dividido em três períodos, cada período atende
aproximadamente 350 alunos.
Quanto os recursos pedagógicos existem. Contudo, são mal utilizados e alguns não
estão em uso, outros já estão ultrapassados. Não há acessibilidade, existem inúmeras
barreiras arquitetônicas, os cadeirantes e pessoas com deficiência física são excluídos. Não
há rampa de acessos nem banheiro adequado para alunos necessidade físicas especial. O
que dificulta a utilização desse recurso por esses alunos.
Como recursos humanos a Escola, possui um quadro de funcionários sendo: um
diretor, dois assistentes de direção, dois coordenadores, uma secretária, (aproximadamente)
oitenta e dois professores, seis inspetores, quatorze agentes de apoio serviço geral
(terceirizado), cinco agente de apoio na cozinha (terceirizado) e um vigia.
Quanto à gestão da Unidade Escolar é composta de: um diretor, dois assistentes de
direção, dois coordenadores pedagógicos. Não foi possível perceber que se trata de uma
gestão em que os membros da equipe têm boa convivência e de certa maneira uma parceria
entre todos os funcionários da escola. Não coseguimos perceber a liderança do gestor, nos
pareceu que a liderança esta com uma coordenadora pedagógica.
  Existe uma relação amistosa entre direção professores, funcionários, alunos e pais.
Os conflitos existem, mas na medida do possível são resolvidos ou jogado embaixo do
tapete, todos fazem seu trabalho, não foi possível perceber um vinculo de equipe e de
comprometimento entre em especial, membros da direção e professores.
           A agente de apoio entende o processo de ensino aprendizagem como de transmissão
e/ou reprodução de conhecimento (educação bancaria e disciplinadora e excludente), onde
o professor o agente ativo detentor do saber e conhecimento e o aluno é o agente passivo
que esta ali pra ouvir obedecer e reproduzir conhecimento.
           O professo em seu discurso demonstrou conhecimento e deu entende que a educação
deve ser formadora, inclusiva e emancipadora, no entanto na mesma fala se contradiz
quando fala que “o problema de aprendizagem escolar é da família inculta, mudança nos
hábitos familiares, e pais que não corrigem seus filhos em casa”.  Deixou transparecer que não
tem uma metodologia de ensino que atende as expectativas dos alunos.
  A coordenadora pedagógica é uma profissional capacitada e dedicada (um tanto
burocrática) que procura desenvolve seu trabalho da melhor forma possível dentro de um
turbilhão de problema. Entende a aprendizagem como um processo de interesse, de desejo,
de transformação, de desenvolvimento. Contudo seu trabalho é prejudicado devido à falta de
um norte, a escola não tem um planejamento que atende as necessidades.  
 É possível constatar a necessidade de intervenção, com a finalidade de: racionalizar
os trabalhos administrativos e pedagógicos, melhoria da participação da comunidade,
melhoria da estrutura física, melhoria das relações interpessoais e melhoria da
aprendizagem. (FERNÁNDEZ, 2005, p.72), Ela explica que a escola é um sistema e que a
intervenção terá múltiplas facetas e que se deve fugir dos conceitos fechados que
consideram as causas do problema de forma unilateral.
 A escola tem um importante papel na convivência e, por isso, há a necessidade de
uma proposta social que possa favorecer as boas condutas, o respeito mútuo, a disciplina, o
autocontrole, a responsabilidade e a correspondência de valores; o resultado final deve ser o
clima social da escola. Com a finalidade criar esse clima favorável na escola a pesquisa
propõe:
1.                      Construção do projeto político pedagógico de forma participativa que atenda as
necessidade e peculiaridade da comunidade local que uma direção de todas as atividades
da escola.
2.                      Construção do regimento escolar com a participação de todos e aprovação da
maioria, ou seja, 50%+1 com e assinatura de ciência de todos. No livro de regimento deverão
ser registrados todos os problemas de indisciplina da escola. Após o aluno cometer um ato
de indisciplina só será resolvido após pai ou responsável ter ciência, ou seja, assinar o livro.
3.                      Participação da comunidade na escola.  A escolar precisa encontrar momentos e
caminhos que estreitem a convivência e que podem ser favorecidos com atividades de
cooperação e participação. É necessário que se definam as ações e os objetivos a seres
alcançados. Propomos: a criação ação de um grupo que possa angariar recurso,
desenvolvimento de ações culturais como alfabetização digital para os familiares dos
alunos, competições esportiva interna e externa a escola, grupo de fanfarra e bandas... etc. 
4.            Criação do grêmio estudantis da escola com escolha dos representantes através de
eleição. Os meso representaram os alunos diante da direção nas reinvidicações e ansiedade.
Cabe ao grêmio com a coordenação da gestão desenvolver atividades culturais e esportivas
que atenda as necessidade e expectativas do aluno e ser o represente discente da escola
quando se trata de eventos externo. Cabe resaltar que só poderá participar das atividades
externa ou ser representante os alunos portadores de boa conduta e que tenha bom
desempenho escolar.
5.                      Criação de um grupo interdisciplina. Cada sala de aula com três representantes
eleitos, onde conflitos e necessidades da sala são resolvidos por eles sob a supervisão de
um professor.
Os representantes de cada sala o grupo dos mediadores de conflito da escola, agora, para
mediar conflitos maiores sob a orientação e supervisão da auxiliar de direção. Só em última
instancia vai para a gestão.
6.            Desenvolve e estimular os professores a fazerem cursos de capacitação e incentiva a
utilização de novas metodologias que atenda as necessidades dos alunos e traz
crescimento pessoal e profissional para si mesmo.
7.            Desenvolve projeto Interdisciplinar, tema de interesse e escolhido pela maioria, onde
cada professor trabalhara sua disciplina de maneira integrada com as outras disciplinas, o
que facilitará e trará motivação para o aluno, pois o conteúdo estudado passa a ter sentido.
Devido à escola esta situada em uma região de população de baixo poder aquisitivo e ficar
localizada perto de uma represa. Sugerimos os temas: Residos sólidos e água.
8.         Criação do momento de convivência é um período de tempo que os alunos têm na
escola para socialização e desinibição e que ocorre semanalmente.
Cada sema é a vez de uma classe. A sala escolhe um tema que ser musical, jogral,
coreografia, teatro, historia de cordel, repente... etc  e apresenta para a turma ou para toda a
escola. 
9.         Colocar em ação os dois projetos já existente; o teatro e a radia da escola.
10.  Desenvolver parcerias com Instituições públicas privadas e pais ou responsável por
alunos de melhoria da escola e beneficiar a aprendizagem. (o que segundo um programa de
TV. Chama de amigos da escola).
a)    Instituição pública com a finalidade de atende as necessidades que instituição
privada não atende.
b)    Instituição privada que possa fazer doações de material pedagógico,  material para
a  melhoria das condições física da escola, transporte para passeio culturais e outros.
c)      Com os pais ou responsável para realizares serviço de mão de obra da estrutura
física da escola.

         Considerações finais

Consideramos que as ações que fortalece a convivência escolar é um caminho que


deve ser percorrido por todas as instituições de ensino, não é um caminho fácil, mas
necessário e que precisa da cooperação de todos. Os conflitos se desencadeiam onde há
convivência, por isso serão resolvidos com a participação de todas as partes. Fernández
(2005) afirma que “as escolas são um acúmulo de inter-relacionamentos de pessoas vivendo
em um edifício e compartilhando experiências, tempo e esforços. Comunicar-se, cooperar,
ser solidário é algo que, além de ser objeto de ensino, deve constituir a estrutura da vida
escolar”.
Quando se pensa em normas de convivência não se deve desprezar o fato de que
tudo aquilo que é imposto por alguns e que deve se cumprido por outros, é fonte geradora de
conflitos. Afinal, para os adolescentes, em geral, é muito complicado apenas obedecer; sua
primeira atitude normalmente é a transgressão ao que lhes é imposto.
        Considerando que um ambiente escolar desfavorável é prejudicial o desempenho do
aluno, desmotiva o professor e os dirigentes.
  Também acreditamos que é possível superar este estagio e avançar no sentido da
construção de uma escola com um novo modelo de relacionamento social e que boa parte
dos recursos necessários à implementação de ações efetiva de enfrentamento das
dificuldades da escola deve provir da comunidade externa, que essa colaboração poderá ser
obtida com ações bem articuladas pelo gestor com a comunidade, fazendo-a perceber que
os interesses da escola são os seus interesses, e desse modo, os apoie as iniciativas de
melhoria da escola, contribuindo de todas as formas, para que a escola alcance os objetivos
almejados.
Acreditamos que uma gestão democrática que visa à participação efetiva é
imprescindível, que todos que integram a escola sejam fortalecidos com base nos princípios
estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional Esse fortalecimento faz-se
necessário para o/os grupos tenham autonomia e condições de organizar, mobilizar e
articular todos os recursos materiais e humanos necessários para o avanço do processo
sócio-educacional da escola.
Além disso, como afirma ABRAMOVAY et al. (2003) salientam que, apesar de suas
particularidades, os sujeitos que integram a escola carregam o potencial gerador de um
conhecimento global, capaz de colaborar para a diminuição da exclusão e para a promoção
de uma maior integração social.
  Portanto, o fato de a escola ser um elemento de grande importância na formação
das comunidades torna o desenvolvimento das atribuições do gestor um componente
crucial, fazendo-se necessário que a gestão compactue da ideologia preconizada pela
tendência crítico-social, agregado a uma visão de empreendedorismo, para que a escola
esteja acompanhando as inovações, e conciliando o conhecimento técnico à arte de
disseminar ideias, de bons relacionamentos interpessoais, sobretudo sendo ético e
democrático.
Por fim, partindo do pressuposto de que a escola visa explicitamente à socialização
do sujeito, acreditamos que é premente que se adote uma prática docente capaz de atender
as expectativas de seus alunos e da sociedade, uma vez que ela precisa estar em
consonância com um mundo em constante transformação, que hoje oferece informatização
e dinamismo.
Ademais para que a escola exerça a função socializadora, como local de
oportunidades, interação e encontro com o outro e o saber. O coordenador pedagógico
atuando como formador do corpo docente deve promover momentos de trocas de
experiências e reflexão sobre a prática pedagógica, o que trará bons resultados na resolução
de problemas no cotidiano da escola, e ainda irá garantir a qualidade de ensino, contribuindo
para o resgate da auto-estima do professor e levando-o a refletir e a se libertar de práticas
não funcionais, que se conservam por pura ignorância e ausência de diálogo.
Acreditamos que a partir da reflexão, o professor passará a considerar a leitura, a
pesquisa e o planejamento como ferramentas básicas para o desenvolvimento de um
trabalho eficaz, e ainda, fazendo uso de uma metodologia crítica, poderá valorizar as teses
dos alunos, cultivando neles, a autonomia e auto-estima, o que consequentemente os fará
manter interesse pelas aulas e o espaço escolar. Assim, o que outrora era local de tensões,
conflitos passam a ser um espaço pacífico de convivência, socialização, lazer,
desenvolvimento intelectual e pessoa.

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VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do Trabalho Pedagógico. Do Projeto


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Postado há 3rd June 2012 por Antonionsantos

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