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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS

Unidade Acadêmica de Ensino de Ciências Gerenciais – UEGE


Engenharia Civil

DIEGO COSTA DE OLIVEIRA


JÉSSICA COSTA SILVA
LUIZ HENRIQUE FERREIRA FRAGA
PAULO VITOR MARTINS
ROBERTO DE ALKIMIM SOARES
VALDECI JOSÉ LEÃO

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA


Produção de concreto

Prof.: Bárbara Ponciano

SETE LAGOAS

2018
DIEGO COSTA DE OLIVEIRA
JÉSSICA COSTA SILVA
LUIZ HENRIQUE FERREIRA FRAGA
PAULO VITOR MARTINS
ROBERTO DE ALKIMIM SOARES
VALDECI JOSÉ LEÃO

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA


Produção de concreto

Relatório apresentado ao curso de


Engenharia Civil da Unidade Acadêmica de
Ensino de Ciências Gerenciais, UNIFEMM
– Centro Universitário de Sete Lagoas,
Fundação Educacional Monsenhor Messias,
como requisito parcial de avaliação da
disciplina de Materiais de construção II

Área de concentração: Materiais de


construção II

Professora: Bárbara Ponciano

SETE LAGOAS

2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
1.2 Objetivo 5
2 DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO DE ENSAIO 6
2.1 NORMAS PERTINENTES
2.2 EQUIPAMENTOS/MATERIAIS
2.3 CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL 7
2.4 DOSAGEM DO CONCRETO
2.5 Resistencia do concreto aos 28 dias
2.6 Relação agua/cimento 8
2.7 CONSUMO DE AGUA 9
2.8 CONSUMO DE CIMENTO 10
2.9 CONSUMO DE AGUREGADO GRAUDO
2.9.1 CONSUMO DE AGREGADO MIUDO 11
2.9.2 APRESENTAÇÃO DO TRAÇO 12
2.9.3 QUANTIDADE DE MATERIAL 13
3 PRODUÇÃO DO CONCRETO 14
4 DETERMINAÇÃO DE CONSISTENCIA 16
5 PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 19
6 CONCLUSÃO 21
REFERENCIAS 22
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1 INTRODUÇÃO

Esse ensaio foi realizado no campus do UNIFEMM, no laboratório de materiais de construção


civil (prédio Jequitibá), supervisionado e instruído pela professora/orientadora, com o intuito
de produzir um concreto em laboratório.

Concreto é o resultado da mistura de cimento, água, pedra e areia, existem dois tipos de
concreto: o estrutural e o não estrutural. O estrutural é o usado na estrutura, e o não estrutural
é utilizado em partes não estruturais do edifício como, por exemplo, lastro para pisos.

É parte essencial da obra e isso requer um conhecimento adequado para a dosagem, produção
e aplicação do mesmo, assim o presente trabalho vem tratar dessas condições em laboratório.
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1.2 Objetivo

O objetivo deste ensaio é realizar o procedimento completo de dosagem de concreto e


ensaio de moldagem de corpos de prova, de acordo com a norma técnica ABNT NBR
12655/2015, a qual prescreve o método de preparo, controle, recebimento e aceitação.

Antes de proceder com os ensaios fez-se necessário obter o traço e a dosagem de


materiais. Isso foi feito a partir de cálculos que serão demonstrados a seguir.
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2 DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO DE ENSAIO

2.1 NORMAS PERTINENTES

 NBR 12655/2015, Concreto de cimento Portland — Preparo, controle, recebimento e


aceitação — Procedimento.

2.2 EQUIMAPENTOS/MATERIAIS

 Balança;
 Colher de pedreiro;
 Bandeja plástica
 Cimento CP IV 32 RS;
 Areia;
 Brita;
 Régua;
 Cilindros 10x20mm;
 Complemento tronco-cônico do molde;
 Placa de apoio do molde;
 Molde metálico;
 Haste de compactação de seção circular;

Os materiais utilizados são os que foram disponibilizados pela professora/orientadora para


realização do ensaio, ficando livre a compra de outros se assim fosse requisitado pelo grupo.
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2.3 CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL

CIMENTO AREIA BRITA


CP IV 32 RS MF = 2,60 γa =
δc = 2830 kg/m³ δa = δsolto =
γa = δcompactado =
H= φmáx =

2.4 DOSAGEM DO CONCRETO

O método que será utilizado para realizar os cálculos para a dosagem é o Método de
Dosagem ABCP, que fornece uma aproximação dos materiais para realizar uma mistura
experimental.

Temos como dados iniciais fornecidos pela professora/orientadora os seguintes dados:

𝑓𝐶𝐾 = 30𝑀𝑃𝑎

Condição B = sd 5,5 MPa

Slump = 80mm

Os demais dados foram extraídos dos relatórios obtidos do semestre 1/2018 dos
mesmos autores deste.

A partir dai realizamos o primeiro calculo para obter a resistência aos 28 dias.

2.5 Resistencia do concreto aos 28 dias de cura

A resistência requerida para o cimento aos 28 dias de cura é dada pela equação:

𝑓𝑐28 = 𝑓𝐶𝐾 + (1,65 𝑥 𝑠𝑑)

Onde:

Fck é a resistência do cimento (30 MPa)


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sd é o desvio padrão, que é 5,5 MPa.

Substituindo os valores, obtém-se:

𝑓𝐶28 = 30 + (1,65 𝑥 5,5)


𝑓𝐶28 = 39,07 𝑀𝑃𝑎 → 39𝑀𝑃𝑎

2.6 Relação agua/cimento (a/c)

O critério utilizado para esta determinação foi:

Resistencia mecânica – Através da Curva de Abram, que apresenta valores de a/c para
cada tipo de cimento aceito pela norma brasileira.

A curva é a que segue:

Fonte : Notas de aula. 2018

Para cimento portland CP-32 com Fc28 igual a 39 MPa, tem-se, pela curva deAbrams, o fator
de relação água-cimento (a/c):
9

Fonte: Os autores. 2018.

Desse modo a/c é igual a 0,45.

2.7 Consumo de agua na mistura ( Ca )

O consumo de agua é dado pela tabela a seguir:

Adotamos diâmetro máximo como 19,0mm. Portanto, para um abatimento de 80 mm e


diâmetro máximo do agregado graúdo (DMAX) igual a 19,0 mm, obtém-se o Consumo de
água (Ca) igual a 205 litros.
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2.8 Consumo de cimento na mistura ( Cc )

O consumo de cimento é função da relação a/c e do consumo de água, sendo dado pela
seguinte equação:

𝐶𝑎
𝐶𝑐 =
(𝑎/𝑐)

Onde:

Ca = consumo de água = 205 l/m³;

a/c = relação água-cimento = 0,45;

Cc = consumo de cimento dado em kg/m³.

Efetua-se:

𝑙
205
𝐶𝑐 = 𝑚3
0,45
𝑙 𝑘𝑔
𝐶𝑐 = 455 3
→ 455 3
𝑚 𝑚

Portanto, o consumo de cimento na mistura é de 455,00 quilogramas por metro-


cúbico.

2.9 – Consumo de agregado graúdo na mistura (Cg)

O consumo de agregado graúdo é dado pela relação:

𝐶𝑔 = 𝑉𝑏 𝑥 𝑀𝑢

Onde:

Cg = consumo de agregado graúdo em kg/m³;


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Vb = volume do agregado graúdo seco em m³;

Mu = massa unitária do agregado = 1500 kg/m³.

Porém, Vb é dado em função de MF e do diâmetro máximo através da tabela a seguir:

Consumo de agregado graúdo em função de Mf e do diâmetro máximo.

Para Mf = 2,60 e DMAX= 19,5, tem-se VB igual a 0,690 m³.

Efetuando:

𝐶𝑔 = 𝑉𝑏 𝑥 𝑀𝑢
𝐶𝑔 = 0,690 𝑥 1500
𝑘𝑔
𝐶𝑔 = 1035
𝑚3

Portanto, o consumo de agregado graúdo na mistura é de 1035 quilogramas por metro-cúbico.

O agregado graúdo adotado é a brita número um, que será utilizada em 100% na mistura.

2.9.1 – Consumo de agregado miúdo (Cm)

O volume de agregado miúdo (areia) é dado pela relação:


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𝐶𝑐 𝐶𝑔 𝐶𝑎
𝑉𝑚 = 1 − ( + + )
𝛾𝑐 𝛾𝑏 𝛾𝑎

Efetua-se:

455 1035 205


𝑉𝑚 = 1 − ( + + )
2830 2700 1000
𝑉𝑚 = 0,2508 𝑚3

O consumo de areia é dado pela relação:

𝐶𝑚 = 𝑉𝑚 𝑥 𝛾𝑎

Efetua-se:

𝐶𝑚 = 0,2508 𝑥 2650
𝐶𝑚 = 664,62 𝑘𝑔/𝑚³

Portanto, o consumo de agregado miúdo na mistura é de 664,62 quilogramas por metro-


cúbico.

2.9.2 – Apresentação do traço

O traço é apresentado da seguinte forma:

𝐶𝑐 𝐶𝑚 𝐶𝑔 𝐶𝑎
∶ ∶ ∶
𝐶𝑐 𝐶𝑐 𝐶𝑐 𝐶𝑐

Substituindo os valores encontrados nos cálculos anteriores, obtém-se o seguinte traço:

455 664,62 1035


∶ ∶ ∶ 0,45
455 455 455

Portanto, o traço do concreto é:

1 : 1,46 : 2,27 : 0,45


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2.9.3 – Quantidade de material em cada corpo de prova

Utilizam-se 04 cilindros como corpos de prova, que possuem as medidas 10 centímetros de


diâmetro e 20 centímetros de altura.

Para o corpo de prova de 10X20, calcula-se seu volume a seguir:

 Convertem-se as medidas para metro → 10X20cm → 0,10X0,20m;


𝐷² 0,10²
 Obtém-se a área da base → 𝐴 = 𝜋 𝑥 →𝐴= 𝜋𝑥 → 7,85𝑥10−3 𝑚²
4 4

 Calcula-se o volume → 𝑉 = 𝐴 𝑥 𝐻 → 𝑉 = 7,85 𝑥 10−3 𝑥 0,20 → 𝑉 =


1,57 𝑥 10−3 𝑚³

A quantidade de cimento, agregados e água é dada, de modo geral, pela relação:

𝑄𝑚𝑎𝑡 = 𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 𝑥 𝐶𝑚𝑎𝑡 𝑥 𝑇𝑟𝑎ç𝑜

Onde:

Qmat = quantidade de determinado material em kg;

Vcilindro = volume do cilindro em m³;

Cmat = consumo do material em kg/m³ ou l/m³.

Como o volume do cilindro é 1,57 x 10^-3 m³, o consumo de cimento é de 455kg/m³ e o traço
é 1 : 1,46 : 2,27 : 0,45, para o cimento, tem-se a seguinte quantidade:

𝑄𝑐 = 1,57 𝑥 10−3 𝑥 455 𝑥 1 ∴ 𝑄𝑐 = 0,7143𝑘𝑔/𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜

Para 4 cilindros :

𝑄𝐶𝑇 = 0,7143 𝑥 4 ∴ 𝑄𝐶𝑇 = 2,86 𝑘𝑔

Para consumo de agregado graúdo igual a 1035 kg/m³, tem-se:

𝑄𝐺 = 1.57 𝑥 10−3 𝑥 1035 𝑥 2,27 ∴ 𝑄𝐺 = 3,68𝑘𝑔/𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜

Para 4 cilindros :

𝑄𝐺𝑇 = 3,68 𝑥 4 ∴ 𝑄𝐺𝑇 = 14,72𝑘𝑔


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Para consumo de agregado miúdo igual a 664,62 kg/m³, tem-se:

𝑄𝑚 = 1,57𝑥10−3 𝑥664,62𝑥1,46 ∴ 𝑄𝑚 = 1,52𝑘𝑔/𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜

Para 4 cilindros:

𝑄𝑚𝑇 = 1,52 𝑥 4 ∴ 𝑄𝑚𝑇 = 6,08𝑘𝑔

Para consumo de água igual a 205 l, tem-se:

𝑄𝐴 = 1,57 𝑥 10−3 𝑥 205 𝑥 0,45 ∴ 𝑄𝑎 = 0,14𝑘𝑔/𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜

Para 4 cilindros:

𝑄𝐴𝑇 = 0,14 𝑥 4 ∴ 𝑄𝐴𝑇 = 0,560 𝑙

3.0 –PRODUÇÃO DE CONCRETO

A produção do concreto foi realizada no dia 21 de novembro de 2018 utilizando as


quantidades de materiais calculadas e demonstradas no capítulo anterior do presente relatório.

Inicialmente, pesaram-se a quantidade de cada material na balança. Os materiais foram


depositados nas bandejas de forma gradativa, conforme descrito a seguir:

•Toda a quantidade de brita;

•Metade da areia;

•Metade da água;

•Iniciou-se a mistura manual;

•Restante da areia;

• Restante da água;

• Continua a mistura manual.


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Mistura do concreto Mistura do concreto

Fonte: Os autores. 2018 Fonte: Os autores. 2018

Mistura do pigmento e enchimento do CP

Fonte: Os autores. 2018.


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Assim, parte da mistura resultante foi retirada para realização do ensaio de


consistência pelo abatimento do tronco de cone, que será descrito no próximo capítulo. Após
realização deste ensaio, a amostra foi devolvida à bandeja, que foi acionada mais uma vez
para homogeneização. Em seguida, adicionou o pigmento Xadrez de cor preta e o concreto foi
retirado da bandeja e acondicionado no recipiente cilíndrico.

Tronco de cone

Fonte : Os autores. 2018.

4.0 – DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA PELO ABATIMENTO DO TRONCO


DE CONE

Com uma amostra do que foi produzido no ensaio anterior, procedeu-se com o ensaio de
consistência pelo abatimento do tronco de cone, conforme estabelece a ABNT NBR NM 67.

O procedimento foi o seguinte:

 Limpou-se e umedeceu-se internamente o molde, colocando-o sobre aplaca de base


igualmente limpa e umedecida, assentado sobre o chão;
 O operador posicionou-se com os pés sobre as aletas do molde, mantendo-o estável,
e, então, encheu-o de concreto em três camadas, cada uma com aproximadamente um
terço do molde;
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Ensaio de consistência

Fonte: Os autores. 2018.

 Compactou-se cada camada com 25 golpes utilizando a haste de compactação;

Ensaio de consistencia

Fonte: Os autores. 2018.

 Após adensamento, retirou-se o complemento tronco-cônico e foi feita a remoção do


excesso de concreto com uma colher de pedreiro;
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Ensaio de consistência

Fonte: Os autores. 2018.

 Levantou-se o molde de concreto na direção vertical com um movimento constante,


de modo a não torcer a amostra lateralmente;
 Mediu-se o abatimento de consistência com a trena através da diferença entre a altura
do molde e a altura do eixo do corpo de prova.

Ensaio de consistência

Fonte: Os autores. 2018.

O abatimento obtido foi de 80mm, estando correto quanto ao exigido anteriormente.


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5.0 PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM DOS CPS

 Aplicou-se óleo mineral na face interna dos cilindros;


 Colocou-se o concreto em cada corpo de prova em três camadas com altura
aproximadamente igual a um terço da altura do cilindro;
 Compactou-se cada camada, sendo que foram 15 golpes.
 Retirou-se excesso de concreto da parte superior do cilindro;
 Deixaram-se os 04 cilindros durante 24 horas em processo de cura inicial ao ar. Após
isso, foram desenformados e colocados na câmara úmida.

Enchimento corpo de prova

Fonte: Os autores. 2018

4 CPs com identificação do grupo

Fonte: Os autores. 2018.


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Imersão em “camara umida”

Fonte: Os autores. 2018.

 Após 24 horas de cura ao ar eles foram colocados na câmara úmida, onde


permaneceram durante 7 dias.
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6.0 CONLUSÃO

Podemos observar que a dosagem correta dos materiais que serão utilizados no
concreto deve ser rigorosamente calculados com antecedência para que seu concreto tenha as
especificações corretas na qual o operador necessita.

De modo geral estes ensaios foram uteis para que pudéssemos aplicar na pratica o que
já tínhamos conhecimento teórico.
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REFERÊNCIAS

NOTAS DE AULAS – Materiais de construção civil II / Barbara Ponciano

ECIVIL. Concreto. Disponível em: <http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-


cimento.html>. Acesso em : 23 novembro. 2018

MAPADAOBRA – Concreto. Disponível em:


https://www.mapadaobra.com.br/produtos/concreto/ . Acesso em: 23 novembro. 2018

FAZFACIL. Concreto. Disponível em: https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/que-


e-o-concreto/. Acesso em: 23 de novembro. 2018

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