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FACULDADE CAMBURY

ESCOLA DE DIREITO

NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

COORDENAÇÃO ADJUNTA DE TRABALHO DE CURSO

AD I FICHAMENTO

INFANTICIDIO E ESTADO PUERPERAL

ORIENTANDO : MOISÉS ROCHA DA SILVEIRA

ORIENTADORA: PROFA. ESP. SARA CRISTINA ROCHA DOS SANTOS

GOIÂNIA

2018
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“O infanticídio é um tipo de crime contra a criança e é caracterizado


principalmente por acontecer dentro do chamado estado puerperal,”

“A narrativa do infanticídio ao longo do anos, sofreu significativas


alterações alternando seu consentimento no que se refere a sua execução, de acordo com
que mudavam seus princípios morais e íntegros”.

“Nesse mesmo sentido, a Legislação Penal nacional, por meio das


Ordenações do Reino e dos regulamentos coercitivos dos anos de 1830,1890 e 1940
descreveu o crime de infanticídio de vários modelos”.

“durante o qual ocorrem, “alterações fisiológicas que se refletem como


incapacidade do executor em avaliar a intensidade do delito que se está cometendo”.

“o puerpério, o qual pode ser caracterizado como o “espaço de tempo


compreendido entre a expulsão da placenta e a involução total das alterações da
gravidez, pelo retorno do organismo materno às suas condições pré-gravídicas, com
duração aproximada de seis a oito semanas”

“De acordo propõe o art. 123 do Código Penal Brasileiro, Decreto-Lei nº


2.848, de 7 de dezembro de 1940, apenas define -se o delito de infanticídio quando a
mãe mata o filho, influída pelas modificações emocionais e fisiológicas resultantes da
fase do estado puerperal

“Para propor a ação Penal para os delitos de infanticídio deve ser uma ação
penal pública incondicionada, de alçada para julgar esse crime é do tribunal do Júri de
acordo com artigo 74. § 1º do Código de Processo Penal”.

“Portanto, o estado puerperal pode acarretar distúrbios psíquicos na genitora e


estes distúrbios diminuem a sua capacidade de entendimento em relação ao delito,
levando-a a eliminar a vida do infante.”

“Acrescenta-se ainda que este estado, desencadeado pelo parto, assemelha-se


às psicoses (estado mental em que o indivíduo perde o contato com a realidade) de curta
duração.”
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“Enquanto síndrome clínica, este estado pode ser caracterizado por “delírios e
depressão graves” e representa perigo real, visto que “os pensamentos sobre a vontade
de ferir o bebê recém-nascido não são incomuns.”

“Não obstante, o Código Penal Brasileiro, Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de


dezembro de 1940, dispõe sobre o infanticídio, em seu art. 123, o qual define crime, em
seu caput, “matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto
ou logo após, com pena prevista de detenção, podendo variar de dois a seis anos”.

“Vale ressaltar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu


Artigo XXV, item 2, defende que a maternidade e a infância têm direito a cuidados e
assistência especiais”

“Declaração dos Direitos da Criança, em seu preâmbulo e princípio IV,


defende que toda criança “precisa de proteção e cuidados especiais, inclusive proteção
legal apropriada, antes e depois do nascimento” e “terá direito a crescer e criar-se com
saúde.”

“Além disso, “tanto à criança como à mãe, serão proporcionados cuidados e


proteções especiais, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais”

“Mas, enquanto conceito jurídico, o estado puerperal é de difícil caracterização


e que o tratamento para esse tipo de disfunção, atualmente, está mais correlacionado aos
tipos de assistência de transtornos psíquicos”.

“No Brasil, as políticas públicas de apoio à mulher gestante, relacionadas à


educação perinatal, não abrangem as questões psíquicas, mas somente as biológicas,
associadas à gravidez”.

“A cerca do infanticídio em alguns países, como “Nos Estados Unidos da


América, onde o aborto é permitido até os nove meses, uma forma de infanticídio
também já é permitida desde 1986”.

“Na França o crime de infanticídio é visto de uma forma bem diferente,


também como no Brasil sofreu varias alterações com o passar dos anos.”
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“Na Alemanha o principio alemão, consequentemente segue o método da


ação do estado puerperal, adotado hoje por vários dos países.”

“Ainda sim Nas civilizações antigas como no Egito o pai que matasse o
próprio filho era obrigado a permanecer três dias e três noites abraçado ao seu cadáver”.

“Esta proposta de projeto de pesquisa centra-se na necessidade de realizar


uma análise acerca da atual legislação brasileira e internacional que trata do infanticídio,
estabelecer um exame crítico da caracterização do estado puerperal e do puerpério.”

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