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SAÚDE, CONDIÇÃO FÍSICA E SEGURANÇA

Nicole Maria Amorim Almeida, 190350029


Otávio Barra Vianna Vital, 190350043

São João del Rei


2019
INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos, com o avanço da medicina e do ramo das pesquisas, muitas
vacinas foram sendo criadas, tornando o desenvolvimento de doenças menos
provável. Esses avanços influenciaram principalmente as crianças na terceira
infância, que, atualmente, possuem a menor taxa de mortalidade no tempo de
vida. Entretanto, existem outras condições que podem afetar a vida dessas
crianças, como a obesidade, as doenças crônicas, os ferimentos e a falta de
acesso à tratamentos de saúde.

OBESIDADE E IMAGEM CORPORAL

A obesidade infantil tem sido colocada em pauta no mundo todo, uma vez que
vem ocorrendo um aumento no número de crianças obesas, o que é
preocupante. Assim, é possível perceber um “perfil” mais propenso a
desenvolver o sobrepeso, caracterizado por meninos méxico-americanos e
meninas negras não hispânicas, porém o aumento foi percebido em todos os
grupos étnicos. Por outro lado, muitas das crianças que necessitam perder peso
não são necessariamente aquelas que estão acima do peso, mas sim aquelas
preocupadas com sua imagem corporal. Em um estudo realizado, cerca de 55%
das meninas entrevistadas diziam se preocupar como elas se pareciam e, dentre
elas as meninas com sobrepeso eram as mais insatisfeitas. Essa insatisfação
pode ocasionar transtornos alimentares na adolescência, sendo uma possível
explicação para essa preocupação extrema as proporções irreais da boneca
Barbie. Existem algumas principais causas para a obesidade, sendo elas: a
tendência hereditária (genética); a falta de exercícios físicos, sendo que hoje as
crianças passam menos tempo brincando do que há 20 anos atrás; a
alimentação em excesso, principalmente de alimentos errados; a nutrição pobre;
os pais obesos e ao lanches fora de casa, que possuem muita gordura,
carboidratos, açúcares e aditivos.

Ademais, a obesidade infantil acarreta em diversos problemas para a criança,


tanto a curto prazo tanto a longo prazo. Ainda na infância as crianças podem
apresentar problemas de comportamento, depressão e baixa autoestima, além
das condições médicas, como a pressão e o colesterol altos e o diabetes. Não
obstante, essas crianças podem sofrer emocionalmente, entregando-se à
comida e agravando seus problemas de saúde. Assim, uma possível forma de
evitar a obesidade infantil seria adicionar 60 minutos na educação física na
escola, para evitar o sedentarismo e incentivar a prática esportiva. Já na vida
adulta, essas crianças com sobrepeso pode desenvolver hipertensão, doenças
cardíacas, problemas ortopédicos e diabetes, além de diminuir a expectativa de
vida de 2 a 5 anos.

Desse modo, fica clara a necessidade de se prevenir a obesidade, pois assim é


mais fácil do que tratar suas possíveis complicações. Assim, o pais devem
atentar-se aos padrões de alimentação e de atividade de seus filhos, sendo
recomendado o consumo de apenas 30% de gordura e 10% de gordura
saturada, fato que não influencia no desenvolvimento correto da criança. Além
disso, deve-se contar com o apoio da escola, dos médicos e da comunidade em
geral para o incentivo de uma vida mais saudável e ativa, com menos tempo no
computador e mais tempo ao ar livre, para promoverem mudanças desde cedo
no estilo de vida.

OUTRAS CONDIÇÕES MÉDICAS

Diante do contato com outras crianças na escola ao longo da terceira infância, a


suscetibilidade a resfriados, gripes ou viroses tende a aumentar, apresentando,
por ano, cerca de seis ou sete episódios, sendo considerada uma quantidade
normal.

De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, cerca de 12,8%
crianças possuem ou correm o risco de adquirirem alguma doença crônica,
podendo perpassar condições físicas, comportamentais, emocionais ou do
desenvolvimento, apesar de, com os avanços científicos, mais da metade
dessas crianças obtiveram a recuperação da doença crônica até o fim do mesmo
estudo, sendo asma e diabetes as mais comuns.

A primeira, caracterizada por acessos de tosse, é uma doença respiratória de


base alérgica, provocando, inclusive, dificuldade na respiração. Ao passo em
que ao longo do tempo o ocidente tem um quadro de maior diminuição, o oriente
apresenta um aumento dos casos de asma, especialmente nos Estados Unidos,
cujos dados foram duplicados no período de 1980 e 1995, sendo os mais
numerosos advindos de meninos sob meninas e negros sob brancos.
Além dos aspectos hereditários de mutação genética que favorecem a
epigênese da asma, estudiosos têm tentado compreender as relações da
mesma com o ambiente: ambientes muito pequenos, insalubres e expostos a
poluentes e alérgenos são fortes vetores para seu desenvolvimento.

Atualmente, a diabetes se associa à asma por apresentar relações parecidas


com o estilo de vida apresentado pelo asmático. Regulada com a insulina, essa
outra doença crônica caracteriza-se pelos altos níveis de glicose no sangue
como resultado da deficiência da substância a necessitar reposição. Entretanto,
o tratamento também inclui prática de exercícios físicos e manejo da nutrição.

FERIMENTOS ACIDENTAIS

950 mil crianças de todo o mundo faleceram antes de completarem os 18 anos


em 2004, resultado de algum tipo de acidente, em trânsito ou envolvendo
afogamentos ou queimaduras. Um outro dado, é de que cerca de 23 mil crianças
sofrem lesão cerebral andando de bicicleta por ano, o que, em 88%, poderia ser
evitado ao utilizar o capacete, afinal, sabe-se também que os ferimentos
acidentais são as causas mais frequentes de morte entre crianças de idade
escolar nos EUA.

Também apresentam risco à estrutura cranial o beisebol, softball, futebol,


patinação, skate e outros; de modo que, o futebol americano, por exemplo,
apesar de apresentar bastante agressividade, tem os riscos reduzidos diante do
uso de óculos e protetores bucais, bem como outros esportes, como os que
utilizam o jetsky ou outros veículos de neve, que são fortemente contraindicados
aos menores de 16 anos.

CONCLUSÃO

Em todos os casos de potencialização à possibilidade de aumento da


mortalidade infantil, sabe-se que muito é esperado das ciências médicas e da
saúde para que o prolongamento do ciclo vital não seja interrompido,
especialmente no caso dos acidentes. Entretanto, é importante salientar também
a grande necessidade de maiores proposições de políticas públicas, desde as
que tangem aspectos da segurança pessoal, até as de assistência familiar ao
próprio povo, verificando e também acolhendo as demandas de correção das
situações de fome, moradias insalubres e, sobretudo, facilitar o acesso ao auxílio
psicológico para que quaisquer contextos de sofrimento citados possam ser
aliviados. Além disso, especialmente no que tange a concepção própria da
imagem acerca de seu corpo, é urgente a necessidade de desconstrução dos
padrões de beleza irreais estampados pelo neoliberalismo, pois, caso contrário,
estaremos fadados ao cultivo de uma geração cada vez mais insegura e, assim,
mais incapaz de lidar com os conflitos particulares.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

 Papalia, D.E.; & Feldman, R. D. (2013). Desenvolvimento humano (12° Ed.), p.


320-324. Porto Alegre: Artmed.

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