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CURSO TÉCNICO EM
EDIFICAÇÕES
Monografia do TCC
Gabriela Arau jo nº 9
Gu ilherme Silva nº 11
Marcos Margaroto nº 17
Luciano Pedreira nº 14
Sebastião Firmino S.Sobrinho nº 23
ii
TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES
Autores
Por:
Gabriela Araújo, Guilherme Silva, Marcos Margaroto, Luciano Pedreira, Sebastião Firmino.
BANCA EXAMINADORA
Orientador:
Nome do orientador
Nome da Instituição do orientador
Co-orientador:
Nome do co-orientador
Nome da Instituição do co-orientador
Avaliador:
Nome do avaliador
Nome da Instituição do avaliador
NOTA: ______________________________________
Agradecimentos
Muito obrigado.
v
RESUMO
Este trabalho apresenta todas as pesquisas realizadas pelo grupo no primeiro e segundo
semestre do curso e tem como objetivo apresentar uma reflexão e uma fonte de consulta
sobre os temas propostos e sobre o desenvolvimento de um projeto de Condomínio
residencial na Zona Norte de São Paulo com 300 unidades habitacionais. Entre os temas
propostos para pesquisa estão: a historia da habitação e da verticalização principalmente
em São Paulo com um estudo de caso sobre o tema, a sustentabilidade na construção civil e
as classes sociais com suas preferências habitacionais, tipos de financiamento habitacional
e um estudo de caso dos condomínios para a classe C.
O trabalho contempla também a pesquisa com um estudo sobre a Zona Norte de São Paulo
com ênfase na área do empreendimento Vila Maria e Vila Guilherme tendo como destaque
uma pesquisa com dados quantitativos sobre a área e a legislação local da mesma.
Concluímos os trabalhos de pesquisa com três estudos de caso sobre condomínios
residenciais, um internacional e dois nacionais e com a descrição e justificativa das
metodologias construtivas adotadas no projeto.
ABSTRACT
This work presents all the searches made by the group in the first and second half of the
course and aims to present a reflection and a source of consultation on the proposed themes
and the development of a residential condominium project in the northern zone of São
Paulo with 300 housing units . Among the proposed topics for research are : the history of
housing and vertical mainly in São Paulo with a case study on the topic , sustainability in
construction and social classes with their housing preferences , types of housing finance
and a study of case of condominiums for Class C
The work also includes research with a study of the northern zone of São Paulo with an
emphasis on the development and Vila Maria Vila Guilherme highlighted as having a
survey of quantitative data on the area and the local law in the same area . Completed
research papers with three case studies , one national and two international residential
condominiums and a description and justification of the construction methods adopted in
the design .
vi
Epígrafe
Construções
( Emmanuel )
vii
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................05
PARTE I
HISTORIA DA HABITAÇÃO..................................................................................08
Introdução..........................................................................................................09
Do pré-histórico ao contemporâneo...................................................................09
Conclusão...........................................................................................................11
Breve histórico do crescimento vertical na cidade de São Paulo.......................11
PARTE II
ESTUDO DE CASO SOBRE VERTICALIZAÇÃO.................................................15
Os condomínios residenciais horizontais e as transformações na paisagem do
Morro do Imperador em Juiz de Fora/MG.......................................................16
Condomínios no Brasil.....................................................................................17
Condomínios em Juiz de Fora/MG..................................................................19
Os condomínios em Juiz de Fora e as transformações na paisagem do Morro do
Imperador.........................................................................................................21
Considerações Finais........................................................................................25
PARTE III
SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO
CIVIL(CONCEITO) ..................................................................................................................................27
PARTE IV
CLASSES SOCIAIS..................................................................................... .43
PARTE V
PARTE VI
Histórico..............................................................................................................55
PARTE VII
PARTE VIII
PARTE IX
PARTE X
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................92
PARTE XI
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................94
PARTE XII
ANEXOS........................................................................................................................97
ix
PARTE I
HISTORIA DA HABITAÇÃO
x
INTRODUÇÃO
Uma habitação serve, em termos mais programáticos, para providenciar abrigo contra a
precipitação, vento, calor, e frio, além de servir de refúgio contra ataques de outros animais
(ou de outros seres humanos).
Uma habitação é normalmente uma estrutura artific ial (ainda nos primórdios o ser humano
tenha utilizado, para o mesmo efeito, formações naturais, como cavernas), constituída
essencialmente por paredes, geralmente com fundações e uma cobertura que pode ser, ou
não, um telhado.
Sendo assim, desde a Pré-História, passando pela Idade dos Metais, até os dias atuais, o ser
humano desenvolveu técnicas para a construção de estruturas de habitação formando, desta
forma, grupos familiares e pequenas aldeias a habitação rural e urbanização.
DO PRÉ-HISTORICO AO CONTEMPORANEO
No período Paleolítico (500.000 a.C. até cerca de 10.000 a.C.) os homens eram
essencialmente nômades caçador-coletores, tendo que se deslocar constantemente em
busca de alimentos.
Foi no período Paleolítico Inferior (500 mil a 150 mil a.C.) que surgiram às primeiras
espécies de hominídeos, provavelmente na África. Nesta época a temperatura era muito
baixa, obrigando os humanos e outros animais a viver em cavernas. A sociedade era
comunal, já possuíam certa organização social e a família já tinha importância no contexto
da sociedade. Eram nômades e dominaram o fogo.
No Paleolítico Médio (150 mil a 40 mil a.C), definido pelo homem de Neandertal, surgem
os primeiros sambaquis encontrados principalmente nas regiões litorâneas da América do
Sul.
. O Mesolítico (12 mil a 10 mil a.C), caracterizado pelo recuo das geleiras do hemisfério
Norte onde, portanto, novos habitats foram oferecidos ao homem, com a flora e a fauna
enriquecidas de novas espécies. Desenvolveram a pesca, na qual favoreceu um inicio de
aglomerações permanentes (sedentarismos) nas localidades ao longo do litoral, onde
também se instalaram. A necessidade de um abrigo nessas regiões gerou a palafita,
habitação sobre estacas construída sobre lagos.
O Neolítico inicia em torno de 10 mil a.C e prolonga até a Idade dos Metais, é
caracterizada pela coleta sistemática de vegetais e domesticação de animais e, portanto, de
formação de aldeias sedentárias (aglomerados humanos) que mais tarde se transformaram
em vilas e cidades (urbanização). As habitações co nstruídas com tijolos crus eram
redondas, ovais e posteriormente retangulares.
CONCLUSÃO
Do livro : São Paulo : Crise e Mudança - Ed. Brasiliense e Prefeitura Municipal de São Paulo
Do ponto de vista histórico, o processo de verticalização de São Paulo teve início por volta
de 1910. Assumindo maior intensidade na década seguinte. Seu surgimento esteve
estreitamente vinculado, a exemplo de outras grandes metrópoles, tanto às novas
necessidades da divisão técnica do trabalho, como à otimização dos terrenos urbanos
situados nas áreas centrais, já supervalorizados em relação ao resto da cidade. O início da
verticalização é constituído de edifícios de escritórios localizados no Centro de São Paulo.
Essa tendência se transforma a partir dos anos 40, quando a verticalização assume um
caráter residencial e passa a ocupar os bairros próximos ao Centro, expandindo-se ao
Sudoeste, onde se localizaram os principais investimentos públicos em sistema viário, com
a concretização do Plano de Avenidas de Prestes Maia. A legislação de condomínio criada
em 1928, ao tornar possível a divisão e, portanto, a venda dos edifícios e terrenos em
frações ideais de copropriedade, contribui certamente para acelerar esta modalidade de
edificação.
Até 1957, quando a Lei 5261 limita pela primeira vez os coeficientes de aproveitamento
em seis vezes a área do terreno para uso comercial e quatro para residencial, a
verticalização assumia as mais variadas formas. A média dos coeficientes de
xiv
aproveitamento variava entre 8 a 10 vezes a área do terreno, mas, em certos casos, chegava
até a 22 vezes, como no caso do Edifício Martinelli, que por muito tempo foi o maior
edifício da América Latina.
Dos edifícios construídos entre 1940 e 1957, 71% estavam ainda localizados em torno da
área central, mas apenas 25% foram destinados ao comércio. Quanto á condição de
propriedade, cerca de metade das unidades era de aluguel, enquanto, no período anterior,
79% tinham esta finalidade.
É interessante notar que até 1957 a legislação urbanística se referia apenas ao controle da
altura dos edifícios, apesar de ter como discurso o controle da verticalização. O
estabelecimento de alturas máximas permitidas, se avaliado corretamente, estimulava
muito mais do que restringia o crescimento vertical. Por exemplo, fora da zona central ela
era de 80 metros, ou seja, 25 andares, o que para a época não representava restrição efetiva,
uma vez que até hoje existem poucos edifícios em São Paulo com essas dimensões. Como
já mencionado, a restrição aparece em 1957, com coeficientes de aproveitamento máximo
6 e 4. Os promotores imobiliários, num primeiro momento, opuseram-se ao projeto, mas
seguiram a recomendação de aprovar imóveis residenciais como comerciais e, desse modo,
o coeficiente de aproveitamento máximo real passou a ser 6. O projeto de lei estabeleceu
também uma densidade demográfica máxima de 600 habitantes por hectare, através da
fixação de uma cota mínima de 35 m² de terreno por unidade.
Após a promulgação desta lei, com a exigência da cota mínima, as quitinetes, típicos da
década de 50 em São Paulo, deixaram de ser construídos. Outra consequência da limitação
do coeficiente de aproveitamento em 6 foi a expansão da área verticalizada,
predominantemente em direção do Setor Sudoeste. A expansão se deve ao fato de que, com
a limitação da possibilidade de construir, uma base fundiária maior passou a ser necessária.
voltou-se para mercados de renda alta, capazes de dar maior garantia de retorno ao
investimento. Até 1969, 41% das unidades financiadas destinavam-se a um mercado
popular (conjuntos Cohab - 3 a 5 salários mínimos), 29% ao econômico (7 a 10 salários
mínimos) e 30% ao médio. Entretanto, à medida que se ampliava o fenômeno da
insolvência e, de modo particular, se alterava o modelo de acumulação econômica
caracterizada pelo assim chamado milagre brasileiro, o objetivo inicial se modifica, pois,
entre 1970 e 1974, 63% das unidades financiadas destinavam-se ao mercado médio, 25%
ao econômico e apenas 12% ao popular.
Mas essa não é a única crítica que pode ser feita à lei de zoneamento. Sob o aspecto do
meio ambiente, a legislação de uso e ocupação do solo, por estar calcada no sistema de vias
expressas, simplesmente desconsiderou a base física da cidade, incidindo sem
diferenciação sobre áreas que apresentam problemas na sua ocupação, tais como fundos de
vales e áreas de solo erosivo.
Além disso, em apenas 10% de São Paulo é permitido o índice máximo de coeficiente de
aproveitamento, correspondendo a quatro vezes a área do terreno, e em 90% da cidade se
pode chegar a construir no máximo até duas vezes a área do terreno. Esse fato cria
artificialmente uma escassez de terrenos com coeficiente de aproveitamento igual a 4,
provocando elevação dos preços fundiários, obtida através do monopólio estabelecido
nesses 10% de terrenos da cidade. Não se tem notícia de que essa diferenciação do
potencial construtivo permitido tenha sido calculada com base na potencialidade da
infraestrutura ou na saturação do sistema viário.
É certo que São Paulo comportaria níveis de densidade e de verticalização mais altos,
otimizando melhor os recursos públicos já investidos no espaço urbano. Será necessário,
no entanto, uma análise acurada da capacidade da infraestrutura e do sistema viário para
que se estabeleçam novos índices urbanísticos.
xvi
PARTE II
Resumo
O presente trabalho mostra como os agentes sociais de uma cidade podem organizar
e transformar o espaço urbano e suas paisagens de acordo com seus interesses.
Essas transformações criam novos valores para os imóveis de determinado setor e
podem trazer inúmeros impactos ambientais, quando não é respeitada a legislação
ambiental em cada área em que estão inseridas. O estudo de caso escolhido mostra
as transformações na paisagem do Morro do Imperador, em Juiz de Fora e os
impactos ambientais causados pela proliferação dos condomínios residenciais
horizontais na região.
Palavras chaves: Paisagem, Impactos Ambientais e Condomínios Residenciais.
Introdução
Condomínios no Brasil
Os processos sociais acontecem com clareza nas cidades capitalistas, devido ao
acúmulo de capital e da reprodução social no espaço. CORRÊA (1989) acredita que
esses processos propiciam a criação de funções e formas espaciais, constituindo,
assim, a distribuição e a organização espacial urbana.
São esses processos sociais, como o da urbanização, que transformam a paisagem
de um determinado local, de acordo com o interesse dos atores sociais envolvidos.
Podemos observar uma mudança no processo de urbanização brasileira que
começou a partir da década de 1970, primeiramente nas áreas metropolitanas e,
posteriormente, nas cidades de médio porte. É relevante a observação que essas
transformações advêm, principalmente, de processos sociais que impulsionam as
transformações físicas.
Segundo Nestor Goulart Reis (2006), essas mudanças se dão, entre outros, devido,
aos seguintes fenômenos:
“- a formação de áreas de urbanização dispersa, que se entende por esse vasto território,
separada no espaço, mas mantendo estreitos vínculos entre si, como partes de um único
sistema (urbano);
- a adoção de novos modos de vida pela população, que adquire maior mobilidade;
- a adoção de novas mobilidades de gestão do espaço urbano, com formas condominiais
xix
O município de Juiz de Fora está localizado na Zona da Mata Mineira, na Bacia do rio
Paraíba do Sul. Com a população estimada em mais de 513 mil habitantes, de acordo
com o Censo Demográfico do IBGE (2000), ele possui uma área de 1437 km², sendo
aproximadamente 400 km² de área urbana.
Pertencente à Região Mantiqueira Setentrional, Juiz de Fora se insere na Unidade
Serrana da mencionada Zona da Mata Mineira, tendo como característica o relevo
ondulado, apresentando grandes variações de altitude, próximas a 1.000 m nos
pontos mais elevados, 670 a 750 m no fundo do vale do rio Paraibuna e níveis médios
em torno de 800 m, de acordo com o Plano Diretor (1996).
O clima da cidade é classificado como o tropical de altitude, que apresenta duas
estações bem definidas: o período de verão brando ou moderadamente quente,
destacado pela concentração de chuvas, com temperaturas médias em torno de 22ºC
e o período de inverno frio e com estiagem, com temperaturas médias em torno de
16ºC. Favorece, assim, a formação da Floresta Estacional Semidecidual Montona,
como vegetação original.
Quanto à hidrografia, de acordo com o Plano Diretor (1996), a cidade está contida na
bacia do Médio Paraibuna, tendo como afluentes principais os rios do Peixe e Cágado
e pertencente à bacia do rio Paraíba do Sul. O Perímetro Urbano é drenado por 156
sub-bacias de diversas dimensões.
O município de Juiz de Fora mantém seu destaque econômico no setor terciário. Com
destaque para os serviços ligados à área de educação, segundo CREMONESE
(2007) contamos com um universo composto por treze instituições de ensino superior,
sendo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a única instituição pública
nesse nível.
Devido aos processos históricos e de localização geográfica, somada ao destaque do
setor terciário na região, principalmente em relação ao comércio local e aos serviços
nas áreas de educação e saúde, Juiz de Fora continua na posição de cidade pólo da
Zona da Mata Mineira, influenciando também as cidades fluminenses mais próximas à
divisa estadual.
Como a maioria das cidades de porte médio brasileiras, Juiz de Fora também sofreu
as conseqüências do crescimento urbano e econômico. E, por conseguinte, os
condomínios residenciais foram às soluções encontradas por muitas famílias de
classe alta e média, para melhorarem sua qualidade de vida e segurança.
Os primeiros condomínios em Juiz de Fora surgiram nos anos 1970, mas somente na
década de 1990 os lotes vazios começaram a dar lugar às primeiras residências.
Pela proximidade da capital fluminense e pelo histórico da cidade, sempre houve uma
grande influência do Rio de Janeiro sobre Juiz de Fora. Isso explica o fato dos
condomínios residenciais começarem a aparecer com freqüência a partir dos anos
1990 na cidade, uma vez que neste período ocorreu o boom dos condomínios na
Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Assim como os empreendedores da Barra da Tijuca, os empreendedores de Juiz de
Fora também vendiam um novo estilo de vida, em contato com a natureza e com
segurança para os juizforanos de classe alta e média, uma vez que os condomínios
se localizam, conforme foi mencionado, mais afastado do centro da cidade e próximo
à áreas de preservação ambiental.
Mas os condomínios de Juiz de Fora possuem uma característica que os diferem dos
condomínios da Barra da Tijuca. Na cidade mineira esses empreendimentos são
xxi
“Estes empreendimentos estão instalados entre 1 e 8 kms de raio do centro urbano de Juiz
de Fora.
Normalmente, um loteamento-padrão tem acima de dez casas com área construída de 100
m² em média.
A parte residencial é fechada por muros ou grades de 3 a 5 metros de altura. Sobre muros
e cercas há cacos de vidro ou fios elétricos. Câmeras e guardas vigiam os limites da
propriedade. Existe pelo menos uma portaria munida de guarita, cancela ou portão.
Os seguranças ficam em contato por interfone com cada uma das casas, como nos
edifícios residenciais. Nos condomínios fechados, é possível de se encontrar toda uma
infraestrutura de lazer: são quadras esportivas, salão de festas, piscinas, churrasqueira,
pista de corrida e sauna. Existem também jardineiros e outros funcionários que cuidam da
manutenção e seguranças motorizados. Em alguns casos, os próprios moradores se
organizam para criar
mais serviços”. (Souza, 2003 p. 61)
pouco adensados. Este setor é fruto de uma orientação que encontra seu principal marco
na implantação da Av. Independência, na década de 1970. O acentuado desnível do relevo
em relação ao centro da cidade lhe conferiu a determinação de “Cidade Alta”. O setor
caracteriza-se por uma ocupação horizontalizada, alastrada pela totalidade do território,
com predominância de residências unifamiliares de, no máximo, dois andares. O caráter
dos bairros contido neste setor é predominantemente residencial.”
Juiz de Fora também possui algumas áreas tombadas: O Morro do Cristo, o Parque Halfeld
e o Parque do Museu Mariano Procópio, que segundo a AGENDA JF, órgão responsável
por atuar na proteção, conservação e promoção do meio ambiente no município são áreas
protegidas por lei, mas que não possuem uma categoria de manejo específica, de acordo
com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), mas foram tombadas
devido ao seu aspecto cênico e paisagístico.
Muitos dos condomínios residenciais que surgiram em Juiz de Fora na década de 1990
localizam-se no Morro do Cristo também conhecido como Morro do Imperador.
Tombado pelo Poder Público nos decretos municipais 4312/90 e 4355/93, por exercer
importante função paisagística, representativa do padrão e relevo do Município, o Morro
do Cristo, com uma área aproximadamente 78 há, foi e ainda é alvo das ações de
empreendedores imobiliários.
Art.3º - O Setor 1 passa a ser considerado área "non aedificandi", sendo vedado o seu
parcelamento.
Parágrafo Único - A área abrangida pelo Setor 1 será objeto de projeto para correção do
processo de erosão existente e de estudo paisagístico, visando a integração com área
tombada.
Art.4º - No setor 2 só será permitida a construção de edificações de até 02 (dois)
pavimentos e altura igual a 8,00 (oito metros), altura esta medida a partir do
ponto mais alto do meio-fio, na linha de testada do terreno até o plano transversal
correspondente a última laje (forro) ou cobertura de edificação, não se considerando
telhados sobre lajes de forro, caixas d'àgua, casa de máquinas e assemelhados, com faixa
"non aedificandi" de 25% da propriedade total do terreno, permeável, vedado o corte de
árvores.
Art.5º - No Setor 3, a altura das edificações não poderá ultrapassar a 9,00 m (nove
metros), altura esta medida a partir do ponto mais alto do meio-fio, na linha de testada do
terreno até o plano transversal correspondente ao último elemento construtivo.
Parágrafo Único - Os projetos serão previamente apreciados e analisados pelo Instituto
de Pesquisa e Planejamento - IPPLAN, através de seus diversos órgãos e/ou comissões, no
âmbito das respectivas atribuições.
Art.6º - Vetado.
Art.7º - O Setor 5, que corresponde à área de vizinhança pertencente à UTI, será
subdividido nos Sub-setores "A"e "B".
§ 1º - As edificações a serem construídas no Subsetor "A", terão até 04 (quatro)
pavimentos e altura máxima igual a 11,70 (onze metros e setenta centímetros), altura esta
medida a partir do ponto mais alto do meio-fio, na linha de testada do terreno até o plano
transversal que contém o ponto mais alto da edificação.
§ 2º - As edificações a serem construídas no Subsetor "B" terão até 06 (seis) pavimentos e
altura máxima igual a 17,10 (dezessete metros e dez centímetros), altura esta medida a
partir do ponto mais alto do meio-fio, na linha de testada do terreno até o plano
transversal que contém o ponto mais alto da edificação.
§ 3º - Não poderá ser utilizado o espaço sobre a laje do 4º (quarto) pavimento, conforme
estabelece o § 1º deste artigo, e nem, a do 6º (sexto) pavimento, de acordo com o previsto
no § 2º do mesmo artigo.
Art.8º - Será exigido projeto paisagístico relativo às áreas abrangidas pelos setores de 1 a
4, incluindo, no mínimo, soluções para correção do processo de erosão, se verificado,
assim, como reflorestamento destas áreas com espécies existentes ou de garantida
adaptação ao local.
Art.9º - Será observada, também no que couber, ou no que esta Lei se omitir, a legislação
de Uso e Ocupação do Solo vigente.
Art.10º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
Paço da Prefeitura de Juiz de Fora, 15 de janeiro de 1998.
a) TARCÍSIO DELGADO - Prefeito de Juiz de Fora
a) GERALDO MAJELA GUEDES – Secretário Municipal de Administração.”
Sabemos que o consumo do espaço está relacionado com a lógica do mercado.
Assim, o Morro do Cristo, por possuir beleza cênica e paisagística e sendo envolvido
pela Mata Atlântica, virou objeto de especulação imobiliária em Juiz de Fora.
Com a necessidade de explorar o Morro do Cristo, percebe-se o desrespeito ao Código
Florestal (Lei Federal nº 4771/65) que estabelece proibições de corte de vegetação nos
xxv
topos dos morros (terço superior), nas declividades muito acentuadas (superiores a 45
graus).
O não cumprimento do Código Florestal traz danos ambientais para o município,
como alerta o Plano Diretor (1996):
“Os desmatamentos e movimentos de terra são responsáveis pela reativação dos
processos
morfodinâmicos naturais. Já os deslizamentos e escorregamentos, agravados nos períodos
de chuvas intensas e a forte erosão contribui para acelerar a instabilidade do relevo,
sendo mais intensa a atuação da erosão laminar, presente extensivamente nas áreas não
urbanizadas”.
“O desequilíbrio das vertentes pode ser visualizado pelos elevados índices de movimentos
de massa, principalmente em solos, além de processos erosivos tanto laminares como de
escoamento concentrado”.
Considerações Finais
PARTE III
Que a construção civil é uma das principais molas propulsoras da economia mundial, isso é
inegável. Só para ter uma ideia de sua importância, no Brasil, ela é responsável por 63% da
formação bruta de capital fixo e 15% do PIB. Além disso, movimenta por volta de 400
bilhões de reais por ano, sendo responsável por mais de 2.2 milhões de empregos diretos.
Sem contar, ainda, a infinidade de empregos indiretos.
Além de uma certificação brasileira, foi criado em agosto de 2007 o CBCS, Conselho
Brasileiro de Construção Sustentável, que tem como objetivo induzir o setor da construção
a utilizar práticas mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida dos usuários, dos
trabalhadores e do entorno das edificações. O CBDS é composto por diversos comitês que
tratam de assuntos específicos relacionados à sustentabilidade no setor, como materiais e
finanças (além dos óbvios água e energia).
Mesmo com o custo ainda elevado e o tempo de retorno relativamente longo, o setor de
construção sustentável já tem grandes iniciativas. No Rio de Janeiro, na Cidade Nova, o
prédio da Universidade Corporativa da Petrobras é o primeiro prédio brasileiro de grande
porte com certificação LEED . E o bom da onda de construção verde é que ela não atinge
apenas grandes empreendimentos ou é demandada apenas por grandes empresas.
A construtora Vez das Árvores entregou no final de 2008 o primeiro prédio público
sustentável de Santa Catarina, o posto da Polícia Militar e Ambiental da Praia do Rosa.
Através da bioarquitetura, os responsáveis pelo projeto se focaram num design que
aproveitou a ventilação natural, captação e aproveitamento da água da chuva, iluminação
natural, telhado verde, painéis solares e tratamento de esgoto anaeróbico. Além disso, de
olho na responsabilidade social, a empresa capacitou mão de obra local e se preocupou
com a acessibilidade de toda população.
Não podemos esquecer que nos próximos sete anos a cidade do Rio de Janeiro,
principalmente, se tornará um canteiro de obras por conta da realização da Copa do M undo
e das Olimpíadas. É uma grande chance que temos não apenas para fazer o que é certo,
mas também para criar infra-estrutura e cultura orientadas para a sustentabilidade. Até lá,
espero que o custo não seja mais desculpa. Além disso, espero, também, que a atitude da
população seja, no mínimo, mais respeitosa ao meio ambiente. Afinal, qual o sentido de
morar numa casa sustentável e continuar desperdiçando água, energia e gerando grandes
volumes de lixo desnecessariamente?
xxxi
Ed ifício Eldorado Business Tower, projeto do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos
Foto Daniel Ducci
xxxii
Para enfrentar esses impasses, indústrias buscam maneiras de produzir edifícios com baixo
impacto ambiental, procurando também reconhecimento por esse empenho. O mercado
exige produtos e materiais comprometidos com o meio ambiente, enfatizando preocupação
com baixo impacto e interesse em contribuir para a solução do problema ambiental, o que
se tornaria vantagem competitiva e forma de conquistar um consumidor cada vez mais
informado, exigente e consciente das necessidades do planeta.
Ed ifício Eldorado Business Tower, projeto do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos
Foto Daniel Ducci
xxxiii
O “consumidor verde” não busca apenas o produto mais barato, sequer está apenas
preocupado em coleta seletiva e economia de água e energia. Verifica-se preocupação com
o impacto ambiental que determinado produto pode causar ao meio ambiente e os efeitos
desse impacto no consumo do bem, convertendo-se a questão ambiental em um dos fatores
de opção pela compra.
A dimensão ambiental interfere não somente nas formas e cadeias produtivas, mas se
expressa também do lado do consumidor: “As empresas têm sido desafiadas à elaboração
de novas estratégias competitivas que evitem a degradação ambiental ao mesmo tempo em
que garantam a sobrevivência e a sustentabilidade financeira. Tais estratégias,
denominadas de Marketing Verde, culminaram na exploração de um novo segmento: o de
“produtos verdes”. Tais estratégias visam aumentar a produtividade, enquadrar as empresas
na legislação vigente, melhorar a imagem institucional, garantir a lucratividade no
processo produtivo por meio da oferta de produtos diferenciados e, principalmente,
influenciar a decisão de compra dos consumidores.” (5).
Ed ifício Eldorado Business Tower, projeto do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos
Foto Daniel Ducci
xxxiv
Tais sistemas de certificação são aplicados em diversos países e têm por objetivo avaliar o
projeto, a obra e a manutenção dos edifícios; porém, “(...) todos estes sistemas concentram-
se exclusivamente na dimensão ambiental da sustentabilidade” (6). Um edifício a fim de
atingir o qualificativo de sustentável deveria considerar também à sua interação, como
proposta arquitetônica e urbanística, com o meio ambiente; aspectos sociais e econômicos
envolvidos na produção do espaço arquitetônico deveriam, da mesma forma, fazer parte do
universo da avaliação da sustentabilidade (7). O conceito de sustentabilidade contempla
essa complexidade de determinantes, o que leva a indagar se a certificação é instrumento
suficiente para avaliar a sustentabilidade de uma edificação.
Ed ifício Eldorado Business Tower, projeto do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos
Foto Daniel Ducci
xxxv
Criada em 1998 nos Estados Unidos (9) a certificação LEED vem sendo aplicada em
vários países, sendo reconhecida em todos eles como um indicador de qualidade. A
certificação LEED ® C&S (for Core & Shell) essencialmente avalia e reconhece soluções
e tecnologias que em tese contribuiriam para tornar as construções sustentáveis,
identificando essas soluções no projeto e na obra, cuja aplicação teria por finalidade a
redução de impactos ambientais advindos da edificação. São avaliados o corpo do edifício,
todas as áreas comuns e fachadas.
Eldorado Business Tower – foto da fachada frontal co m a grela estrutural e vedação diferenciada de vidro
Foto Mariana Feres dos Santos, obtida em v isita técnica realizada em 16.03.2011
xxxvi
O primeiro edifício da América Latina a receber certificação LEED foi uma agência do
Banco Real, na Granja Viana, em São Paulo, em 2007. Hoje existem 23 empreendimentos
certificados pelo LEED no Brasil e 211 empreendimentos em processo de certificação
(10). O primeiro edifício a receber o certificado Platinum, o mais alto da categoria na
América Latina, foi o Eldorado Business Tower (São Paulo), em 19 de agosto de 2009,
atingindo 46 de um ranking de 61 pontos, com a versão 2.0 Platinum.
Os resultados quanto aos itens utilizados para a pontuação são os seguintes (12).
Toda a água utilizada nas áreas comuns, tanto para irrigação de áreas verdes quanto para
limpeza, provém de chuva reutilizada e condensação gerada pelo funcio namento do ar
condicionado. A água lançada na rede pública é também tratada para filtragem de
particulados e todos os sanitários são dotados de medidores de água individualizados em
cada andar, permitindo controle mais rigoroso do dispêndio do recurso.
um sistema para os elevadores, outro para as bombas d´água e outro para cada setor do
edifício, permitindo acompanhar qual o real consumo de energia de cada área.
A fachada dispõe de 43% de área envidraçada, sendo que o vidro utilizado foi o low-e,
caracterizado por melhor desempenho térmico e possibilidade de filtragem eficiente do
calor que atinge o interior do edifício. A área envidraçada conta ainda com a preteção
oferecida por um sistema de persianas automatizadas. Na medida em que o sol vai batendo
nas fachadas, persianas vão descendo automaticamente. O condomínio organiza coleta
seletiva do lixo, recolhido a um compartimento no térreo no qual os resíduos são triados.
Há uma regra condominial em vigência de que não será coletado o lixo do andar que não
cumprir com a necessária seletividade. A descrição anterior teve por objetivo demonstrar
os diversos pontos positivos que, inegavelmente, ajudam a qualificar a performance do
Eldorado Business Tower e o diferenciam de outros empreendimentos, mas alguns dos
itens que garantiram a certificação são passíveis de observações críticas.
No entanto, como é ilustrado a seguir, o terreno faz fronteira, em um de seus lados, com
uma via expressa bastante ruidosa e poluente pelo expressivo número de ve ículos que
recebe diariamente, sem dizer que o terreno se encontra em rota de aviação. Na outra face
do terreno, localiza-se o estacionamento do centro de compras, parceiro do
empreendimento, o que gera necessariamente intenso afluxo de veículos motorizados ao
conjunto.
Embora a solução de elevar o térreo tenha sido competentemente proposta pelos arquitetos
para que houvesse amenização do agravante de poluição sonora e ambiental, o potencial
pleno do térreo como espaço coletivo e de permanência não foi exp lorado, dando-se ênfase
ao uso de materiais como o vidro como fechamento da passarela indutora da ligação com o
shopping. O vidro foi escolhido pela leveza visual e utilizado por seus resultados plásticos
e, principalmente, pela resistência à deformação.
O outro vizinho lateral é a estação ferroviária, cujo acesso pedestre não pode ser otimizado,
pois uma via de proporções e capacidade de fluxo reduzida serve de conexão entre o
edifício e a mencionada estação.
Uma das razões alegadas pelo Green Building Council ao certificar o Eldorado foi o fato
de que a organização reconheceu como positivo a obra estar localizada em área urbanizada
e servida de comércio, com acesso à estação ferroviária e à futura estação de metrô
Pinheiros facilitado, e também a pontos de ônibus e serviços básicos. O que possibilitaria
que o conjunto pudesse servir à comunidade local, incluindo passarela para integração e
acesso dos usuários e visitantes ao Shopping Center Eldorado. Observa-se que o discurso
que antecipou a certificação em 2009 enfatizando não somente o local mas as conexões do
conjunto arquitetônico com o espaço público não veio a se concretizar plenamente, não por
omissão dos arquitetos, mas por razões técnicas e políticas, o que questiona o certificado
LEED quando encarado como processo e não somente como um estado acabado.
Por outro lado, na arquitetura proposta espaços e fluxos concorrem para otimizar essa
articulação shopping- torre, convivendo com um térreo impermeabilizado e em que não há
nenhum atrativo, mobiliário ou equipamento, e que não estimula o uso daquele espaço
como área de permanência, a despeito de suas expressivas dimensões. Nele se encontram
dispersos exemplares de vegetação isolados, cuja presença e qualidade foram justificadas
por serem espécimes vegetais que consomem pouca água; entretanto, o edifício produz
grande parte da água utilizada e destinada a lavagem e serviços por meio de reuso, o que
significa que disporia de água a baixo custo para servir a um paisagismo de outra natureza
ou intensidade, no térreo.
O edifício dispõe de noventa (90) vagas de garagem preferenciais para carros 100% a
álcool ou 100% GNV (gás natural veicular), e ganhou pontos por isso (16). Deve-se
lembrar o fato de que no Brasil nem todos os carros usam álcool ou GNV como
combustível, então como fazer esse controle? Essas vagas acabam servindo ao
estacionamento de carros do tipo flex, que podem ser abastecidos tanto com álcool como
gasolina.
O Eldorado Business Tower possui também bicicletário, com vestiário no térreo, um item
programático que gerou pontos para a certificação. Impossível negar que a localização do
edifício seja excepcional e que isso tenha rendido grande parte dos pontos da certificação,
mas, no caso do bicicletário, em visita ao prédio na quarta-feira, dia 16 de março de 2011,
foi possível observar que este disponibiliza considerável número de vagas, e nele foram
encontradas apenas cinco bicicletas; ou seja, dos cinco mil usuários do prédio, pode-se
concluir que 0,1% usaram bicicleta como meio de transporte.
xli
As intenções e resultados da certificação são nobres e eficientes, mas é fato que o sucesso
da certificação é aproveitado para criar instrumentos para o chamado marketing ambiental.
Segundo Paiva, “[...] quando a empresa passa a valorizar sua relação com o meio ambiente
e a tomar medidas preventivas, sua imagem perante a opinião pública tende a apresentar
conotação diferenciada. Valorizar sua preocupação com o meio ambiente tem um forte
xlii
papel, entre outros, na manutenção dos clientes atuais e atração de novos consumidores”
(17). Mesmo durante a crise econômica atravessada em 2008, todos os escritórios do
Eldorado Business Tower permaneceram ocupados e havia procura por locação, o que se
deve ao fato de que as empresas multinacionais exigem que seus escritórios se instalem em
edifícios certificados.
As dúvidas lançadas sobre o processo de certificação que no Brasil está apenas começando
são uma forma de refletir sobre arquitetura sustentável, quando o paradigma para defini- la
envolve maior articulação entre as categorias que levam à obtenção de pontos no LEED e a
arquitetura realizada, em toda a sua complexidade propositiva.
Considerações finais
A princípio, o Eldorado Business Tower parece não se diferenciar das demais torres de
escritórios de São Paulo e dúvidas surgem para indagar por que esse edifício, entre tantos
outros similares, recebeu a certificação platina do LEED CS, a mais alta da categoria.
Uma análise mais profunda das situações e condicionantes que envolveram a concepção
desse edifício leva a concluir que existiu sim preocupação prioritária com economia de
água e energia durante as fases de projeto e obra, mas a questão condutora do trabalho é se
estas demandas isoladas seriam suficientes para garantir o nível de certificação que o
edifício recebeu e atestam uma arquitetura sustentável. Alguns dos espaços e itens
programáticos que geraram pontuação para a certificação não são sequer utilizados pelos
usuários, a exemplo do bicicletário. Outros fatores atendidos isoladamente parecem não
definir a sustentabilidade dessa arquitetura, conceito que se enuncia como atributo que é
parte da produção de arquitetura em sua complexa acepção espacial e programática.
energia, de água e outros itens responsáveis por significativo impacto ambiental, o que
certamente contribui para aperfeiçoar seu desempenho e minimizar esse impacto.
xliv
PARTE IV
CLASSES SOCIAIS
xlv
É fácil se enrolar com os conceitos, pois estratificação social é bem parecido com a classe
social. Na estratificação, há a diferenciação dos indivíduos em classes e posições, a qual
são chamadas de status social, estratos ou camadas. O fato é que todos esses elementos
estão baseados nas desigualdades econômicas, da existência de uma classe dominante e
outra dominada. Para clarear a mente desses conceitos complexos, basta pensar na
sociedade dividida em ricos, classe média e pobres.
Desigualdade social
O Índice de Gini serve para medir a desigualdade social. Esse índice vai de zero até um na
tabela. O zero corresponde à ausência de desigualdade e o um significa a completa má
distribuição de renda.
O Brasil passou por uma transformação estrutural, alterando substancialmente tanto sua
base produtiva quanto as condições de vida da população.
Até aproximadamente a década de 30, o país era considerado um país agroexportador. A
partir de meados do século XX, reverte-se este "modelo" econômico por meio da chamada
industrialização por substituição de importações. Consequentemente houve também uma
forte urbanização do país.
Em 1940 cerca de 2/3 da população vivia na área rural, atualmente menos de 20%.
Agropecuária Indústria
Década de 50 - 25% 25%
Década de 90 - 10% 35%
A diminuição da participação do setor agrícola, não quer dizer que ele não seja importante,
pois grande parte dos produtos industrializados ou semi- industrializados tem sua origem na
agricultura, por exemplo o suco de Laranja.
Outros fatores devem ser avaliados quando se fala da economia, tais como questões
demográficas, contabilidade nacional para definir o produto e o crescimento econômico e
também os problemas macroeconômicos fundamentais: desemprego e inflação.
xlviii
Financiamento habitacional
O financiamento habitacional pode ser requerido para três objetivos: compra, reforma ou
construção de um imóvel.
O que é:
O financiamento habitacional pode ser requerido para três objetivos: compra, reforma ou
construção de um imóvel. O cidadão pode obter o crédito de duas formas. A primeira e
mais tradicional é o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), criado pelo governo em 1964,
e que tem a Caixa Econômica Federal como principal intermediário.
O SFH utiliza os seguintes recursos para prover crédito aos cidadãos: do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS (é permitido o saque do FGTS para o
pagamento do financiamento imobiliário no âmbito do SFH), da conta de depósitos de
poupança, de financiamentos contraídos no país ou no exterior para a execução de projetos
de habitações e de letras imobiliárias (títulos de crédito) emitidos pelos agentes
financeiros. Por esse sistema, o financiamento pode chegar até a 90% do valor do imóvel, e
o custo efetivo máximo não pode ultrapassar 12% ao ano, incluindo juros, comissões e
outros encargos.
A segunda modalidade de financiamento é o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI),
que permite o crédito habitacional concedido com recursos dos próprios bancos. As taxas
de juros no âmbito do SFI são livremente negociadas entre as partes do contrato.
Quando uma pessoa compra um imóvel, uma casa ou apartamento novo ou usado pode
financiar o pagamento. Os financiamentos são realizados pelos bancos, que pagam ao
vendedor do imóvel a quantia que quem compra quer financiar. A partir daí, o comprador
deve pagar o banco que quitou sua dívida.
Durante esse período, o imóvel fica ligado à pessoa que fez a compra, mas não pode ser
negociado enquanto a dívida com o banco não é paga.
Condições de financiamento
Documentos
Nesse primeiro momento, será necessário entregar originais e cópias do RG e CPF (do
casal, quando for o caso), dos comprovantes de estado civil e de renda (holerites, extratos
bancários e declaração completa de imposto de renda do casal, quando for o caso).
Autônomos podem comprovar renda por meio do contrato de prestação de serviços,
declaração do Imposto de Renda, declaração do sindicato da categoria, recibo de
recebimento por trabalhos prestados ou uma Declaração Comprobatória de Recepção de
Rendimentos (Decore), feita por contador.
Além disso, trabalhadores rurais, ambulantes, diaristas, barbeiros, cabeleireiros, doceiras,
entre outros que não tenham conta em banco, devem preencher uma ficha de cadastro sob
orientação do gerente, que irá informar em cada caso quais são os documentos necessários.
A comprovação de renda do comprador indicará sua capacidade de pagamento das
prestações, pois o valor delas não pode ser maior que 30% da renda familiar bruta.
Além disso, também é feita uma análise cadastral, que consiste na verificação de nome no
Serasa ou no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Não havendo problemas, é aprovada a
liberação de crédito com um período de validade que varia de acordo com o banco (o
dinheiro não é liberado nesse momento).
Avaliação do imóvel
Depois disso, o banco, por meio de uma empresa, engenheiro ou arquiteto, realiza a
avaliação do imóvel a ser financiado para confirmar o seu valor.
A partir daí, o banco elabora o contrato e pede que comprador e vendedor assinem o
documento. O contrato deve ser registrado em cartório e levado à agência bancária. Depois
disso, é liberado o crédito, e o vendedor é pago. Com isso, o comprador começa a pagar as
prestações mensais para quitar sua dívida com o banco.
Tipos de financiamento
As taxas de juros cobradas nesse caso também são mais baixas que no SBPE, devendo
obedecer a um limite.
Construtoras
Dentro do SFH, os bancos não podem cobrar uma taxa de juros superior a 12% ao ano,
mas há limites no valor do financiamento. Porém, fora do SFH, podem ser financiados
imóveis com valores mais altos.
Nos financiamentos com construtoras, há flexibilidade para negociar. Cabe às empresas
definir o valor máximo que será financiado.
li
O que ocorre quando o cons umidor deixa de pagar as prestações antes do término da
dívida?
O banco pode entrar com uma ação judicial para ficar com o imóvel, que é leiloado. Esse
valor é usado para pagar a dívida da pessoa com o banco e as despesas judiciais que o
banco teve. O valor que sobra é devolvido ao consumidor.
Em caso de atraso, os consumidores devem ficar atentos à multa e aos juros cobrados ao
mês. A multa paga não pode ser maior que 2% em relação ao total da dívida. Os juros por
mês de atraso não podem ultrapassar 1% do total da dívida
Documentos necessários
Fontes:
Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip)
Caixa Econômica Federal (CEF)
Federação Brasileira dos Bancos (Febraban)
Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon)
lii
PARTE V
Empreendimento
6 torres
Térreo + 7 andares
liv
PARTE VI
HISTÓRICO
http://www.grafnorte.com.br/vila-maria-querido-bairro-da-zona-norte-de-sao-paulo/
A diversidade forma uma população de mais de 300 mil pessoas em uma área de 16,4 km²
na Subprefeitura de Vila Maria / Vila Guilherme, descoberta e colonizada por
portugueses, com história de conflitos e impasses.
O auge do trote
Marcolino mantém vivas as lembranças daquele tempo: “Um páreo naquele tempo era
emocionante, a maioria só se resolvia no olho mecânico”. Na década de 1970, a Sociedade
do Trote recebia um público de 10 mil pessoas e era freqüentado pela alta sociedade
paulistana. A sociedade chegou inclusive a formar um time de futebol: o Trote Futebol
Clube.
O trote foi instituído pelos portugueses. Antes mesmo da fundação da sociedade, em 1944,
padeiros, sacareiros e mercadores portugueses já praticavam o trote na região, com suas
carroças. Com a participação dos italianos fundaram a sociedade em 1944.
Nos últimos anos, as provas já não atraíam tanto público quanto na sua época áurea. O
espaço foi se degradando, devido ao que Marcolino define como um processo de
desapropriação mal feito, iniciado ainda na administração de Jânio Quadros (1983-1986) e
que acabou se estendendo por muito tempo.
Essa degradação faz com que Marcolino aprove a destinação que a administração
municipal está dando à área onde eram realizados os trotes. Os trotes já não acontecem
mais lá desde 2002. Agora, a subprefeitura está transformando o espaço em uma grande
área verde, o Parque do Trote, para oferecer lazer à população.
Ainda falta muito para que o parque possa ser utilizado pela população, mas a proposta
para o espaço ficou clara no último dia 8 de outubro, quando o local foi palco de um
casamento coletivo que celebrou a união de 82 casais da região. O subprefeito de Vila
Maria explicou nesse dia que esta é uma forma de fortalecer os laços e ao mesmo tempo
estruturar famílias. A iniciativa beneficiou pessoas de baixa renda do Parque Novo Mundo,
Vila Curuçá, Cidade Nova, Vila São João e Vila Nova Tietê.
Gente como Cecília da Costa, que explica: "Esta história de só morar junto não me
contentava. As pessoas olham „torto‟ quando a gente não está casado no papel". Ou como
lviii
Gilvania Domingos da Costa, que, passados alguns dias do casamento, exibia orgulhosa
seu álbum de casamento aos seus vizinhos no Parque Novo Mundo.
No Parque Novo Mundo encontramos a artesã Virgínia Américo Teixeira, 53 anos – todos
vividos na Vila Maria, uma das madrinhas do casamento coletivo. Além de exercer sua
função de artesã, ela também atua como tesoureira da União de Moradores de Vila São
João.
Mistura de raças
municipal da Vila Guilherme, e Fernando foi diretor dessa mesma escola e depois foi
Supervisor de Ensino da região.
Uma das mais célebres histórias da Vila Guilherme conta que fica ali uma casa que Dom
Pedro I utilizava para se encontrar com a Marquesa de Santos. Ainda que se tenha
comprovado que não passa de lenda, a história ganhou fama entre os moradores da região.
Desde que os portugueses descobriram a Vila Maria, o bairro se transformou
consideravelmente. Hoje, o local é considerado de média densidade comercia l, com um
grande volume de pequenos comerciantes, transportadoras e prestadores de serviços. O
bairro está todo urbanizado. E os problemas com enchentes parecem ter ficado no passado,
graças à retificação e ao desassoreamento do rio Tietê.
E se, no passado, a grande maioria da população era de portugueses, com o passar dos anos
outras raças migraram para a região. Hoje, é grande a presença de imigrantes do norte, do
nordeste e da Bolívia.
Essa diversidade de povos forma uma população de mais de 300 mil pessoas, distribuídas
por uma área de 16,4 km². A Vila Maria foi descoberta e colonizada por portugueses; tem
uma história de conflitos e impasses; nas suas favelas, estão as senzalas de hoje. Brasil em
miniatura, a Vila Maria tem esperança no futuro.
lx
PARTE VII
Zona Norte 1
Site: http://vilamaria-vilaguilherme.prefeitura.sp.gov.br
Email: vilamariagabinete@prefeitura.sp.gov.br
Telefone: 2967-8100
Endereço: Rua General Mendes, 111- Bairro: Vila Maria - CEP: 02127-020
CULTURA
Cinemas
Museus
EDUCAÇÃO
Número de matrículas nas creches (diretas, indiretas e conveniadas) por habitante na faixa
etária de 0 a 3 anos.
ESPORTE
Equipamentos esportivos
HABITAÇÃO
Favelas
Outorga onerosa
MEIO AMBIENTE
Área verde por habitante
Rede de esgoto
Porcentagem de domicílios sem ligação com a rede de esgoto, sobre o total de domicílios
da subprefeitura.
Ano Indicador
2000 5,95
2007 7,16
Uni dade: porcentagem de do micílios
lxviii
SAÚDE
Leitos hospitalares
Valor absoluto
Número de unidades básicas públicas de atendimento em saúde por vinte mil habitantes.
TRABALHO E RENDA
Empregos
Ano Indicador
2006 1.247,00
2008 1.435,00
2010 1.636,00
2012 2.077,99
Uni dade: reais
lxxi
VIOLÊNCIA
Homicídios
Roubos
LEGISLAÇÃO LOCAL
Legislação
PARTE VIII
Antes de iniciar nosso projeto, realizamos diversas pesquisas, dentre elas pesquisamos
alguns estudos de CASOS de alguns arquitetos e empresas de engenharia na construção
civil, para entender como eles venceram os desafios de implantação de seus projetos, e
aproveitarmos suas experiências e inovações para desenvolver nosso projeto arquitetônico.
Uma inovação arquitetonica foi a Box House, projeto do arquiteto Yuri Vital para São
Paulo implantado em um terreno de 1011m² no bairro de Brasilândia, na zona norte da
cidade de São Paulo. Antigamente, a região era formada por pequenas chácaras e vilas, que
deram lugar a lotes habitacionais e residências construídas pelos próprios moradores, onde
um vizinho era ajudado pelo demais e, assim, o lugarejo foi crescendo.
Seu objetivo era mostrar que boas soluções arquitetônicas podem contribuir de uma
forma significativa para aqueles que tem uma renda mais baixa, isto é unir funcionalidade
e estética.
Imagem do empreendimento
Sua estrutura foi concluída de maneira inovadora. O projeto tem uma rua interna que
conecta as unidades e vaga para um veículo em cada garagem. O terreno tem uma área
total de 1011m² com 46m² de área privativa. Cada casa contém um depósito, sala de estar,
lavabo, cozinha e área de serviço, sendo que no segundo andar ficam os dois quartos e um
banheiro.
"As exigências técnicas são as mesmas para qualquer classe", diz Yuri Vital. Talvez seja
importante desmistificar o conceito de que estes aspectos sejam superficiais e só acessíveis
às pessoas de poder aquisitivo, pois é possível construir com qualidade técnica e estética
mesmo com baixo custo.
Outro fator importante para uma construção econômica e arquitetonicamente bonita foi o
detalhamento do projeto. Uma obra bem planejada torna-se econômica durante sua
execução. Esse nível de detalhamento facilita o andamento da obra ao proporcionar à
equipe do canteiro o máximo de elementos para execução correta e agilidade da
construção, o que evita erros e retrabalho.
IMPLANTAÇÃO GERAL
Corte AA / BB
lxxviii
Corte Longitudinal
lxxix
Com esse projeto, o profissional recebeu do Instituto de Arquitetos do Brasil o Prêmio IAB
na categoria "Habitação de Interesse Social", em 2008.
O projeto criado pelo grupo de alunos do Paraná propõe a construção de três edifícios
destinados a abrigar a área educativa, o ginásio poliesportivo e o jardim de infância além
de uma praça e horta comunitária pilares metálicos contra ventados, vigas vencendo
grandes vãos, volumes suspensos e amplos balanços são soluções apresentadas para a
construção dos equipamentos destinados à população de uma região carente na periferia de
lxxxi
Com 20.148 metros quadrados, o terreno proposto está localizado na zona leste de
Curitiba, a poucos metros dos limites políticos e geográficos da capital. Trata-se, segundo
os estudantes, de um vazio urbano à margem da cidade e dos córregos afluentes do rio
Atuba, habitado por uma população carente de oportunidades, serviços e assistência. Nesse
contexto se desenvolveu a ideia de integrar a escola ao bairro, fazendo com que a sua
estrutura e usos complementares criassem um centro de convergência dos interesses
coletivos. O andar térreo do bloco educativo abriga espaços de uso comunitário, como
biblioteca e auditório, além da administração da escola.
Pátio
Os autores explicam que a definição do programa e a escala foram o ponto de partida para
os estudos de inserção das construções no lote. Assim, surgiram duas grandes áreas,
separadas pelo corpo principal do edifício, uma grande barra horizontal orientada
predominantemente para o norte, e pela relação topográfica criada. No primeiro caso, as
áreas são definidas quase de forma natural. Uma delas margeia um afluente do Atuba e
assume sua condição ambiental, estabelecendo-se como um parque Linear, onde se
distribuem equipamentos que estimulam a prática de esportes e Lazer. A outra se prolonga
paralelamente à via pública e se propõe como uma praça urbana, local para encontros e
eventos.
A topografia, por sua vez, influenciou nas relações entre o público e o privado, como uma
maneira sutil de estabelecer um controle de acessos e ao mesmo tempo liberar grandes
espaços. A escavação de 2,5 metros de profundidade possibilita algumas áreas adequadas
ao programa, como parte da biblioteca, cantina aberta, bicicletário e o pátio de recreio. A
qualidade deste é influenciada ainda pela proteção contra ventos e ruídos externos.
Perspectiva/Corte
ESTRUTURAS
No bloco principal, as cargas se distribuem em três pares de pilares, distantes nove metros
entre si, configurando vãos de 18 e 36 metros. Estes são vencidos com um par de treliças
de sete metros de altura, situadas no limite das salas de aulas, definindo a parede lateral.
Entre essas treliças, uma viga invertida cruza o pátio, dando rigidez ao conjunto e
pendurando por tirantes as salas de aulas que estão em balanço nas extremidades.
O sistema proposto para a área esportiva suspende uma das quadras na cota 3,5 metros e
uma cobertura para o conjunto a 12 metros, formando uma grande cama, apoiada em
quatro pilares. Esse efeito ganha expressividade pela soltura da proteção lateral, por um
sistema de treliças verticais e um quadro, que dão rigidez ao revestimento de
policarbonato. O sistema estrutural utilizado no prédio do jardim de infância separa a
cobertura dos volumes internos, criando uma área de ventilação entre eles. A cobertura é
composta por quatro grandes panos de Laje, apoiados entre si, e por duas linhas de pilares
(12 no total), organizados de modo a definir balanços nas pontas e um grande pátio central,
com pitares nos quatro vértices.
lxxxiii
Circulação
Internacional: Eslovênia
Projetos de baixo custo de interesse social, sempre foram interessantes, porém conciliar
inovação, beleza e estética não é fácil, devido formas de acabamentos utilizados.
Este empreendimento foi premiado por ser pensado e voltado para classe de baixa renda.
Porém, ganhou por questões econômicas, racionais e funcionais.
Planta e fachadas
Os blocos são definidos em uma colina com vista para Izola Bay. Resultou em 2
blocos de 60 × 28 metros. Com exigência de 30 apartamentos de diferentes tamanhos e
estruturas, com apartamentos de três quartos. Os apartamentos são pequenos, com quartos
de tamanho de acordo com padrões mínimos eslovenos.
Não existem elementos estruturais no interior dos apartamentos, proporcionando assim a
flexibilidade e a possibilidade de reorganizar as áreas internas suprindo a necessidade de
seus beneficiados.
lxxxv
O projeto proposto uma varanda para cada apartamento, proporcionando, assim, um espaço
ao ar livre que é íntimo, em parte relacionado com o interior, com sombra e ventilação
natural.
lxxxvi
Uma sombra têxtil protege a varanda e apartamentos de olhos curiosos, mas devido à sua
semi transparência permite que o proprietário para apreciar a vista externa. Painéis laterais
perfurados permitir brisa de verão para ventilar o espaço. As cores fortes criar atmosferas
diferentes dentro dos apartamentos. Caixas no lado de cada varanda para dar espaço para
unidades de ar condicionado.
Os pequenos quartos tornam-se visualmente maior, porque a sombra têxtil cria um efeito
de perspectiva que liga parte do exterior com o interior.
Questões de sustentabilidade:
Varandas são projetadas como um sistema eficiente proporcionando sombreamento e
ventilação para os apartamentos. Elementos têxteis fixos na frente das varandas para
bloquear a luz solar direta. No verão quente área acumulada por trás das sombras é
naturalmente ventilada através de buracos (10 cm) nas divisórias laterais perfuradas das
varandas. No inverno, o ar quente fica na área e fornece aquecimento adicional para os
apartamentos, resumindo em boa iluminação natural e ventilação tanto frontal como
lateral.
Acreditando que este empreendimento obteve grande sucesso, caberia ao setor responsável
por moradias populares repensar na forma de construir, juntando planejamento e qualidade.
lxxxvii
PARTE IX
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
HELICE CONTINUA
Conceito e Justificativa
Tipo de fundação profunda constituída por concreto, moldada in loco e executada por
meio de trado contínuo e injeção de concreto pela própria haste do trado.
As estacas escavadas com hélice contínua foram introduzidas no Brasil na década de 90. É
uma estaca de concreto moldada “in loco”, executada através da perfuração do terreno
realizada por um equipamento composto por uma haste tubular envolta por um trado
(instrumento de forma helicoidal com que se faz furos no solo). Na face inferior do
equipamento (trado + haste tubular) existe uma tampa metálica que evita a entrada de terra
ou água na haste tubular enquanto o trado perfura o solo. Esta tampa metálica é expulsa do
equipamento assim que se inicia a concretagem.
Técnica construtiva
Indicações de uso
Ø Indicadas especialmente para regiões e áreas densamente ocupadas, pois seu ruído e
vibrações são extremamente baixos
Ø Excelente para construção em terrenos com camadas resistentes a outros tipos de
fundação
Ø Maior velocidade em comparação com o sistema convencional, colocando as fundações
à disposição do cliente mais rapidamente
Ø Antecipação da conclusão da obra, resultando em economia no custo total, uma vez que
a grande produtividade diária resulta em preço menor do metro escavado
Ø Maior segurança na realização da obra, pois o concreto é bombeado para o interior da
perfuração ao mesmo tempo em que se retira a hélice, evitando o desmoronamento das
paredes de perfuração.
CONCEITO E VANTAGENS
É formada por pilares, vigas e lajes de concreto, sendo que os vãos são preenchidos com
tijolos cerâmicos para vedação. Neste caso, o peso da construção é distribuído nos pilares,
vigas, lajes e fundações e, por isso, as paredes são conhecidas como “não-portantes”.
Entre as vantagens da estrutura convencional estão a possibilidade de criação de um
projeto mais arrojado e a utilização de portas e janelas fora das medidas padronizadas.
Apesar de ser mais caro que a alvenaria estrutural, é possível realizar qualquer tipo de
reforma.
Para a construção de elementos como pilares e vigas são usados aço estrutural e formas de
madeira. Depois da construção das paredes, é preciso “rasgá- las” para embutir as
instalações hidráulicas e elétricas. Em seguida, deve ser iniciada a etapa de revestimento,
caracterizada pela aplicação do chapisco, massa grossa, massa fina e pintura.
xc
VEDAÇÃO
Na alvenaria de vedação, como o próprio nome sugere, o objetivo das paredes é fechar a
estrutura da obra entre colunas e vigas sem contribuir de forma direta para a estrutura do
projeto. Esta característica não dispensa a utilização de tijolo cerâmico com tecnologia e
dimensionados para atender com praticidade as diferentes exigências de cada projeto.
Trabalhamos com três linhas de tijolos cerâmicos de vedação:
FACE LISA
Tijolos cerâmicos de vedação mais robustos, com paredes mais espessas indicados para
obras de alto padrão. Ideal para a aplicação de acabamentos em gesso e aparente.
FACE RANHURADA
Tijolos cerâmicos de vedação mais leves, porém com alta resistência. Indicado na maioria
das obras onde o acabamento será em chapisco, emboço e reboco, podendo também em
gesso.
• Dicas - A alvenaria com a função de vedação, mas pode pode também ser parte da
própria estrutura da construção. Constituídas com tijolos cerâmicos vedação. As dicas que
mostraremos aqui servem para as alvenarias feitas , elementos construtivos com dimensões
pré-determinadas e constantes. Seja como elemento estrutural ou como simples vedação, as
alvenarias são sempre assentadas em cima de uma base. Esta pode ser o baldrame, alicerce
ou algum outro elemento estrutural, como:
• Baldrame – Dá-se este nome à viga da fundação que serve justamente de base para a
alvenaria, ficando ao rés do chão. O baldrame deve ser devidamente impermeabilizado,
sendo preciso esperar ao menos um dia para a secagem completa da camada de
impermeabilização antes de se iniciar a alvenaria sobre ele.
• Alicerce – Em pequenas obras, com fundação rasa, ou mesmo em obras que utilizam
vigas baldrame, é preciso fazer levantar algumas fiadas de tijolos, devidamente
impermeabilizadas, para interligar a fundação às paredes. Esta pequena parede costuma-se
xci
chamar de alicerce, frequentemente confundida com o baldrame, mas são coisas distintas.
• Elemento estrutural - São vigas ou lajes de concreto armado, podendo também ser
algum elemento da estrutura metálica. Em qualquer destes casos provavelmente estaremos
falando de paredes longe do solo, no primeiro pavimento ou acima dele.
• Planejame nto- O projeto determinará espessura de cada parede. Seja como for, o serviço
sempre é iniciado pelos cantos principais, devidamente posicionados pelo mestre de obras
que usará para isto o gabarito da obra, para paredes no térreo, ou a planta, para obras que
tenham um ou mais pavimentos. Feita esta localização das paredes no plano horizontal,
resta fazer a localização das fiadas no plano vertical, o que deverá ser planejado com
precisão e sua modulação. Muitos pedreiros deixam de fazer este planejamento das fiadas,
dizendo que “depois eu acerto na massa”, mas este é um engano e leva a desperdícios. O
correto é prever quantas fiadas serão necessárias para alcançar a altura do respaldo das
paredes evitando recortes no final. O levantamento da parede de modo desordenado, além
de dar muito mais trabalho no acabamento, piora o aspecto e pode diminuir a resistência.
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PARTE X
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
xciii
xciv
PARTE XI
BIBLIOGRAFIA.
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BIBLIOGRAFIA:
http://www.sustentabilidadecorporativa.com/2009/11/sustentabildiade-na-construcao-
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http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.140/4126
http://classe-social.info/
http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/guias-financeiros/guia-como- funciona-o-
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http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/vila_maria_vila_guilher
me/historico/index.php?p=389
http://www.nossasaopaulo.org.br/observatorio/index.php
prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento_urbano/legislacao/index.php?p=8
63
http://www.noticiasarquitectura.info/especiales/box-house.htm
http://mulher.uol.com.br/casa-e
decoração/álbum/projeto_yurivital_boxhouse_album.htm#fotoNav=3
file:///C:/Users/User/Downloads/PROJETO.pdf
http://www.cbca-acobrasil.org.br/noticias- ler.php?cod=5756
http://www.solucoesparacidades.com.br/wp-
content/uploads/2013/10/AF_SP%20BOX%20HOUSE%20W EB.pdf
http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/album/projeto_yurivital_boxhouse_album.htm
http://www.arqbacana.com.br/arq!aqui/YURI+VITAL
http://www.cefetsp.br/edu/eso/geografia/verticalizacaopaulo.html
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento_urbano/legislacao/pla
nos_regionais/index.php?p=1898
http://www.abesc.org.br/tecnologias/tec-fundacoes/sistemas_fundacoes_fhcon.html
http://www.fkcomercio.com.br/index.html
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PARTE XII
ANEXOS.
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