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Martha Follain
Colunas Gregas
A Coluna simboliza limites, pois possui um eixo ou centro. As Três Colunas, das
três ordens arquitetônicas gregas (Dórica, Jônica e Coríntia) são as que,
simbolicamente, sustentam a Loja de Aprendiz, sendo, por isso, assimiladas ao
Venerável Mestre e aos dois Vigilantes. Três das principais Colunas são
representadas pelo Venerável Mestre e pelos Primeiro e Segundo Vigilantes. Há
outra Coluna, totalmente invisível, que se eleva do Altar até o Grande Arquiteto
do Universo. As Colunas colocadas na entrada da Loja representam as Colunas
de Salomão: “Jaquim” (“ele firmará” – pilar da direita – tem esse nome por causa
do sumo sacerdote que realizou a sagração dessa seção no Templo de Salomão) e
“Booz” (“nele está a força” – pilar da esquerda – é assim denominado por causa
de Booz, o bisavô de Davi, rei de Israel), construídas por Hiram Abiff. A
unificação desses dois pilares representa “estabilidade”. A Coluna Dórica, a
mais forte, sem base e com um capitel (cabeça da coluna) simples, mas de alta
plasticidade é a personificação da Força do homem, sendo, por isso, assimilada
pelo Primeiro Vigilante, responsável pela Coluna da Força. A Coluna Jônica,
mais esbelta, com uma base e um capitel trabalhados, com quatro voltas é a
representação da Sabedoria, sendo, portanto, assimilada pelo Venerável Mestre,
personificação da Sabedoria. A Coluna Coríntia , com um capitel de maior
sutileza plástica é a representação da Beleza, sendo assimilada pelo Segundo
Vigilante, responsável pela Coluna da Beleza;
Ao contrário do que se acredita, o Rito Escocês nada tem a ver com a Escócia,
pois na época do aparecimento deste Rito, as Lojas da Escócia trabalhavam no
Rito “Emulation Rite” . O Rito de York é praticado nos EUA. O “Emulation
Rite” é praticado na Inglaterra e na Comunidade Britânica, como em toda a
Grã-Bretanha.
Hermetismo
Desde a Pré-História, o homem sempre teve a necessidade de desenvolver uma
cultura mística. O medo do desconhecido e a necessidade de dar sentido ao
mundo que o cercava, levaram o homem primitivo a criar sistemas de crenças e
rituais “mágicos”. O homem buscava o significado dos fenômenos da Natureza e
de sua própria existência.
Com o tempo houve uma evolução e, à medida que o homem passou a organizar
sua existência numa base mais racional, sentiu a necessidade de ir além das
relações com as forças que povoavam o Universo: passou também a temer as
ações do “ser superior” que “criara” todo aquele Universo. Assim nasceram as
religiões – as religiões consistem em um corpo organizado de crenças que
ultrapassa a realidade da ordem natural e tem por objeto o sagrado ou
“sobrenatural”.
Maçonaria e Astrologia
O estudo dos astros pode ter se iniciado na Mesopotâmia. A Caldéia era uma
região ao sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio
Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície
mesopotâmica. A Astrologia, possivelmente, teve origem na antiga Caldéia. Com
seus conhecimentos astronômicos, os caldeus conheciam os planetas até
Saturno. Conheciam muito bem as fases da Lua, prevendo com precisão os
eclipses. Foram eles que, criaram os Doze Signos do Zodíaco. Os caldeus
perceberam que determinadas épocas ou signos produziam certos traços de
caráter, e com isso criaram toda a base da simbologia que hoje é a Astrologia.
Por todos os séculos seguintes, os povos que viveram entre os rios Tigre e o
Eufrates continuaram a registrar suas observações do céu.
O avanço das tropas de Alexandre, fez com que o idioma grego se espalhasse
como língua cultural. Assim, os métodos babilônicos anexados à Astrologia
egípcia, puderam chegar, em idioma grego, à Índia.
Em 410 d.C., Roma caiu, com a chegada dos visigodos. Em 476 d.C. o Império
Romano do Ocidente chegava ao fim.
Após a dominação árabe, a maior parte dos textos de astrologia persa foi
destruída.
Nos Templos, (Rito Escocês Antigo e Aceito), cada uma das Doze Colunas, que
representa uma das Constelações Zodiacais, sustenta simbolicamente a calota
celeste e representa um mês do ano maçônico.
Outro exemplo são as três colunas gregas Dórica, Jônica e Coríntia, que
representam a Força, a Sabedoria e a Beleza correspondem a Ares (ou Hércules),
Minerva e Vênus.
Leão: representado pelo Sol e pelo Fogo – é o emprego da razão com base crítica;
As Colunas Zodiacais
Rito Adonhiramita
Talvez seja esse o motivo pelo qual muitas vezes o zodíaco está representado
dentro das catedrais fora de sua ordem convencional. Longe de ser aleatório,
esse desmembramento está relacionado ao sentido mais esotérico de cada
signo, como se vê a seguir:
Áries
Touro
Gêmeos
Câncer
Leão
Virgem
Algumas vezes aparece como uma jovem segurando uma espiga de milho. Mas
pode também estar representado por uma estátua da própria Virgem Maria,
com uma estrela na cabeça. É um dos signos mais ricos de significados nas
igrejas góticas, uma vez que a maioria delas foi dedicada justamente à mãe de
Cristo. Em Amiens, por exemplo, ela se encontra em duas árvores. Na
iconografia cristã, uma delas representaria a árvore pela qual a humanidade
caiu – numa referência ao mito de Eva e da serpente tentadora enroscada numa
árvore – enquanto a outra remete à cruz de Cristo, pela qual a humanidade foi
redimida.
Libra
Escorpião
Sua imagem pode ser traduzida por uma águia (símbolo de elevação espiritual)
e representa o evangelista João. Ou, então, aparece como um escorpião mesmo,
já com um sentido de regressão espiritual. Só que, como não havia escorpiões na
Europa, muitas das suas representações têm pouquíssimo a ver com a realidade.
Em ambas as formas, o signo está localizado aonde a luz do sol chega por
último.
Sagitário
Este signo costuma ser representado por um centauro prestes a disparar a sua
flecha. Na catedral de Amiens , porém, ele aparece na forma de um sátiro. Mas
ambos traduzem a luta que o homem precisa travar para vencer sua natureza
material, a fim de ascender a planos mais elevados.
Capricórnio
Meio cabra, meio peixe, este signo indica as posições que o homem tem de
enfrentar em busca de espiritualização.
Aquário
Peixes
Rico em significados esotéricos aparece normalmente como dois peixes unidos
por um cordão, nadando em direção opostas. O cordão seria o fio de prata que
une o corpo e a alma durante a vida, mas que se rompe na morte. Um dos peixes
corresponde, portanto, ao espírito, que permanece acima do plano físico,
enquanto o outro, a alma, seria um intermediário direto com a matéria.
De acordo com os astrônomos, umas 4.000 estrelas podem ser percebidas à vista
desarmada, numa noite serena. É de se supor que um bom observador lá nos
primórdios da civilização, após associar o aparecimento repetitivo dos astros
com acontecimentos ânuos importantes, tenha criado e utilizado símbolos
zodiacais como fonte de poder sobre sua comunidade. Desde sempre houve
pretensos videntes ou adivinhos que se valiam da ingenuidade humana para
utilizá-la a favor de suas artes divinatórias. Criaram-se desta forma, mitos,
religiões, submissão, revolta e obviamente curiosidade, o que levou outros seres
humanos a estudar o assunto e transformar o saber em conhecimento.
Conclusão
Maçonaria e Astrologia
José Castellani
Introdução
A Interpretação Astrológica
Uma das primeiras lições que aquele que receberá a Luz recebe é justamente
da simbologia e da importância da depuração pessoal ou “limpeza” pelos quatro
elementos: terra, água, ar e fogo. Estes são os elementos básicos que formam
toda a Criação no estudo da Astrologia. Compreendendo as características
destes elementos pode-se compreender tudo, pois tudo o que existe foi criado
com esta matéria prima básica.
Dentro dessa visão, não há signos bons ou maus, mais fáceis ou mais difíceis.
Cada signo é apenas o indicativo de um dos caminhos – estilos, poderíamos
dizer – através dos quais a pessoa busca a sua totalidade, a sua individuação.
A Astrologia na Maçonaria II