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G2-0003- OS PASSOS DE COMPANHEIRO

Ir.˙. Hugo Tadeu Ghiraldini

Quanto são os Passos de Comp.’.?


Cinco. Três iguais aos de Apr.’., mais dois oblíquos,
sendo o primeiro a direita, com o joelho dobrado, na forma
de um compasso, e o segundo a esquerda, da mesma forma do
direito, voltando a linha dos três primeiros.

O que significa a obliquidade final da March.


March.’.
h.’. do
Comp.’.?
Significa que o Comp.’. pode ir ao norte, ao meio-dia
e viajar por toda parte para se instruir e instrui os demais.
Significa, também, o uso do LIVRE ARBÍTRIO.

A passagem do Plano Físico ao Plano Espiritual é outro


significado importante para o Grau de Comp.’..

Aludimos algumas analogias do número Cinco, número do


Comp.’.: Liberdade, independência, rebeldia, adolescência,
jovialidade, mudanças, viagens, progresso, evolução,
sexualidade, sentidos, prazeres, drogas, bebidas, moda,
futilidade, pentagrama, promiscuidade, deboche, malícia,
fogo, éter, vermelho, arcanos 5 (O Hierofante) e 14 (Arte).

São 5 os sentidos humanos, e o 5 explora profundamente


cada um deles, por isso é muito ligado em tudo o que expande
ou altera o estado de consciência normal.

As Sete Artes e Ciências Liberais, Trivium, Gramática,


Retórica e Lógica, estas duas últimas, oriundas da
Dialética; e a Quadrivium, Aritmética, a Geometria (a 5ª
Ciência), a Astronomia e a Música, acabaram, pelo desuso da
Retórica e Lógica, virando cinco.

A condução dos Passos de Comp.’. com relação às


ferramentas a serem utilizadas por ele, se apresentam em
grupos de três, se utilizam na aplicação prática da Regra
de Três no nível de cada grau.
Em contraste com as ferramentas para ação do Apr.’.,
as ferramentas do Comp.’., o Esquadro, Nível e Prumo, são
ferramentas para a PROVA; e cada uma põe à PROVA algum
critério absoluto.

É uma característica que as torna muito adequadas para


representar os modelos de moralidade, a preocupação
fundamental do Segundo Grau.

O Nível encara o critério do horizonte; e à vista de


seu temperamento passivo, sombrio e inativo, podemos
consignar-lhe a função psicológica do “juízo”.

O uso de uma palavra apenas para descrever a função do


nível é, evidentemente, uma simplificação excessiva adotada
por conveniência; essa ferramenta, na verdade, contém uma
série de conceitos relacionados com a restrição, a
contenção, a limitação, o rigor, a disciplina, a defesa, a
decisão e o apoio.

De igual modo, a orientação ambiciosa e vertical do


Prumo, que representa o Comp.’., corresponde aos conceitos
de entrega, perdão, generosidade, licença e dissipação que
podem se reunir na qualidade única da “misericórdia”.

Comparativamente, não há nada bom e nada mau em si


mesmo, entre as respectivas ferramentas. Cada uma é o que
é. Uma vida regida tanto pelo excesso, como por outro - uma
disciplina férrea ou uma liberdade incontida - pode
ocasionar sérias dificuldades nos Passos dos Comp.’.

Na prática, o comportamento moral consiste em manter o


equilíbrio apropriado entre o “justo” Nível, a
“misericórdia” Prumo e a capacidade individual para manter
este equilíbrio com plena consciência, se expressa na
terceira ferramenta de trabalho, o Esquadro, que de fato
define a relação entre as outras duas.
Os Passos dos Comp.’. nos processos psicológicos do
trabalho do Segundo Grau são difíceis e dolorosos. Contudo,
se o indivíduo persevera, encontrar-se-á no estado de
amadurecido, na posse de si mesmo, consciente de seus cânones
de moralidade e capaz de exercer sua vontade livremente.

A habilidade para fazê-lo é o objetivo fundamental do


Segundo Grau, já que até uma pessoa estar em verdadeira
posse de sua vontade, não pode rendê-la e submetê-la e
avançar em direção ao Passos do Terceiro Grau, requer
exatamente isto.
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Bibliografia:
1) Ritual do Grau de Companheiro - J.-M. Ragon;
2) Os Números Governam o Mundo - Malba Tahan;
3) Iniciação à Numerologia - Johann Heyss;
4) Liturgia e Ritualística do Grau de Companheiro Maçom - Jose
Castellani;
5) Cadernos de Estudos Maçônicos - Companheiro Maçom - Assis
Carvalho;
6) Mitos Deuses Mistérios - Maçonaria - W. Kirk Macnulty.

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