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O Grau de Past Master

Rito de York

Este grau estava originalmente, e ainda está em conexão com a


Maçonaria Simbólica- um grau honorário conferido ao Mestre de uma Loja
(Na Maçonaria Anglo-Americana, este é o termo prevalente, e corresponde ao
Venerável Mestre). Uma vez que um Mestre Maçom foi eleito para presidir sua
Loja, é necessário que uma Loja de Past Masters ( Mestres Instalados ou Ex-
Veneráveis) seja convocada para a cerimônia de Instalação.

Este costume tem prevalecido há vários séculos. A primeira referência


escrita se encontra na Constituição de Anderson em sua primeira edição. Lá
encontramos referências descrevendo a maneira de se constituir uma nova
Loja. O Grão-Mestre após a proclamação do Mestre da Loja, dizia algumas
outras expressões que são apropriadas e usuais naquela ocasião, mas não
apropriadas para serem escritas.

Nos tempos de Willam Preston ( autor maçônico cujos trabalhos


serviram de base a Thomas Smith Webb, ritualista maior do Rito de York),
as cerimônias tinham sido alargadas, pelo que ele diz, descrevendo a forma de
instalação: o novo Mestre da Loja é então conduzido a uma sala adjacente,
onde ele é regularmente instalado e juramentado em confiança na forma
antiga, na presença de no mínimo três Mestres Instalados.

É evidente que este grau era originalmente um simples grau de ofício,


e conferido apenas a um Mestre de uma Loja eleito. Sendo assim, entendia-se
que este Mestre tinha sido selecionado por sua inteligência e habilidade
superior, que permitia que ascendesse ao conhecimento contido no grau do
Real Arco. Sendo que o grau era conferido exclusivamente pelas Lojas
Simbólicas.

Tempos depois os Capítulos foram separados das Lojas Simbólicas e


colocados sob uma jurisdição distinta. O que implicava que a exigência de que
o candidato fosse um Past Master para poder receber o grau do Real Arco não
poderia ser abolida. Esta é a origem da inserção do grau de Past Master na
série dos graus capitulares, e algumas amargas controvérsias.

Para ascender ao grau de Maçom do Real Arco, era necessário que se


recebesse o grau de Past Master. Iniciou-se então uma série de disputas a
respeito dos direitos de Past Masters atuais, ou seja aqueles instalados em
uma Loja Simbólica regularmente constituída, e os Past Masters virtuais
(expressão já usada por Mackey naquela época) graduados num Capítulo,
simplesmente como uma qualificação para receber o grau do Real Arco. Muitos
Past Masters Capitulares passaram a ser reconhecidos como Past Masters
atuais por algumas Grandes Lojas enquanto em outras o fato não foi aceito.
Poderia haver deferências mas não o reconhecimento do direito de ser
reconhecido como tal.

Outro mal que se sucedeu foi a introdução de uma série de cerimônias


nos graus Capitulares que eram completamente estranhas em sua concepção
original e não utilizadas na instalação do Venerável Mestre de uma Loja. A
confusão foi tão grande que em 1856 o Grande Capítulo Geral, por voto
unânime ordenou que estas cerimônias fossem banidas e o simples modo
de investidura seria usado.

O entendimento geral é que o Past Master de um Capítulo é somente


um quase Past Master; o verdadeiro e legítimo Past Master é aquele que tenha
presidido uma Loja Simbólica.

A cor simbólica do grau de Past Master é púrpura. O avental é de pele


branca de carneiro, com orla púrpura, e deverá ter a jóia do grau nele inscrita.
O colar é púrpura orlado de dourado. Mas como as Lojas de Past Masters são
mantidas sob um Capítulo do Real Arco os Oficiais usam as insígnias do
Capítulo do Real Arco.

A jóia de um Past Master é um compasso dourado, aberto em 60


graus, e apoiado em um quarto de círculo. Entre as pernas estendidas do
compasso está um sol radiante.
Lojas de Past Master são dedicadas aos
Sagrados São João Batista e São João Evangelista.

A um candidato que recebe este grau é dito


estar sentado na cadeira Oriental do Rei Salomão.

*A jóia, na Inglaterra, era formalmente um


esquadro, apoiado um arco de noventa graus; no
presente momento ela é um esquadro, com uma placa de prata suspensa
em seu interior, na qual está gravado o diagrama do quadragésimo sétimo
teorema de Euclides.

Bibliografia:

Book of the Chapter Albert G. Mackey, 1858. Reedição de Kessinger Publishing.

Duncan´s Ritual of Freemasonry - Malcolm C. Duncan David McKay Company.

Encyclopaedia of Freemasonry Albert G. Mackey.

Trabalho realizado pelo Ir:. Christian Farias e postado em 25 Junho, 2007.

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