Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VITÓRIA
2015
PATRÍCIA SANTOS SILVA
VITÓRIA
2015
Catalogação na fonte elaborada pela autora.
S586p
SILVA, Patrícia Santos, 1986-.
34f: il.
CDD 020.7
Referência I. Título.
A Deus, por ter permitido que meu sonho se realizasse e por
iluminar meu caminho nas adversidades da vida.
Leonardo da Vinci
RESUMO
1 INTRODUÇÃO.................................................................... 10
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................... 15
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................ 30
REFERÊNCIAS..................................................................... 32
10
1 INTRODUÇÃO
Cunha (1984, p. 147) diz que “[...] o bibliotecário precisa reconhecer a necessidade e
as vantagens da educação continuada para si próprio, para a instituição provedora
de informação e, principalmente, para a comunidade que atende”. Destarte, o
moderno profissional da informação deve estar voltado para os novos campos de
atuação a fim de acompanhar os avanços da sociedade. Por ser o profissional que
mantêm o contato mais próximo com os usuários em uma unidade de informação, o
11
[...] a atividade profissional como algo que se refaz continuamente, por meio
de processos educacionais formais e informais variados, cujo
desenvolvimento consiste em auxiliar qualquer tipo de profissional a
participar ativamente do mundo que o cerca,incorporando tal vivência ao
conjunto de saberes de sua profissão.
Silva (2009) constata que o mundo de trabalho exige pessoas com qualidades como
conhecimento, criatividade e liderança. Pois é o capital intelectual que vai ser
norteador na tomada de decisões.
Por sua vez, Macedo (1990) propõe uma conceituação do serviço de referência em
dois segmentos: serviço de referência em sentido restrito e em sentido amplo. A
autora apresenta que em sentido restrito, o serviço de referência tem em sua
essência o atendimento do bibliotecário ao usuário, que o procura para pedir
orientação ao sentir dificuldade em utilizar a biblioteca e seus recursos. Já em
sentido amplo, a autora subdivide o serviço de referência em serviço de referência e
serviço de referência da informação, definindo-os como segue:
Accart (2012) considera o serviço de referência como a “raison d'etre” (razão de ser)
da profissão de bibliotecário, também chamado de serviço de informação,
atendimento ao leitor ou ao usuário, concentra o elo principal entre a informação e o
usuário. Caracterizado como mediador da informação o bibliotecário é responsável
por habilitar o usuário para que ele consiga ter autonomia na busca, acesso e
recuperação da informação. Ter conhecimento sobre o acervo e saber interpretar os
problemas do usuário se tornam ferramentas fundamentais para trabalhar no Setor
de Referência. Por desempenhar múltiplas funções como atendimento e
identificação das necessidades do usuário, recuperação da informação e análise de
fontes de informação, o bibliotecário de referência precisa investir em uma formação
continuada específica que garanta a valorização e o aprimoramento do desempenho
de suas funções.
15
3 PROCEDIMENTOS METODÓGICOS
Gráfico 1 - Gênero
13%
Feminino
Masculino
87%
No que diz respeito à faixa etária 46,9% possuem entre 31-40 anos; 21,9% têm
idade entre 41-50 anos e 15,6%entre 21-30 anos (Gráfico 2).
De 41 a 50 anos 21,9%
De 31 a 40 anos 46,9%
De 21 a 30 anos 15,6%
18
De 11 a 15 anos 6,3%
De 6 a 10 anos 15,6%
De 1 a 5 anos 56,3%
Indicação/Entrevista 25%
Rosemberg et al. (2003), obtiveram resultados semelhantes aos que aqui descreve-
se. Na ocasião também ficou explícito com relação à tipologia da instituição em que
o profissional atua que 53,26% atuavam em instituição de caráter público; 45,65%
em instituição privada; e apenas 1,09% em instituição de economia mista. Esses
dados foram confirmados parcialmente quando cotejados com os resultados obtidos
a partir da operacionalização da variável forma de ingresso no atual emprego, que
remeteram a um percentual de 31,52% de ingresso através de concurso público;
26,09% através de indicação ou convite; e 11,96% através de processo seletivo e
contato direto com o empregador.
23%
SIM
NÃO
77%
78.1
21.9
Sim Não
22
12%
Letras
15%
46% Artes
Arquivologia
Outros
27%
Ainda com relação aos canais formais verificou-se que em nível de pós-graduação,
72% possuem especialização; mestrado (3%) e 25% responderam que ainda não
realizaram pós-graduação. O resultado elevado de profissionais com especialização
parece confirmar que eles julgam importante a formação continuada, de acordo com
a descrição no Gráfico 9:
25%
Sim.Especialização
0% Sim.Mestrado
3% Sim.Doutorado
Não possui
72%
23
67.70%
50%
28% 23%
7%
Área de Área Tecnológica Área da Área de Recursos Outros
Biblioteconomia Administração Humanos
4%
6%
Sim
Não
Parcialmente
90%
Naves (1998) afirma que a educação a distância é um canal importante para quem
deseja aprender sempre, que foi oportunizada pelo desenvolvimento das redes de
computadores, vindo a ser facilitada via Internet.
13%
Muito importante
Importante
87%
[...] fazem parte agora da rotina dos serviços de referência na maioria das
bibliotecas [...] A proporção crescente das fontes de informação tradicionais
do bibliotecário de referência que se apresentam na forma de bases de
dados informatizadas, ao lado de inúmeras ferramentas novíssimas,
disponíveis para buscas numa variedade de novas formas, representa um
progresso do serviço de referência [...] (GROGAN, 2001, p.56).
26
81%
19%
Ainda no que concerne ao uso dos canais informais para desenvolver a formação
continuada destacam-se a leitura de livros e periódicos especializados (75%) e a
comunicação informal e troca de experiências (59,4%). Outros resultados
expressivos indicam as consultas a sites específicos (56%) e a participação em
redes sociais relacionados à Biblioteconomia, haja vista que 53% dos participantes
da pesquisa deram indícios do uso dessas ferramentas de comunicação (Gráfico
15).
Neste estudo vislumbrou-se que todas as instituições (Gráfico 16), de algum modo,
incentivam o processo de formação continuada. Afinal, uma organização que investe
na educação de seus colaboradores está, consequentemente, investindo em sua
inteligência organizacional. Um profissional que investe em si se valoriza e faz com
que a sua profissão seja valorizada pelos outros, pela sociedade!
Outro fator enfatizado por 58% deles relaciona-se às poucas opções existentes no
Estado visando à formação continuada. Essa opinião também pode ser colocada em
questão. Se estiverem se referindo a não oferta de programas de pós-graduação em
Ciência da Informação, é válida essa afirmação, entretanto, se forem consideradas
as oportunidades formais em áreas afins e as oportunidades disponibilizadas
mediante os canais informais não procede, pois são inúmeras as possibilidades de
formação tanto na área de Biblioteconomia quanto em áreas afins.
Por outro lado, quando 37% afirmam que faltam recursos próprios para custeio de
sua atualização, realmente essa pode ser uma constatação, uma vez que os salários
dos bibliotecários são relativamente baixos. No que concerne ao volume de trabalho
como um aspecto, apontado por 32%, igualmente é coerente, pois todas as
instituições (públicas ou privadas) contam com reduzido número de bibliotecários e
de colaboradores.
Esse dado também tem a ver com o fato das instituições não liberaram os
profissionais para o desenvolvimento de sua formação contínua, como dizem 17%
(Gráfico 15).
29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mas para que esse movimento de transformação possa ser concretizado a partir da
concepção de formação defendida neste estudo, parafraseando Nóvoa (1995) e
Tardifet al. (1991), um dos caminhos a ser trilhados diz respeito à busca do
desenvolvimento dos saberes de que o profissional é portador, trabalhando-os de
um ponto de vista conceitual na perspectiva da produção de conhecimento sobre as
experiências cotidianas. Os processos formativos, portanto, devem tomar para si a
responsabilidade de estimular os trabalhadores a se apropriarem dos saberes de
que são portadores, visando a produzirem novos sentidos para as suas ações
profissionais (ROSEMBERG, 2011).
Por ser assim, somando-se aos canais formais e aos demais canais informais,
apostamos na criação de espaços dialógicos em que as experiências dos
trabalhadores possam ser compartilhadas por eles e com eles, pois acreditamos que
ao dirigirem-se “[...] a outros para falarem das suas atividades de trabalho, eles dão
passagem à socialização de seus saberes, tornando visíveis as riquezas de suas
experiências, concretizando as alternativas de formação docente na perspectiva que
aqui socializamos” (ROSEMBERG, 2011, p. 38).
32
REFERÊNCIAS
CRESPO, Isabel Merlo; RODRIGUES, Ana Vera Finardi; MIRANDA, Celina Leite.
Educação continuada para bibliotecários: características e perspectivas em um
cenário de mudanças. Biblios, Lima, v. 7, n. 25-26, jul./dez.2006.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed.São Paulo: Atlas,
2009.
INFORMAÇÃO, 5., 2003, Belo Horizonte (MG). Anais... Belo Horizonte: ANCIB,
2003.
TARDIF, Maurice et al. Esboço de uma problemática do saber docente. Teoria &
Educação, Porto Alegre, n. 4, p. 215-233, 1991.