100

GOVERNO
BOLSONARO

dias
 METODOLOGIA
Os dados utilizados para as análises foram coletados
em bases públicas ou de natureza privada acessíveis ao
SISTEMA ANALÍTICO BITES, seguindo as normas legais
de direito à privacidade dos usuáros.

O mapeamento utilizou 35 softwares de captura

e armazenamento de informações disponíveis na
Internet.

O trabalho foi executado em quatro etapas, como

descrito no gráfico abaixo com a metodologia de
trabalho. As informações foram agrupadas em uma
única base e distribuídas de acordo com a especialidade
de cada analista da equipe designada para o projeto.

As análises apresentadas nas próximas páginas refletem

o trabalho coletivo e de interpretação contextual que
BITES aplica em seus projetos.

APURAÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO
BITES trabalha com Os dados são reunidos
35 softwares de no centralizador
captura de dados BITES e agrupados de
que podem coletar acordo com tags para
informações em mais
análise dos projetos
de 100.000 fontes
em português, inglês
e espanhol.

CONSOLIDAÇÃO INTERPRETAÇÃO
A análise final é Usando a metodologia
repassada ao cliente de Focus Group Social,
em formato de as informações são
relatórios, alertas e inseridas em matrizes
estudos setoriais. considerando a
Nesse ponto, o agenda de temas
processo é reiniciado e interesses do
com o refinamento cliente, e o contexto
dos parâmetros de político, econômico e
apuração. institucional.

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 SOBRE A BITES
BITES é uma empresa orientada a dados (DATA
DRIVEN COMPANY) que mapeia, interpreta e analisa
informações no mundo digital. Nossa missão é fornecer
as melhores análises para a tomada de decisões
estratégicas.

Também contribuimos na estratégia de negócios,

análise de mercado, gestão de riscos e de crises,
acompanhamento da concorrência.

A equipe de BITES é formada por matemáticos,

cientistas de dados, jornalistas, profissionais de relações
internacionais, advogados, publicitários, relações
públicas e engenheiros de computação.

O Sistema Analítico BITES agrupa o conjunto de

softwares (BIGDATA) capazes de capturar dados em
qualquer ponto da Internet em associação com a visão
contextual e multidisciplinar dos nossos analistas
(DEEPDATA).

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 Como fatores determinantes da metodologia BITES
estão a agilidade na entrega das informações, a
profundidade nas análises e a capacidade de reação a
qualquer mudança no fluxo de opinião que está sendo
monitorado.

O corpo de consultores associados reúne PHD’S em

diversas áreas do conhecimento, como Mineração de
Dados, Inteligência Artificial, Dados Abertos, Sistemas
Complexos Social Physics, Semiótica e Computação
Natural.

Entre os nossos parceiros estratégicos estão KPMG

Brasil, Eurasia Group e instituições acadêmicas como
Universidade Mackenzie, ESPM, FGV e Universidade
Federal Rural de Pernambuco.

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 DESCOBERTAS
O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO É 4º EM NÚMERO

DE FÃS E SEGUIDORES NAS REDES SOCIAIS

ENTRE 12 LÍDERES MUNDIAIS

COM MENOS SEGUIDORES, BOLSONARO CONSEGUE QUASE O

DOBRO DAS INTERAÇÕES QUE TRUMP E MODI NAS REDES SOCIAIS

NA ÚLTIMA SEMANA, A TRAÇÃO DO PRESIDENTE NAS REDES

SOCIAIS CAIU 47% EM RELAÇÃO À MÉDIA DOS PRIMEIROS 100 DIAS

ENTRE TODOS OS EX-PRESIDENTES A PARTIR DA

REDEMOCRATIZAÇÃO, BOLSONARO TEM O MAIOR VOLUME DE

ARQUIVOS INDEXADOS NO GOOGLE

A PALAVRA-CHAVE BOLSONARO FOI RESPONSÁVEL POR 0,63% DO

TOTAL DE CONSULTAS NO GOOGLE BRASIL NOS ÚLTIMOS 90 DIAS

ENTRE AS HASHTAGS MAIS ASSOCIADAS AO PRESIDENTE NOS

ÚLTIMOS 100 DIAS, A MAIS UTILIZADA FOI #BOLSONARO2022

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 A NOVA CARTOGRAFIA
DO PODER
Em março de 2007, um aliado de Barack Obama, então
candidato às primárias do Partido Democrata, produziu
um vídeo parodiando o comercial da Apple de 1984
no qual uma atleta quebrava o telão com a projeção
da imagem do Grande Irmão. Na versão eleitoral, o
adversário era Hillary Clinton. Obama venceu a eleição
em 2008. “Sem a Internet não haveria Obama”, definiu
Michael Corfield, estrategista democrata.

O Brasil esperou dez anos por fenômeno semelhante.

Jair Bolsonaro foi eleito sem estrutura partidária,
qualquer apoio dos líderes políticos e apenas 7
segundos no horário eleitoral.

A partir desse resultado, a classe política brasileira

descobriu o poder digital e imagina estar diante das
portas do paraíso na sua relação com o eleitorado.
Nem todos conseguirão seguir em frente, mas quem
sobreviver descobrirá a existência de uma nova
cartografia do poder.

Manoel Fernandes
Diretor BITES
manoelfernandes@bites.com.br

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 100 DIAS NA INTERNET
O presidente JAIR BOLSONARO chegou aos primeiros
100 dias da sua administração com o segundo maior
capital digital de um político no continente americano.
Fica apenas atrás de Donald Trump. Na Internet,
Bolsonaro presidente é maior que
Bolsonaro candidato. Em 01 de janeiro
A base de fãs e
quando entrou no Palácio do Planalto,
seguidores do
ele era seguido em seus perfis oficiais no
presidente cresceu
Facebook, Twitter, Instagram e Youtube
19,5% desde o dia
por 22,7 milhões de fãs. Hoje são 27,1
da posse
milhões, segundo SISTEMA ANALÍTICO
BITES.

A base cresceu 19,4% e foram adicionados 4,4 milhões

de fãs, sendo um pouco mais da metade (2,7 milhões)
no INSTAGRAM. Essa plataforma cresceu 31% desde
a posse e hoje é a nova fronteira de comunicação do
presidente.

Bolsonaro é um fenômeno na nova cartografia de

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 poder da política mundial e no uso das redes sociais
como instrumento de comunicação de líderes com seus
eleitores.
Entre os 12 MAIORES LÍDERES das maiores economias
do planeta, excetuando o presidente da China Xi Jinping
que não tem perfis em inglês, o brasileiro é o
quarto em número de seguidores nas redes
O primeiro
sociais, quase empatado com o presidente
ministro da Índia
da Turquia Recep Erdogan.
tem 112 milhões
de fãs nas redes
Nessa métrica, Bolsonaro perde apenas para
sociais
o primeiro ministro da ÍNDIA NARENDRA
MODI (112 MILHÕES DE SEGUIDORES),
Donald Trump (96 milhões) e quase empata com Recep
Erdogan, presidente da Turquia, com 27,9 milhões de
seguidores.

Personalidades políticas como Justin Trudeau, primeiro

ministro do Canadá, Lopez Obrador, presidente do
México, Emmanuel Macron, presidente da França, e
mesmo a britânica Thereza May, envolvida na polêmica
do Brexit, estão em patamar inferior a Bolsonaro.

Considerando dados mapeados desde 01 de janeiro,

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 quando assumiu o Palácio do Planalto, O PRESIDENTE
BOLSONARO REGISTROU 215 MILHÕES DE
CURTIDAS EM SEUS POSTS NAS REDES SOCIAIS.
É um pouco menos que o dobro do resultado obtido
por TRUMP (111 MILHÕES) e bem acima do volume
registrado por Modi (35,5 milhões), que está em
campanha pela reeleição. É importante ressaltar que
Índia e EUA têm, respectivamente, 560 milhões e 287
milhões de usuários de Internet contra os atuais 149
milhões do Brasil.

É inquestionável a força de Bolsonaro dentro da

Internet, mas outras métricas mapeadas pelo SISTEMA

INTERAÇÕES TOTAIS NOS PERFIS OFICIAIS NAS REDES SOCIAIS - JAN/ABR

Líder Curtidas Comentários Compartilhamentos

Jair Bolsonaro 215.046.950 8.320.918 9.228.429

Donald Trump 111.507.841 3.632.015 28.710.564

Narendra Modi 35.520.551 2.005.811 7.046.680

Recep Erdogan 7.088.853 659.813 1.359.634
Mauricio Macri 2.475.749 243.695 737.511
Justin Trudeau 2.451.868 486.306 586.730
Lopez Obrador 2.409.787 314.765 643.489
Emmanuel Macron 2.026.440 265.745 334.544
Shinzo Abe 1.574.048 2.983 370.686
Vladimir Putin 585.759 15.251 38.362

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 BITES indicam um grande desafio para os próximos 100
dias do governo. O maior deles é mobilizar aqueles que
seguem os perfis do presidente em torno de uma agenda
de governo, não mais de campanha.
É uma tarefa com muitas variáveis.
Até aqui, como as análises recorrentes
de BITES têm revelado, a base do
presidente só costuma responder
em situações que lembram o período
eleitoral. Querem polêmica e um
adversário para atacar.

Entre os 20 POSTS no Facebook

com o maior maior taxa de
engajamento (reações, comentários e
compartilhamentos), publicados desde
a posse, nenhum traz debates sobre a
reforma da previdência ou temas da
agenda administrativa.

Na fanpage do presidente, o post de maior alcance

até agora foi publicado em 09 de fevereiro passado
quando ainda se recuperava da cirurgia em São Paulo. O
conteúdo alcançou 612.989 INTERAÇÕES.

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 No Algoritmo de Tração, desenvolvido por BITES, a taxa
média de Bolsonaro desde a posse sofreu uma queda de
47% em relação à média do período.

Esse algoritmo, utilizado durante a eleição presidencial

do ano passado, permitiu a elaboração das análises
preditivas de BITES, que sempre indicaram
a vantagem de Bolsonaro. Já em abril,
A tração média
o algoritmo indicava a participação do
do presidente
presidente no segundo turno contra um
caiu 47% desde a
candidato da esquerda.
primeira semana
do governo
Agora, ele é utilizado para aferir a
popularidade do presidente e identificar a
capacidade de uma marca, político ou personalidade
gerar um movimento expressivo em seus perfis sociais
impactando a sua rede em determinada direção.

Uma das variáveis utilizadas no Algoritmo de Tração é o

volume de perfis que seguem o presidente da República.

Na primeira semana após o dia da posse, A BASE DE

BOLSONARO CRESCEU 2,7% e desde então variou
próximo de 1%.

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 Só recuperou fôlego nos dias do Carnaval quando
cresceu 1,5%, voltando a cair novamente para um
patamar abaixo de 0,7%. Nesta semana, até às 12h de
hoje, quarta-feira, 10, a taxa está em 0,2%.

É importante interpretar esse dado com cuidado.

Entendê-lo de maneira mais assertiva exige a
combinação de um conjunto de informações antes de
afirmar que o presidente também perde popularidade
na Internet.

O quadro atual é de DESACELERAÇÃO da capacidade

de Bolsonaro em gerar tração no universo digital. NÃO
É UMA SITUAÇÃO IRREVERSÍVEL.

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 Outra variável do Algoritmo da Tração, os
compartilhamentos no Facebook, também indica a
necessidade de uma mudança na estratégia presidencial
junto à opinião pública digital.

De 01 de agosto a 31 de dezembro do ano passado, a

taxa de compartilhamentos de posts do presidente na
sua página no Facebook ficou em 120 MIL POR DIA.

Desde a sua posse, a média caiu para 51.999 diárias. Na

construção de cenários produzidos por BITES na eleição
presidencial, identificamos quatro tipo de eleitores que
votaram no presidente e que podem estar contribuindo
para essa desaceleração.

Eram ANTIPETISTAS, LIBERAIS lastreados pela pauta

do ministro Paulo Guedes, aqueles preocupados com

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 as taxas de VIOLÊNCIA do País e adeptos de medidas
mais duras contra a criminalidade e, por último, FIÉIS
SEGUIDORES de Bolsonaro, especialmente defensores
de uma guinada na pauta de costumes do governo e
aliados de primeira hora.

Nossos dados apontam que os primeiros dois grupos

silenciaram após a posse, o que pode explicar a redução
dos compartilhamentos no Facebook.

Eram eleitores distantes das posturas polêmicas

adotadas pelo presidente nos primeiros 100 dias. Mas,
quando necessário, eles se reagrupam em torno da
pauta comum contra o PT e em favor de uma economia
com menor presença do estado. São os aliados perfeitos
para a defesa da reforma da previdência, por exemplo.

Esse movimento ocorreu quando o ministro PAULO

GUEDES enfrentou os deputados da Comissão de
Constituição e Justiça.

A desaceleração da Tração do presidente só não é

maior em função do crescimento do Instagram. Desde a
posse, os 367 POSTS PUBLICADOS POR BOLSONARO
REGISTARAM 156 MILHÕES de curtir contra 187
milhões entre agosto e dezembro do ano passado para o
total de 684 publicações.

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 MAIOR INDEXAÇÃO
Os 100 dias também ajudaram o presidente Bolsonaro
a se tornar um dos políticos com a maior taxa de
indexação no Google Brasil. Ele aparece em 149
MILHÕES ARQUIVOS mapeados pelo serviço de busca,
sendo que 80,4 milhões adicionados desde janeiro de
2019.

Entre as palavras Nesse campo, entre os ex-presidentes da

mais consultadas República após a redemocratização em
no Google BRasil 1985, Bolsonaro é seguido por Lula (94,8
nos últimos 90 milhões), Fernando Henrique Cardoso (53,5
dias, Bolsonaro foi milhões), Dilma Rousseff (29,3 milhões),
responsável por Michel Temer (11,5 milhões), Fernando
0,63% do tráfego. Collor (6,9 milhões), Itamar Franco (6,2
milhões) e José Sarney (3,1 milhões).

Ainda no Google, o presidente Bolsonaro foi

responsável por 0,63% do tráfego gerado nos últimos
três meses dentro do serviço de buscas no Brasil.

Ele foi a 20ª PALAVRA MAIS CONSULTADA na frente

de marcas como Americanas, Amazon e Twitter. Ficou
atrás, por exemplo, da expressão Netflix, a 7ª mais
procurada e responsável por 1,77% do tráfego.

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 BENEFÍCIO PARA ALIADOS
O capital digital do presidente também ajuda aliados. O
empresário Luciano Hang, fundador do Grupo Havan,
por exemplo, é dono de uma base de 5,1 MILHÕES DE
FÃS e construiu sua reputação na rede defendendo a
parte de Bolsonaro. Ele é um bolsonarista de raiz.

Nos últimos 30 dias, ele conquistou 354 mil fãs. Além

de apoiador incondicional do presidente, Hang ataca
com bastante regularidade o ex-presidente Lula e o PT.

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 Também há sites favoráveis ao presidente que também
ganham audiência por quem deseja um noticiário mais
próximo do Palácio do Planalto.

Cinco deles têm 18,7 MILHÕES DE VISITAS por mês e

uma forte capacidade de espalhar suas notícias dentro
das redes sociais.

O BRASIL247, o maior site de oposição ao governo,

tem 20,5 milhões de visitais mensais. Desde a posse,
o presidente foi citado em 485 mil artigos em sites de
natureza jornalística.

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 NO TWITTER, o presidente apareceu em 33 milhões de
posts desde a posse, sendo 27 milhões em português.
Os homens (64%) falaram mais sobre Bolsonaro nesta
rede social e das dez hashtgas mais utilizadas para citâ-
lo, seis são de natureza positiva. A líder nesse campo é
#BOLSONARO2022, o que pode indicar um novo campo
de expansão para o presidente e seus apoiadores. Essa
tendência indica que os bolsonaristas gostariam de
permanecer em campanha até a próxima eleição.

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