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SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL

POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO


QUARTEL DO COMANDO GERAL
DTEC – Telecomunicações
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PROJETO TÉCNICO DE EXPANSÃO DE RADIO DIGITAL

INTRODUÇÃO – As novas tecnologias promoveram uma verdadeira revolução na


radiofonia. A principal delas é a digitalização da radiofonia, tanto do setor privado,
quanto do setor publico para transmissão e recepção radiofônicas. Em todo o mundo,
há uma intensa movimentação em torno do rádio digital e das novidades que a nova
tecnologia traz consigo, como, GPS integrado, possibilidade de envio e recebimento
de dados, maior cobertura e estabilidade nas transmissões e recepções como também
na segurança das comunicações por serem as mesmas criptografadas. Questões
como, preço do aparelho transceptor, manutenção especializada e o rápido obsoleto
da tecnologia, não são motivos sustentáveis para adiar ou negar o uso do gênero
digital nos trabalhos das forças de segurança do Estado de Pernambuco.
OBJETIVO – O projeto de expansão da rede de radiofonia digital terrestre tem por
objetivo expandir e ampliar para mais 34 (trinta e quatro) estações repetidoras no
interior do Estado. Substituindo as estações analógicas por digital, visando aprimorar
as comunicações via radio e fortalecer a defesa no Pacto pela Vida.
IMPORTÂNCIA – Esta expansão é imprescindível e fundamental para a integração
das forças de segurança, resultando uma maior eficácia, rapidez, sigilo na fonia e do
pronto emprego nos setores de segurança.
TECNOLOGIA – No momento atual as unidades da DINTER I e II estão operando com
as 32 estações repetidoras com rádios analógicos na faixa de frequência de UHF dos
450 a 470MHZ com 25 watts, sendo constantemente interferida por outras estações de
radio anônimas que chegam até a bloquearem as chamadas das centrais para as
viaturas, como também estão apresentando defeitos eletrônicos por fortes desgastes
naturais.
O Rádio Móvel Digital, (DMR) é um novo padrão desenvolvido pelo ETSI na Europa
para atender a crescente necessidade de melhorar a eficiência dos sistemas de
comunicações de rádio digital e, em breve, irá substituir a tecnologia TETRA que hoje
é utilizada pela Polícia Federal. O protocolo DMR (Rádio Móvel Digital) surgiu na
Europa e foi desenvolvido para fornecer, a preços acessíveis, uma solução digital de
baixa complexidade, com melhores funcionalidades de voz, dados e outros serviços
complementares como acesso remoto, ou seja, a distância.
O DMR foi projetado para oferecer um melhor custo-benefício, seu objetivo é fornecer
ao usuário opções operacionais, com maiores funcionalidades, mais eficientes e
práticas. Seus projetistas implementaram processos de atualização bem simples
porem com tecnologias TDMA usada pelas operadoras de celulares o que permite
uma interoperabilidade, entre outras tecnologias, bem flexível. A norma DMR garante
que esta tecnologia opere dentro de um espaçamento de 12.5kHz utilizado em bandas
de frequência móvel, posso citar o sistema APCO25 usado hoje no CIODS/SDS, e
também tem capacidade de atender as exigências regulatórias futuras para 6.25kHz.
RÁDIO MÓVEL DIGITAL E OUTRAS TECNOLOGIAS
O rádio móvel digital foi criado para competir diretamente com outras tecnologias e,
portanto, pode ser considerado como uma solução redundante. No entanto, o DMR foi
projetado com o intuito de oferecer vantagens exclusivas e preencher uma exigência
do mercado que não estão sendo ofertada por outros serviços, por exemplo:.
PMR : solução de baixo custo que opera sem a necessidade de uma infraestrutura
com aplicação utilizada para atender grupos específicos.
O TETRA da PF e o Projeto 25 (APCO 25) PMPE: Estas normas são geralmente
voltadas para atender Missões Críticas onde é fundamental uma variedade de
terminais e uma infraestrutura de grande complexidade, com altos investimentos na
casa de centena de milhões de reais.
Ambos os sistemas (TETRA e P25) requerem uma complexa infraestrutura que lhes
permitam apresentar um serviço altamente confiável. O sistema DMR é capaz de
oferecer uma alternativa de custo baixo nas transmissões e recepções criptografadas
e acesso remoto com as mesmas estruturas (torres) que hoje é disponibilizada para
PMPE pelas prefeituras e operadoras de celulares (Oi e CLARO) que serão mais
aplicáveis as demandas do interior do Estado.
A tecnologia apresentada neste projeto é totalmente integrada as outras tecnologias
utilizadas na radiofonia digital.
LEGALIDADE – Por meios das resoluções, a ANATEL regulamenta as instalações e o
uso das estações de radiofrequências, para que haja disciplina no uso das frequencias
como também não ocorra solução de continuidade dos serviços. A resolução da
ANATEL nº 558/ de 20 de dezembro de 2010 versa.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 158 da Lei nº 9.472, de 1997, que dispõe sobre
as atribuições de faixas segundo tratados e acordos internacionais;
CONSIDERANDO o Programa Nacional de Telecomunicações Rurais, instituído pelo
Ministério das Comunicações, na Portaria nº 431, de 23 de julho de 2009;
CONSIDERANDO os termos da Resolução nº 224 (revisada na Conferência Mundial
de Radiocomunicações de 2007 – CMR-07), que trata das definições sobre sistemas
IMT operando em faixas inferiores a 1 GHz, que inclui a faixa de 450 MHz a 470 MHz;
CONSIDERANDO a necessidade de promover o incremento da oferta de aplicações
em Banda Larga, em particular a Banda Larga sem fio;
CONSIDERANDO a oportunidade de incentivar a oferta de novas aplicações que
contribuam para a inclusão digital e se coadunem às políticas públicas,
particularmente em áreas rurais, de baixa densidade populacional ou não atendidas
por sistemas de telecomunicações;
CONSIDERANDO a criação de condições que permitam futuras autorizações de uso
de radiofrequências na faixa de 450 MHz a 470 MHz e adequações necessárias para
viabilizar a prestação de serviços em áreas rurais e remotas;
CONSIDERANDO a necessidade de migrar parte dos sistemas operando na faixa de
450 MHz a 470 MHz de forma a facilitar sua utilização para a promoção da inclusão
digital e cobertura de áreas de baixa densidade populacional.
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o Regulamento sobre Canalização e Condições de Uso de
Radiofrequências na Faixa de 450 MHz a 470 MHz.
Art. 2º Destinar as subfaixas de radiofrequências de 451 MHz a 458 MHz e de 461
MHz a 468 MHz, ao Serviço Móvel Pessoal (SMP), ao Serviço Telefônico Fixo
Comutado destinado ao uso do público em geral (STFC), e ao Serviço de
Comunicação Multimídia (SCM), em caráter primário e sem exclusividade.
Parágrafo único. O uso das subfaixas estabelecidas no caput deverá ser para
provimento de acesso aos serviços de telefonia e de dados em banda larga,
preferencialmente em localidades que se encontram em áreas rurais, de baixa
densidade populacional ou não atendidas por sistemas de telecomunicações.
Art. 6º Destinar as subfaixas de radiofrequências de 459 MHz a 460 MHz e de 469
MHz a 470 MHz ao Serviço Limitado Privado (SLP) e ao Serviço Limitado
Especializado (SLE), em caráter primário e sem exclusividade.
Art. 10. Revogar a destinação das seguintes faixas e radiofrequências, conforme
segue:
I - faixa de 455 MHz a 456 MHz, ao Serviço Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos;
II - faixa de 460 MHz a 462 MHz e de 465 MHz a 467 MHz, ao Serviço Móvel
Especializado e ao Serviço Limitado Móvel Privativo;
Revoga a destinação de que trata o art. 3º da Resolução nº 455, 18 de dezembro de
2006. Ps. Uso destas 460MHZ atualmente pela PMPE.
III - as radiofrequências 451,575 MHz, 456,575 MHz, 462,700 MHz e 467,700 MHz, ao
Serviço Especial de Radio chamada e Serviço Limitado Privado de Radio chamada;
Art. 11. Revogar a Resolução nº 72, de 24 de novembro de 1998, que aprova o
Regulamento sobre Canalização e Condições de Uso da Faixa de Frequências de 450
a 470 MHz.
PROJETO DE RADIOFONIA – Este projeto visa substituição das estações repetidoras
de radio analógico, por repetidoras digitais no protocolo DMR TDMA (acesso múltiplo
por divisão de tempo) com acesso remoto, na banda de VHF digital e analógico.
EQUIPAMENTOS – Repetidora de radio DMR (radio móvel digital), com protocolo
TDMA TRUNK, na banda de VHF criptografada (AES), na faixa dos 135 a 175MHZ,
com 45w/50wtts de potência de saída. Radio embarcado (móvel) digital DMR com
tecnologia TDMA TRUNKING, na banda de VHF criptografada, e na faixa dos 135 a
175MHZ, com 45w/50wtts de potência de saída. Radio transceptor portátil digital (HT),
também operando na banda de VHF na faixa dos 135 a 175MHZ com 5watts de
potência com tecnologia TDMA TRUNKING.
ELEMENTO IRRADIANTE (ANTENA)
As antenas utilizadas neste projeto devem ter especificações técnicas para cada tipo
de estação, podendo ser elas: fixa, móvel e portátil.
Apos estudos da eficiência dos elementos irradiantes para as estações fixas ou
repetidoras, as mais adequadas encontradas são as antenas de base VHF 3x5/8 de
onda com ganho de 8,4dbi PT de 50 ohms e a antena base de VHF 2x 5/8 de onda
com ganho de 6dB PT de 50 ohms, sendo elas na faixa de frequência 135 a 175 MHZ
e com VSWR menor ou igual a 1,5:1 watts de saída.
As antenas para estações móveis (viaturas) de VHF que operam na faixa de
frequência de 135 a 175 MHZ, devem ser de 5/8 de onda com 5,15dbi de ganho e
VSWR menor ou igual a 1,5:1 watts de saída.
CABO COAXIAL DA ANTENA
Os cabos coaxiais para as repetidoras de VHF com 50 watts e 60 metros devem
atender os parâmetros mínimos de funcionalidades para que ocorra menor perda
possível na transmissão e recepção da onda eletromagnética. Cabos coaxiais do tipo
RGC213 CCA, com atenuação de 5.20 dB/100m, são os mais utilizados para esta
finalidade, porem, existem outros tipos de cabos como o CEELFLEX ¼” na faixa de
frequência 135 a 175MHZ tem o fator de perda de até 100 metros de cabo dos 5.17dB.
Considerando o baixo custo do RGC213 CCA em relação ao CELLFLEX 1/4” e as
perdas mínimas apresentadas por metragem até 100 metros, é viável a aplicação do
RGC213 CCA nas estações repetidoras para conectar o radio a antena.
QUANTIDADE DE EQUIPAMENTOS
Considerando que o interior do Estado de Pernambuco está dividido por zonas
territoriais, que é de responsabilidade da Diretoria Integrada do Interior I a qual
comanda a zona da mata norte, zona da mata sul e o agreste. E a Diretoria Integrada
do Interior II, a qual comanda as unidades do sertão. A DIRESP comanda dois
Batalhões (BIESP e BEPI) e um destacamento de Fernando de Noronha (DEFN).
Considerando que na DINTER I existem 09 (nove) Batalhões e 5 CIPMs, que na
DINTER II, fazem parte 06 (seis) Batalhões e 5 CIPMs e que na DIRESP, tem sobre
sua responsabilidade no interior 02 (dois) Batalhões e um Destacamento.
Considerando que cada batalhão ativam 25 viaturas operacionais e as CIPMs ativam
15 viaturas operacionais e 03 (três) viaturas no DEFN.
Apresento a planilha abaixo com os quantitativos dos equipamentos necessários para
as demandas supracitadas.

PLANILHA COM QUANTIDADES DE EQUIPAMENTOS


DINTER I – ESTAÇÃO ESTAÇÃO ESTAÇÃO ESTAÇÃO 30 HTs
09 REPETIDORA MÓVEL FIXA PORTÁTIL EVENTOS
BATALHÕES
17 300 175 300 420
05 CIPMs
DINTER II –
06
16 225 165 225 330
BATALHÕES
05 CIPMs
DIRESP – 02
BATALHÕES 01 (DEFN) 50 06 50 90
01 DEFN
TOTAL 34 575 346 575 840
RÁDIOS MÓVEIS RESERVA 50
REPETIDORAS RESERVAS 20
ACESSÓRIOS DAS ESTAÇÕES
Considerando que as estações de rádios DMR necessitam de acessórios específicos
que não fazem parte da garantia para possível substituição como segue no quadro
abaixo.

CABO
ANTENAS ANTENAS ANTENAS MIC. PARA COAXIAL
ANTENAS
PARA PARA PARA EST. EST. RGC213
P/ HT
REPETIDOR VIATURAS FIXAS MÓVEL CCA P/
ANTENA
54 800 575 575 2.040
450
UNIDADES UNIDADES UNIDADES UNIDADES METROS

Adeilson José de Carvalho Arruda 1º Sgt PM


Aux. da Seção de Telecomunicações
CREA PE nº 1814974067
Telecomunicações

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