Telecomunicações PM

Polícia Militar de Alagoas

DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
Ano 2020
Sumário
Introdução .................................................................................... 3
I- Noções Gerais (carga horária 02h) ........................................... 4
Conceito e definições de telecomunicações ............................. 4
Centro de Comunicações .......................................................... 4
Rede-rádio ................................................................................. 5
Equipamento rádio transceptor portátil: Handie-Talkie (HT)..... 9
Microfone Push to talk (PTT)................................................... 10
II- Tecnologias de Telecomunicação PMAL (carga horária 04h) .. 10
Sistema de Atendimento e Despacho ..................................... 10
Sistema de rastreamento de viaturas ..................................... 14
Sistema para verificação de veículos e pessoas .................... 14
Sistema Quimera ..................................................................... 14
Sistema de Videomonitoramento ............................................ 15
III- Código Q e alfabeto ONU (carga horária 04h) ..................... 16
Identificaçãodo código "Q", siglas mais usadas ...................... 16
Pronúncia das palavras do alfabeto fonético internacional, dos
números, do código "Q" .......................................................... 17
IV- Tec. de manuseio de aparelhos de Rádio Comunicação e
uso da Rede Rádio (carga horária 04h) ...................... ..........20
Disciplina na "Rede Rádio", conhecimentos básicos sobre
aparelhos de rádio utilizados na Insitituição ........................... 20
Prática de utilização de rádio com estabelecimento de diálogos
simulados sobre ocorrências policiais ..................................... 23
V- Centro de Operações (carga horária 02h) ............................ 25
Formas de comunicação entre a Central Rádio e as viaturas no
patrulhamento das ruas ........................................................... 25
Atendimento emergencial pelos telefones 190, 193 e 181 ..... 25
Boletim de ocorrência do Centro de Operações ..................... 27
VI- Padronização (carga horária 02h) ........................................ 29
Toques de campainha utilizados nos quartéis operacionais .. 29
Tipificaçãp de ocorrência ........................................................ 29
Intranet .................................................................................... 30
Sisgou (CAD-Central de Atendimento e Despacho) ............... 30
Questioário .............................................................................. 31
Referências Bibliográficas ........................................................ 32
Introdução
O homem sempre sentiu necessidade de estabelecer formas
e meios de comunicação. Estas formas e meios estão em constante
evolução e hoje já são realidade as modernas redes mundiais de
informações, as comunicações por intermédio de satélites, a telefonia
celular e outros.
Todos os segmentos da sociedade têm se modernizado e procurado
utilizar as novas tecnologias, principalmente no que se refere às
comunicações,
até mesmo as
organizações
criminosas.
Assim, é de
fundamental
importância
que as
organizações
policiais sejam
supridas de
equipamentos e
instrumentos
modernos de
comunicação e
que seus
profissionais
estejam
capacitados a
utilizá-los. Os meios de comunicação constituem uma das formas
fundamentais no auxílio ao policial no desempenho de suas
atividades de segurança pública, de forma a dar-lhe supremacia nas
suas ações, para que ele possa atuar de forma inteligente e dentro
dos parâmetros legais.
Assim, é vital conhecer o papel das comunicações no
decurso das atividades policiais, dos aparelhos de comunicação e os
procedimentos corretos para seu manuseio em proveito do serviço de
atendimento das ocorrências.

3
I- Noções Gerais
O conceito de telecomunicação abarca todas as formas de
comunicação à distância. A palavra inclui o prefixo grego tele, que
significa “distância” ou “longe”. Como tal, a telecomunicação é uma
técnica que consiste na transmissão de uma mensagem de um ponto
para outro, geralmente com a mais-valia de ser bidirecional.
O primeiro aparelho de telecomunicação foi o telégrafo.
Criado em 1840, por Samuel Morse, o equipamento usava códigos (o
famoso Código Morse) para o envio de informações de maneira
rápida e confiável. No início, o telégrafo era apenas utilizado nas
dimensões locais, no entanto, rapidamente foi aderido pelo mundo
todo, gerando inclusive um cabo transatlântico que permitia a
comunicação entre América e Europa. Baseado nisso, em 1890,
Alexander Graham Bell inventou o telefone, aumentando
significativamente o alcance das telecomunicações. Ainda naquele
século, Heinrich Hertz descobriu as ondas eletromagnéticas, algo que
contribuiria enormemente para a radiodifusão. Todas essas criações,
serviriam como base para as invenções do rádio, televisão, fax e etc.
Em uma perspectiva abrangente, sistema de comunicação é
todo aquele que possibilita a transmissão de informação entre uma
fonte e um destino.
Centro de Comunicações: é o conjunto dos diferentes
órgãos incumbidos da recepção, transmissão, criptografia,
decriptografia e controle das mensagens, servindo a um comando ou
a um escalão de comando.

4
 O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública –
CIOSP do Estado de Alagoas está integrado a Secretaria de
Segurança Pública, constituindo uma estrutura de comunicação de
emergência entre a sociedade, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros
Militar, Polícia Civil, Perícia Oficial, Sistema Prisional, Força
Nacional, Força Tarefa e Ronda no Bairro. É a partir deste Centro de
Comunicação, que são demandadas e monitoradas todas as
ocorrências de segurança pública na capital alagoana e Região
Metropolitana. No interior do estado, a comunicação de ocorrência
entre a sociedade e a Polícia Militar é gerenciada pelo COPOM
específico de cada Batalhão, de acordo com sua área de atuação.
Rede rádio ou Rádiocomunicação, é um meio de
comunicação sonoro transmitido por ondas eletromagnéticas que se
propagam através do espaço. A onda eletromagnética é um tipo de
luz invisível aos olhos humanos, que é produzida a partir da
eletricidade, através dessas ondas (ver fig. 1) podemos transportar
dados, sons, imagem ou música pelo ar. Essa onda propaga-se a
uma velocidade aproximada de 300.000 km/s.

A comunicação rádio estabelece-se quando um equipamento

(receptor) captar o sinal rádio emitido por outro equipamento
(emissor). Porém, em cada ponto, existem milhões de sinais rádio
provenientes de diversas fontes e servindo distintas classes de
utilizadores como, por exemplo: Bombeiros, Polícia, Aeronáutica,
Exército, Marinha, empresa de táxi, radioamadores, redes de
transportes, radiodifusão, difusão de televisão, etc.
Existem características associadas a cada comunicação
rádio que permitem por alguma ordem nos inúmeros sinais rádio que
coexistem num dado local. Dentre essas características destaca-se a
frequência. Por definição, frequência é o ritmo a que ocorre um
determinado acontecimento que se repete periodicamente no tempo.
A sua unidade é o hertz, representada pelo símbolo Hz,
correspondente à frequência de um acontecimento periódico que
ocorre uma vez por segundo.

5
 Para que dois equipamentos rádio possam comunicar entre
si, é condição necessária que a frequência de emissão de cada um
deles coincida com a frequência de recepção do outro, permitindo a
separação de comunicação rádio de entidade distintas.
Nas comunicações rádio são utilizadas frequências muito
superiores a um hertz (Hz).
A Polícia Militar do Estado de Alagoas, além do sistema
analógico de rádio, opera também pelo sistema TETRA que garante
um sinal 100% digital, com elevado grau de segurança e
confiabilidade, proporcionando uma excelente qualidade de voz.

O que faz o TETRA ser único?

 Comunicação de voz
 Chamadas de grupo e chamadas individuais
 Funções de priorização e de interrupção de chamadas
 Estabelecimento de chamada muito rápido
 Comunicação sem fios em Modo Direto (DMO)
 Transmissão de voz e mensagens curtas (SDS)
 Segurança contra a interceptação através de criptografia
 Elimina interferências entre Grupos de chamadas
A comunicação de voz no sistema TETRA ocorre das
seguintes formas:

Comunicação individual:
Modo Full Duplex: Modo de comunicação de voz bidirecional e
simultâneo;
Modo Semi Duplex ("pressionar para falar no PTT„ ): Modo de
comunicação de voz bidirecional mas NÃO simultâneo

6
 Comunicação de grupo:
Semi- Dúplex: Modo de comunicação de voz bidirecional mas NÃO
simultâneo
"Pressionar para falar no PTT“
Estabelecimento rápido de chamada

7
 Na figura abaixo temos uma vista geral da rede TETRA:

Equipamento rádio transceptor portátil: Handie-Talkie

(HT), consiste num dispositivo que combina um transmissor e um
receptor utilizando componentes de circuito comuns para ambas
funções num só aparelho.

8
 Microfone Push to talk (PTT): essa tecla permite transmitir
e receber um chamada individual Semi-Duplex. Portanto, é
importante seguir algumas orientações para seu uso adequado:
apertar a tecla PTT para falar e soltar para receber; falar claramente
com nível normal da sua voz, não falar muito perto ou muito longe do
microfone (a distância ideal é de 15 cm); não permanecer por mais
de 30 segundos com a tecla PTT apertada, pois isto poderá causar
defeito no equipamento de rádio; jamais alongar demais o cabo do
microfone, para não parti-lo ou danificá-lo; se estiver como
motorista da viatura, não opere o rádio com a viatura em movimento,
para evitar que o cabo enrosque no volante e também para não tirar
sua atenção do trânsito.
Transmitindo uma chamada individual Semi-Duplex:

Recebendo e respondendo uma chamada individual

Semi-Duplex:

Sugestão de atividade: realizar uma chamada Semi-Duplex através

do menu e outra chamada, de forma manual. Além de receber a
chamada.

9
II- Tecnologias de Telecomunicação PMAL
Atualmente, as tecnologias de telecomunicação na Polícia
Militar do Estado de Alagoas são constituídas por um conjunto de
sistemas, sendo uns adquirido(s) através de licença e outros próprios,
desenvolvidos pelo setor TI da Secretaria de Segurança Pública. Dos
quais estudaremos os seguintes:
Sistema de Atendimento e Despacho: O atendimento e
despacho funciona com a operação de dois sitemas:
 Dispatch Workstation (DWS, figura 01), despacho de
de atendimento de voz, desenvolvido pela empresa Hytera
Communications Corporation Limited, responsável por toda
comunicação rádio digital, permitindo a realização de vários tipos de
chamada de maneira rápida e eficaz em uma interface de usuário
simplificada (UI) e a visualização das localizações dos terminais para
executar operações baseadas em mapa;

Figura 1 – Despacho de atendimento de voz.

10
  CAD – Central de Atendimento e Despacho,
desenvolvido pelo setor de TI da SSP/AL, responsável pelo processo
de registro/consulta/histórico das ocorrências e consulta de veículos
e pessoas (figura 2). Nesse contexto, os teleatendentes 190 são
responsáveis pelo atendimento inicial e registro do Boletim de
Ocorrência-BO/CAD (figura 3).
 Dados estatísticos sobre o atendimento 190, anual:

Figura 2 – Central de Atendimento e Despacho

11
 Figura 3 – Tela de confecção do Boletin de Ocorrência – BO/CAD.

As pr i nc ip a is f unç õ es m ais us u a is d is p o ní v e is n o
De sp ac ho de v oz s ã o :
 G e re nc ia r co nt a t o s : v is ua l i za r os d et a lh es
de um c o nt at o , d ef i n ir a t ag de um c o nt a to , a d ic i o na r um
c on t at o n a te l a d e c on tr o l e d os pr oc es s os d e c h am ad a;
 Us a r os se r vi ço s d e ch am ad a d e voz :
at e nd er e f i n a li za r um a c ham ad a , in ic i ar u m a c ham ad a
i nd i v i du a l h a lf - du p l ex , i n ic ia r um a c h a ma d a i nd i v i du a l
f ul l- du p l ex , in ic i a r um a c ham ad a de
gr u p o/ em erg ê nc i a /pr i o r it ár i a/ d e d if us ã o , ex ec u tar a
v i gi l â nc i a d a s a la , a di c i on ar c o nt at os em u m a c ham ad a
ha lf - d u p lex em a n d am ent o, i n ic iar um a c h am ad a
te l ef ô nic a , g er ir um a m e ns ag em d e es t ad o de c ham a da
de r et or no , g er ir a m e ns a g em de es t ad o d e em erg ênc i a;

12
  Us a r o s s e rv i ços de se gu ra nç a : p ar al is ar
ou r es t au rar um ter m i na l 2 0 , e lim i nar um ter m ina l;
 Us a r os s e r vi ço s sup l em ent ar e s :
ex ec u tar a a l oc aç ã o d in âm ic a d e gru p o s (DG N A) ,
ex ec u tar pa tc h d e gr u p os , m on it or ar u m c ont at o ,
s obr e p or um a c h am ad a , in t er r om p er um a c ham ad a ,
c o loc ar um a c h am ada em es p er a, tr a ns f er ir um a
c ham ad a , v er if ic ar a p r es e nç a d e um m em bro d o gru p o;
 AV L : i ns c r e ver - s e nos da d os G P S, a ti v ar o
r ec u rs o d e l oc a l i za ç ão ú n ic a , i nic i ar um a c h am ada ha lf -
du p l ex 3 3 , e n v i ar um a m ens ag em , r e pr od u zi r os r eg is tros
de h is t ór ic o de um ter m i na l , r as tr ea r um term in a l,
c en tr al i za r um ter m i na l n o m ap a, ex ec ut ar a loc aç ão
d in âm ic a d e gr u pos ( DG N A) b as e a da em m apa ,
c onf ig ur ar a l arm e d e d e lim it aç ã o ge o gr áf ic a, e tc ;
 Conf igu r ar D W S co m o um d es pa ch ant e :
a lt era r o i di om a, s en h a e f o t o d o p er f il , c o nf i gur ar da d os
bás ic os , c onf ig ur ar c h am ad a, c o nf i g ura r m ap a,
c onf ig ur ar gr a v aç ã o d e c h am ada , c o nf i gur ar l o g;
 Conf igu r ar D W S co mo o ad mi ni st ra do r :
ger e nc iar des p ac h a nt e ( a d ic i o nar / ex c lu ir d es p ac ha n te ,
c od if ic ar d es p ac h an te ) , g er en c i ar o t erm i na l ( v is ua l i za r
um term in a l, c o d if ic a r t er m in a l) , g er enc i ar a es taç ã o
bas e ( ad ic i on ar /ex c l u i r es t aç ã o bas e, c o d if i c ar es taç ã o
bas e) .

13
 Sistema para verificação de veículos e pessoas: a
consulta de veículos e pessoas é realizado a partir do acesso ao

14
sistema CAD (Central de Antendimento e Despacho) que estabelece
conexão com outras bases de dados e sistemas, como o INFOSEG,
SISPOL, RENAVAM e outros.
Sistema Quimera: é uma ferramenta tecnológica
desenvolvida pela Secretaria de
Segurança Pública, lançado
oficialmente no primeiro trimestre
de 2019, sendo um aplicativo
desenvolvido para ser operado na
plataforma Android, disponível para
download no Google Play, podendo
ser acessado por qualquer policial.
Nele é possível consultar a placa de
um veículo, pesquisar
antecedentes criminais, fazer
boletim simplificado e de
ocorrência, realizar a pré-
apresentação ao serviço, sem
ocupar as mesas de despachos do
CIOSP, agilizando esse processo,
podendo também ser realizado a
pesquisa de todos boletins
confeccionados pelo PM, além do Alerta Celular, que permitirá ao
dono de um celular furtado o bloqueio do aparelho.
Sistema de Videomonitoramento: implantado pela SSP/AL,
no ano de 2012, o sistema contempla a captura de imagens, rede
própria de fibra óptica, servidores e estações de trabalho de última
geração, armazenamento de dados em Storages com alta
capacidade e backups em fita, softwares de gerência e gravação de
imagens, transmissão de dados através de equipamentos de ponta,
na área de telecominicação e links de internet via fibra óptica para
vários órgãos do estado. Atualmente operam no sistema um total de
109 câmeras, sendo 87 câmeras móveis e 20 câmeras fixas,
estrategicamente instaladas nos bairros do Benedito Bentes,
Bebedouro, Cidade Universitária, Jatiúca, Levada, Vergel do Lago,
dentre outros. Opera também, 2 kits OCRs portáteis (Notebook,
Internet e câmera fixa) utilizados para leitura de placa de veículos em
operações de Blitz. O Sistema de Videomonitoramento é operado 24
h por dia, indentificando fatos delituosos e repassando ao COPOM,
além de gravar todas as imagens captadas para posterior
investigação de ocorrências policiais, servindo como provas ou
axiliando na identificação de pessoas envolvidas em fatos delituosos.

15
III- Código Q e alfabeto ONU
Identificação do código “Q” siglas mais usadas:
compreende os quatro grupos de QAA a QZZ, assim distribuídos:
 Série QAA a QNZ – Reservado ao serviço aeronáutico;
 Série QOA a QQZ – Reservado ao serviço marítimo;

 Série QRA a QVZ – Reservado aos serviços gerais;

 Série QVZ a QZZ – Não distribuída.
Os sinais “Q” não têm caráter sigiloso, são considerados
sempre como linguagem clara e coerente.
Abaixo podemos verificar as siglas mais usadas no dia-a-dia
da atividade policial militar de Alagoas, de acordo com a Tabela do
Código “Q”:

16
 Pronúncia das palavras do alfabeto fonético
internacional, dos números, do código”Q”: o alfabeto fonético
internacional visa facilitar e padronizar a transmissão de palavras
incomuns, grupos de letras cuja fonética pode trazer interpretação
errônea como placas de veículos e, ainda, palavras cuja
compreensão se torne difícil devido à deficiência do canal de rádio
utilizado.
Como exemplo da aplicação do alfabeto fonético, podemos
citar uma mensagem sendo transmitida em meio à péssima condição
de comunicação, uma palavra não comum ou grafia diferente da
normal, a transmissão do nome de um remédio ou uma palavra
estrangeira.
Para utilizar o alfabeto fonético internacional, basta enunciar
antes da letra ou palavras a serem transmitidas as palavras “VOU
SOLETRAR”. Para indicar a separação de uma letra ou palavra de
outra, se usa a palavra “SEPARA” e a palavra “TERMINADO” ao final
do texto soletrado. Vejamos o exemplo abaixo, após conferir as letras
e pronúncia na tabela do alfabeto fonético internacional:
Tabela do Alfabeto Fonético Internacional/Código “Q”/Números

17
18
MENSAGEM A SER TRANSMITIDA: Informo que foi apreendida
uma pistola de Marca COLTS PTA, com vinte munições intactas, a
qual foi entregue no 4º Distrito Policial.

MENSAGEM TRANSMITIDA: Informo que foi apreendida uma pistola

de marca “VOU SOLETRAR” CHARLIE OSCAR LIMA TANGO
SIERRA “SEPARA” PAPA TANGO ALFA “TERMINA” com vinte
munições intactas, a qual foi entregue no QUARTO Distrito Policial.
O alfabeto fonético internacional não deve ser usado para soletrar
siglas, abreviaturas ou palavras que sejam plenamente conhecidas
ou não haja possibilidade de confundir a pronúncia ou grafia correta.
Contudo, é considerada uma exceção ao soletrar placa de
veículos, mesmo que as letras não tragam dificuldade de
compreensão para quem irá receber. Nestes casos, para facilitar a
transmissão, dispensamos o uso da forma convencional (“VOU
SOLETRAR” – “SEPARA” – “TERMINADO”). Vejamos no exemplo
abaixo:

 CIOSP, aqui MARÉ ZERO, câmbio?

 Prossiga Maré Zero, CIOSP em QAP;
 Foi encontrado na Rua Pedro Lajes num terreno
abandonado, um veículo marca FIAT UNO cor branca, de
placa MUG 0513, com duas pessoas mortas na mala, QSL?
 OK! QSL.

 Foi encontrado na Rua Pedro Lajes num terreno

abandonado, um veículo marca FIAT UNO cor branca, de
placa MIKE UNIFORM GOLF ZERO CINCO UNO TRÊS,
com duas pessoas mortas na mala, QSL?

19
IV- Tec. de manuseio de aparelhos de Rádio
Comunicação e uso da Rede Rádio

Todas as atividades da segurança pública dependem das

comunicações. Portanto, é fundamental o conhecimento das técnicas
e manuseio dos aparelhos de comunicação para o sucesso do serviço
diário no atendimento das ocorrências.
Disciplina na "Rede Rádio", conhecimentos básicos
sobre aparelhos de rádio utilizados na Insitituição: a disciplina na
rede rádio (digital/analógico) deve ser mantida para garantir o
respeito as normas e procedimentos estabelecidos superiormente,
bem como as comunicações em curso efetuadas por outros postos e
as respectivas prioridades. Sendo sempre cortês e nunca utilizando
gírias. Para tanto, deve-se observar também:
Brevidade – Para ocupar os recursos de comunicações
(canal rádio, linha telefônica, etc.) durante o mínimo de tempo
possível. Os recursos de comunicações devem estar constantemente
disponíveis, só devendo ser ocupados durante o tempo estritamente
indispensável ao serviço;
Clareza – Para que as palavras se possam entender
perfeitamente e não confundir os seus interlocutores. Entre outras,
devem ser adoptadas as seguintes regras: • Falar devagar,
articulando bem as palavras; • Manter o microfone afastado da boca
cerca de 10 cm; • Não utilizar códigos ou expressões não perceptíveis
pelos interlocutores;
Precisão – Para que a informação seja entendida sem dar
origem a dúvidas. Recomenda-se que a mensagem seja pensada
antes de comunicada. Assim, a mensagem a comunicar fica melhor
estruturada e aumenta a garantia da informação ser perfeitamente
entendida;
Serenidade – Manter uma atitude serena, ainda que
mostrando interesse, ajuda a acalmar os seus interlocutores. Entre
outras, devem ser seguidas as seguintes regras: • Falar sem elevar a
voz (gritar está associado a pânico e é contagioso); • Manter-se
sempre calmo e induzir confiança e calma aos interlocutors.

20
 Conhecimento – Para que cometa o mínimo de erro, é
fundamental conhecer as características do sistema de
comunicações com que opera e saber utilizá-lo corretamente, assim
como, estar bem familiarizado com os procedimentos de operação e
exploração desse sistema.
A rede rádio da Polícia Militar de Alagoas é acessada a partir
de aparelhos de rádio comunicação digital e analógico, para fornecer
ou receber informações geradas pelo sistema de atendimento e
despacho.
Os equipamentos rádio da PMAL, podem ser dos seguintes
tipos:
• Bases – quando instalados em pontos fixos;
• Móveis – a ser instalados em veículos, embarcações ou
aeronaves;
• Portáteis – quando se destinam a ser transportados pelo
seu utilizador;
• Repetidores – destinados a interligar equipamentos que
não comunicam diretamente. Os equipamentos de comunicação
rádio são constituídos por dois blocos – emissor e receptor – e
possuem diversos componentes de que se destacam a antena, o
microfone, o altofalante (ou os auscultadores “headsets”), os
comandos e as sinalizações.
Na maioria dos equipamentos rádio utilizados pela PMAL,
uma única antena desempenha as funções de radiação (na emissão)
e captação (na recepção). Para tal é comutada entre o emissor e o
receptor, consoante a função que o rádio desempenha.
Para se obter o maior rendimento de um equipamento rádio
a sua antena é criteriosamente adaptada à frequência de emissão.
Nunca se deve utilizar um rádio sem a sua antena, com a
antena danificada ou mal ligada.

21
 Rádio analógico fixo/embarcado:

Rádio analógico portátil:

Rádio digital fixo/embarcado:

22
 Rádio digital portátil:

Prática de utilização de rádio com estabelecimento de

diálogos simulados sobre ocorrências policiais: as comunicações
por rádio se constituem, normalmente, no meio que permite maior
flexibilidade e rapidez de instalação, facilitando as comunicações em
operações de movimento e em situações de emergência. Para tanto,
deve ser utilizado uma linguagem operacional nas comunicações
através da rede rádio da PMAL:
 Código Q – para abreviar a mensagem em curto
espaço de tempo;
 Alfabeto Fonético Geográfico – facilitando a
transmissão de dados, relacionados as letras do alfabeto com nomes
de Cidade, Países, acidentes geográficos e continentes;
 Numerais – usar as formas específicas previstas
para comunicação na rede rádio;
 Codinomes de Postos e Graduações – têm a
finalidade de codificar os postos e graduações da hierarquial policial
militar; e
 Sigla das OPMs – simplificando o nome da OPM na
transmissão da rede rádio.
Deve ser observado, como procedimento de comunicação na
rede rádio, a responsabilidade da operação, onde o comandante da

23
guarnição é o operador de rádio, nada obstando, em caso de
impedimento, que o patrulheiro ou motorista opere o rádio.
Algumas regras devem ser cumpridas na comunicação da
rede rádio na PMAL:
 O operador deve identificar-se imediatamente ao
entrar na rede rádio;
 A comunicação deve reserva-se exclusivamente
para o serviço;
 Não deve ser utilizado gracejos, piadas e termos
pejorativos;
 Transmitir a mensagem compassadamente e de
forma clara, precisa e concisa;
 Qualquer alteração no serviço dever ser comunicada
de imediato ao COPOM.

Comunicação Terra-Ar: na comunicação com a aeronave, é de

suma importância a utilização do relógio de orientação para melhor
indicar a viatura ou a ocorrência em relação à aeronave.

24
V- Centro de Operações
O Centro de Integrado de Operações de Segurança Pública -
CIOSP é a estrutura de comunicação de emergência entre a
sociedade e a Polícia Militar, Bombeiros Militar, Polícia Civil, Perícia
Oficial e Força Nacional (quando em atividade), constituindo um
órgão da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas.
O CIOSP funciona 24h por dia, está localizado no prédio da
SSP/AL e opera coordenando as ocorrências geradas pelas centrais:
190, 193 e Videomonitoramento. Além dessas, existem mesas de
despacho da Polícia Civil e Perícia Oficial.
No interior, a comunicação de ocorrência entre a sociedade
e a Polícia Militar é gerenciada pelo COPOM específico de cada
Batalhão, de acordo com sua área de atuação.
No Grupamento Aéreo, existe também uma mesa de
despacho onde são demandadas as ocorrências para as aeronaves.
Apesar de não compor a estrutura do CIOSP, o Disque
Denúncia-181 demanda ocorrências geradas através das denúncias
registradas pela população, onde é preservado o anonimato.
Formas de comunicação entre a Central Rádio e as
viaturas no patrulhamento das ruas: todas as Polícias Militares do
Brasil apresentam seus Sistemas de Comunicação que são
imprescindíveis ao funcionamento do Policiamento Ostensivo nas
transmissões de mensagens e informações de fundamental
importância para o desenvolvimento de suas atividades. Na PMAL, a
comunicação entre a Central de Rádio e as viaturas é feita com o
emprego dos seguintes meios de comunicação: rádio transceptor
analógico ou digital e telefone celular ou fixo.
Atendimento emergencial pelos telefones 190, 193 e 181:
é a comunicação entre a sociedade e os órãos de segurança pública,
que exige a atuação imediata da Polícia Militar (190), Bombeiros
Militar (193) ou Disque Denúncia (181). No dia a dia, a ocorrência é
recebida por teleatendentes, que por sua vez efetivam o cadastro em
sistema específico, sendo enviado para as respectivas mesas de
despacho, que transmitem a ocorrência para as guarnições mais
adequadas, a depender da sua modadelidade (a pé, motocicleta,
carro, embarcação, aeronave, cavalo, etc.), visando o pronto
atendimento.

25
 Proposta de atividade: divida os integrantes do Pelotão de
instrução em seis grupos, para cada grupo disponibilize um HT
previamente configurado em modo DMO (1-6), apresente a
dinâmica da atividade, onde os grupos formados ccorresponderão
as guarnições de serviço, que ao ser iniciado o serviço pelo
COPOM (INSTRUTOR- “Serviço iniciado”) na rede rádio, deverão
apresentar suas respectivas guarnições. A guarnição
apresentada receberá do COPOM (INSTRUTOR) uma ocorrência
para atendimento (CASOS 1-6).

1º CASO:

(COPOM) Solicitante afirma que foi roubado enfrente a cantina

da esposa do ST LIMA. Os infratores eram 2 indivíduos em 1
moto CG Titan na cor vermelha. Solicitante estava muito
nervoso e não conseguiu passar informações mais precisas;
(GUARNIÇÃO) Ao chegarem na lanchonete do ST LIMA,
ficaram sabendo que nada havia acontecido naquele local, mas
em um envelope, há a informação de que o local correto é a sala
do C.A.;
(GUARNIÇÃO) Pegue esse papel e se acomode próximo à
caixa d’água. A guarnição identificou o solicitante e coletou os
dados que seguem abaixo (utilizar o alfabeto fonético
internacional/números):

NOME: Chapolim Colorado;

Nº DE DOCUMENTO (CPF, RG): 123.456.789-20
OBJETOS ROUBADOS: 1 aparelho smartphone j5 branco;
MODOS OPERADI: um homem e uma mulher em uma moto
twister. Homem de calça jeans clara e camiseta verde. Mulher
de blusa branca e short preto. Evadiram do local.

(COPOM) Anotar nº do B.O.: _______________.

Guarnição que atendeu ocorrência 1º CASO:

________________

26
 2º CASO:

(COPOM) Solicitante afirma que ouviu disparos de arma de fogo

em frente à ;
(GUARNIÇÃO) Ao chegarem na lanchonete do ST LIMA,
ficaram sabendo que nada havia acontecido naquele local, mas
em um envelope, há a informação de que o local correto é a sala
do C.A.;
(GUARNIÇÃO) Pegue esse papel e se acomode próximo à
caixa d’água. A guarnição identificou o solicitante e coletou os
dados que seguem abaixo (utilizar o alfabeto fonético
internacional/números):

NOME: Chapolim Colorado;

Nº DE DOCUMENTO (CPF, RG): 123.456.789-20
OBJETOS ROUBADOS: 1 aparelho smartphone j5 branco;
MODOS OPERADI: um homem e uma mulher em uma moto
twister. Homem de calça jeans clara e camiseta verde. Mulher
de blusa branca e short preto. Evadiram do local.

(COPOM) Anotar nº do B.O.: _______________.

Guarnição que atendeu ocorrência 1º CASO:

________________

- Material necessário: sete HT.

Boletim de ocorrência do Centro de Operações: também

conhecido pela sigla B.O., é o documento oficial utilizado pelos
órgãos de segurança pública do Estado como a Polícia Militar, a
Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e a Perícia Oficial, para
fazer o registro da notícia do crime (notitia criminis), a priori, de
acordo com a sua natureza. O Boletim de Ocorrência é um
instrumento capaz de comunicar à Polícia Militar a ocorrência de
determinado fato, seja ele crime ou não.
Sendo assim, qualquer pessoa pode fazer essa comunicação
diretamente à Guarnição Policial ou pelo telefone 190 de qualquer

27
parte do Estado, uma vez que, cada Batalhão da capital ou do interior,
tem em funcionamento seu respectivo COPOM, agilizando assim o
atendimento das ocorrências naquela localidade, gerando dados
estatísticos os quais orientarão os planejamentos operacionais
daqueles Batalhões.
Caso uma pessoa precise registrar um fato, mesmo sabendo
que não é crime, ela poderá registrar a ocorrência, ainda que seja
somente para preservação de algum direito, sendo o B.O. um
documento apto e válido para reforçar eventual manifestação na
época do fato. De qualquer forma, o Boletim de Ocorrência tem sua
função principal a comunicação de crime, para que a polícia adote as
providências cabíveis, ressaltando que essa comunicação auxilia a
polícia no combate à criminalidade, podendo ser mapeado os locais
de maiores ocorrências, desta forma, o cidadão contribuirá com a
segurança pública.

28
VI- Padronização
Toques de campainha utilizados nos quartéis
operacionais: a música sempre esteve ligada às ações militares
desde tempos muito remotos, não apenas como meio de
comunicação no campo de batalha, como também como elemento
psicológico, animando as tropas e atemorizando os inimigos. Os
soldados usavam deste artifício como forma de comunicação e
orientação em combate e este instrumento era um dos itens mais
revenerados juntamente com os estandartes de tropas. O soldado
corneteiro tinha ordens expressas de destruir a sua corneta em caso
de risco de captura e hoje em dia são muito raros os objetos intactos
em museus e coleções particulares. Atualmente, os toques de
campainha nas unidades operacionais são empregados
especialmente em solenidades.

Tipificação de ocorrência: a atividade de execução do

serviço policial militar requer, principalmente na atual conjuntura da
cultura da informação, altíssimo conhecimento técnico, jurídico e
procedimental
O Estado, visando à convivência harmônica no seio social,
delimitou por normas os tipos incriminadores para balizar a
diversidade das ocorrências. Quando alguém infringe a norma penal
surge para o Estado o poder-dever de punir, conhecido com
pretensão punitiva. Para fazer valer seu direito, através de
imposições constitucionais, o Estado deve procurar os elementos
probatórios que possibilitem o esclarecimento do fato e o seu autor.
As ocorrências são tipificadas de acordo com a conduta do
autor na execução de um fato típico, ilícito e cupável, previsto no
Código Penal Brasileiro. Entretanto, é correto afirmar que existem
condutas que são apenas ilícitas, reprovadas socialmente, mas não
estando prevista no Código Penal não constituem fatos típicos e nem
crimes.

Intranet: é uma rede de computadores semelhante à

Internet, porém é de uso exclusivo de uma determinada organização,

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ou seja, somente os computadores do ógão podem acessá-la. Essa
tecnologia permite a comunicação de um setor com os demais
interligados entre si. Na PMAL, o acesso à Intranet é realizada a partir
de uma Central de Acesso
(https://central.pm.al.gov.br/sistemas/public/casp/login/logout) onde
é requerido login e senha, os quais são disponibilizados para todo
Policial Militar ao solicitar cadastro no setor de TI da PMAL.
Na INTRANET da PMAL, podemos ter acesso a informações
e sistemas específicos da instituição, como por exemplo: o Boletim
Geral Ostensivo-BGO, catálogo telefônico, modelos de documentos,
manuais, formulários, contra cheque, entre outros.

Sisgou: Sistema de Gestão Operacional Unificado, que foi

reformulado e suas informações são acessadas pelo sistema CAD,
que contempla as ocorrências da Polícia Militar, do Corpo de
Bombeiros Militar, da Perícia Oficial e da Polícia Civil. O sistema CAD-
Central de Atendimento e Despacho, foi desenvolvido pelo sertor de
TI da SSP/AL.

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 Questionário:
1) Conceitue: a) Telecomunicação; b) Radiocomunicação
2) Que acontecimentos históricos contribuíram para a evolução da
Telecomunicação?
3) Que tipos de informação podemos transportar através das ondas
de rádio?
4) Caracterize os tipos de Estação de rádio.
5) Quais os procedimentos que devemos tomar para uma melhor
exploração da rede de rádio?
6) Dê o verdadeiro significado dos códigos Q abaixo:
Cód. Significado
QAP
QRA
QRM
QRU
QRV
QSJ
QTA
QTH
QSL
QTR

7) Dada as placas de veiculo abaixo, qual seria a maneira correta de

transmiti-las pela rede rádio da PMAL?
a) LVM- 8044 _________________________________________
b) KJQ- 1235 _________________________________________
c) BWF- 6099 _________________________________________
d) XYT- 2224 _________________________________________
8) Que tipos de informação podem ser transmitida pela rede rádio
digital?
9) O que devemos observer na comunicação, com relação a disciplina
na rede rádio?
10) Quais os sistemas de informação usados pelo COPOM da PMAL?
11) O que é o CAD?
12) Qual é a importância do Sistema de Videomonitoramento para a
PMAL?

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Referências Bibliográficas:
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas, São Paulo, editora RT;
2º Ed. 1997.
CASTRO, Ingrid Caldeira Torres de. Apostila de Telemarketing.
Vitória: 2001.
GUARDA CIVIL METROPOLITANA DE SÃO PAULO. Manual de
Instrução da Guarda Civil Metropolitana. São Paulo: 1996.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Manual de
Introdução Modular. Vitória: 1995.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Manual de
Introdução Modular. 5ª Edição. Vitória: 1999.
https://www.bombeiros.pt/wp-ontent/uploads/2013/07/06.Comunicacoes.pdf

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