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Projeto no.

1 Seção transversal

Aluno: Gabriel Holanda Freitas Soares Torres

22
Elemento: viga I 80

10
Vão: 10m

80
Cargas:

28
10
Peso próprio: a calcular

Outras cargas permanentes: 16kN/m

10
(laje de piso)

10
Carga acidental: 15kN/m
(sobrecarga)
40

MEMORIAL DESCRITIVO

01- Descrição do elemento estrutural


02- Descrição do processo de fabricação e montagem
03- Materiais empregados: Concreto, Aço de protensão, Aço da armadura passiva
04- Características geométricas e mecânicas da seção transversal
05- Determinação de esforços e tensões para todas as ações previstas em projeto separadamente
06- Estimativa da força de protensão
07- Cálculo da força de protensão instalada e da seção transversal da armadura ativa
08- Cálculo da força inicial efetiva Pi,ef,, da força ancorada Pa e da força instalada no concreto Po,
09- Cálculo das perdas progressivas e da força de protensão P
10- Verificação de tensões na seção mais solicitada (Estados Limites de Utilização).
11- Verificação de tensões ao longo do vão.
12- Estado Limite Último - Solicitações Normais.
13- Estado Limite Último - Solicitações Tangenciais.
14- Apresentação do detalhamento
1. Descrição do elemento estrutural
Trata-se de uma viga de 10 metros de vão com 80 centímetros de altura de concreto
protendido. Considera-se que o elemento está trabalhando na situação bi-apoiada em pilares de
concreto. Tal apoio será feito através de consoles de concreto nas cabeças dos pilares, com
almofadas de neoprene e chumbadores de aço inox.
Considera-se que o elemento estará inserido num ambiente de classe de agressividade II, na
qual, pela tabela da NBR-6118, deve-se adotar um cobrimento de 3,5 cm. No entanto, o
cobrimento adotado será de 4 cm. A umidade relativa do ar, considerando a média histórica da
cidade de Maceió será considerada como 85%.
A viga estará resistindo, além do seu peso próprio, às ações do peso da laje e às ações de uma
sobrecarga.
Por fim, trata-se de uma viga pré-moldada, concebida sob o sistema de protensão por
aderência inicial, ou pré-tração.
2. Descrição do processo de fabricação e montagem
Na protensão com aderência inicial, o aço ativo (como é chamado o aço de protensão) é
tracionado previamente, e após esse processo a peça é concretada. Como a tração é aplicada
antes da concretagem, esse processo precisa ser realizado de modo industrial, nas que são
chamadas pistas de protensão (Figura 1). De um lado se tem a cabeceira passiva, que serve
somente para a ancoragem do aço. Do outro lado encontra-se a cabeceira ativa, que realiza a
aplicação da força nas barras, fios ou cordoalhas de protensão.
Figura 1 – Pista de protensão

Fonte: Mallmann (2013)


Por possuir grandes dimensões (de 80 a 200 metros como se pode observar na figura), as
pistas de protensão conseguem produzir um elevado número de peça por ciclo. O ciclo de
produção desse tipo de sistema dura aproximadamente 24 horas, com a utilização de CP V-ARI e
cura a vapor (Figura 2), que combinados conseguem atingir a resistência de 28 dias em apenas
12 horas de cura.
Como se trata de uma produção industrial, esse sistema se aplica a peças pré-moldadas,
em fábricas ou in loco. As pistas de protensão podem ser feitas in loco, caso a dimensão da obra
justifique o investimento necessário.
Figura 2 – Diagrama de cura a vapor

Fonte: Hanai (2005)


3. Materiais empregados
3.1 Concreto
O concreto utilizado foi concreto usinado com resistência característica de 35 MPa. Além
disso, para fins de cálculo, foi considerado um peso específico de 25 kN/m³. Todos os outros
valores inerentes ao concreto, como por exemplo resistência a tração, foram calculados a partir
das formulações concebidas pela norma NBR 6118.
3.2 Aço de protensão (armadura ativa)
Foram utilizadas cordoalhas de 7 fios Arcelor Mittal, com diâmetro de 9,5 mm. Todos os
valores inerentes a essa escolha foram obtidos através de tabela do fabricante.
Tabela 1 – Especificações de cordoalhas Arcelor Mittal

Fonte: Arcelor Mittal (2018)


Além disso, todos os valores inerentes ao aço de protensão, como por exemplo a resistência
de cálculo à ruptura por tração, foram calculados como preconiza a norma brasileira.
3.3 Aço para armadura passiva
Para a armadura passiva, de forma semelhante ao que se utiliza normalmente em concreto
armado, foi utilizado aço CA-50. Novamente, todos os valores inerentes ao aço CA-50 foram
calculados de acordo com a norma.

4. Características geométricas e mecânicas da seção transversal


Área de concreto:
𝐴𝑐 = 2060 𝑐𝑚²
Coordenada em y da borda inferior:
𝑦1 = 43,42 𝑐𝑚
Coordenada em x da borda superior:
𝑦2 = −36,58 𝑐𝑚
Momento de inércia:
𝐼𝑐 = 5.362. 146,67 𝑐𝑚4
𝐼𝑐
𝑊1 = = 123.494,86 𝑐𝑚³
𝑦1
𝐼𝑐
𝑊2 = = −146.586,84 𝑐𝑚³
𝑦2

5. Cálculo dos esforços solicitantes no meio do vão


5.1 Peso próprio
𝑔1 = 𝐴𝑐 ∗ 25 = 0,206 𝑚² ∗ 25 𝑘𝑁/𝑚³ = 5,15 𝑘𝑁/𝑚
Momento devido ao peso próprio:
𝑙2 102
𝑀𝑔1 = 𝑔1 ∗ = 5,15 ∗ = 64,375 𝑘𝑁. 𝑚 = 6.437,5 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
Tensão na borda inferior:
𝑀𝑔1 6.437,5
𝜎1𝑔1 = = = 0,052 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 123.494,86
Tensão na borda superior:
𝑀𝑔1 6.437,5
𝜎2𝑔1 = = = −0,044𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 (−146.586,84)
5.2 Laje de piso
𝑔2 = 16 𝑘𝑁/𝑚
Momento devido às cargas da laje:
𝑙2 102
𝑀𝑔2 = 𝑔2 ∗ = 16 ∗ = 200 𝑘𝑁. 𝑚 = 20.000 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
Tensão na borda inferior:
𝑀𝑔2 20.000
𝜎1𝑔2 = = = 0,162 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 123.494,86
Tensão na borda superior:
𝑀𝑔2 20.000
𝜎2𝑔2 = = = −0,136 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 (−146.586,84)

5.3 Sobrecarga
𝑞 = 15 𝑘𝑁/𝑚
Momento devido à sobrecarga:
𝑙2 102
𝑀𝑞 = 𝑞 ∗ = 15 ∗ = 187,5 𝑘𝑁. 𝑚 = 18.750 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
Tensão na borda inferior:
𝑀𝑞 18.750
𝜎1𝑞 = = = 0,152 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 123.494,86
Tensão na borda superior:
𝑀𝑞 18.750
𝜎2𝑞 = = = −0,128 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 (−146.586,84)

5.4 Excentricidade da força de protensão


𝑒𝑝 = 𝑦1 – 𝑐
Adotando cobrimento de 4,0cm, armadura passiva de 10mm e meia bitola da cordoalha de
10mm:
𝑒𝑝 = 43,42 − 6,0 => 𝑒𝑝 = 37,42𝑐𝑚

6. Estimativa da força de protensão

Admitindo que o grau de protensão adotado foi de protensão limitada, deve-se avaliar a
combinação quase-permanente para estado limite de descompressão e a combinação frequente
para o estado limite de formação de fissuras.

6.1 Estimativa inicial da força de protensão


a) combinação quase permanente:
Na borda inferior:
𝜎1 = 0
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝛹2 ∗ 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑝∞ = 0
0,052 + 0,162 + 0,4 ∗ 0,152 + 𝜎1𝑝∞ = 0 => 𝜎1𝑝∞ = −0,275 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 𝑒𝑝
𝜎1𝑝∞ = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 ∗
𝐴𝑐 𝑊1
0,275
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 =− = −343,75 𝑘𝑁
0,0008
b) combinação frequente:
Na borda inferior:
Devido ao fato de que se trata de uma seção I (duplo T)
𝜎1 = 1,2𝑓𝑡𝑘
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝛹1 ∗ 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑝∞ = 1,2 ∗ 0,225 = 0,270
0,052 + 0,162 + 0,6 ∗ 0,152 + 𝜎1𝑝∞ = 0,270 => 𝜎1𝑝∞ = −0,035 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 𝑒𝑝
𝜎1𝑝∞ = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 ∗
𝐴𝑐 𝑊1
0,035
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 =− = −43,75 𝑘𝑁
0,0008
Deve-se então adotar a força de protensão infinita estimada de 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 = −343,75 𝑘𝑁

7. Cálculo da força de protensão instalada e da seção transversal da armadura ativa


7.1 Cálculo da seção transversal de armadura ativa
Admitindo-se uma perda total de 25%, tem-se:
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 −343,75
𝑃𝑖,𝑒𝑠𝑡 = = = −458,33 𝑘𝑁
1 − ∆𝑃∞ 1 − 𝑜, 25
Pela limitação de tensões na armadura de protensão (levando-se em conta aço CP-190RB):
𝜎𝑝𝑖 ≤ 0,77 ∗ 𝑓𝑝𝑡𝑘 = 0,77 ∗ 190 = 146,4 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑘𝑁
𝜎𝑝𝑖 ≤ 0,85 ∗ 𝑓𝑝𝑦𝑘 = 085 ∗ 171 = 145,35
𝑐𝑚2
Adota-se o menor valor de 𝜎𝑝𝑖
Área de armadura de protensão estimada:
|𝑃𝑖,𝑒𝑠𝑡 | 458,33
𝐴𝑝,𝑒𝑠𝑡 = = = 3,15 𝑐𝑚2 = 315𝑚𝑚²
𝜎𝑝𝑖,𝑙𝑖𝑚 145,35
Pela tabela da Arcelor Mittal, uma cordoalha de 7 fios CP190RB com 9,5mm de diâmetro,
possui 56mm² de área aproximada. Adotemos então 6 cordoalhas de 7 fios CP190RB com
9,5mm de diâmetro.
𝐴𝑝,𝑒𝑓 = 6 𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 ∗ 56𝑚𝑚2 = 336𝑚𝑚2

7.2 Cálculo da Força de protensão instalada Pi


Adotando a tensão máxima na armadura previamente calculada 𝜎𝑝𝑖,𝑙𝑖𝑚 = 145,35 𝑘𝑁/𝑐𝑚² e
admitindo um desconto de 3%, tem-se:
𝑃𝑖 = −(𝐴𝑝 ∗ 𝜎𝑝𝑖,𝑙𝑖𝑚 ∗ 0,97) = −(3,36 ∗ 145,35 ∗ 0,97) = −473,72 𝑘𝑁
8. Cálculo da força ancorada Pa e da força instalada no concreto Po
8.1 Força ancorada Pa
a) perda por acomodação da ancoragem
145,35
𝜀𝑝𝑖 = = 0,73%
20000
Comprimento da pista: L=100 m
Alongamento aproximado da cordoalha: ∆𝐿 = 0,0073 ∗ 100 = 0,73 𝑚 = 730 𝑚𝑚
6𝑚𝑚
Perda por acomodação da ancoragem: ∆𝑃𝑎𝑛𝑐 = 730𝑚𝑚 = 0,82%

b) perda por retração inicial do concreto


Desprezada por conta da cura a vapor que combate esse problema.

c) perda por relaxação inicial do aço


𝜎𝑝𝑖 145,35
= = 0,765 => 𝛹1000 = 3,15% (𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎çã𝑜)
𝑓𝑝𝑡𝑘 190
75℃ 40,6 0,15
𝑡𝑓𝑖𝑐 = ∗ 13ℎ = 40,6ℎ => 𝛹𝑐𝑢𝑟𝑎 = 𝛹1000 ∗ ( ) = 1,95%
24℃ 1000
d) perda total
∆𝑃 = 0,82 + 1,95 = 2,77%

Força ancorada
𝑃𝑎 = 𝑃𝑖 ∗ (1 − ∆𝑃) = −473,72 ∗ (1 − 0,0277) = −460,6 𝑘𝑁

8.2 Força antes das perdas progressivas P0


𝐸𝑝 200
∝𝑝 = = = 6,06
𝐸𝑐 33
Para homogeneizar a seção:
𝑃𝑎 𝑃𝑎 ∗ 𝑒𝑝2 460,6 39,322
𝜎𝑐𝑝 = + =− + −460,6 ∗ = −0,356 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝐴ℎ 𝐼𝑐 2060 5362146,67
𝑃0 = 𝑃𝑎 +∝𝑝 ∗ 𝐴𝑝 ∗ 𝜎𝑐𝑝 = −460,6 − (6,06 ∗ 3,36 ∗ (−0,356)) = −453,35 𝑘𝑁
9. Cálculo das perdas progressivas e da força de protensão P

Hipóteses assumidas:
- Umidade relativa: u=85%
- Tipo de cimento: CP-V/ARI
- Slump 5-9 cm
- t0 = 7 dias (cálculo da retração)
- t0 = 21 dias (cálculo da fluência)

a) Cálculo da retração final 𝜀𝑐𝑠,∞


𝜀𝑐𝑠,∞ = 𝜀1𝑠 ∗ 𝜀2𝑠
𝑢 𝑢2 85 852
𝜀1𝑠 = [−6,16 − + ] ∗ 10−4 = [−6,16 − + ] ∗ 10−4 = −1,79 ∗ 10−4
484 1590 484 1590
0,33 + 2 ∗ ℎ𝑓𝑖𝑐
𝜀2𝑠 =
0,21 + 3 ∗ ℎ𝑓𝑖𝑐
𝐴𝑐
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 𝛾 ∗ 2 ∗
𝑈𝑎𝑟
γ = coeficiente dependente da umidade
Uar = perímetro em contato com o ar
Ac = área da seção transversal
𝛾 = 1 + 𝑒 −7,8+0,1∗𝑢 = 1 + 𝑒 −7,8+0,1∗85 = 3,014
Uar = 2,32 m
0,2060
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 3,014 ∗ 2 ∗ = 0,535 𝑚
2,32
0,33 + 2 ∗ 0,535
𝜀2𝑠 = = 0,771
0,21 + 3 ∗ 0,535
𝜀𝑐𝑠,∞ = −1,79 ∗ 10−4 ∗ 0,771 = −1,38 ∗ 10−4
b) Cálculo do coeficiente de fluência
∅∞ = ∅𝑎 + ∅𝑓∞ + ∅𝑑∞
𝑓𝑐 (𝑡0 )
∅𝑎 = 0,8 ∗ [1 − ]
𝑓𝑐 (𝑡∞ )
Pelo ábaco da norma NBR 6118, para t0 = 21 dias (fluência), fc21=0,97 e para t∞, fc∞=1,221.
Sendo assim:
0,97
∅𝑎 = 0,8 ∗ [1 − ] = 0,165
1,221
0,42 + ℎ𝑓𝑖𝑐 0,42 + 0,535
∅𝑓∞ = ∅1𝑐 ∗ ∅2𝑐 = (4,45 − 0,035 ∗ 𝑢) ∗ = (4,45 − 0,035 ∗ 85) ∗
0,20 + ℎ𝑓𝑖𝑐 0,20 + 0,535
∅𝑓∞ = 1,475 ∗ 1,299 = 1,916
∅𝑑∞ = 0,4
∅∞ = 0,165 + 1,916 + 0,4 = 2,481
−8 ∗ 10−5 ∗ 2,481 = −0,198 ∗ 10−3
|𝜀𝑐𝑠,∞ | = | − 0,138 ∗ 10−3 | < |1,25 ∗ (−0,198 ∗ 10−3 )|
Portanto, o cálculo simplificado das perdas pode ser efetuado.
• Cálculo simplificado das perdas progressivas
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟 𝛼𝑝
∗ 100 = 7,4 + ∗ ∅(∞, 𝑡0 )1,07 ∗ (3 − 𝜎𝑐,𝑝0𝑔 )
𝜎𝑝0 18,7
𝜎𝑐,𝑝0𝑔 = 𝜎𝑐,𝑔1 + 𝜎𝑐,𝑝0
𝑃0 𝑒𝑝2 453,35 −453,35 ∗ 37,422 𝑘𝑁
𝜎𝑐,𝑝0 = + 𝑃0 ∗ = − + = −0,338 = −3,38 𝑀𝑃𝑎
𝐴𝑐 𝐼𝑐 2060 5.362.146,67 𝑐𝑚2
𝑒𝑝 37,42 𝑘𝑁
𝜎𝑐,𝑔1 = 𝑀𝑔1 ∗ = 6437,5 ∗ = 0,045 = 0,45 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑐 5.362.146,67 𝑐𝑚2
𝜎𝑐,𝑝0𝑔 = −3,38 + 0,45 = −2,93 𝑀𝑃𝑎
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟 6,06
∗ 100 = 7,4 + ∗ 2,4811,07 ∗ (3 + 2,93) = 12,5%
𝜎𝑝0 18,7
Recalculando o 𝑃∞ :
𝑃∞ = 𝑃0 − ∆𝑃 = −453,35 − 0,125 ∗ (−453,35) = −396,68 𝑘𝑁
Do cálculo realizado no item 6.1:
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 = −343,75 𝑘𝑁
Sendo assim, pode-se considerar a estimativa como correta, uma vez que ela é menor do que a
força de protensão infinita calculada.
• Resumo dos valores representativos de forças de protensão:
Protensão inicial: 𝑃𝑖 = −473,72 𝑘𝑁
Protensão ancorada: 𝑃𝑎 = −460,6 𝑘𝑁 (perda de 2,77%)
Protensão antes das perdas progressivas: 𝑃0 = −453,35 𝑘𝑁 (perda de 1,57%)
Protensão após as perdas progressivas: 𝑃∞ = −396,68 𝑘𝑁 (perda de 12,5%)
Perda total de 16,84%. É aceitável tendo em vista que a perda total estimada anteriormente foi de
25%.
10. Verificação de tensões na seção mais solicitada (Estados Limites de Utilização).
10.1 Combinação especial de transporte: 0,8 ∗ 𝑔1 + 𝑃0
𝑘𝑁
• Tensão limite a compressão: 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,7 ∗ 𝑓𝑐𝑗𝑘 = −0,7 ∗ 24 = −16,8 𝑀𝑃𝑎 = −1,68 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
• Tensão limite a tração: 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 ∗ 𝑓𝑡𝑗𝑘 = 1,2 ∗ 1,75 = 2,1 𝑀𝑃𝑎 = 0,21 𝑐𝑚2

Tensões atuantes na seção mais solicitada


• Borda superior:
𝑃0 𝑃0 ∗ (𝑒𝑝 )
0,8 ∗ 𝜎2𝑔1 + 𝜎2𝑃0 = 0,8 ∗ (−0,044) + +
𝐴𝑐 𝑊2
−453,35 −453,35 ∗ 37,42 𝑘𝑁
= −0,035 + + = −0,139
2060 −146.586,84 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
−0,139 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 => 𝑂𝐾
𝑐𝑚2
• Borda inferior:
𝑃0 𝑃0 ∗ (𝑒𝑝 )
0,8 ∗ 𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑃0 = 0,8 ∗ (0,052) + +
𝐴𝑐 𝑊1
−453,35 −453,35 ∗ 37,42 𝑘𝑁
= 0,042 + + = −0,315
2060 123.494,86 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
−0,315 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 => 𝑂𝐾
𝑐𝑚2
10.2 Combinação estado em vazio, ações permanentes: 𝑔1 + 𝑔2 + 𝑃∞
𝑘𝑁
• Tensão limite a compressão: 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 ∗ 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 ∗ 35 = −17,5 𝑀𝑃𝑎 = −1,75 𝑐𝑚2

• Tensão limite a tração: 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 = 0


Tensões atuantes na seção mais solicitada
• Borda superior:
𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎2𝑔1 + 𝜎2𝑔2 + 𝜎2𝑃∞ = (−0,044) + (−0,136) + +
𝐴𝑐 𝑊2
−396,68 −396,68 ∗ 37,42 𝑘𝑁
= −0,18 + + = −0,271
2060 −146.586,84 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
−0,271 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 => 𝑂𝐾
𝑐𝑚2
• Borda inferior:
𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝜎1𝑃∞ = 0,052 + 0,162 + +
𝐴𝑐 𝑊1
−396,68 −396,68 ∗ 37,42 𝑘𝑁
= 0,214 + + = −0,099
2060 123494,86 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
−0,099 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 => 𝑂𝐾
𝑐𝑚2
10.3 Combinação estado em serviço, combinação frequente: 𝑔1 + 𝑔2 + 0,6 ∗ 𝑞 + 𝑃∞
𝑘𝑁
• Tensão limite a compressão: 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 ∗ 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 ∗ 35 = −17,5 𝑀𝑃𝑎 = −1,75
𝑐𝑚2
𝑘𝑁
• Tensão limite a tração: 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 ∗ 𝑓𝑡𝑘 = 1,2 ∗ 2,25 = 2,7 𝑀𝑃𝑎 = 0,27 𝑐𝑚2

Tensões atuantes na seção mais solicitada


• Borda superior:
𝜎2𝑔1 + 𝜎2𝑔2 + 0,6 ∗ 𝜎2𝑞 + 𝜎2𝑃∞
𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
= (−0,044) + (−0,136) + 0,6 ∗ (−0,128) + +
𝐴𝑐 𝑊2
−396,68 −396,68 ∗ 37,42 𝑘𝑁
= −0,257 + + = −0,348
2060 −146.586,84 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
−0,348 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 => 𝑂𝐾
𝑐𝑚2
• Borda inferior:
𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 0,6 ∗ 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑃0 = 0,052 + 0,162 + 0,6 ∗ 0,152 + +
𝐴𝑐 𝑊1
−396,68 −396,68 ∗ 37,42 𝑘𝑁
= 0,305 + + = −0,008
2060 123494,86 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
−0,008 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 => 𝑂𝐾
𝑐𝑚2
10.4 Combinação estado em serviço, combinação rara: 𝑔1 + 𝑔2 + 𝑞 + 𝑃∞
𝑘𝑁
• Tensão limite a compressão: 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 ∗ 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 ∗ 35 = −17,5 𝑀𝑃𝑎 = −1,75 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
• Tensão limite a tração: 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 ∗ 𝑓𝑡𝑘 = 1,2 ∗ 2,25 = 2,7 𝑀𝑃𝑎 = 0,27 𝑐𝑚2

Tensões atuantes na seção mais solicitada


• Borda superior:
𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎2𝑔1 + 𝜎2𝑔2 + 𝜎2𝑞 + 𝜎2𝑃∞ = (−0,044) + (−0,136) + (−0,128) + +
𝐴𝑐 𝑊2
−396,68 −396,68 ∗ 37,42 𝑘𝑁
= −0,308 + + = −0,399
2060 −146.586,84 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
−0,399 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 => 𝑂𝐾
𝑐𝑚2
• Borda inferior:
𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑃0 = 0,052 + 0,162 + 0,152 + +
𝐴𝑐 𝑊1
−396,68 −396,68 ∗ 37,42 𝑘𝑁
= 0,366 + + = 0,053
2060 123494,86 𝑐𝑚2
𝑘𝑁
0,053 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 => 𝑂𝐾
𝑐𝑚2
11. Verificação de tensões ao longo do vão (curvas limites)
Os estados mais críticos a serem verificados são: estado em vazio – situação de transporte, na
qual só atuam as cargas de peso próprio e protensão; e estado em serviço – combinação rara, na
qual atuam as cargas de peso próprio, laje de piso, sobrecarga e protensão.
11.1 Estado em vazio – situação de transporte
𝑘𝑁
𝜎1𝑣,𝑙𝑖𝑚 = −0,7 ∗ 𝑓𝑐𝑘𝑗 = −0,7 ∗ 2,4 = −1,68
𝑐𝑚2
𝑘𝑁
𝜎2𝑣,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 ∗ 𝑓𝑡𝑘𝑗 = 1,2 ∗ 0,175 = 0,21
𝑐𝑚2
𝜎1𝑝0 ≥ 𝜎1𝑣,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎1𝑔1 = −1,68 − (0,052) = −1,732 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜎2𝑝0 ≤ 𝜎2𝑣,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎2𝑔1 = 0,21 − (−0,044) = 0,254 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

11.2 Estado em serviço – combinação rara


𝑘𝑁
𝜎1𝑠,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 ∗ 𝑓𝑡𝑘 = 1,2 ∗ 0,225 = 0,27
𝑐𝑚2
𝑘𝑁
𝜎2𝑠,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 ∗ 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 ∗ 3,5 = −1,75
𝑐𝑚2
𝜎1𝑝∞ ≤ 𝜎1𝑠,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎1𝑔1 − 𝜎1𝑔2 − 𝜎1𝑞 = 0,27 − 0,052 − 0,162 − 0,152 = −0,096 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜎2𝑝∞ ≥ 𝜎2𝑠,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎2𝑔1 − 𝜎2𝑔2 − 𝜎2𝑞 = 0,21 + 0,044 + 0,136 + 0,128 = 0,518 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Dividindo todas essas inequações pela tensão devido a protensão no meio do vão, nas bordas
superiores e inferiores, pode-se obter uma tensão relativa.
De posse desses valores, variando as distâncias nas várias seções transversais da viga, pode-se
obter o gráfico de comportamento das tensões ao longo do vão da viga.
Caso essa relação de tensão ao longo da viga pela seção máxima (meio do vão) supere a unidade,
isto significa que existe algum ponto ao longo do vão onde as seções são superiores àquelas
calculadas no meio do vão. Sendo assim, a partir desse ponto, a protensão deve ser interrompida
por meio da retirada de aderência entre a armadura ativa e o concreto.
Desta forma, pode-se construir a seguinte tabela, que informa os momentos e tensões em cada
seção.
SEÇÃO 0 1 2 3 4 5
X 5 6 7 8 9 10
Mg1 (kN/m) 64,38 61,8 54,08 41,2 23,18 0
Mg2 (kN/m) 200 192 168 128 72 0
Mq (kN/m) 187,5 180 157,5 120 67,5 0
σ1g1 (kN/cm²) 0,053 0,051 0,045 0,034 0,019 0
σ2g1 (kN/cm²) -0,045 -0,043 -0,038 -0,029 -0,016 0
σ1g2 (kN/cm²) 0,165 0,158 0,139 0,106 0,059 0
σ2g2 (kN/cm²) -0,139 -0,133 -0,117 -0,089 -0,050 0
σ1q (kN/cm²) 0,155 0,148 0,130 0,099 0,056 0
σ2q (kN/cm²) -0,130 -0,125 -0,109 -0,083 -0,047 0
C1v 4,6 4,59 4,58 4,55 4,51 4,46
C2v -2,38 -2,37 -2,32 -2,23 -2,11 -1,96
C1s 0,31 0,26 0,13 -0,09 -0,40 -0,80
C2s 14,97 15,1 15,49 16,15 17,06 18,24

A partir destes valores de curva limite, pôde-se construir o gráfico a seguir.

-5.00
Curvas limites
0 1 2 3 4 5
0.00

5.00

10.00

15.00

20.00
C1v C2v C1s C2s
Aproximando-se para observar se alguma das curvas cruza a unidade, tem-se a figura a
seguir.

-3.00
Curvas limites
-2.50

-2.00

-1.50

-1.00

-0.50
0 1 2 3 4 5
0.00

0.50

1.00

1.50

2.00
C1v C2v C1s C2s

12. Estado limite último – solicitações normais


12.1 Cálculo de pré-alongamento
O pré-alongamento é interpretado como uma deformação inicial do aço para a qual as
tensões no concreto são nulas.
Deste modo, antes de se calcular o pré-alongamento em sim, deve-se calcular a força de
neutralização (Pn) das tensões.
𝑃𝑛 = |𝑃∞ | + 𝛼𝑝 ∗ 𝐴𝑝,𝑒𝑓 ∗ |𝜎𝑐 |
𝑃∞ 𝑒𝑝2 𝑘𝑁
𝜎𝑐 = + 𝑃∞ ∗ = 0,279
𝐴𝑐 𝐼𝑐 𝑐𝑚2
𝑃𝑛 = 396,68 + 6,06 ∗ 3,36 ∗ 0,279 = 402,36 𝑘𝑁
𝑃𝑛𝑑 = 𝛾𝑝 ∗ 𝑃𝑛 = 0,9 ∗ 402,36 = 362,12 𝑘𝑁
𝑃𝑛𝑑 362,12
𝜀𝑃𝑛𝑑 = = = 0,539%
𝐴𝑝 ∗ 𝐸𝑝 3,36 ∗ 20000
12.2 Cálculo do momento fletor resistente por tentativas
Supondo o domínio 3 ou 4
a. Força no centro de gravidade na armadura ativa
Considera-se que a tensão no aço atingiu o escoamento do mesmo, com uma deformação
correspondente a 0,35%.
𝑅𝑝𝑡𝑑 = 𝐴𝑝,𝑒𝑓 ∗ 𝑓𝑦𝑑 = 3,36 ∗ 148,70 = 500 𝑘𝑁
b. Área de concreto trabalhando na compressão (Acc)
Pelo equilíbrio de forças, 𝑅𝑝𝑡𝑑 = 𝑅𝑐𝑐 = 500 𝑘𝑁
𝑅𝑐𝑐 500
𝐴𝑐𝑐 = = = 235,29 𝑐𝑚²
0,85 ∗ 𝑓𝑐𝑑 0,85 ∗ 3,5
1,4
c. Altura da linha neutra no modelo simplificado
𝑦1
𝑥1 =
0,8
𝐴𝑐𝑐 = 40 ∗ 𝑦1 => 𝑦1 = 5,88 𝑐𝑚
𝑥1 = 7,35 𝑐𝑚
d. Verificação das deformações
 Deformação no concreto
Para os domínios 3 ou 4 a deformação no concreto é de 0,35%
 Deformação no aço
𝑑−𝑥 74 − 7,35
𝜀𝑝1𝑑 = 𝜀𝑐𝑑 ∗ = 0,0035 ∗ = 3,17%
𝑥 7,35
A norma preconiza uma deformação de 1,0% para o aço, deste modo não se pode admitir
que o elemento está trabalhando no domínio 3 ou 4.
Supondo o domínio 2
Na suposição do domínio 2, a lógica é a inversa. Admite-se que o aço está trabalhando numa
deformação de 1,0% e observa-se se o concreto tem deformação entre 0% e 0,35%.
a. Deformação do aço + pré-alongamento
𝜀𝑝𝑑2 = 𝜀𝑝𝑑1 + 𝜀𝑝𝑛𝑑 = 1,0% + 0,539% = 1,539%
b. Tensão arbitrada no concreto
𝑘𝑁
𝜎𝑝𝑑 = 0,85 ∗ 𝑓𝑐𝑑 = 0,85 ∗ 2,5 = 2,125
𝑐𝑚2
c. Força no centro de gravidade da armadura ativa
(𝑓𝑝𝑡𝑑 − 𝑓𝑦𝑘 ) ∗ (𝜀𝑝𝑑2 − 0,7435%)
𝑅𝑝𝑡𝑑2 = 𝐴𝑝,𝑒𝑓 ∗ 𝜎𝑝𝑑 = 3,36 ∗ [𝑓𝑦𝑑 + ]
3,5% − 0,7435%
𝑅𝑝𝑡𝑑2 = 3,36 ∗ 147,06 = 494,12 𝑘𝑁
d. Área de concreto trabalhando a compressão (Acc)
𝑅𝑐𝑐2 494,12
𝐴𝑐𝑐 = = = 232,53 𝑐𝑚²
0,85 ∗ 𝑓𝑐𝑑 0,85 ∗ 2,5
e. Altura da linha neutra
𝐴𝑐𝑐 232,53
𝑦2 = = = 5,81 𝑐𝑚
40 40
5,81
𝑥2 = = 7,26 𝑐𝑚
0,8
f. Verificação da deformação no concreto
𝑥2 7,26
𝜀𝑐𝑑2 = 𝜀𝑝1𝑑2 ∗ = 1% ∗ = 0,11% 𝑂𝐾
𝑑 − 𝑥2 74 − 7,26
Então conclui-se que o elemento está trabalhando no domínio 2.
12.3 Verificação da segurança para tensões normais
Momento solicitante:
𝑀𝑠𝑑 = 1,4 ∗ (𝑀𝑔1 + 𝑀𝑔2 + 𝑀𝑞 ) = 63262,5 𝑘𝑁. 𝑚
Momento resistente:
𝑦2 5,81
𝑀𝑟𝑑 = 𝑅𝑐𝑐2 ∗ (𝑑 − ) = 494,12 ∗ (74 − ) = 35.129,46 𝑘𝑁. 𝑐𝑚 = 351,29 𝑘𝑁. 𝑚
2 2
𝑀𝑟𝑑 > 𝑀𝑠𝑑 𝑂𝐾
Sendo assim, não há necessidade de se dimensionar armadura passiva complementar, pode-se
admitir armadura mínima.
A norma elucida as taxas mínimas de aço numa tabela que depende da resistência do concreto, e
tipo da seção transversal. Neste caso, com fck=35MPa e considerando uma seção T com mesa
tracionada, tem-se:
𝜌𝑚𝑖𝑛 = 0,178%
0,178
𝐴𝑠 = 0,178% ∗ 𝐴𝑐 = ∗ 2060 = 3,67 𝑐𝑚2
100
Adota-se então três barras de 12,5 mm de diâmetro cada. 3 ϕ 12,5.

Armadura de pele
0,1
𝐴𝑠,𝑝𝑒𝑙𝑒 = 0,1% ∗ 𝐴𝑐,𝑎𝑙𝑚𝑎 = ∗ 10 ∗ 28 = 0,28 𝑐𝑚2
100
Adota-se 2 barras de 6,3 mm de diâmetro. 2 ϕ 6,3.

13. Estado limite último – solicitações tangenciais


13.1 Cálculo da força cortante máxima
 Esforço cortante devido ao peso próprio
𝑔1 ∗ 𝐿 10
𝑉𝑔1 = = 5,15 ∗ = 25,75 𝑘𝑁
2 2
 Esforço cortante devido ao peso da laje
𝑔2 ∗ 𝐿 10
𝑉𝑔2 = = 16 ∗ = 80 𝑘𝑁
2 2
 Esforço cortante devido à sobrecarga
𝑞∗𝐿 10
𝑉𝑞 = = 15 ∗ = 75 𝑘𝑁
2 2
 Esforço cortante de projeto
𝑉𝑠𝑑 = 1,4 ∗ (𝑉𝑔1 + 𝑉𝑔2 + 𝑉𝑞 ) = 253,05 𝑘𝑁
13.2 Verificação da compressão diagonal do concreto
𝑉𝑟𝑑2 = 0,27 ∗ 𝛼𝑣2 ∗ 𝑓𝑐𝑑 ∗ 𝑏𝑤 ∗ 𝑑
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = 1 − = 0,86
250
𝑓𝑐𝑘 𝑘𝑁
𝑓𝑐𝑑 = = 2,5
1,4 𝑐𝑚2
𝑉𝑟𝑑2 = 0,27 ∗ 0,86 ∗ 2,5 ∗ 10 ∗ 74 = 429,57 𝑘𝑁
𝑉𝑠𝑑 < 𝑉𝑟𝑑2 𝑂𝐾
Não há esmagamento de bielas.
13.3 Cálculo da armadura transversal
𝑉𝑠𝑤 = 𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐
|𝑀0 |
𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 ∗ (1 + )
𝑀𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥
𝑉𝑐0 = 0,6 ∗ 𝑓𝑐𝑡𝑑 ∗ 𝑏𝑤 ∗ 𝑑 = 0,6 ∗ 0,161 ∗ 10 ∗ 74 = 71,48 𝑘𝑁
𝑊1
𝑀0 = −(𝛾𝑝 ∗ 𝑃∞ ) ∗ − 𝛾𝑝 ∗ 𝑃∞ ∗ 𝑒𝑝
𝐴
123.494,86
= −(0,9 ∗ 396,68) ∗ − 0,9 ∗ 396,68 ∗ 37,42 = −34761,89 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
2060
𝑀𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥 = 1,4 ∗ (𝑀𝑔1 + 𝑀𝑔2 + 𝑀𝑞 ) = 63262,5 𝑘𝑁. 𝑚
Sendo assim:
34761,89
𝑉𝑐 = 71,48 ∗ (1 + ) = 110,76 𝑘𝑁
63262,5
𝑉𝑠𝑤 = 253,05 − 110,76 = 142,29 𝑘𝑁
𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑤 142,29 𝑐𝑚2
= = = 0,049
𝑠 0,9 ∗ 𝑑 ∗ 𝑓𝑦𝑤𝑑 0,9 ∗ 74 ∗ 43,5 𝑐𝑚
Adotando estribos de 6,3 mm e dois ramos, com Asw = 0,64 cm², tem-se um espaçamento de:
0,64
𝑠= = 13 𝑐𝑚
0,049
Quantidade de estribos:
1000 − 2 ∗ 4
𝑛= = 77 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠
13
14. Detalhamento
14.1 Quadro de ferros
QUADRO DE FERROS – AÇO CP 190 RB
ϕ (mm) N Quantidade Comprimento (cm)
9,5 1 6 1000

QUADRO DE FERROS – AÇO CA 50


ϕ (mm) N Quantidade Comprimento (cm)
12,5 2 3 1012
6,3 3 4 992
5,0 4 10 992
6,3 5 77 236

14.2 Desenhos e detalhes construtivos


14.2.1 Seção transversal
14.2.2 Seção longitudinal – armadura ativa, armadura passiva e armadura de pele

14.2.3 Seção longitudinal – armadura transversal e guias de estribos

15. Referências
HANAI, J. B. (2005) - Fundamentos de concreto protendido. Universidade de São Paulo –
Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). E-Book.
NBR 6118 (2003) – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro. ABNT
– Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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