Você está na página 1de 14

1

UNEB – Universidade do Estado da Bahia


Departamento de Ciências Humanas
Curso: Direito Disciplina: Direito Tributário
Prof.: ANDRÉ Alves PORTELLA
aaportella@hotmail.com

13.10.2010 - Aula 1

1ª) Avaliação
TIPO: objetiva com 20 questões.
ASSUNTOS: 1- tributo (definição, espécies, natureza jurídica); 2- competência tributária
(definição, espécies, classificação, limitações constitucionais ao poder de tributar (imunidades
tributárias e princípios constitucionais tributários); 3- legislação tributária).
DATAS: 06.12 / 2ª chamada 13.12 (prova aberta de 03 a 05 questões)
2ª) Avaliação
TIPO: dissertativa de 03 a 05 questões.
DATA: 16.02 / 2ª chamada 23.02.
ASSUNTOS: 1) legislação tributária; 2) obrigação tributária e 3) crédito tributário.

BIBLIOGRAFIA INDICADA:
SACHA CALMON NAVARRO COELHO. Sistema constitucional tributário;
ALIOMAR BALEEIRO. Uma introdução à ciência das finanças;
ROQUE ANTONIO CARRAZZA. Curso de direito constitucional tributário;
LUCIANO AMARO. Direito tributário brasileiro
PAULO DE BARROS CARVALHO. Curso de direito tributário;
ANDRÉ PORTELLA e CARLOS VALDER DO NASCIMENTO. Comentários ao código
tributário nacional. Forense. 7ª edição.
HUGO DE BRITO MACHADO. Manual de direito tributário (André acha que devemos nos
aprofundar mais)
* CF a partir do art. 145 até 169
* CTN - Código tributário nacional

x-x-x-x-x-x-x-x-x

1) Tributo
1.1) Definição
1.2) Espécies
1.3) Natureza Jurídica

1) TRIBUTO
1.1) Definição:
Pode ser definido a partir de duas perspectivas distintas, que é para as finanças e para o jurídico.
i) perspectiva financeira: receita pública derivada e própria.
Estrutura financeira do estado - estrutura das finanças públicas - vai dividir em duas partes
(receita pública e despesa pública).

Para a ciência das finanças temos:


* Despesa pública (conceito formal - ciência das finanças): é todo e qualquer recurso monetário
(em moeda corrente do país) que se retira do patrimônio público (que se extrai dos cofres
públicos). Essa definição é meramente formal, pois considera apenas o movimento do recurso
financeiro.
Classificação econômica das despesas públicas (Lei n° 4.620/64):
2
- Despesa corrente: é aquela que possui fluxo contínuo (não tem prazo para conclusão das
despesas)
x.a - custeio: aquela que tem como objetivo a manutenção do funcionamento do estado (ex.
pagamento de salário, obras de manutenção, material de almoxarifado, gasolina).
x.b - transferência corrente: repasse realizados por um determinado ente público para outro ente
público:
x.b.1 - transferências voluntárias: instituída por ato normativo (outorga, acordo, convênio) é
feita por um uma questão de conveniência política (não há obrigação da feitura da transferência).
Ex.: o posto de saúde municipal no qual os salários dos médicos são realizados/complementados
por ente estadual ou federal.
x.b.2 - transferências legais/ obrigatórias / compulsórias / constitucionais: IPVA, ITR, IR, IPI,
ICMS, etc.
--- IPVA (Imposto sobre a Propriedade Veículo Automotor: quem arrecada é o Estado da Bahia,
mas tem que repassar metade-50%- do que arrecada para o município que está vinculado);
--- ITR (Imposto Territorial Rural: é de competência da União- Federal-. Sua metade ou a
totalidade será destinado ao município em que se encontra localizado o território rural. Se o
Município tiver um convênio com a União se responsabilizando pela sua arrecadação e
fiscalização será repassado a totalidade);
--- IR (Imposto de Renda: com base nele vão existir dois grupos de transferências, uma de 48% e
outra do IRFF. É de competência Federal, a União que é a destinatária, mas possui os dois
grupos de repasses. Os 48% serão repassados para (23,5% Fundo de participação dos municípios
- FPM-, 21,5% fundo de participação dos Estados -FPE- e 3% para os fundos das regiões norte,
nordeste e centro-oeste –FNO, FNE, FCO). A outra parte é o Imposto de Renda Retido na Fonte-
IRRF- é uma técnica de arrecadação de imposto de renda que responsabiliza a fonte pagadora
pelo recolhimento do imposto. Sempre que o Estado, Município ou Distrito Federal atuem como
detentores eles serão... pelo retido;
--- IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados. Também possui dois repasses. O primeiro é
48% distribuídos igual ao do Imposto de Renda. O outro repasse equivale a 10% e será destinado
ao fundo de compensação das exportações- FCEX (esse fundo é federal, foi a forma encontrada
pela Constituição para trazer a União para as perdas dos Estados. Ele é um artifício criado pela
CF para amenizar as perdas dos Estados decorrentes da não arrecadação do ICMS nas
exportações);

- Despesa de capital: é aquela que se realiza de forma pontual ou por prazo definido.

* Receita pública (conceito formal): todo recurso financeiro (em moeda corrente) que entra no
patrimônio público.

ii) perspectiva jurídica (art. 3° do CTN):

Próxima aula André falará sobre o repasse / desdobramento dos 25% do ICMS

18.10.2010 - Aula 2

(Continuação Transferência corrente decorrente da arrecadação de ICMS)

ICMS é um imposto de competência dos estados membros. Entretanto, parte do que se arrecada
com o ICMS deve ser transferido (25%) entre todos os municípios do estado.
De que forma os 25% serão repassados para os municípios? Segundo a CF haverá uma divisão
dos 25% em dois critérios de distribuição [3/4 - repassado de determinada forma; e os 1/4 de
outra forma]
• 3/4 de acordo com critério econômico ou arrecadatório;
3
• 1/4 será repassado aos municípios de acordo com o critério "legal".

Critério econômico (3/4) - os 25% serão repassados de forma diretamente proporcional ao


ICMS arrecadado nos respectivos municípios;
Ex.: arrecadação total 16 bi (100%) - 4 bilhões serão repassados entre todos os municípios - 3/4
(3 bi) serão repassados de acordo com o critério econômico.

Critério legal (1/4) - CF/88 - de acordo com a lei de cada estado. É a lei estadual que irá definir
o critério de distribuição do 1/4 restante.
Obs.:
1ª - CF deixou em aberto a forma como cada estado ira distribuir. Entretanto, o repasse p o
município é obrigatório. A faculdade se da apenas no que diz respeito ao critério.
2ª - Aqui na Bahia são dois os critérios [populacional e territorial].
3ª - Isso não impede que outros critérios sejam adotados (econômicos, sociais, ambientais). Ex.:
é absolutamente possível incluir índices sociais (baixo nível de mortalidade infantil, maior índice
de alfabetização). Índices econômicos (renda per capita); Índices ambientais.
ICMS ecológico, verde, sustentável - é determinação de um critério preservacionista ambiental
na transferência desse 1/4 do ICMS.
Tem dois projetos tramitando na AL a respeito do ICMS ecológico.

Próxima aula (NÃO é p entrega): trazer quais são os estados que tem já adotam o ICMS
ecológico e as características gerais de cada lei.

Despesa de capital - por exclusão - é toda aquela que se realiza pontual - se exaure em
determinado momento, ou se realiza por prazo certo (lei 4.320):
1. Investimento público - é a despesa que objetiva a construção da infra-estrutura do estado
[construções de pontes, viadutos, hospitais, estradas, obras em geral] ou a realização de
programa de duração continuada [PAC - programa de erradicação de pobreza, campanhas de
vacinação, campanha contra febre aftosa, minha casa mina vida - não são obras publicas, mas
tem duração continuada]. O PPA - plano plurianual - vai indicar a duração dos
projetos/programas.
2. Inversão publica/financeira - vulgarmente no nosso cotidiano de investimento [aquisição de
títulos, ações, dólar, ouro] - é a despesa publica que objetiva a proteção financeira do estado ou a
geração de receita futura (quando o estado adquire ações; reservas internacionais, compra de
moeda estrangeira, compra de títulos lastreados em ouro). Se der prejuízo deixa de ser
considerado inversão financeira? Não.
3. transferência de capital - é repasse de recurso de um ente publico para outro de maneira
pontual ou por prazo determinado. Ex.: metro de salvador (obra publica da competência do
município - gasto de investimento; tanto o estado da Bahia quanto a união - despesa do tipo
transferência de capital)

RECEITA PUBLICA

Quais as formas que qualquer individuo pode auferir receita? decorrentes do patrimônio, trabalho
ou de ambos (trabalho e capital - rendimento empresarial)

Conjunto de recursos q ingressa nos cofres públicos.

O estado pode auferir receita enquanto Estado decorrente de uma obrigação imposta por lei.

1. Originaria - é aquele que o estado aufere enquanto agente econômico - em pé de igualdade


com qualquer individuo, com qualquer empresa.
1.1. Patrimonial - aquela que decorre da exploração do patrimônio do estado
4
1.1.1. receita imobiliária - decorre da exploração economia de bens imóveis (venda, aluguel, etc.)
1.1.2. receita mobiliaria - decorre da exploração econômica de bens moveis (venda de
automóvel, venda de material de escritório levado a leilão); títulos de crédito (venda de títulos
pertencentes ao estado - quando o estado vende títulos de terceiros (comprados anteriormente) =
transação com titulo de credito pertencente a terceiros
1.2. Empresarial (trabalho e patrimônio) decorre da exploração de atividade econômica. aquela
que o estado aufere das empresas estatais (seja economia mista, sejam empresas publicas) -
lucros da Petrobrás, Banco do Brasil, CEF, CODEBA, EBAL, EMBRAPA, etc.
1.3. Creditícia - se faltar recursos o estado vai buscar credito no mercado - gerara uma situação
de divida do estado. levantamento de recursos financeiros junto ao mercado para devolução
futura. Ex.: emissão de títulos da divida publica

2. Derivada - é aquela que decorre do poder de império - de caráter obrigatório, decorrente de lei.
São instituídas deforma unilateral pelo estado
2.1 impróprio ou indireto - o beneficiário final do pagamento obrigatório é terceiro; é aquele cujo
beneficiário final é um sujeito distinto daquele que instituiu a obrigação. Ex. repasse /
transferência de impostos (ICMS, ITR, IPVA)

2.2. próprio ou direto. beneficiário final do pagamento obrigatório é o próprio ente que instituiu a
obrigatoriedade do pagamento.

receita derivada própria - duas possibilidades - TRIBUTO e MULTA.

Sempre que o estado impuser o pagamento em virtude de lei ele só pode estar exigindo duas
coisas (tributo ou multa) não há outra possibilidade.
Penhoras, confiscos, seqüestros - reserva de determinado pagamento são referentes a medida
judicial.
No Brasil o requerimento de moeda ou é tributo (gênero - taxa, imposto, contribuições, ...) ou
multa.

Quais as diferentes entre tributo e multa? ambos são decorrentes de lei, ambos determinam o
pagamento de determinada quantia. primeira diferença: o tributo ao contrario da multa não tem
finalidade / característica sancionatória; o tributo tem finalidade arrecadatória (financiamento
dos gastos públicos); a multa não tem finalidade financeira; o dinheiro da multa vai para
financiar algo gasto para decorrentes do ilícito praticado; a multa sanciona, apena uma
determinada conduta; 2. diz respeito a situação que determina a aplicação de um outro instituto -
natureza do fato gerador da multa / fato gerador do tributo - o fato que da ensejo a cobrança da
multa é necessariamente um ilícito; no caso do tributo não há que se fazer juízo de licitude
acerca do fato gerador (art. 109 do CTN).

PRINCÍPIO DA MORALIDADE. Como o estado pode auferir lucro das multas criadas para
sancionar condutas ilícitas / atividades ilícitas? No Brasil pode-se atribuir tributo a conduta
ilícita? A RAZÃO DE SER reside no princípio da isonomia tributaria.

O direito tributário não autoriza o confisco.

25.10.2010 - AULA 03

TRIBUTO
1. DEFINIÇÃO JURÍDICA - (art. 3° CTN) - é toda prestação pecuniária compulsória em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir ou expressar que não constitui sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante procedimento administrativo plenamente vinculado.
Perspectiva jurídica - CTN - art. 3°:
5
* prestação - em direito prestação como objeto existe em dois sentidos (objetivo - o objeto que
você vai entregar a alguém; e subjetivo - conduta humana de prestar algo em favor de alguém).
No Brasil não existe tributo in natura (em fazer), prevalece o modo objetivo (objeto pecuniário);
* pecuniária ("em moeda ou cujo valor nela se expresse") - no Brasil não existe tributo in natura
- pecuniário já não é em moeda? A única explicação estaria na etimologia da palavra - o
qualitativo pecuniário se refere a objeto que pode ser trocado/cambiado por outro (pois pecúnio
vem de gado); Qual é o objeto que não se pode expressar em moeda? O que o legislador quis
afirmar quando diz que pode ser pago em moeda ou qualquer coisa que nela possa se expressar
[segundo o Prof. Portella é uma péssima técnica legislativa] - o legislador está querendo
demonstrar que AS COISAS OU OBJETOS DEVEM ESTAR PREVISTOS EM LEI
(basicamente título de crédito [precatório, títulos da divida, credito tributário, "estampilha" {selo
que se coloca na mercadoria e comprova o pagamento - cigarros, aguardente}] ou dação em
pagamento de bens imóveis que seriam as exceções previstas em lei).
Se eu estou devendo tributo o que vai ocorrer é uma execução fiscal contra a empresa. Em ultima
hipótese ocorrera a penhora dos bens. Nesse caso essa retirada não é para pagamento de tributo,
e não seria um pagamento, mas não em forma de pecúnia? A penhora já não e pagamento de
tributo (obrigação originaria), a rigor a penhora e uma medida jurisdicional para se satisfazer o
credito (que já não é tributário e sim processual). Logo a penhora NÃO É EXCEÇÃO A
REGRA.
* compulsória - tem que ser necessariamente compulsória sob pena de descaracterização da
natureza tributaria - é essa característica do tributo que vai diferenciá-lo de outro instituto do
direito civil que é o "preço" (você escolhe pagar ou não, contratar ou não), o tributo você não
escolhe se vai pagar ou não sob pena de sanção. O preço é dois tipos (preço ou tarifa (preço
publico) em ambos os casos são prestações voluntarias. Qual a diferença entre tarifa e preço? A
diferença esta no fato de que a tarifa embora seja privada (de forma voluntaria) ela esta
submetida a regulamentação estatal. A tarifa esta submetida a um valor máximo / requisitos
impostos pela legislação (ex. tarifa de transporte).
* legalidade - instituição/majoração submete-se ao primado da legalidade. Existem exceções?
Sim. Vide o art. 153, para 1° da CF/88: IPI, IOF, II1, IE2. Em que consiste a exceção? Não será
necessária lei, pode ser feito por decreto, basta o Presidente assinar. São duas as exceções:
a) Majoração - a exceção se refere apenas a majoração. Se for para instituir devera ser feito por
lei.
b) Alíquota - a majoração por meio de alíquota também esta na exceção. Se o aumento se der
pela base do calculo devera ser feito via lei.
* não-sancionador - (a distinção entre tributo e multa: a multa é sanção / tributo é receita
publica) -
* cobrança vinculada - procedimento administrativo plenamente vinculado para a cobrança -
discricionário (que da margem de decisão a depender da conveniência ao agente publico) - o ato
vinculado (o agente é apenas um instrumento do procedimento). Cobrança do tributo é
plenamente vinculada a norma, sob pena de inconstitucionalidade da cobrança do tributo.

2. ESPÉCIES
3. NATUREZA JURÍDICA

27.10.2010 - AULA 04
TRIBUTOS

1) Definição
2) Espécies
2.1. impostos -
2.2. taxas
1
Imposto de importação.
2
Imposto de exportação.
6
2.3. contribuição de melhorias
2.4. contribuições especiais
2.5. empréstimo compulsório

Para saber diferenciar uma espécie tributária é necessário analisar duas variáveis (fato gerador e
destinação) em cada uma delas.
1) - fato gerador - qual o fato gerador? - não é instituto específico do Direito Tributário. O fato
gerador é a situação/ocorrência indicada pelo legislador como necessária à incidência do
tributo. O fato gerador pode ser de dois tipos: vinculado e não vinculado.
a) Vinculado - é aquele que exige a participação do Estado na sua realização. Ex.:
"preparo" de um recurso (cobrado em função da prestação jurisdicional prestada pelo
Estado); tributo para emissão de alvará de funcionamento; tributo que é cobrado em
função de uma obra pública.
b) Não vinculado - é aquele em cuja a realização não se exige a participação do Estado na
sua realização. NB não quer dizer que se o Estado participar descaracterizará/
desqualificará o fato gerador. Ex.: se eu aufiro renda (fato gerador de tributo) para eu
auferir renda não é necessária a participação do Estado; consumo (fato gerador) de uma
mercadoria gera a incidência do ICMS; servidor público que paga IRPF - o Estado
participa do fato gerador vinculado.
Para verificar a vinculação ou não tem que observar a prescindibilidade do estado ou não no fato
gerador.

2) - analisar a destinação do produto da arrecadação - a destinação poderá ser vinculado ou


não vinculado:
a) Vinculado - é aquele tributo cuja receita / arrecadação encontra-se atrelada ao
financiamento de despesas especificas. Ex.: tributo relativo a construção de obra pública
(o produto tem que ser voltado exclusivamente para a construção da praça pública);
preparo de um recurso (tem que ser destinado a prestação jurisdicional
b) Não vinculado - é aquele cujo produto da arrecadação não está atrelado a despesa
específica. Ele será voltado ao financiamento das despesas de um modo geral.

NB. Atualmente o entendimento do STF é que há 5 espécies de tributos. No entanto, a doutrina


diverge com relação a quantidade de tributos.

Fato gerador Destinação


Imposto art. 16 CTN3 - não- não-vinculado
vinculado - expressão de
riqueza ("capacidade
econômica") do
contribuinte.
Taxa art. 77 CTN - vinculado a vinculado
participação do estado na
situação que enseja a taxa -
é a prestação de
serviço/prestação publico: *
especifico e * divisível
Contribuição de melhoria vinculado vinculado
Contribuições especiais não-vinculado vinculado
Empréstimo compulsório

-------
Expressão de riqueza:
3
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
7
- rendimento - talvez seja a forma mais acertada de apurar a riqueza - IR
- propriedade - IPTU / IPVA / ITR
- consumo - poder aquisitivo que expressa - ICMS, IPI, ISS, IOF, II, IE
- transmissão - venda de propriedade que possua - ITBI/ITIV; ITCMD

Destinação do imposto: Em regra as receitas dos impostos não podem ter o produto da sua
arrecadação vinculado a destinação específica (princípio constitucional - art. 167, IV - CF/88);
no entanto, existem exceções a regra - que estão previstas no art. 167 - p. ex. as transferências.
Existe alguma importância em existir uma vedação a vinculação do imposto, tem importância
pratica? Sim. Se o cidadão esta insatisfeito com os cuidados que o estado da a sua rua ingressa
com uma ação pedido para não pagar o IPTU. A ação estará fadada ao insucesso vez que não
deve haver vinculação de imposto - conforme estabelecido na CF/88 - não ha exigência legal
para o estado em aplicar a receita de determinado imposto a vinculação de finalidade especifica.

Fato gerador da taxa = serviço público exclusivo e divisível (art. 77 a 79 CTN). No Brasil não
existe taxa senão pela prestação de serviço público em favor do contribuinte.
* A disponibilização de um bem/patrimônio público ao contribuinte no Brasil não se denomina
TAXA (e sim PREÇO PÚBLICO, TARIFA).
* Os serviços de inspeção esta sim pode se caracterizar como taxa.

TAXA:
* serviço publico especifico - é todo aquele que pode ser entregue em parcelas. Pode ser
parcelado/especificado; é diferente de um serviço genérico.
A prestação jurisdicional pode ser parcelada.
* A taxa de iluminação pública não é especifica (não é passível de ser
compartimentado/parcelado) em função disso o STF decidiu pela inconstitucionalidade da
cobrança de tal taxa.
* O serviço de esgoto (geral) não deveria ser cobrado via taxa - logo são inconstitucional por ser
serviço público GENÉRICO; a mesma coisa em relação a taxa de lixo (além do mais é cobrada
sobre o valor venal do imóvel).

Serviço divisível é aquele que pode ser entregue/prestado em favor de determinado indivíduo ou
grupo de indivíduos. É passível de identificação do beneficiário.
Exemplo de serviços divisíveis: prestação jurisdicional - na medida em que você pode identificar
claramente os beneficiários; serviço de liberação de alvará; expedição de documentos [de forma
geral].
Serviço indivisível é todo aquele cuja identificação do beneficiário não se faz possível.
Exemplos: serviço de saúde pública; segurança pública; saneamento básico; serviço de
iluminação pública.

A terminologia utilizada pelo legislador (art. 77 CTN) diverge do senso comum. O que é
indivisível no CTN para o senso comum seria divisível.

A especificidade do serviço - ser compartimentado - é uma característica do serviço em si.

O CTN classifica as taxas em dois grupos:


a) pelo exercício do poder de polícia - é o conceito de direito administrativo. Poder de
organização, inspeção, fiscalização de uma determinada atividade econômica. Ex.: taxa de
liberação de alvará de funcionamento, construção, reforma, etc.
b) comum (ou taxa / ou de serviço) - é toda aquela cujo serviço não se caracteriza como
exercício do poder de polícia. Ex.: taxa para prestação de serviço jurisdicional, taxa para emissão
de certidões, taxas cartorárias [de forma geral].
Lei n° 1.060/50 - assistência judiciária gratuita.
Qual a importância prática da divisão? A taxa de poder de polícia para ser cobrada o serviço tem
8
que estar disponível ao cidadão. Por exemplo, se um restaurante solicita o alvará de
funcionamento ele pagara uma taxa; se ele desistir de instalar o restaurante o proprietário poderá
solicitar a devolução do valor pago, pois o serviço não foi posto a disposição do cidadão.
A taxa comum pode ser cobrada pela utilização efetiva como pela mera colocação a disposição
do contribuinte. Ex.: o individuo contrata um advogado que protocola a petição inicial e paga o
preparo. o individuo desiste a ação antes mesmo do despacho inicial do juiz. A este individuo
não se dará o direito de receber o valor pago a titulo de preparo.

A vinculação - o que será arrecadado será realocado ao próprio custeio da atividade publica.
3) Natureza Jurídica

03.11.2010 - AULA 05

TRIBUTOS (continuação)
* Espécies
* Natureza Jurídica

CONTRIBUICAO DE MELHORIA
fato gerador: composto - devemos observar dois fatos distintos e inseparáveis (construção de
obra publica da qual decorra valorização imobiliária em função do contribuinte) 1° construção de
obra pública; 2° valorização imobiliária.

Se a prefeitura construir uma praça publica em determinado bairro e em função da construção ha


uma melhoria dos valores dos imóveis que circundam aquela área pode-se cobrar / está
legitimado a instituição de um tributo a título de contribuição de melhoria.

Porque não se institui a contribuição de melhoria (até hoje no Brasil foram poucos foram
instituídos. Talvez por causa da possível antipatia gerada.

Construção de obra publica - a legislação tributaria não indica o que vem a ser construção de
obra publica. Não ha passividade legislativa. Entretanto, há entendimento doutrinário de forma
geral diz que para ser obra publica o local não tem que ter equipamento nenhum - equipamentos
novos que não existiam é que caracterizariam para a possibilidade de cobrança.
VALORIZACAO IMOBILIARIA - não basta o equipamento novo este equipamento tem que ter
necessariamente a comprovação da causalidade para valorização imobiliária.
O CTN prevê limitações a cobrança da contribuição de melhoria (art. 81 a 834):
4
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de
que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas
diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos
elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o
inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se
refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores
individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição,
9
não se pode cobrar qualquer valor
* geral / total - o somatório de todas as contribuições de melhoria não pode ultrapassar o valor
total da obra.
* especifica / individual - corresponde ao montante de valorização do imóvel. O individuo tinha
uma casa de 500 e após a casa ficou avaliada em 540, o valor não poderá exceder os 540.
Os demais aspectos pontuais serão definidos pela legislação que criar a contribuição de melhoria.
Não há no CTN e nem na CF a definição de aspectos pontuais, apenas fato gerador e as
limitações.

A destinação - aquilo que é arrecadado estará vinculado ao próprio financiamento da obra.

08.11.2010 - AULA 06

TRIBUTOS (continuação)

* Espécies
* Natureza Jurídica

Colocar em forma de tabela


- Contribuições especiais
Fato gerador
Destinação
- Empréstimo compulsório
Fato Gerador
Destinaçao

Contribuições especiais
* o fato gerador das contribuições = expressão de riqueza ou de capacidade economica do
contribuinte sem a necessidade de contribuicao do estado : contribuicoes sobre rendimento,
consumo, propriedade, transmissao.
Ao contrario dos impostos atualmente a cf elenca as contribuicoes especiais apenas sobre
redimentos (CSLL - contr social sobre lucro liquido, INSS) e consumo (COFINS [faturamento] e
PIS).
A destinacao das contribuicoes especiais - é importante - está atrelado ao financiamento de
determinada despesas. A classificao das contribuicoes especiais se d´á pela finalidade:
* sociais - são aquelas destinadas ao financiamento da seguridade social - sempre que falar em
seguridade estamos nos referindo a previdencia social, assistencia social e saúde: aposentadoria,
bolsas sociais (auxilio familia, etc), SUS.
* profissionais - são aquelas destinadas as instituiciones representativas das categorias
profissionais. Ex.: contribuição para a OAB, as contribuições pagas aos conselhos (CRM, CRC,
etc); sistema "S" (SESI, SESC, SENAI, INCRA).
* contribuição de intervenção do domínio econômico (CIDE`A) - teoricamente deveria ser
utilizada para regularizar determinado nincho de mercado - não tem natureza arrecadatoria, e sim
estimular ou desestimular determinada conduta. Ex.: CIDE combustíveis - deveria ser utilizada
para melhoria das estradas e rodovias, mas esta sendo desvinulcada a exemplo para o pagamento
de juros da divida publica. O STF entende que - por ser de valor considereval - pode ser utilizada
para tal finalidade (é mais uma decisão política);

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Se trata de um tributo tipicamente brasileiro - foi criação brasileira.
É tributo que se caracteriza sobretudo pela necessidade de devolução daquilo que foi arrecadado
ao final do período determinado em lei.

da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
10
Na historia do Brasil tivemos alguns exemplos de empréstimo compulsório frutados. Na época
do Itamar e do Collor teve o da gasolina - as pessoas só tiveram a devolucao aqueles que
guardaram as notas fiscais dos combustiveis.
Atualmente nao temos emprestimo compulsorio vigente.
Com realcao ao fato gerador a CF nao define. Tanto pode ser uma construcao da obra puublica
ou expressao de riquesa, ele pode ser vinculado ou nao vinculado. Quem vai indicar o fato
gerador e a lei que institua o empréstimo compulsório.
Com relação a destinação ele é um tributo vinculado a destinação da sua receita.

Existem duas hipóteses previstas no art. 148 da CF/88


Hipóteses de instituição
* despesa extraordinária
a) guerra
b) calamidade

* investimento público
a) urgente
b) relevante

Quem faz o juízo de urgência e relevância é próximo ao da Medida Provisória. Primeiro


momento legislativo e depois o judiciário.

Tem a destinação vinculado ao financiamento das hipóteses que dao ensejo a sua criação. E sera
devolvido apos a hipótese que de azo a tal cobrança.

17.11.2010 - AULA 07

TRIBUTO -> Natureza Jurídica


1) Abordagem -
Discussão subjacente é saber quantas são as espécies tributárias (2, 3 ou 5).

Imposto
Taxa
Contribuição de melhorias
Empréstimo compulsório

Há quem afirma que seria apenas Imposto e taxa e as demais seriam subespeécies

Qual a razão de ser da discussão? São dois, um de carater formal (diz apenas a dipsosito leval - a
forma como o legislador preve essas especieis tributarias no ordenamento juridico nacional)

Vide art. 145 da CF :


Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Vide art. 5º do CTN:


11
Entretanto em outros momentos tanto a CF quanto o CTN trazem os outros impostos. O
empréstimo compulsório
148 – CF – empréstimo compulsório
145, 149
CTN = 5º, 16, 217

A primeira linha de interpretação (Alfredo Augusto Becker – Teoria Geral do Direito Tributário
– sustenta a existência de duas espécies tributárias apenas) é que se os tributos não estão
dispostos naqueles dois primeiros artigos seriam então subespécies.

A outra linha de interpretação vai dizer que não – deveria haver 5 tributos, ouve uma má opção
legislativa que não as descaracteriza como linha tributária autônoma. O legislador ao invés de
colocá-las num só dispositivo as colocou em dispositivos distintos.

2) Fundamentos -
Existe uma implicação prática ou econômica nessa discussão doutrinária? Ora se partimos do
pressuposto de que não pode haver bi-tributação (dois ou mais tributos que incidem sobre um só
fato gerador) obviamente será um tema muito importante. Ex.: o consumo de combustível é fato
gerador de um tributo. Se eu determinar a incidência de dois impostos sobre o consumo do
combustível ficará fácil a identificação da bi-tributação. No caso do combustível temos o a
incidência do ICMS e do CIDE (é uma espécie tributária distinta/autônoma do ICMS). Ora se eu
considerar que não existe contribuição especial serei forçado a enquadrar a CIDE como imposto
ficará claro a bi-tributação. Mas detalhe são dois tributos um estadual e outro federal.

Obs.: Quanto maior o número de espécies de tributos maior a possibilidade de criação de


tributos. Quanto menor o número de espécies maior a segurança jurídica para o contribuinte.

2.1. Formal -
2.2. Material (CTN, art. 4º5) –

O fundamento material (art. 4º - CTN) decorre de uma má técnica legislativa que disparou essa
confusão doutrinária jurisprudencial.
a) aspectos irrelevantes –
* denominação – a forma, em regra, não deve prevalecer sobre a essência. A denominação que o
legislador dá a um determinado tributo NÃO vai ter relevância nenhuma. Ex.: taxa de lixo (fato
Gerador é a propriedade imobiliária). Esse tributo não vai ser taxa. Segundo o art. 4º temos que
analisar apenas o fato gerador que neste caso é propriedade imobiliária; taxa de água, taxa de
esgoto (fato gerador = consumo de água), nesse caso não será taxa (a denominação não tem
importância nenhuma). O legislador denomina de outra forma para tentar evitar a caracterização
e conseqüentemente a bi-tributação.

* destinação – segundo o legislador do CTN a destinação que se dá ao produto da arrecadação é


fator irrelevante para a caracterização da espécie tributária. Este fundamento é totalmente
distinto do STF.
* aspectos formais (meramente acidental) – todos os aspectos que não tenham relação com o fato
gerador, a finalidade, não tenham relação com a estrutura de reconhecimento da espécie
tributária. Ex.: prazo/vencimento para pagamento, isenção, a alíquota que se cobra.

Porque o STF admite a cobrança do ICMS e da CIDE sobre o mesmo fato gerador? Admite
porque a destinação que se dá ao produto da arrecadação também é relevante. O que se distingue
5
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
12
o ICMS da CIDE combustível? A única distinção/fator que possibilita distinguir um do outro é a
destinação do produto arrecadado. O STF sustenta tal posicionamento, pois caso contrário os
impostos se confundiriam com contribuições especiais.

b) aspecto relevante:
* fato gerador -

Obs.: A única coisa que devemos analisar é o fato gerador, segundo o legislador, assim
conseguiremos distinguir a espécie tributária. Pegando o exemplo do combustível – ICMS /
CIDE = tem o mesmo fato gerador – segundo a determinação do art. 4 do CTN seriam um
mesmo tributo.

c) crítica – que se faz do art. 4º - é segundo grande parte da doutrina – deveria o legislador do
CTN de indicar também como aspecto relevante para identificação da espécie tributária a
chamada base de calculo do tributo. A base de cálculo é sempre entendida como uma expressão
matemática do fato gerador – não pode haver uma desvinculação entre fato gerador e base de
cálculo. Ofereceria uma maior segurança jurídica para o contribuinte.

22.11.2010 - AULA 08

TRIBUTO -> Competência tributária


1) Definição - é poder de legislar em matéria tributária. Dar o tratamento legal ao tributo.

2) Competência (poder de legislar) e capacidade (poder de exigir). Parâmetros de distinção entre


competência e capacidade:
* fonte normativa (onde está prevista a competência e a capacidade) - competência tributária
necessariamente será indicada pela CF, nenhum outro instrumento legislativo poderá indicar
quem é competente para instituir/alterar um tributo senão a CF. A capacidade será feita por lei
ordinária, apenas excepcionalmente será feita por lei complementar.
* destinatário - quem pode ser sujeito de competência e quem pode ser detentor da capacidade
tributária ativa.
a) competente para legislar - sujeito competente de tributo: poder legislativo (entes políticos da
federação [união, estados, DF, municípios]).
b) capacidade tributária ativa - entes políticos, entes parafiscais.
É absolutamente possível o sujeito competente também ser sujeito capaz para cobrar o tributo.
Entretanto, é possível que a capacidade seja atribuída a um sujeito e a competência seja atribuída
a outro sujeito.
* revogabilidade - possibilidade ou não de revogar competência.
a) capacidade tributária ativa pode ser livremente revogada. OAB, p. ex., tem uma lei definindo
que ela pode cobrar a anuidade, nada impede porém, que a união por meio de outra lei
desautorize.
b) competência - existe uma polêmica - a primeira impressão pode ou não revogar a competência
tributaria? Temos que partir do pressuposto que competência está prevista na Constituição, e
somente por Emenda seria possível. Porém a quem diga que nem por lei complementar, pois
competência tributária estaria incluída nas cláusulas pétreas.
Cláusulas pétreas (art. 60 da CF, § 4°6):
6
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
13
a) direitos e garantias individuais fundamentais.
b) voto
c) separação dos poderes
d) federalismo7 - é com base nela que alguns entendem que nem com EC pode-se alterar a
competência.
Se você revogar competência você automaticamente suprime o poder daquele ente.
Ex.: IVA - imposto sobre valor agregado - proposta de substituir IPI, ICMS e ISS. O problema
jurídico é exatamente a competência.

Autarquia - autonomia financeira. Diferente de um Órgão. Quando a autarquia cobrar um tributo


ele (tributo) é considerado parafiscal.

Obs. Competência tributária não se confunde com capacidade tributária ativa (indica o sujeito
que possui a prerrogativa de cobrar o tributo).

3) Parafiscalidade - fenômeno pelo qual a competência tributária é atribuída a determinado


sujeito e a capacidade tributária ativa atribuída a outro.
- contribuições parafiscais: ITR, anuidade da OAB, CREA, CRC.

4) Espécies
4.1) exclusiva - é aquela cujo o exercício atribui-se apenas a determinados sujeitos (p.ex.
impostos, contribuições especiais e empréstimos compulsórios).
4.2) comum - aquela cujo o exercício é atribuído indistintamente a todos os entes da federação
(taxa, contribuições de melhorias - tanto os Municípios, Estados e o DF podem instituir).
4.3) cumulativa - aquela que se junta a competência originária do ente em função da inexistência
daquele que seria ente competente. É aquela que é atribuída a determinado ente diante da
inexistência daquele que seria originariamente competente. Exemplo atual é o Distrito Federal
com suas cidades satélites (art. 1478, CF/88).
4.4) residual – aquela que se exerce para fim de imposto residual (art. 154, I9, CF/88). O imposto
residual é aquele que pode ser instituído sobre fato gerador que ainda não sirva de objeto de
incidência de nenhum dos impostos já previstos na CF.
4.5) extraordinária – aquela atribuída à União objetivando a instituição do imposto
extraordinário de guerra (art. 154, II10, CF/88)
---
4.6) subsidiária – vedada no Brasil (art. 8º11 CTN) – aquela que se exerce diante da omissão do
ente competente. O ente público existe, porém, não criou o tributo. O que não pode ocorrer,
nesse caso é um ente invadir o espaço / competência do outro ente.

5) Conflito de competência

24.11.2010 - AULA 09

Iniciaremos com a aula de pedágio

7
Sistema no qual a autonomia politica (cada ente é autônomo). O federalismo também se aplica no direito
tributário.
8
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
9
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
10
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua
competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
11
O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que
a Constituição a tenha atribuído.
14
PRÓXIMA AULA: Pedágio é compulsório e portanto é tributo? Ou é tarifa? FAZER
LEVANTAMENTO HISTORICO JURISPRUDENCIAL (STF e STJ) sob natureza jurídica do
pedágio. (ficar atento a data do julgado, pois varia no tempo). E a obrigatoriedade/necessidade de
uma via alternativa.

TRIBUTO -> Competência tributária


5) Conflito de competência

Limitações ao

Você também pode gostar