Activitas Nervosa Superior Rediviva Volume 51 No.

3-4 2009

ARTIGO ORIGINAL

O aumento da dopamina DRD4 expressão de ARNm do receptor em

linfócitos de músicos e autistas: estabelecer ligação entre a
música-autismo

Enzo Emanuele 1, Marianna Boso 1,2 , Francesco Cassola 3, Davide Broglia 1, Ilaria Bonoldi 1, Lara
Mancini 1, Mara Marini 1, Pierluigi Politi 1
1 Departamento de Administração de Empresas Psychobehavioural, Universidade de Pavia, via Bassi 21, I-27100 Pavia, Itália; 2 Departamento de

fisiológicos, farmacológicos e Ciências celulares, Universidade de Pavia, Pavia, Itália;

3 Unidade de Medicina Interna e Endocrinologia, IRCCS Fondazione Salvatore Maugeri, Pavia, Itália.

* Correspondência para: Enzo Emanuele, MD, do Departamento de Ciências Aplicadas e Psychobehavioural, Universidade de Pavia, via Bassi 21,
I-27100 Pavia, Itália. telefone: + 39-338-5054463, Fax: + 39-0382-432745, email: enzo.em@libero.it

Enviado: 2008-12-19 aceitado: 2009-03-03 Publicado on-line: 2009-12-20 Palavras-chave:

desordem do espectro autista; música; dopamina; recompensa

Act Nerv Super Rediviva 2009; 51 ( 3-4): 142-145 ANSR51349A03 © 2009 Act Nerv Super Rediviva

Abstrato FUNDO: Pessoas com transtorno do espectro autista (ASD) são afetados por uma condição ao longo da vida
incapacitante, caracterizada por défices de comunicação, deficiências graves no funcionamento social e de
comportamentos estereotipados. Embora os indivíduos ASD apresentar vários problemas nas interações, foi relatado
que eles podem mostrar um interesse peculiar na música. Estudos anteriores sugeriram um papel fundamental para o
sistema dopaminérgico na psicobiologia de recompensa, incluindo o prazer da música.

DESENHAR: No presente estudo, procurou-se investigar DRD3 dopamina e expressão do receptor DRD4 em
linfócitos de sangue periférico de adulto músicos saudáveis ​e pacientes da mesma idade e sexo com ASD contra
o fundo hipótese de que o sistema dopaminérgico podem contribuir com uma causa biológica para as dimensões
de recompensa da experiência musical em ambos os indivíduos saudáveis ​e autistas.

RESULTADOS: ANOVA mostrou diferenças significativas na expressão de ARNm DRD4 entre os grupos ( P = 0,008). Post-hoc
análise mostrou diferenças significativas entre o grupo de controlo e ambos os músicos ( P < 0,05) e indivíduos ASD ( P
< 0,05). Não foram encontradas diferenças para a expressão do mRNA DRD3 entre os grupos.

CONCLUSÃO: Nossos resultados atuais fornecem evidências preliminares intrigante para uma ligação molecular possível entre a
dopamina DRD4 receptor, música e autismo, possivelmente através de mecanis- mos que envolvem o sistema de recompensa e a
avaliação das emoções.

Introdução

Pessoas com transtorno do espectro autista (ASD) são afetados por uma
condição ao longo da vida incapacitante, era marcada por défices de
comunicação, deficiências graves no funcionamento social e
comportamentos estereotipados (Asa,
1997). Embora os indivíduos ASD exibir vários proble- mas em
interações, tem sido relatado, para que possam mostrar um interesse
peculiar na música, ocasionalmente,
acompanhado por um talento inesperadamente extraordinário (Treffert
& Wallace, 2002). Assim, o potencial interativo intrínseca da música
tem sido usada com sucesso para promover interações sociais,
comportamento comunicativo e capacidade de resposta emocional em
indivíduos autistas. Notavelmente, estudos anteriores da literatura
demonstraram melhorias do perfil de comportamento em

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 O aumento da expressão de mRNA de receptor de dopamina DRD4 em linfócitos de músicos e pessoas autistas: ...
indivíduos ASD seguinte musicoterapia (Gold et al
2006; Boso et al 2007).
A base biológica pela qual as pessoas com ASD muitas vezes são
envolvidos pela música continua a ser elucidado. Pode ser a hipótese,
no entanto, que a experiência musical pode exercer um papel
gratificante neste grupo de doentes. Desde décadas, abordagens
experimentais e experiência clínica sugeriram um papel fundamental
para o sistema dopaminérgico na psicobiologia de recompensa
(Ikemoto, 2007; Schultz, 2007), incluindo o prazer da música. Assim, foi
demonstrado que a dopamina é liberada a partir do corpo estriado
ventral e na área tegmental ventral durante a ouvir música agradável
(Menon & Levitin, 2005). Os receptores de dopamina são proteínas da
membrana integral que interagem com proteínas G; até agora, cinco
receptores de dopamina diferentes têm sido descritos, a saber DRD1,
DRD2, DRD3, DRD4, DRD5 (Hoenicka et al 2007). Eles são
classificados em DRD1 semelhante (a DRD1 e DRD5) ou DRD2-like (a
DRD3, DRD4 e DRD5) subtipos de receptores de acordo com a sua
capacidade de estimular ou inibir a adenilato-ciclase e suas
peculiaridades farmacológicas (Emil- ien et al 1999). Os receptores de
dopamina são expressas não apenas no cérebro, mas também nos
linfócitos do sangue periférico humano (PBL). A este respeito, tem sido
sugerido que a expressão do receptor de dopamina em linfócitos de
sangue periférico pode reflectir, pelo menos em parte, o estado da
dopamina no cérebro (Czermak et al 2004a; 2004b).
No presente estudo, procurou-se investigar DRD3 dopamina e
expressão do receptor DRD4 em linfócitos do sangue periférico de
músicos adultos e pacientes da mesma idade e sexo com ASD contra
o fundo hipótese de que o sistema dopaminérgico podem contribuir
com uma causa biológica para as dimensões de recompensa a
experiência musical em ambos os indivíduos saudáveis ​e autistas. Nós
focada no DRD3 dopamina e receptores DRD4 uma vez que eles são
expressos em PBL e, portanto, pode servir como um potencial
marcador periférico da actividade dopaminérgica central. Além disso,
estes receptores são conhecidos por serem particularmente envolvido
na neurobiologia de experiências agradáveis.
Assuntos e métodos
assuntos
Um total de 58 indivíduos foram investigados. Os participantes foram
divididos em três grupos. Grupo 1 consistiu de 20 pacientes ASD (faixa
etária: 15-42 anos, 18 homens e 2 mulheres) recrutados a partir de um
único centro de comunidade agrícola, especificamente projetado para os
indivíduos com autismo (Cas- cina Rossago, Ponte Nizza, Pavia, Itália). O
diagnóstico de ASD foi confirmado em todos os participantes em conjunto
por dois psiquiatras independentes especializados em distúrbios Trum
autismo espec- que fizeram o diagnóstico de acordo com as diretrizes da
entrevista clínica estruturada para transtornos do Eixo I do DSM-IV, a
versão do Paciente. Todos os pacientes deste estudo marcou mais de 30 no
Autism Rating Scale Infância (CARS) (Schopler et al 1980), a
Acto Nerv Super Rediviva Vol. 51 No. 3-4 2009
limite padrão usado para distinguir o autismo. Grupo 2 consistiu de 19
adultos músicos profissionais (faixa etária, 20-44 anos, 15 homens e 4
mulheres) com pelo menos sete anos de prática musical diária. Um total de
19 indivíduos da mesma idade e sexo (faixa etária 18-41 anos, 15 homens
e 4 mulheres) com nenhum interesse em jogar ou tening lis- a música
serviram como controle (Grupo 3). Todos os jectos sub do Grupo 2 e 3 não
tinha história passada ou presente de qualquer transtorno psiquiátrico e
nenhum deles jamais havia tomado medicamentos para condições
psiquiátricas. Adi- cionalmente, indivíduos com eixo I diagnóstico de
parentes de primeiro grau não foram incluídos neste grupo. Todos os
indivíduos descritos aqui eram caucasianos de descendência italiana.
Neste relatório, o critério de ascendência italiana foi cumprida quando os
pais de um indivíduo e quatro avós originado a partir de Itália. A
investigação foi realizada de acordo com os requisitos éticos definidos na
Declaração de Helsinki. Todos os participantes e / ou responsáveis ​legais
desde que o seu consentimento informado completo para participar do
estudo de acordo com nossas diretrizes de revisão do conselho internos.
Métodos
As amostras de sangue periférico (8 ml) foram obtidas a partir da veia
antecubital e recolhidas em tubos de plástico de células con- tenção
solução de sódio-heparina (120 IU / ml) como anti-coagulante. células
mononucleares do sangue periférico (PBMC) foram isoladas por
centrifugação de densidade de Ficoll-Hypaque (GE Healthcare
Bio-Sciences Corp., Piscataway, NJ, EUA). A camada de linfócitos foi
recolhida e lavada três vezes em solução salina de tampão fosfato (PBS,
Sigma-Al- drich; St. Louis, MO, EUA). O ARNm total foi isolado a partir de
linfócitos de sangue RNA mini-kit (QIAGEN, Hilden, Alemanha), e a
quantidade e a pureza do RNA foram determinadas por
spectrophotometery. receptor de dopamina expressão de ARNm foi
determinada pela abordagem Taqman fluorogico da 3'-5' (Applera,
Monza). O ARN total de 1500 ng foi transcrito de forma inversa em ADNc
de primeira cadeia utilizando hexâmeros aleatórios e 2. 5 unidades de
MultiScribe (recombinante de murino de Moloney leu- vírus kemia) de
transcriptase reversa, num volume final de 30 ul. Primers para DRD3,
DRD4 e o gene de manutenção β-actina foram anteriormente descritos
(Czermak et al
2004b). A especificidade dos produtos de PCR obtidos para os respectivos
fragmentos de receptor de dopamina foi confirmada por análise da
sequência. Todos os experimentos foram realizados em triplicado e os
resultados foram calculados. A quantidade de amostra alvo foi corrigida
pelo valor res- pectivas de β-actina e ajustado para o valor correspondente
de um calibrador que foi usada para obter valores de amostras
comparáveis ​entre diferentes placas. valores de expressão de ARNm e
DRD3 DRD4 foram obtidos em unidades arbitrária.
Estatisticas
A normalidade dos dados foi verificada por testes de Kolmogorov-Smirnov. Todos os
dados foram distribuídos normalmente e apenas foram utilizados testes paramétricos.
comparações entre os grupos de con-
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 Enzo Emanuele, Marianna Boso, Francesco Cassola, Davide Broglia, Ilaria Bonoldi, Lara Mancini, Mara Marini, Pierluigi Politi

Tabela 1. expressão DRD3 e DRD4 ARNm nos três grupos de estudo.

Os sujeitos de controlo (n = 19) músicos saudáveis ​(n = 19) ASD pacientes (n = 20)

receptor DRD4 1,33 ± 1,29 2,50 ± 1,70 * 2,58 ± 1,99 *

receptor DRD3 1,00 ± 0,81 0,95 ± 0,74 1,10 ± 0,47

* P < 0,05 versus indivíduos de controle

Discussão

Este estudo fornece provas para a primeira vez que ambos os músicos e
pacientes com TEA exibem um aumento na express de ARNm de receptor
de DRD4 em PBL em comparação com os controlos. Por outro lado, não há
diferenças significativas no que diz respeito aos níveis de mRNA do receptor
DRD3 foram encontrados em todos os três grupos de estudo. Desde a
ativação do sistema dopaminérgico tem sido sugerido para desempenhar
um papel crucial nos efeitos de recompensa da plea- musical certeza
(Menon & Levitin, 2005), nossos dados atuais pró evidências preliminares
intrigante vide que a expressão alterada de receptor DRD4 dopamina pode
jogar papel na mediação do notável interesse na música mostrou por vários
assuntos ASD.

Figura 1. Expressão de ARNm de receptor de DRD4

em PBL de doentes de ASD, músicos saudáveis ​e indivíduos
de controlo. A caixa em torno da mediana mostra os percentis O envolvimento do receptor DRD4 no sistema de recompensa
25 (menor) e 75 (mais alta). Os resultados são expressos em humana tem sido a hipótese da observação de que este receptor pode
unidades arbitrárias. desempenhar um papel em algumas “condições de déficit de
recompensa” humanos incluindo jogo patológico e dependência (Koob
& Le Moal,
2008). Curiosamente, foi relatado que a clozapina, que tem uma elevada
tinuous variáveis ​foram avaliadas por ANOVA de uma via seguido por post-hoc
afinidade com o receptor DRD4, pode ser particularmente adequado para o
teste de Newman-Keuls. análise qui-quadrado foi utilizado para dados tratamento de perturbações autistas, especialmente na presença de
categóricos. Ajuste para sexo e idade foi realizada por análise de agressividade (Gobbi & Pulvirenti, 2001).
covariância (ANCOVA). A análise estatística foi realizada utilizando o
software SPSS, versão 11.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). P foram estudos de neuroimagiologia anteriores demonstraram que lis- tening a
consideradas para significância estatística valores <0,05 (bicaudal). música modula fortemente a actividade de uma rede de estruturas
mesolímbicas envolvidas no processamento de recompensa incluindo o
nucleus accumbens (NAC) e tral área de ven- tegmental (VTA), bem como
o hipotálamo e insula (Menon & Levitin, 2005). Nomeadamente, os estudos
sobre a expressão de proteínas do receptor DRD4 demonstraram a
Resultados
localização selectiva de receptores DRD4 em áreas bic e mesocorticais
Não houve diferenças de idade e de género nos três grupos de estudo. mesolim- (Gardner & Ashby Jr, 2000; Broderick & Piercey, 1998).
análise de covariância revelou nenhuma in- fluência da idade e do sexo
sobre a expressão do mRNA de receptor de dopamina. A correlação entre
a expressão de ARNm do receptor de DRD3 e DRD4 não foi significativa ( r Por outro lado, há diferenças na expressão de mRNA DRD3 em
= PBL foram encontrados em ASD, músicos e controles não interessados
0,071, P = 0,554). Expressão de β-actina em PBL não diferiram entre ​em música. Embora o receptor DRD3 dopamina tem sido sugerido para
os grupos (dados não apresentados). ANOVA unidirecional mostrou ser envolvido na mediação de efeitos de recompensa em seres
diferenças significativas na expressão de ARNm DRD4 entre os grupos humanos (Schultz, 2007), os nossos dados atual não parece suge- rem
( P = 0.008, um papel primário do receptor DRD3 em jectos e músicos ASD sub-, em
Tabela 1). Post-hoc análise mostrou diferenças significativas entre o comparação com controles, pelo menos a nível transcricional.
grupo de controlo e ambos os músicos ( P < 0,05) e indivíduos ASD ( P < 0,05,
Figura 1). Não foram encontradas diferenças para a expressão do
mRNA DRD3 entre os grupos. Ao interpretar as nossas conclusões, limitações importantes devem ser
considerados. Em primeiro lugar, os nossos resultados são limitadas pelo
pequeno tamanho da amostra de cada grupo, e as investigações adicionais
com um maior número de sujeitos seria útil para confirmar a importância do
DRD4 recep-

144 Copyright © 2009 Activitas Nervosa Superior Rediviva ISSN 1337-933X

 O aumento da expressão de mRNA de receptor de dopamina DRD4 em linfócitos de músicos e pessoas autistas: ...
tor na mediação prazer musical na saúde e na doença. Em segundo lugar,
tem sido previamente reportado que expres- sion de receptor DRD4 humano
mostra um notável grau de variabilidade individual, provavelmente, devido a
factores genéticos (Livak et al 1995). Uma vez que neste estudo não
realizamos a genotipagem do locus DRD4, mais ies tensos estudos são
necessários para lançar mais luz sobre esta questão. Em terceiro lugar, neste
estudo foram utilizados marcadores periféricos da estatuto dopamina. No
entanto, é geralmente aceite que DRD3 e DRD4 expressão de ARNm do
receptor em linfócitos do sangue periférico se correlaciona bem com o estado
dopaminérgica cerebral (Czermak et al 2004a; 2004b). Finalmente, estamos
cientes de que uma desvantagem de RT-PCR é a dificuldade na estimativa
da quantidade de modelo amplificado.
Estas limitações não obstante, acreditamos que nossos resultados
fornecem evidências preliminares intrigante para uma ligação molecular
possível entre a dopamina DRD4 receptor, música e autismo, possivelmente
através de mecanismos que envolvem o sistema de recompensa e a
apreciação das emoções. Mais estudos são a garantia de lançar mais luz
sobre este tema fascinante.
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