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BACHARELADO EM DIREITO
SALVADOR
2019
EDSON GOMES DAMACENO
SALVADOR
2019
TERMO DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora
Professor 2 Murilo
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................3
2 COLABORAÇÃO PREMIADA NA NOVA LEI DO CRIME ORGANIZADO ......9
2.1 ENTENDIMENTOS DOUTRINARIOS ACERCA DA COLABORAÇÃO
PREMIADA..........................................................................................................9
2.1.1 CONTRÁRIOS...........................................................................................10
2.1.2 FAVORÁVEIS............................................................................................11
1 INTRODUÇÃO
A colaboração premiada constitui a atual discussão jurídica e social visto
que existem inúmeros casos de combate ao crime organizado por meio deste
instrumento da política criminal brasileira. Nesse sentido, uma série de juristas
passou a teorizar sobre a possibilidade da caracterização da colaboração premiada
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A colaboração premiada é uma das técnicas especiais de investigação com
previsão na Lei nº 12.850/2013. Essa mesma trouxe grande avanço no que tange aos
benefícios legais que podem ser concedidos ao colaborador. Visando assim reprimir
e prevenir a ocorrência de crimes a serem praticados por estas organizações, bem
como identificar e desmantelar as já existentes.
O presente artigo tem como objetivo pesquisar a importância e aplicação do
Instituto da Colaboração Premiada no combate ao crime organizado no Brasil.
Apresentar os posicionamentos doutrinários acerca deste Instituto premial, bem como
sobre sua eficácia e validade, correlacionar a colaboração premiada com o perdão
judicial.
Justifica-se este trabalho em virtude de se abordar um assunto tão atuante e
complexo em nossa sociedade que é a colaboração premiada frente ao crime
organizado, fazendo-se necessário para fomentar a discussão acerca deste instituto
intrigante e complexo, com o auxílio dos posicionamentos dos renomados
conhecedores sobre o assunto.
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eficácia na investigação e combate à criminalidade sem ferir os direitos e garantias
proporcionados ao delator.
Para que a colaboração premiada seja eficiente, é preciso atender os requisitos
essenciais: deve ser voluntária, A voluntariedade da colaboração (art. 4º, caput) da
Lei nº 12.850/2013 indica que a colaboração, embora não precise ser espontânea (ou
seja, pode decorrer de orientação do advogado ou de proposta do MP), não pode ser
fruto de coação, seja física ou psíquica, ou de promessa de vantagens ilegais não
previstas no acordo. O legislador toma, nesse sentido, diversas precauções e cautelas
para garantir a voluntariedade. Assim, exige-se que em todos os atos de negociação,
confirmação e execução, o colaborador esteja acompanhado e assistido pelo
advogado (art. 4º, §15º). É a chamada “dupla garantia”, ademais, a voluntariedade é
assegurada pelo controle judicial, ao realizar a análise sobre a homologação de
eventual acordo. com circunstâncias subjetivas são a voluntariedade, a primariedade
e a personalidade favorável do agente colaborador e objetivas favoráveis a
identificação dos demais co-autores ou partícipes da ação criminosa, a localização da
vítima com a sua integridade física preservada, a recuperação total ou parcial do
produto do crime e as circunstâncias favoráveis referentes à natureza do fato, forma
de execução, gravidade objetiva e repercussão social do crime, o art.4º, § 1º,
estabelece que ao ser analisada a realização de um acordo de colaboração e a
concessão do benefício, o operador deve considerar, em qualquer caso, a
personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a
repercussão social do fato criminoso, além da eficácia da contribuição do caso
concreto para verificar se é ou não cabível a colaboração.
A lei disciplinou o procedimento da colaboração que visa garantir os interesses
da parte e da persecução penal. Além disso, deve haver um acordo escrito entre os
interessados, sem participação do juiz, mas o investigado deve estar acompanhado
de advogado.
Dessa forma, destaca-se a importância da Lei nº 12850/2013 na esfera de
resguardar os direitos e garantias fundamentais contemplados pela constituição de
1988 em relação aos princípios da dignidade da pessoa humana, presunção de
inocência, individualização da pena e do devido processo legal, que antes era
renegado pela Lei nº 9.034/1995.
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2.1 ENTENDIMENTO DOUTRINÁRIOS EM RELAÇÃO À
COLABORAÇÃO PREMIADA
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e antiético que ela venha a ser valorada positivamente na legislação
dos homens de bem.
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sua periculosidade, pois se reduz a probabilidade de que o agente
venha a cometer outros fatos socialmente danosos.
O perdão judicial (...) pode ser definido como o instituto jurídico pelo
qual o juiz, reconhecendo a existência de todos os elementos para
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condenar o acusado, não o faz, declarando-o não passível de pena,
atendendo a que, agindo por essa forma, evita um mal injusto, por
desnecessário, e o acusado não tornará a delinquir. (ROMEIRO, 1978,
p.153-154).
Sobre o perdão judicial cabe ainda suscitar que este instituto é motivo de
inúmeras discussões acerca de sua natureza jurídica, vez que, alguns doutrinadores
julgam que a sentença que dele decorre tem caráter condenatório,
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Como demonstrado o presente artigo fez uma abordagem ao instituto da
colaboração premiada técnica especial de enfrentamento das organizações
criminosas está presente no ordenamento jurídico pátrio brasileiro desde 1990, tendo
sua primeira previsão legal na lei nº 8.072/1990, a lei dos crimes hediondos.
Estudando o instituto da colaboração premiada, com base na Lei 12.850/2013.
Pelo exposto, tem-se que ao reintroduzir o instituto da colaboração premiada no
ordenamento jurídico brasileiro, o legislador buscou uma alternativa para conter os
avanços da criminalidade organizada, que cresce e se fortalece a cada dia no seio da
sociedade, seja por formas discriminatórias, pela situação de desigualdades sociais,
seja como uma maneira de macular a ordem estatal e obter vantagens a partir dos
ilícitos. também foi visto os entendimentos dos doutrinadores contrários e favoráveis.
é clara, e até mesmo esperada, a diversidade de opiniões doutrinárias acerca da
estrutura da lei, de sua legalidade e até mesmo de sua constitucionalidade.
O presente trabalho tratou do instituto jurídico da colaboração premiada como
perdão judicial e pode-se, no decorrer deste estudo, analisar a relação entre a
Colaboração Premiada e o Perdão Judicial. Primeiramente apresentou-se a
colaboração premiada na nova lei do crime organizado, entendimento doutrinários
acerca da colaboração premiada, correlacionando a colaboração premiada com o
perdão judicial.
Podemos dizer que a colaboração é uma via de mão dupla: de um lado aquele
que colaborou ganhará benefícios na aplicação da sua pena ou até mesmo o perdão
judicial, de outro lado, o Estado terá, informações que auxiliará na obtenção de provas
e indícios. Espera-se com resultados deste estudo contribuir para ampliar o
conhecimento da sociedade sobre esse assunto.
REFERÊNCIAS
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ALTAVILLA, Enrico. La psicologia giudiziaria, in: GUIDI, José Alexandre Marson.
Colaboração Premiada no combate ao crime organizado. Franca: Lemos & Cruz:
2006. p. 128.
AZEVEDO, David Teixeira de. A colaboração premiada num direito ético. In:
FRANCO, Alberto Silva. Crimes Hediondos. 5 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2005.
https://jus.com.br/artigos/56836/delacao-premiada-e-a-sua-colaboracao-para-a-lava-
jato Acesso em 27/11/2019
13
Delação premiada como instituto de perdão judicial disponível em:
<https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/delacao-premiada-como-
instituto-de-perdao-judicial/> Acesso em 27/11/2019
GOMES, Luiz Flávio. Seja um traidor e ganhe um prêmio. Folha de São Paulo, São
Paulo, 12 nov. 1994. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/11/12/painel/3.html.>
Acessado em: 01 jun 2017.
https://jus.com.br/artigos/56836/delacao-premiada-e-a-sua-colaboracao-para-a-lava-
jato
https://jus.com.br/artigos/45475/a-delacao-premiada-na-nova-lei-do-crime-
organizado-lei-n-12-850-2013 Acessado em: 01 jun 2017.
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Disponível:
file:///C:/Users/user/Downloads/2013_Direito_Publico_Andrey_delacao_premiada.pdf
Acessado em: 02 nov 2019.
Disponível: https://correio-forense.jusbrasil.com.br/noticias/476173047/delacao-
premiada-o-perdao-judicial-e-prerrogativa-do-juiz-e-nao-do-ministerio-publico
Acessado em: 02 nov 2019
Disponível:
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/Pet7.074QOvotoMCM.pdf
Acessado em: 02 nov 2019.
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