Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EMENTA:
O curso tem por objetivo discutir a construção teórica e metodológica da História do
Livro. Nesse sentido, trataremos de suas diferentes abordagens, compreendendo o livro,
seja manuscrito, impresso ou digital, tanto como um artefato cultural, como um texto,
com significados internos e externos a ele. Temas e personagens como autoria e
autoridade; editores, impressores e livreiros; mecenato e direitos autorais; leitores e
leituras; e composição material e para-textual; serão analisados em relação à produção,
a materialidade, a sociologia e a hermenêutica dos documentos históricos.
AVALIAÇÃO:
A nota final da disciplina será composta por:
- Apresentação (3,0 pontos) – apresentação de duas sessões;
- Material (1,0 ponto) – resumo/fichamento dos textos apresentados;
- Debate (1,0 ponto) – intervenções qualificadas que estimulem o debate em sala;
- Artigo (5,0 pontos) – produção de um artigo (capítulo) que contemple alguma questão
(problema) abordado nas sessões na pesquisa do pós-graduando.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – PROF. YLLAN DE MATTOS – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
HISTÓRIA DO LIVRO: AS DIMENSÕES SOCIOLÓGICA, CULTURAL E MATERIAL DO MANUSCRITO E DO IMPRESSO
Sessão 6 Paratextos
25.04.2019
GENETTE, Gérard. Paratextos editoriais. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009. Livro inteiro, exceto
capítulos 2 e 9..
Referências bibliográficas:
ABREU, Márcia. Os caminhos dos livros. São Paulo: Fapesp; Campinas: ALB / Mercado de Letras,
2003.
ALVES, José Augusto dos Santos. A opinião pública em Portugal: da praça pública à Revolução
(1780-1820). Lisboa: Mediaxxi, 2015.
AMIEL, Charles; LIMA, Anne. ‘La fortune d’une œuvre’ In: DELLON, Charles. Relation de
l'Inquisition de Goa: étude, edition e notes de Charles Amiel e Anne Lima. Paris: Editions
Chandeigne, 1997.
BARBIER, Frédéric. A Europa de Gutenberg: o livro e a invenção da Modernidade Ocidental
(Séculos XIII-XVI). São Paulo: EDUSP, 2018.
BARBIER, Frédéric. História do livro. São Paulo: Paulistana, 2008.
BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
BLASSELLE, Bruno. Histoire du livre: à pleines pages (vol. 1) Le triomphe de l'édition (vol. 2).
Paris: Gallimard, Découvertes, 1997.
BORGES, Jorge Luis. O livro. São Paulo: Edusp, 2008.
BOURDIEU, Pierre. As Regras da Arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996.
__________. Une révolution conservatrice dans l'édition. In: Actes de la recherche en sciences
sociales. Vol. 126-127, mars 1999. Édition, Éditeurs (1) pp. 3-28;
BOUZA, Fernando. Corre manuscrito: una historia cultural del Siglo de Oro. Madrid: Marcial
Pons, 2001.
BURKE, Peter. Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot. Rio de Janeiro:
Zahar, 2003.
CAMPILHO PARDO, Alberto José. Censura, expurgo y control: en la biblioteca colonial
neogradina. Bogotá: Rditorial Universidad de Rosario, 2017.
CAYUELA, Anne. ‘Esta pobre habilidad que Dios me dio»: Autores, impresores, editores en el
entuerto de la publicación ( siglos XVI-XVII)’ Tiempos Modernos, vol. 31 (2015/2).
CHARTIER, Roger. A mão do autor e a mente do editor. São Paulo: Ed. UNESP, 2014.
__________. Os desafios da escrita. São Paulo: Ed. UNESP, 2002.
__________. ‘As práticas da escrita’ In: DUBY, Georges; ARIÈS, Philippe (Orgs.). História da vida
privada: da renascença ao século das luzes. Vol. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
__________. ‘Materialidad del texto, textualidad del libro’. Orbis Tertius: Revista de Teoría y
Crítica Literaria, 11(12), 2006.
CURTO, Diogo Ramada. História política da cultura escrita: estudos e notas críticas. Lisboa:
Babel, 2015.
DARNTON, Robert. A questão dos livros: passado, presente e futuro. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009.
__________. Censores em ação: como os Estados influenciaram a literatura. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016.
__________. Edição e sedição: o universo da literatura clandestina no século XVIII. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992.
__________. O Diabo na água benta: ou a arte da calúnia e da difamação de Luís XIV a Napoleão.
São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
__________. O Iluminismo como negócio: história da publicação da Enciclopédia (1775-1800). São
Paulo: Companhia das Letras, 1996.
__________. ROCHE, Daniel (Orgs.). Revolução impressa: a imprensa na França. São Paulo:
EDUSP, 1996.
__________. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras,
2010.
__________. ‘“O que é a história do livro?” revisitado’ ArtCultura, v. 10, n. 16, p. 155-169. ,
Uberlândia, jan.-jun. 2008
DAVIS, Natalie Zemon. Culturas do povo: sociedade e cultura no início da França Moderna. Rio
de Janeiro: Paz & Terra, 1990.
ECO, Umberto. A vertigem das listas. Lisboa: Difel, 2009.
____ As formas do conteúdo. São Paulo: Perspectiva, 2010.
EISENSTEIN, Elizabeth. A revolução da cultura impressa: os primórdios da Europa Moderna. São
Paulo: Ática, 1998.
ESCARPIT, Robert. The Book Revolution. Londres: Harrap; Paris: Unesco, 1966.
FEBVRE, Lucien; MARTIN, Henri-Jean. O aparecimento do livro. São Paulo: Ed. UNESP /
Hucitec, 1992.
FINKELSTEIN, David; MCCLEERY, Alistair. Una introdución a la historia del libro. Buenos Aires:
Paidós, 2014.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
__________. O que é um autor? Lisboa: Passagens, 2009.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela
Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
GUEDES, Fernando Os livreiros em Portugal e as suas associações desde o século XV até nossos
dias. Lisboa: Editorial Verbo, 1993.
________. O livro e a leitura em Portugal: subsídios para a sua história, séculos XVIII-XIX. Lisboa:
Editorial Verbo, 1987.
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. São Paulo: Ed.Unesp, 2014.
HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça: ideias radicais durante a Revolução Inglesa de
1640. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
_____. A bíblia inglesa e as revoluções do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
INFELISE, Mario. I libri proibiti. Roma-Bari: Laterza, 2013.
LABARRE, Albert. Histoire du livre. Paris: PUF, 1979.
McKENZIE, Donald. Bibliografia e sociologia dos textos. São Paulo: Edusp, 2018.
MCMURTRIE, Douglas C. O livro. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.
OLIVARI, Michele. Avisos, pasquines y rumores: los comiezos de la opinión pública em la España
de Siglo XVII. Madrid: Cátedra, 2014.
PACHECO, José. A divina arte negra e o livro português - séculos XV e XVI. Lisboa: Vega, s/d.
PÉCORA, Alcir. Máquina de gêneros. São Paulo, Edusp, 2001.
PEÑA DÍAS, Manuel. Escribir y prohibir: Inquisición y censura em los Siglos de Oro. Madrid:
Cátedra, 2015.
RICOEUR, Paul. Teoria da interpretação. O discurso e o excesso de significação. Lisboa: Edições
70, 2013.
SAENEN, Frédéric. Dictionnaire du pamphlet. Paris: Infoliio, 2010.
TARDE, Gabriel de. L’opinion et la foule. Paris: Les Presses universitaires de France, 1989.
VILLALTA, Luiz Carlos. ‘A história do livro e da leitura no Brasil Colonial: balanço historiográfico
e proposição de uma pesquisa sobre o Romance’ In: Convergência Lusíada: revista do Real
Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro (21):165-185, 2005.
ZILBERMAN, Regina. Fim do livro, fim dos leitores? São Paulo: Editora Senac, 2001.