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JB NEWS

Informativo Nr. 1.958


Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Academia Catarinense Maçônica de Letras (Membro)
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Obreiro)
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (Correspondente)
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (Correspondente)

Saudações, Prezado Irmão!


Índice do JB News nr. 1.958 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Bloco 1–Almanaque
Bloco 2-Opinião - IrVidigal de Andrade Vieira – Duas fábulas sobre “Padrão de Felicidade”
Bloco 3-IrJosé Maurício Guimarães – Homens sem cabeça
Bloco 4-IrRui Jung Neto – o Irmão Rudyard Kipling
Bloco 5-IrÂngelo Spoladore – Arqueologia e o Templo do Rei Salomão
Bloco 6-IrSérgio Quirino Guimarães o O perigoso Quitte-Placet
Bloco 7-Destaques JB – Com versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado

Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
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1 – ALMANAQUE

Hoje é o 42º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova)


Faltam 324 dias para terminar este ano bissexto
É o 127º ano da Proclamçaõ da República;
194º da Independência do Brasil e
516º ano do Descobrimento do Brasil

Dia Mundial do Enfermo

e o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.

LIVROS

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(Livro com 408 páginas, medindo 15 x 21cm)
Autor: Helio P. Leite
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Autor:Helio P. Leite
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Autor: Irmão Hélio Leite, contato: telefones (61) 8163-4605 e (85) 8662-2821
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Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)


Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas

 660 a.C. – Fundação do Japão.


 641 – Fim do reinado do imperador bizantino Heráclio.
 1858 – Primeira aparição da Virgem Maria a Bernadette Soubirous em Lourdes, na França.
 1873 – Renúncia de Amadeu I ao reinado da Espanha.
 1907 – Inicia-se o processo de beatificação do Papa Pio IX.
 1919 – Friedrich Ebert torna-se presidente da Alemanha (reichpräsident).
 1920 – Imabari (província de Ehime, Japão) recebe o estatuto de cidade.
 1921 – Criação da Diocese de Belo Horizonte pelo Papa Bento XV.
 1929 – Independência do Vaticano, segundo o tratado de Latrão.
 1932 – Criação da Universidade Federal de Santa Catarina.
 1941 – Segunda Guerra Mundial: o Japão vence a Batalha de Singapura.
 1945 – Termina a Conferência de Ialta.
 1947 – Abashiri (Hokkaido, Japão) recebe o estatuto de cidade.
 1961
o Em Israel, tem início o processo de Adolf Eichmann.
o Patrice Lumumba, primeiro-ministro da República Democrática do Congo, é assassinado.
 1963 – Os Beatles gravam o seu primeiro disco, Please Please Me.
 1965 – Ringo Starr casa-se com Maureen Cox.
 1971 – Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e outros países, assinam o Tratado sobre a Proibição
da Colocação de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição em Massa no Leito do Mar e no Fundo
do Oceano e em seu subsolo, banindo as armas nucleares.
 1979 – Revolução Iraniana: o aiatolá Khomeini toma o poder.
 1982 – O Partido dos Trabalhadores é reconhecido oficialmente pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral
brasileiro.
 1987 – Entra em vigor a atual constituição das Filipinas.
 1990 – Após 28 anos de prisão e pressão internacional por sua liberdade, Nelson Mandela é solto por
ordem do presidente Frederik de Klerk.
 1998 – É solta e extraditada de volta ao Brasil Lamia Maruf Hassan, condenada à prisão perpétua pelo
governo de Israel por ter participado do sequestro e da morte de um soldado israelense, em 1984.
 2004 – É tornada pública uma investigação de suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo a esposa de
Yasser Arafat, Suha.
 2005 – Google anuncia intenção de oferecer hospedagem para a Wikipedia.
 2007 – Em Portugal, um referendo nacional não atinge quorum necessário, mas a uma ligeira maioria dos
votantes escolhe a despenalização do aborto (interrupção voluntária da gravidez) realizada a pedido da
mulher durante as primeiras dez semanas de gravidez.
 2010 – Pela primeira vez na História do Brasil, um Governador de Estado é preso no exercício do mandato:
José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal é preso pela Policia Federal, acusado de corrupção.
 2011 — O presidente egípcio, Hosni Mubarak, demite-se do cargo, após a forte agitação política no país.
 2013 — O Papa Bento XVI, aos 85 anos, anuncia a renúncia do papado que oficialmente ocorreria em 28
de fevereiro do mesmo ano, sob a alegação de idade avançada.

Fatos históricos de santa Catarina

1728 Tem início, nesta data, a construção da estrada dos Conventos, por Francisco de Souza e Faria.
1738 Ordem Régia, desta data, incorpora o Continente de São Pedro do Rio Grande à capitania de
Santa Catarina.
1749 No governo da Capitania de Santa Catarina, Manuel Escudeiro faz cumprir provisão do Conselho
Ultramarino, determinando a construção da matriz de Nossa Senhora de Desterro, nos altos da
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Praça XV de Novembro.
1841 As tropas “farroupilhas” abandonam o município de Lages.
1892 A comarca de Joinville é elevada à categoria de 2ª Entrância.
1893 Nasce na capital catarinense João Medeiros Júnior. Foi o pioneiro na radiodifusão no Estado,
fundando, em 1931, a Rádio Clube de Blumenau, com o prefixo PRC-4.
1915 Fundado, em Florianópolis, o Clube de Regatas Martinelli.
1932 Fundada, em Florianópolis, a Faculdade de Direito de Santa Catarina, iniciativa de José Arthur
Boiteux.

Fatos maçônicos do dia

(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)

1830 Fundado o Supremo Conselho do Peru


1980 Fundação da Loja “Toneza Cascaes” Nr. 37 (GOSC) em Orleans.

De Irmão para Irmão

As publicidades veiculadas nas edições diárias do JB News são cortesia deste


informativo, como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais. Valorize-os
também, preferindo o que está sendo anunciado.
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2 – Opinião – Duas Fábulas sobre “Padrão de Felicidade”


Vidigal de Andrade Vieira

O Ir Vidigal de Andrade Vieira é


Psicólogo em Carangola – MG e
Membro Correspondente da
Loja Brazileira de Estudos e Pesquisas
De Juiz de Fora – MG
vvidigal@ig.com.br

Duas Fábulas sobre ‘Padrão de


Felicidade’
Textos adaptados da Internet; Vidigal de Andrade Vieira*

“A primeira fábula apresenta o sugestivo título de ‘A executiva bem-sucedida’, com a


seguinte narrativa: ‘Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no
peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se
diante de um imenso Portal. Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas, todas
vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava
acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes: - Enfermeiro, eu preciso voltar
urgente para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui
trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe A e isto aqui está me parecendo
mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos? - No céu. - No céu? - É. - Tipo assim... o céu,
CÉU...! Aquele com querubins voando e coisas do gênero? - Certamente. Aqui todos nós vivemos
em estado de gozo permanente. Apesar das óbvias evidências: nenhuma poluição, todo mundo
sorrindo, ninguém usando telefone celular, a executiva bem-sucedida custou um pouco a admitir
que havia mesmo apitado na curva. Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio
das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque,
ponderou, dali a uma semana iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para
assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa. E foi aí que o
interlocutor sugeriu: - Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o síndico. - É? E como é que
eu marco uma audiência? Ele tem secretária? - Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece. -
Assim? - Pois não? A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente,
segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro. Mas a executiva havia
feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rapidinho:- Bom dia.
Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e... – Executiva. Que palavra
estranha. De que século você veio? - Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo
'executiva'? - Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo. Foi então que a executiva bem-sucedida teve
um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas
técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva
poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial, ali na
organização. - Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta.
Basta olhar para esse povo todo aí, só batendo papo e andando à toa, para perceber que aqui no
Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.- É mesmo? -
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Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando
crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê? - Ah, não sabemos. -
Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo
isto aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois podemos consertar tudo isso rapidinho,
implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance. - Que
interessante. - É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma
funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam
resolver. Aí, contrataríamos uma consultoria especializada para nos ajudar a definir as estratégias
operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma,
o retorno do investimento do Grande Acionista... Ele existe, certo? - Sobre todas as coisas. -
Ótimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar sinergias high-
tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de
produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico, por exemplo, me parece
extremamente atrativo. - Incrível! - É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que
nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa
assim de salário de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora
falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio
que temos pela frente vai resultar em um Turnaround radical. - Impressionante! - Isso significa
que podemos partir para a implementação? - Não. Significa que você terá um futuro brilhante... se
for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exatamente, como
funciona o Inferno. (Max Gehringer; Revista Exame); A segunda fábula relaciona-se com a
construção sociocultural para felicidade e auto realização, assim descrita: ‘Era uma vez um rei
muito rico. Tinha tudo. Dinheiro, poder, conforto, centenas de súditos. Ainda assim não era feliz.
Um dia, cruzou com um de seus criados, que assobiava alegremente enquanto esfregava o chão
com uma vassoura. Ficou intrigado. Como ele, um soberano supremo do reino, poderia andar tão
cabisbaixo enquanto um humilde servente parecia desfrutar de tanto prazer? – ‘Por que você está
tão feliz?’, perguntou o rei. – ‘Majestade, sou apenas um serviçal. Não necessito muito. Tenho um
teto para abrigar minha família e uma comida quente para aquecer nossas barrigas’. O rei não
conseguia entender. Chamou então o conselheiro do reino, a pessoa em que mais confiava. –
‘Majestade, creio que o servente não faça parte do Clube 99’ – ‘Clube 99? O que é isso?’ –
‘Majestade, para compreender o que é o Clube 99, ordene que seja deixado um saco com 99
moedas de ouro na porta da casa do servente’. E assim foi feito. Quando o pobre criado encontrou
o saco de moedas na sua porta, ficou radiante. Não podia acreditar em tamanha sorte. Nem em
sonhos tinha visto tanto dinheiro. Esparramou as moedas na mesa e começou a contá-las. – ‘…96,
97, 98… 99.’ Achou estranho ter 99. Achou que poderia ter derrubado uma, talvez.
Provavelmente eram 100 moedas. Mas não encontrou nada. Eram 99 mesmo. Por algum motivo,
aquela moeda que faltava ganhou uma súbita importância. Com apenas mais uma moeda de ouro,
uma só, ele completaria 100. Um número de 3 dígitos! Uma fortuna de verdade. Ficou obcecado
por completar seu recente patrimônio com a moeda que faltava. Decidiu que faria o que fosse
preciso para conseguir mais uma moeda de ouro. Trabalharia dia e noite. Afinal, estava muito,
muito perto mesmo de ter uma fortuna de 100 moedas de ouro. Seria um homem rico, com 100
moedas de ouro. Daquele dia em diante, a vida do servente mudou. Passava o tempo todo
pensando em como ganhar uma moeda de ouro. Estava sempre cansado e resmungando pelos
cantos. Tinha pouca paciência com a família que não entendia o que era preciso para conseguir a
centésima moeda de ouro. Parou de assobiar enquanto varria chão. O rei percebeu essa mudança
súbita de comportamento e chamou seu conselheiro. – ‘Majestade, agora o servente faz,
oficialmente, parte do Clube 99’. E continuou: - ‘O Clube 99 é formado por pessoas que têm o
suficiente para serem felizes, mas mesmo assim não estão satisfeitas. Estão constantemente
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correndo atrás dessa uma moeda que lhes falta. Vivem repetindo que se tiverem apenas essa
última e pequena coisa que lhes falta, aí sim poderão ser felizes de verdade. Majestade, na
realidade é preciso muito pouco para ser feliz. Porém, no momento em que ganhamos algo maior
ou melhor, imediatamente surge a sensação que poderíamos ter mais. Com um pouco mais,
acreditamos que haveria de fato, uma grande mudança. Só um pouco mais. Perdemos o sono,
nossa alegria, nossa paz e machucamos as pessoas que estão a nossa volta. E o pouco mais,
sempre vira… um pouco mais. O pouco mais é o preço do nosso desejo.’ E concluiu: --- ‘Isso,
majestade… é o Clube dos 99.’ (Laurentino José das Neves). Portanto, como nos alerta o Irmão
Waldematins Bueno de Oliveira: ‘Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa, e tratamos
todo mundo da mesma maneira que a tratamos. Fé: É quando a gente diz que vai escalar o Monte
Everest e o coração já o considera feito. Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem
por ele. Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar. Orgulho: É
quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante. Perdão: É uma
alegria que a gente dá e que pensava que jamais a teria. Pessimismo: É quando a gente perde a
capacidade de ver em cores. Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.
Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.
Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.
Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência, por outra muito pior.’”

 * Psicólogo e Filósofo; Professor Titular da UEMG/Unidade Carangola; Mestre em Psicologia Social pela UFES
/ ES; Doutor em Ciência e Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ/RJ.
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3 – Homens sem cabeça


José Maurício Guimarães

HOMENS SEM CABEÇA


José Maurício Guimarães
GLMMG – Belo Horizonte

Nesse carnaval a Mocidade Independente de Padre Miguel apresentou fantasias de ratos e


homens sem cabeça para fazer crítica à corrupção. Eu não estava lá na avenida; estava em
casa e vi na televisão durante um intervalo da série "House Of Cards" que estou
acompanhando. Mas gostei dessa coisa de homens sem cabeça, pois bem que merecemos
(ver foto no pé de página).
Vivemos num tipo de administração por exclusão: cortam-se cabeças ou pedem-se cabeças
em bandejas de prata.
Por que?
- Ouvi dizer que, pouco antes de sua morte, na cama do hospital onde estava internada,
Gertrude Stein perguntou: "Qual é a resposta?" Um de seus amigos disse: "Mas se você
não disser qual é a pergunta, como vamos lhe dar a resposta?" Ao que Gertrude replicou:
"Então, qual é a pergunta?".
"Quem Tem Medo de Virginia Woolf?"... é uma pergunta; é o título da peça teatral escrita
por Edward Albee em 1962 (Who's Afraid of Virginia Woolf?). O trabalho literário de
Albee mergulha fundo nos conflitos de comunicação entre as pessoas. Ele desmascara os
motivos ocultos nas permanentes crises: as imagens idealizadas, que tentamos transformar
em realidades e a hipocrisia da sociedade.
O título da peça aponta para Virginia Woolf, escritora e ensaísta britânica que, de forma
corajosa e com final trágico, adotou opiniões muito pessoais em relação aos conflitos
existenciais da primeira década do Século XX, especialmente os constantes choques entre o
idealismo e a realidade. Na peça de Edward Albee, um casal de intelectuais na meia-idade,
durante uma madrugada, e bastante embriagados, expõem suas vidas e descobrem que se
odeiam e se amam a um só tempo.
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A vida é feita desses paradoxos: nenhuma virtude vem desacompanhada de seu oposto:
quem é muito diligente tem momentos de preguiça; quem muito ostenta humildade, é
porque oculta extrema vaidade; toda castidade exagerada esconde as brasas mal
adormecidas da luxúria. São os que se dizem tolerantes que nos surpreendem com os
maiores arroubos de ira. Não raro o noticiário nos dá conta de franco-atiradores que durante
toda a vida se fizeram passar por indivíduos quietos e mansos. Do mesmo modo, o
desprendimento tem uma pontinha de inveja e frequentemente a caridade disfarça a
avareza. Mesmo os santos entregavam-se aos jejuns e duras penitências, pois a santidade é
alvo constante das tentações e quem guarda muita temperança oculta os assédios da gula.
A leitura que faço da peça "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" (transformada em filme
por Mike Nichols, tendo como atores Elizabeth Taylor e Richard Burton) é a do medo das
contradições. O casal personagem desenterra verdades que não querem ouvir nem encarar
de frente, e jogam suas desavenças um contra o outro.
O pior dos males nos relacionamentos é o medo da verdade, o medo da crítica, ou o "medo
de Virginia Woolf ".
Nós que estudamos música e submetemos nossas habilidades a julgamento, milhares de
vezes nos palcos, acostumamos a ouvir críticas - tanto de nossos professores como de
colegas, dos maestros e mesmo do público. Uma interpretação musical pacientemente
trabalhada durante meses - e que julgamos excelente - pode ser detestada por quem ouve.
Um bom crítico apontará várias imperfeições no ritmo, na afinação ou no estilo. No Brasil
não existem bons críticos musicais, mas na Europa e nos Estados Unidos a palavra de um
crítico em sua coluna de jornal pode consagrar ou destruir um artista para sempre.
O mesmo se dá com quem escreve: um crítico experiente (ou bom revisor) há de apontar
falhas no nosso texto, algumas delas primárias - simples erros de ortografia - outras de
regência verbal ou concordância nominal, sem falar nas incorreções de contexto lógico
muito mais difíceis de serem detectadas. Quanto mais se aprimora um escritor ou um
músico, mais críticas ele deverá estar pronto para ouvir e receber como lições preciosas.
Por outro lado, o problema com os políticos é a inabilidade de extraírem preciosas lições da
crítica e da oposição, especialmente daquilo que lhes revelaria as verdades que não querem
ouvir ou encarar de frente ou o julgamento que expõe a má administração e a corrupção. A
distância entre os tronos e a inteligência sempre foi a de um abismo. A história está
repleta de homens que tiveram garganta cortada, a cabeça decepada, por apontarem as faltas
dos governantes.
Noutras palavras: PARA QUEM PENSA COM CABEÇA DE MARTELO, TUDO O
QUE APARECE PELA FRENTE É PREGO.
João Batista foi aprisionado a mando de Herodes Antipas Cabeça-de-Martelo e foi levado
para a fortaleza de Maqueronte por denunciar a imoralidade da corte e a vida incestuosa de
Herodíades. Depois de permanecer dez meses na masmorra, Salomé, filha de Herodiades e
incitada por ela, seduziu Herodes numa dança erótica, pedindo como premio a cabeça de
João Batista numa bandeja de prata.
Thomas Morus (1478-1535) se opôs ao divórcio de Henrique VIII Cabeça-de-Martelo
negando-se a reconhecer a legitimidade de qualquer criança nascida da bigamia do Rei com
Ana Bolena. Thomas Morus, diplomata, escritor e advogado, tinha até um cargo importante
na corte! - era Chanceler do reino. Perdeu tudo, preferindo servir a Deus e à sua consciência
do que aos desmandos do Rei. Também ele perdeu a cabeça na Tower Hill, no dia 6 de
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julho de 1535, quando o carrasco desfechou-lhe uma brilhante machadada na nuca.


Demorou 400 anos para que seu exemplo de homem íntegro fosse reconhecido: em 19 de
maio de 1935 foi canonizado pelo Papa Pio XI.
Eu poderia contar mais uns duzentos casos de homens e mulheres martirizados por
defenderem a verdade e apontar os erros dos poderosos, mas paro por aqui para preservar
minha cabeça em cima do pescoço e evitar muitas lágrimas e maiores aborrecimentos. Em
breve vou me embrenhar na selva onde viverei da caça e da pesca
Sirvam as histórias de João Batista e Thomas Morus como ponto de partida para nossas
reflexões e mudanças de atitudes. As crises mundiais e os graves problemas que vivemos
são o resultado, entre outras coisas, dos ouvidos surdos dos que nos dirigem, ao desprezo e
ao ódio que têm da visão crítica de quem se empenha para um mundo mais justo.

O grande Luiz de Camões assim termina "Os Lusíadas":

Não mais, Musa, não mais que a Lira tenho


Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não nos dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza.

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4 – O Irmão Rudyard Kipling


Rui Jung Neto (compilação)

O Irmão RUDYARD KIPLING,


Mestre Maçom, Prêmio Nobel de Literatura de 1907

Compilação do Ir. Rui Jung Neto*,


citando as várias fontes ao longo do texto, em homenagem ao 80º aniversário da passagem
do Ir. Kipling ao Oriente Eterno em 18 de janeiro de 2016.

Joseph Rudyard Kipling nasceu em 30 de dezembro de 1865, na cidade de Bombaim, Índia, e faleceu
no dia 18 de janeiro de 1936, em Londres, Inglaterra. Foi jornalista, autor de dezenas de contos e
novelas, além de poeta e romancista, tendo sido o 1º inglês a receber o prêmio Nobel de literatura em
1907.
...
Era maçom atuante, tendo sido Iniciado na Loja "Hope and Perseverance” nº 782 em Lahore, Punjab,
Índia, hoje Paquistão; ao se transferir para Londres, filiou-se à "Mother Lodge” nº 3861, nela
trabalhando como Obreiro. Aliás, fez um belo poema para a sua primeira Loja Maçônica, a “Hope and
Perseverance”.

Entre suas obras destacamos:

The Man Who Would be King (O Homem que queria ser Rei) - livro no qual utiliza diversos símbolos
maçônicos e fala sobre dois militares ingleses que são Maçons e buscam lugares distantes para
fazerem fortuna. Essa história foi transformada em filme de muito sucesso, estrelado por Sean Connery
e Michael Caine, sob direção de John Huston:
https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2015/08/13/o-homem-que-queria-ser-rei-uma-aventura-
maconica/

...
Apesar de ter sido ridicularizado pelos intelectuais da época, que diziam ser ele um "mero contador de
histórias" e um "autor de poemas que rimam" , chegando a ser demitido de um jornal sob a alegação
de "que não sabia escrever em inglês", Kipling foi o 1º inglês a ganhar o prêmio Nobel de literatura e
com certeza foi o maior contista da Inglaterra.
...
Estudou na Inglaterra, mas em 1882 voltou à Índia para trabalhar como correspondente de vários
jornais ingleses.
...
Em 1884, publicou o livro da selva, que se tornou em todo o mundo um clássico para crianças, assim
como seu personagem principal: o pequeno Mowgli. Rudyard Kipling é considerado um dos maiores
autores de literatura juvenil.
...
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Como poeta, Kipling teve a inspiração de compor um dos mais lindos poemas da língua inglesa, que
até hoje permanece atual na mensagem que quer transmitir e sempre será para quem o lê, uma
verdadeira lição haurida dos princípios comportamentais e éticos defendidos secularmente pela
Maçonaria, acerca de como agir diante das várias situações que a vida nos apresenta pela frente. Eis o
poema:

Se...
Se és capaz de manter a tua calma quando
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando
e para esses no entanto achar uma desculpa.
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares
e não parecer bom demais nem pretensioso.
Se és capaz de pensar sem que só a isso te atires,
de sonhar sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a Desgraça e o Triunfo conseguires
tratar da mesma forma a esses dois impostores.
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste.
E às coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.
Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado tornar ao ponto de partida.
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo,
resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!
Se és capaz de entre a plebe não te corromperes,
e, entre reis, não perder a dignidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a terra com tudo que existe no mundo,
e, o que ainda é muito mais, és um homem, meu filho!

Outro ensinamento da Ordem maçônica foi utilizado pelo Ir. Kipling, para compor uma pequena história,
um conto quase mágico, no que diz respeito à profundidade filosófica de um princípio há muito
propagado pela Maçonaria como sendo um dos objetivos a ser alcançado pelos maçons: a humildade
que vem com a prática constante do domínio das paixões e submissão da vontade:

O Palácio
Quando era Rei e Maçom - Mestre que já tinha feito suas provas - escolhi terreno conveniente para
erguer um Palácio digno de um Rei.

Tendo disposto as minhas estacas sobre o chão desentulhado, apressei-me em cavar até o nível
desejado. Apareceram então, debaixo do entulho, as ruínas de um Palácio construído há muito tempo
por um Rei.

Faltava arte à construção e sutilezas ao plano. Desajeitadamente, cavalgando ao acaso, alinhavam-se


grosseiros blocos, testemunhas de uma arquitetura inábil; porém sobre cada pedra estava gravado:
JB News – Informativo nr. 1.958 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016 Pág. 13/41

"Depois de mim um Construtor virá. Dizei-lhe que também eu soube".

Do fundo de minhas trincheiras, rapidamente, elevaram-se as minhas fundações judiciosas.


Apropriando-me dos materiais do meu antecessor, submeti-os a um sábio talhe, serrando os
mármores, polindo-os, rejeitando ou retendo, segundo o meu gosto, os dons do humilde e morto.

Abstive-me, porém, de desprezar mesmo aquilo que não foi utilizado. O coração daquele construtor
falava ao meu, linguagem de suas fundações arrasadas.

Como se estivesse erguido para discorrer, a forma de seu sonho para mim tornou-se clara a obra que
tinha projetado, evocando-o diante de mim.

Quando era Rei Maçom - em pleno meio-dia de minha soberba, uma Mensagem chegou-me da
escuridão - murmúrio afastado, dizendo:
"O fim é proibido". Compreendi. "Teu objetivo está atingido. O teu propósito era marcar, como o do
outro, o lugar em que um Rei há de querer construir".

Chamando os homens do meu canteiro de obras, das minhas pedreiras e dos meus transportes,
abandonei todo empreendimento que entreguei à fé dos anos pérfidos.

Porém, talhado na madeira e gravado na pedra, transmiti: "Depois de mim, um Construtor virá. Dizei-
lhe que também eu soube."

O Ir. Kipling está enterrado na Abadia de Westminster, na "esquina dos Poetas", e no dia 18 de janeiro
de 2016 completou 80 anos de sua passagem para a Luz Eterna.

Fonte: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=39639&cat=Artigos&vinda=S

Um dos seus belos poemas maçônicos é o que dedicou à sua Loja Mãe “Hope and Perseverance” nº
782, ao Or. de Lahore, Punjab, na época uma província da Índia, hoje parte do Paquistão:
À MINHA LOJA-MÃE DE LAHORE
E havia Hundle, o chefe da estação;
Baseley, o das estradas e dos trabalhadores;
Black, o sargento da turma de conservação,
Que foi nosso Venerável por duas vezes.
E ainda o velho Frank Eduljee,
Proprietário da casa As Miudezas da Europa.
E então, ao chegar, dizíamos:
Sargento, Senhor, Salut, Salam...
todos eram "Meus Irmãos",
E não se fazia mal a ninguém,
Nós nos encontrávamos sobre o Nível,
E nos despedíamos sob o Esquadro.
Eu era o Segundo Experto dessa Loja.
Lá em baixo....
Havia ainda Bola Nath, o contador;
Saul, judeu de Aden;
Din Mohamed, da seção de cadastro;
O senhor Babu Chuckerbutty,
Amir Singh, o sique,
E Castro, o da oficina de reparos,
Um verdadeiro católico romano.
A decoração do nosso Templo não era rica,
Ele era até um pouco velho e simples,
Mas nós conhecíamos os Deveres Antigos,
E os tínhamos de cor.
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Quando eu me lembro deste tempo,


Percebo a inexistência dos chamados infiéis,
Salvo alguns de nós próprios.
Uma vez por mês, após os trabalhos
Reuníamo-nos para conversar e fumar
Pois não fazíamos ágapes,
Para não constranger os Irmãos de outras crenças.
E de coração aberto falávamos de religião,
Entre outras coisas, cada um referindo-se à sua.
Um após outro, os Irmãos pediam a palavra,
E ninguém brigava até que a aurora nos separasse,
Ou quando os pássaros acordavam cantando.
E voltávamos para casa, a pé ou a cavalo,
Com Maomé, Deus, e Shiva,
Brincando estranhamente em nossos pensamentos.
Viajando a serviço,
Eu levava saudações fraternais
Às Lojas ao Oriente e ao Ocidente de Lahore,
Conforme fosse a Kohart ou a Singapura.
Mas sempre voltava para rever meus Irmãos.
Os da minha Loja-Mãe.
Lá de baixo...
Como gostaria de rever aqueles velhos Irmãos,
Negros e morenos,
E sentir o perfume dos seus cigarros nativos,
Após a circulação do Tronco,
E do malhete ter marcado o fim dos trabalhos,
Ah! Como eu desejaria voltar a ser um perfeito maçom,
Novamente, naquela Loja antiga.
Diria então Sargento, Senhor,
Salut, Salam...
Pois seriam todos meus Irmãos,
E ali não se faria mal a ninguém
E nos encontraríamos sobre o Nível,
E nos despediríamos sob o Esquadro,
Eu seria o Segundo Experto da minha Loja,
Ficaria lá em baixo.
Tradução, em versos livres, do Ir. Antônio José Souto Loureiro, ex-Grão-Mestre do Grande Oriente do
Estado do Amazonas

"Rudyard Kipling, poeta, romancista e contista, O Livro da Selva e Kim, entre outros, laureado com o
Prémio Nobel em 1908, foi iniciado na Maçonaria, com dispensa de idade, na Loja Hope and
Perseverance Nr. 782, de Lahore, da multifacetada Índia, e, posteriormente, membro de várias Lojas
maçónicas.

Kipling escrevia com a convicção que as ideias e valores maçónicos, transmitidos nas suas histórias,
eram aceites e partilhados pelos seus leitores, como em "0 homem que queria ser rei", "Com a guarda"
ou a "Viúva em Windsor". O poema "A minha pedra cúbica" é a oração de um obreiro Maçom; O
trabalho, o esforço e a perseverança espelham-se no poema "O palácio", a maçonaria operativa está
no conto "A coisa errada", que contém o célebre "Se". Mas é na recolha "Sete mares" que se encontra
o seu comovente e mais conhecido poema maçónico, "Loja Mãe", dedicado à memória da sua primeira
Loja, lugar inesquecível da Iniciação em todo o seu significado.
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A diversidade da composição humana da Loja, o reconhecimento e o respeito pelo outro, a tolerância e


o sentimento de pertença sublinham aí valores maçónicos universais que subjazem em toda a
espiritualidade, filosofia e prática maçónica de uma actualidade que nunca é demais sublinhar, em
tempos de barbárie, fundamentalismos e exclusão.

Este humanismo nunca é demais sublinhar e recordar em tempos difíceis. servindo de exemplo e guia
para todos nós. Kipling não será nisto nunca esquecido”. [Fernando Lima, Grão-Mestre do GOL -
sublinhados nossos].

Fonte: http://arepublicano.blogspot.com.br/2015/12/minhaloja-mae-de-rudyard-kipling_28.html

Para concluir, reproduzimos um mapa com a Índia que o Ir. Rudyard Kipling conheceu, destacando-se
os locais em viveu e trabalhou:

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rudyard_Kipling#/media/File:Kiplingsindia.jpg

Compilação do Ir. Rui Jung Neto


Ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56
Ao Or. de Porto Alegre – RS – Rito Schröder - GLMERGS
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5 –2Arqueologia e o Templo
– Opinião – Foco doConquista)
& Ação (A Rei Salomão
Juarez
Angelo
de Oliveira
Spoladore
Castro

Ir Angelo Spoladore(foto com a famí li a)


Loja de Pesqui sas Maçônicas “B rasi l”
Lond rina – PR

ARQUEOLOGIA E O TEMPLO DO REI SALOMÃO

Arqueologia, ou archaiología, do grego archeos que significa antigo e


logos significando conhecimento, pode ser definida como sendo a ciência do antigo
ou mais precisa mente como a “ciência que estuda a vida e a cultura dos povos
antigos por meio de escavações ou através de documentos, monumentos, objetos,
etc., por ele deixado” (Dicionário Aurélio Eletrônico, 1994).
Antigamente, os limites da Arqueologia era m ser confundidos co m os da
Paleontologia. A Paleontologia estuda os fósseis que nada mais são do que
vestígios de seres vivos transformados em rocha. No início, a Arqueologia era
considerada um ra mo da Paleontologia pois as mesmas estudava m restos de animais
diversos, dentre eles restos humanos bem co mo suas civilizações, sendo que se
julgavam que todo este material estivesse petrificado (transformado em rocha).
Com o te mpo ficou caracterizado que o ho me m não era tão antigo como
outros animais e que grande part e dos vestígios de antigas civilizações não estavam
na realidade fossilizados. Dessa forma, os cha mados “povos antigos” da definição
de Arqueologia, não são realmente tão antigos como se supunha inicialmente.
A Arqueologia també m te m se ocupado em estudar povos recentes, povos
que ainda existe m e são nossos contemporâneos, ocupando -se na realidade, da
nossa civilização atual. Co mo exe mplo pode mos citar as escavações realizadas nas
cidades da Europa destruídas pelas duas grandes guerras mundiais. Mais uma ve z
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ve mos que os “povos antigos” da definição dada no início do trabalho, não são de
fato antigos.
Com relação à Arqueologia e Maçonaria, podemos afirmar que não existe
ainda uma “Arqueologia Maçônica”. Nossa Orde m, apesar de já existir a um tempo
apreciável, não é alvo, por motivos diversos, de investigações arqueológicas. Dessa
forma, as bibliografias sobre o assunto são raras estando restritas há alguns relatos
de tentativas de localização be m co mo estudos dos monumentos ou cidades
bíblicas.
Eu acredito que, mes mo não encontrando referências a respeito nas
bibliografias consultadas, que algum Templo Maçônico possa ter sido localizado e
escavado nas recentes pesquisas realizadas em cidades européias destruídas na II
Guerra Mundial.
Apesar de não haver uma re lação direta entre a Maçonaria e a Arqueologia,
utilizamos em nossas Tradições e Rituais vários fatos ou dados arqueológicos ou
que ao menos poderia m ser co mprovados pela Arqueologia. O Templo de Salo mão,
alvo desta pesquisa, é um ótimo exemplo dessa afirm ação.
Como o objetivo deste trabalho é visualizar o Te mplo de Salo mão sob a
ótica da Arqueologia enquanto ciência, deve mos ter um comportamento crítico
condizente co m a visão adotada, e como tal, não deve mos aceitar verdades prontas
ou imutáveis.
Assim, nossa tarefa inicial, como deve ser em qualquer pesquisa, é de
questionar sobre o assunto para posteriormente buscar dados que possam nos levar
a uma conclusão, a qual, diga -se de passagem, não precisa ser necessariamente a
correta.
Teria o Templo do Rei Salomão, alvo na nossa Sublime Orde m, de
constantes discussões, muitas vezes calorosas, intensas e apaixonadas, existido
conforme está relatado na Bíblia? Quais as provas arqueológicas da existência de
um Te mplo, na época de Salomão, com as proporções a ele r eferidas? Ou, de uma
forma mais drástica, teria existido mesmo um Te mplo de Salomão? Teria existido
um Rei Salo mão?
Para tentar responder a tais perguntas dispomos de duas fontes básicas de
informações: A) a Bíblia e B) dados arqueológicos (documentos e re sultados das
escavações diversas).
Com relação aos textos bíblicos estes são claros: existiu um Rei chamado
Davi e outro Salomão, filho de Davi, o qual construiu um Te mplo conhecido como
“Templo de Salomão”. De acordo com essa mes ma fonte de informações, n ão
existiu apenas um, mas sim três Te mplos.
A Bíblia nos relata os preparativos para a construção não só do primeiro e o mais
importante dos Templos, mas também a respeito dos outros Templos, fornecendo ainda nomes
dos construtores, plantas, localizações, descrições detalhadas do interior e exterior do Templo
bem como o nome de seus destruidores.
A Bíblia nos fornece ainda até mesmo a quantidade de homens que trabalharam na
construção. De acordo com o livro III Samuel, 5, foram 30 mil trabalhadores forçados
(escravos?) levados pelo rei Salomão cortando madeira; setenta mil que levavam cargas e
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oitenta mil que cortavam pedras nas montanhas, além dos três mil e trezentos mestres de obra
que davam as ordens aos trabalhadores.
Se pegarmos ainda as dimensões do T emplo é possível de se ter uma idéia
do quanto de material foi extraído para tal obra. Diga -se de passagem que Templo
não era tão grande assim para consumir tanto material. Aqui perto, em Rio Branco
do Sul, estão construindo um templo baseado na descrição bíblica.
Uma outra curiosidade, a descrição feita na Bíblia dos cedros utilizados na
construção não coincide com as atuais espécies de cedro. Será que de tanta madeira
extraída esta espécie de cedro foi extinta quando da construção do primeiro
templo?
De acordo com os relatos bíblicos o Primeiro Te mplo, ou o Te mplo de
Salo mão propriamente dito, aquele que nos referimos na maior parte do tempo
neste trabalho, teria sido construído em Jerusalém pelo Rei Salo mão (971 -931 a.
C.) e destruído por Nabucodonosor em 598 - 597 a. C..
O Segundo Templo ou Te mplo de Zorobabel, construído no mes mo lugar
que o Primeiro sob a direção de Zorobabel sendo demolido em definitivo quando da
construção do Terceiro Templo.
Este Terceiro Te mplo, também conhecido co m Te mplo de Herode s, foi
construído mil anos após a construção do Primeiro Templo e no mesmo sítio que os
Templos anteriores. A edificação teria ocorrido, provavelmente, na última década
que antecedeu o nascimento de Cristo. De acordo com a Bíblia, Jesus costumava
freqüentar os portais desse Te mplo existindo ainda referências de que as obras do
mes mo ainda não haviam sido concluídas nesta época.
O Templo de Herodes foi destruído pelas sucessivas invasões ocorridas em
Jerusalé m. Todavia, e m 70 d. C., quando da invasão de Jeru salé m por Tito, este
Templo não estava destruído por completo, conforme relatos de viajantes (Horne,
1972).
O “Muro das Lamentações” existente até os dias atuais e o qual
inicialmente julgava-se ser salomônico, através de datações radiométricas, revelou -
se pertencer ao Templo de Herodes (Horne, 1972).
Com relação às evidências extra -bíblicas sobre a época salo mônica, estas
traze m uma série de dúvidas não só quanto a existência do Templo de Salomão mas
també m quanto a existência do próprio Salomão e até mesm o de seu pai, Davi.
Conforme afirma o Ir. Alex Horne, me mbro da Loja de Pesquisa Quatuor
Coronati, os registros históricos dos Estados vizinhos co m que Davi e Salomão,
segundo a Bíblia, mantinha m relações comerciais, dentre eles o Egito e a Fenícia,
não faze m menções a estes dois reis; “...é como se esses dois reis nunca tivessem
vivido”. (Horne, 1972).
De acordo com o mesmo autor, um exe mplo dessa falta de referências
sobre Salo mão pode ser obtido na história de Sheshonk I (Rei do Egito) que cedeu
sua filha para casar-se co m ele (Salomão).
Versa a história que posteriormente, na verdade após a morte de Salomão,
este rei egípcio invadiu a Palestina saqueando o Te mplo e o Palácio do rei morto.
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Entretanto, no chamado “O Grande Relevo de Carnaque”, um painel


gravado em alto relevo, onde consta os nomes dos lugares invadidos e dominados
por Sheshonk I, não encontramos qualquer citação dos do mínios salomônicos.
Se Sheshonk I de fato invadiu, subjugou e saqueou Jerusalém, ele
simplesmente se “esqueceu” de escrever tal conquista e m sua lista um tanto que
macabra de feitos e façanhas guerreiras.
Mesmo quando tenta mos pegar um fato bíblico que envolva Davi ou
Salo mão e tenta mos comprova -lo cientifica mente, não obtemos sucesso.
Por exemplo, to me mos a invasão de Jerusalé m por Davi. Diz a Bíblia que
Davi invadiu Jerusalém conduzindo seu exército através de túneis e cavernas
existentes sob a cidade. Ele conduziu 300 ho mens que passaram por essas cavernas,
saíram dentro da cidade, que já era protegida por muralhas, do minand o-a . Os
túneis e cavernas existem. Desde o século retrasado, vários pesquisadores têm
revirado os subterrâneos de Jerusalém procurando a Arca da Aliança e o Templo.
Como resultado, te mos um ótimo grau de conhecimento das inúmeras cavernas lá
existentes. Todavia, não foi encontrada uma única caverna por onde fosse possível
passar um exército fortemente armado e que saísse no interior da cidade velha.
Mais do que isso, até o mo mento, não foi co mprovada a existência da
cidade de Jerusalé m na época de Davi. Em outras palavras: na época atribuída a
Davi, Jerusalém não existia.
Em apenas um único fragmento de argila foi encontrado o no me de Davi.
Neste fragmento está escrito: “ na casa de Davi”. A frase está incompleta. Porém,
no restante do fragmento não especifica qual Davi. Não fala se este Davi era rei ou
se era uma pessoa qualquer.
Dessa forma, não te mos qualquer me nção em documentos históricos da
época salo mônica sobre o Rei Salo mão e ne m sobre o Rei Davi, ficando seu
registro restrito à Bíblia - de acordo co m Horne (1972).
Mais adiante ire mos tecer co mentários sobre os manuscritos de Josefo, os
quais se refere m de forma vaga ao Rei Salomão. Estes documentos, apesar de sere m
uma grande evidência deste período, apresentam uma série de proble mas. Além do
mais, estes manuscritos são considerados “pratica mente” bíblicos.
Especificamente sobre o Te mplo do Rei Salomão, a Arqueologia não
conseguiu produzir provas que atestassem a sua existência, o mesmo podendo ser
dito com relação a outras obras a ele atribuídas.
Todavia, conforme nos le mbra Horne (1972), no norte da Palestina fora m
encontradas, escavadas e identificadas com êxito as ruínas do palácio de Ahab, rei
do norte de Israel, cujo reinado deu -se entre 875 - 853 a. C., portanto , não muito
distante do reinado de Salo mão.
Recente mente ta mbé m fora m identificados canais para abastecer de água a
cidade de Jerusalé m construídos por Exequiel (ou Exéquias), rei que governou logo
depois de Salomão (cerca de 60 anos depois da morte de Salo mão). Trata -se de um
trabalho arqueológico muito bonito e uma obra de engenharia sem igual que
utilizou técnicas bem avançadas para a época.
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Neste caso, o relato fornecido pela Bíblia pode ser comprovado inclusive
nos detalhes. Diz a história que Jerusalé m estava sitiada pelos filisteus . Estes,
dominava m a única fonte de água. Para abastecer a cidade com água, Exequiel (ou
Exéquias) construiu um canal co m aproximadamente 100 metros de co mprimento e
até 30 metros de profundidade.
O túnel, construído na rocha pura, começou a ser aberto nas duas pontas ao
mes mo te mpo (sabe mos disso pela observação das marcas das picaretas nas paredes
do túnel). Para que o túnel não fosse construído torto, ou seja, para que as duas
equipes se encontrassem no meio, foi idealizado um mecanismo engenhoso o qual
era baseado nas estruturas das rochas e em uma rede de túneis verticais (clara
bóias) que era m utilizados para fazer a comunicação da superfície com o pessoal
que escava o túnel. As idades foram calculadas com base no teste de carbono 14 e m
carvão das tochas e em cerâmicas encontradas no interior do canal.
Uma pergunta que auto maticamente ve m a nossa cabeça é porque são
encontradas ruínas pratica mente contemporâneo ao tempo atribuído a Salomão e
não encontramos as ruínas salomônicas?
A resposta que muitos dão a esta pergunta é que as diversas invasões e
saques destruíram de tal forma o Templo e o Palácio de Salo mão que nada mais
pode ser recuperado. Além disso, afirma m alguns autores, os Te mplos posteriores
(Zorobabel e Herodes) foram construídos sobre o Te m plo original.
Mas voltando a fala sobre a Arqueologia, vale a pena ressaltar que um
ramo da Arqueologia que se desenvolveu muito nos últimos anos foi a chamada
Arqueologia Bíblica a qual tenta encontrar restos e vestígios das cidades citadas na
Bíblia utilizando-se das informações nela contida.
Um bo m exemplo a ser citado a esse respeito são as ruínas da cidade de
Jerico onde se realiza m estudos (escavações) há 50 anos, sendo que foram
caracterizadas até o mo mento cinco ocupações desse sítio arqueológico em
diferentes épocas.
A localização desta cidade pode ser encontrada de forma precisa na Bíblia.
Todavia, a história que está sendo resgatada pelos estudos ali realizados indica que
a fa mosa batalha de Jerico, quando suas muralhas fora m derrubadas, nunca exi stiu.
Possivelmente a ocupação de toda essa região pelo povo judeu tenha sido de forma
pacífica.
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F IGURA 01 – A P EDR A M O ABIT E .

Existem evidências sim, de um grande terre moto que atingiu não só Jerico,
mais, como outras localidades existentes na época cau sando grande destruição.
Outro bo m exe mplo que podemos citar de como a ciência pode ajudar a
decifrar e a confirmar ou não relatos bíblicos é o descrito anteriormente em
relação ao “Muro das La mentações”.
Existem várias afirmações de que os restos do Te mpo foram achados,
poré m nunca fora m apresentadas provas inquestionáveis sobre tais achados.
Vale citar as pesquisas realizadas por Sir Charles Warren, Mestre
Fundador da Loja de Pesquisas Quatuor Coronati. Sir Charles resgatou na Palestina
a cha mada “Pedra Moabite” (Moabite Stone ). Esta pedra (figura 01), que na
verdade é um basalto gravado, foi descoberta por um pesquisador da Prússia que
inicialmente tentou manter o achado para o seu país (Jackson, 1986).
A “Pedra Moabite” seria um registro do período descr ito na Bíblia no
Livro dos 2 Reis 3:4, podendo ser dessa forma, uma evidência da era salomônica
(Jackson, op. cit.). Tal fato nunca ficou comprovado. Tal pedra encontra -se
atualmente no Museu do Louvre, em Paris.
De acordo com o Irmão John Webb da Loja Quatuor Coronati, Sir Charles,
quando era um jovem Capitão e m Jerusalém, participou das escavações do que se
acreditou ser o Palácio de Salomão. Desses trabalhos resultou a idéia de que o
Palácio e Te mplo de Salo mão seriam dois prédios distintos mas que faria m parte de
um mes mo co mplexo de construções.
Charles Warren ta mbé m participou de outras escavações em Jerusalé m e
morreu acreditando ter encontrado o Templo de Salomão. Suas descobertas
trouxeram uma nova gama de conhecimento para um melhor entendimento d a
história dessa parte do mundo. Todavia, nunca ficou provado que ele realmente
escavou o Templo de Salo mão.
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Outra informação interessante só que mais distante do local onde o Templo


teria sido construído diz respeito à cidade de pedra conhecida por Zimba m bue,
localizada na Rodésia, centro -sul da África. Esta cidade foi descoberta por um
geólogo ale mão quem acreditou tratar de uma réplica do Templo de Salomão
construída pelos desentendes da Rainha de Sabá. Evidente mente que tais idéias não
tinha m funda mento, caindo no ca mpo da mera especulação. Posteriormente provou -
se que Zimbabue foi edificada na idade média e por uma cultura nativa do local.
Sem contato algum co m os movimentos arquitetônicos, sociais e culturais
existentes na Europa, desenvolveu -se em Zimbabue uma sociedade onde os
cha mados “Mestres Pedreiros do Grande Zimbabue” tinha m um status,
reconhecimento perante a sociedade e conhecimento sobre as ciências
consideráveis. Eu particularmente acho muito interessante essa história, pois,
aparentemente, desenvolveu-se uma sociedade similar a nossa Orde m.
Voltando ao assunto principal desta pesquisa, apesar de não tere m sido
encontrados o Palácio e o Templo de Salo mão, arqueólogos descobriram
recente mente as edificações salomônicas de Megido (cidade) bem c omo a refinaria
e a fundição de cobre e m Eziom-Geber.
A cidade de Megido é na verdade um complexo que consiste em estábulos
(os verdadeiros estábulos de Salomã o) para cavalos bem co mo aco modações para
moços de estrebaria e espaço para quadrigas (Horne, 197 2).
“Esses estábulos era m evidenciados por pilares talhados de pedra calcária,
os quais”, inicialmente, foram tomados como objetos de cultos de santuários
cananeus (Horne, 1972). As escavações revelara m pilares dispostos de forma
regular ficando evidente q ue se tratava de cavalariças quando da descoberta de
cochos e manjedouras talhados em pedra calcária. Calcula -se que havia
acomodação para cerca de 450 cavalos. Pesquisas posteriores revelara m que apenas
uma parte dessas edificações seria m do período atrib uído a Salo mão. Também
foram descobertas ruínas de estábulos, possivelmente do mesmo período, em
Taanaque e em Eglon.
Nas figuras 02 e 03 temos uma visão das descobertas em Megido.
Temos relato ainda que e m Megido fora m identificadas ruínas persas
(próximo á superfície), babilônicas, assírias e israelitas (mais profundas e portanto
mais velhas – figura 03)
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F IGURAS 02 – CAVAL ARIÇ AS DE M EGI DO .


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F IGURA 03 – ESCAVAÇ ÕES EM M EGID O QUANDO FOR AM I DE NT IFICAD AS


DIFERENT E OCUP AÇÕES EM UM MESMO SÍT IO AR Q UEO LÓG ICO

Com relação à fundição de cobre e a refinaria, as mesmas estão localizadas


na atual Tellel - Kheleifeh a qual julga -se ser a Ezio m - Geber de I Reis 9:26. Sua
localização é tal de forma a aproveitar no processo de fundição e refina mento, a
força dos fortes e constantes ventos que afetam a região. A configuração
topográfica é tal que o vento é canalizado, aumentando assim sua velocidade e
força (Horne, 1972).
A construção mostra evidências de que existia um co mplexo siste ma de
canais de correntes de ar trazendo assim o oxigênio necessário para alimentar a
cha ma do complexo metalúrgico. Existem ainda suspeitas da existência de um porto
de mar, o qual, segundo a Bíblia, existia nesta região. Todavia, ainda não foram
localizadas as ruínas do mesmo.
Em Jerusalé m fora m encontradas ainda as ruínas de uma pedreira
subterrânea de calcário de onde supostamente Salomão teria retirado material para
a realização de construções (figura 04). Nos escritos de Josefo estas pedreiras são
referidas como sendo as “Pedre iras Reais”.
O Ir. J. Herman em seu trabalho “King Solomon’s Quarries” (As Pedreiras
do Rei Salo mão) nos fornece uma bela descrição não só do local mas também as
rochas que lá existem.
Diz o referido Irmão que a entrada da caverna é ao norte da Cidade Velh a,
próximo a Cerca de Da masco. A partir da entrada principal segue -se para sul por
um corredor com extensão aproxima da de 225 metros até um salão conhecido por
“The Freemasonic Hall”.
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De acordo com Herman (1996) a caverna contém uma série de rochas


diferentes predo minando no entanto as rochas calcárias. O tipo principal de
calcário apresenta estrutura maciça, tratando -se de rocha muito bonita para
construção, todavia de resistência moderada. Deste tipo de rocha retirou -se grande
quantidade (blocos) para construções diversas.
Na entrada da caverna aflora um calcário muito “ mole” por isso mesmo,
facilmente trabalháveis mas não se pode fazer grandes blocos para construções
devido a sua fragilidade. Aflora m também nesta caverna um outro tipo de calcário
rico e m ferro o qual possui coloração avermelhada e uma maior resistência.
Esta caverna/pedreira subterrânea está localizada nas proximidades de
onde supostamente foi erguido o Templo de Salomão sendo dessa forma, uma
possível fonte de matéria prima para a constru ção do Te mplo. Este fato poderia ser
possível, todavia o mes mo não foi ainda comprovado. Sabe -se que as estruturas das
rochas das paredes do que alguns Irmãos supõe ser o Te mplo de Salo mão, são
idênticas às estruturas visualizadas nas rochas aflorantes nas cavernas.
Sendo este local realmente uma pedreira utilizada pelo Rei Salo mão, teria
um significado especial para os Maçons. Dessa forma, esta caverna é utilizada
cerimonias maçônicas. Ta mbé m já foram retirados muitos blocos de pedra desta
pedreira para fazer parte de Te mplos Maçônicos espalhados pelo mundo afora.

F IGURA 04 – T HE M ASSONIC H ALL , LOCAL IZ AD O NOS SUBT E RRÂNEOS DE


J ERUS ALÉM , N AS CH AM AD AS P E DREIR AS DO R EI S ALOM ÃO .

Todavia, não existe m provas conclusivas sobre a destinação das pedras


dali retiradas. Sabe-se apenas que o calcário é uma rocha abundante e m toda a
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região e que essa pedreira seria poderia ser apenas mais um das diversas fontes de
matéria prima utilizada ao longo dos séculos naquela região.
Falando um pouco mais sobre a arqueologia bí blica, foram encontradas as
ruínas de Tiro e Sídon (figura 05). Tiro possui significado especial pois Hiran, Rei
de Tiro, teria ajudado e muito Salo mão a construir o Te mplo, inclusive
emprestando Hiran Abib, que trabalhava com metais. Tiro era um porto mar inho
muito importante para a época. Inicialmente estava localizada em uma ilha.
Alexandre Magno quando conquistou Tiro construiu um dique ligando assim a ilha
ao continente.
Tiro foi ta mbé m um importante centro econô mico e co mercial estendendo
suas garras por todo o Mediterrâneo.
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Figura 05 – Localização e aspecto geral de Tiro.

Uma outra cidade localizada e que segundo a Bíblia, teria relação co m


Davi e Salomão é Dor (ou Tantura) – figura 06. Segundo os relatos Dor era um
porto marítimo fundado antes da época de Davi. Este rei por sinal conquistou Dor.
Posteriormente a cidade teria se tornado centro de uma da doze províncias
administrativas criadas por Salo mão. Dor ainda foi do minada pelos gregos sendo
posteriormente reto mada pelos hebreus. No ano de 63 a.C foi conquistada por
Pompeu.

F IGURA 06 – ASPECT O GERAL D AS R UÍ N AS DE D OR


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Outra cidade bíblica localizada foi a cidade de Láquis ( figura 07). Esta era
a segunda cidade em importância de Judá. Adiante faremos mais co mentários sobre
a cidade de Láquis.
Também existe m menções sobre as minas de cobre do Rei Salomão. Foram
localizados depósitos de cobre na região de Timma ( figura 08). Todavia, conforme
ressalta Wener Keller em seu belo livro“ e a Bíblia tinha razão”, atualme nte sabe -
se com certez a que justamente na época solo mônica não houve extração de cobre
nesta região.
Com relação a documentos escritos, pode mos encontrar registros
atribuídos à era salomônica nos manuscritos de Josefo citados anteriormente, e
como quere m alguns autores, “o gran de historiador judeu”. Apesar de fazer
referências sobre Tiro e sobre Salo mão, o Rei de Jerusalé m, e seu Te mplo, Josefo
nunca viu o Templo e não fornece maiores informações. Na verdade, de acordo com
informações verbais dos IIr. Francisco de Assis Carvalho e Hércule Spoladore,
Josefo foi um soldado de Israel que passou grande parte de sua vida preso. Muitas
das coisas sobre as quais escreveu, ele nunca viu mes mo porque algumas delas já
havia m ocorrido há muito te mpo. Josefo não foi conte mporâneo a todos os seus
relatos. Um outro exemplo a respeito de uma certa desconfiança sobre a obra de
Josefo é que este autor viveu na mesma época do que de Jesus, mas em seus
manuscritos pratica mente não existem referências a Jesus.
Uma outra fonte de informações imp ortant e são as chamadas “Crônicas
Babilônicas” que entre outros, narram a invasão de Jerusalé m pelo exército de
Nabucodonosor e m 16 de março de 597 a. C. ( in Horne, 1972). Tal relato pode
comprovar a destruição do Primeiro Templo, conforme prega a Bíblia. Todavi a,
Nabucodonosor não deixou qualquer registro sobre a pilhagem e destruição do
Templo como era costume na época.
As “Cartas de Láquis” - Láquis, atual Tell ed - Duweir, era uma fortaleza
militar (figura 07) que guardava o caminho entre Jerusalé m e Hebron - fazem
referências indiretas a uma possível segunda invasão (5899 - 587 a. C.) de
Jerusalé m. Acredita -se que Láquis tenha sido co mpleta mente destruída nesta
invasão. Prova disso são as camadas de cinzas e de material (vasos e cerâmicas)
quebrad
os encontrados no local.
Como vimos, te m-se mais dúvidas do que certezas. Existem algumas
evidências indiretas da existência do Templo e de todas as obras que constam na
Bíblia e atribuídas a Salomão. Todavia, não existe m provas concretas.
Atualmente, diz -se que as ruínas do Templo de Salomão encontra -se de
baixo da Mesquita de Omã, e m Jerusalé m. Acredita -se ta mbé m que o “Muro das
Lamentações” seja parte do muro de arrimo do Terceiro Te mplo ou Templo de
Herodes.
Recente mente foi gerada grande uma polêmica na Palesti na, pois estão
querendo abrir túneis sob a Mesquita de Omã. Caso isto ocorra e os relatos bíblicos
estejam certos, poderão ser encontradas as ruínas do Primeiro Te mplo.
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Pelas pesquisas realizadas, minha opinião pessoal é que deve ter existido
um Te mplo não com as dimensões citadas na Bíblia. Pode ser até mes mo que já
tenha sido descoberto e não deram a menor importância para ele pois é um Te mplo
normal. Pode ser ta mbé m que o Te mplo de Salo mão nunca tenha existido não
passando assim, de uma grande mistificaç ão. Ou como disse Alex Horne, uma
“ mistificação que continuou, por certo, a ser piedosa mente perpetrada através de
seis séculos” ... constituindo “uma das mais estupendas mistificações da história”.

F IGU R A 07 – L Á QU IS – L OC A LIZA Ç Ã O E ASP E C TO S DA S RU ÍN AS D A C ID A D E .


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F IGU R A 08 – LOC A L ON D E S UP OS TA ME N TE E S TA R IA LOC A LIZA D A S A S MIN A S DE C OB R E


D O R E I S A LOMÃ O .

Todavia, a Arqueologia não tem que provar ou desmentir a Bíblia.


A Bíblia não precisa ser provada. As muralhas de Jerico, o Templo de
Salo mão, dentre outros, são mitos que sustenta m diversos povos do mundo inteiro por
milhares de anos.
Um mito não precisa de prova.
Para nós Maçon s, o i mportante é o simbolismo que o Te mplo de Salo mão te m
e não o fato de ele ter existido ou não.

Bibliografi a Consu ltada


- BÍBLI A S AGRADA
- CARVALHO, B. (1994) - Hist ória da Arquit et ura. Edições de Ouro. Rio de Janeir o, RJ.
- DICIONÁRIO AURÉLIO E LETRÔNICO (1994).
- DOCUMENT ÁRIOS CIENTÍFI COS EM VÍDEOS ( Discovery Chanel, Net ).
- HAUSER, A. (1982) - Hist ória social da lit erat ura e da art e. Edit ora Mest re Jou. São Paulo,
SP.
- HERMAN, J. (1996) - King Solomon’ s Quarries. Bo let im Haboneh Hahof shi - The Israeli
Freemason. Vo l 2/3. Tel Aviv, Israel.
- HORNE, A. (1972) - O Templo do Rei Salo mão na t radição Maçô nic a. Edit ora Pensament o,
São Paulo, SP.
- JACKSON, A. C. F. (1986) - Sir Charl es Warren, G.C.M.G., K.C.B. Fouding Mast er of
Quatuor Coronati Lodge, n 2076 . Bolet ins da Lo ja de Pesquisas Maçônicas Quatuor
Coronati , 11/09/1996.
- KELLER, w. 1995 – e a Bíblia tinha razão. Ed. Melhorament os, SP, SP.
- Grandes I mpér io s e Civilizações – A Bíblia. Terra, hist ór ia e cult ura dos Text os Sagrados.
Volume 1. Edições Del Prado (1996).
Londr ina, maio/2001
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6 – O Perigoso Quitte-Placet
Sérgio Quirino Guimarães

Ano 06 - artigo 06 - número sequencial 446 - 09 fevereiro 2014

Saudações, estimado Irmão!


Do noroeste de Minas Gerais, trataremos sobre o
PERIGOSO QUITTE-PLACET

O tema é polemico e merece ser estudado com seriedade pelos Irmãos. Frequentemente,
confundimos benevolência com negligência.

O instrumento do Quitte-Placet é um direito e até mesmo uma benesse que o IRMÃO pode
requerer. Seja por motivo de trabalho, mudança, ou até mesmo por não querer fazer mais parte da
Loja ou da Maçonaria. Existem milhares de motivos.

Mas compreendam que a proposição do quitte-placet deve vir do Irmão. Trata-se de uma escolha
pessoal. Estando ele em dia com suas obrigações para com a Loja, basta apenas uma comunicação
feita à direção da Loja.

O problema se apresenta com os “Irmãos Terríveis”, aqueles que trazem desarmonia, criam
discórdia, não trabalham e dão trabalho. Muitas vezes, por falta de pulso e seriedade de toda a
Loja, os Irmãos o “convencem” a pedir o Quitte-Placet, pois será o caminho mais fácil ou
considerado o melhor caminho.

Melhor caminho para quem?

Para a Loja que se viu “livre” do nome do Irmão em seu Livro de Obreiros, mas que
constantemente gravará seu ne varietur no Livro de Visitantes? Desta forma, ele continuará a falar
despropósitos em Loja e sua presença será motivos para a ausência dos bons obreiros.
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Se este Irmão não serve para trabalhar com os Irmãos da Loja “X”, por quê servirá para a Loja
“Y”? Quando o problema está na Loja, o Irmão que não se sente bem ou não pactua com alguma
situação, naturalmente se afasta, procurando outra Loja.

Assistimos também a desenrolares desarmoniosos em nível de Potências e Lojas co-irmãs. Uma


Loja dá o Quitte para o Irmão e este procura na sua cidade outra Loja que o acolhe, (pois ele esta
devidamente regular), acaba por criar ressentimentos na Loja Mãe.

Sejamos objetivos: Se o Irmão não tem valor para sua Loja, não terá também para as outras. Se
identificamos o Irmão como um “Profano de Avental” é hora de o colocarmos para fora da
Sublime Ordem.

Comportamentos dentro ou fora do Templo que não coadunam com a moral e ética
maçônicas, devem ser punidos com exclusão ou expulsão. Todas as Potências/Obediências tem
em suas leis os instrumentos legítimos e adequados para esse essencial procedimento de
“assepsia”.

Não cabe aqui falsa tolerância e benevolência da fraternidade. A pessoa expulsa pode continuar a
ser seu parceiro de truco, companheiro de pescaria, amigo de buteco, mas não poderá ser um
Maçom, pois suas atitudes negativas podem resvalar em todos nós.

A sociedade que assiste de fora ou que sofre com o comportamento inadequado, desonesto,
ignorante deste profano de avental, desconhece o que seja uma Loja ou Potência. Para a sociedade
profana, a Maçonaria é uma coisa só.

Portanto, quando admitimos que um ou outro Irmão continue com comportamentos inadequados
para a Sublime Ordem, estamos colocando sobre nós mesmos o olhar desconfiado, critico das
pessoas de fora da Maçonaria e muitas vezes trazemos para nós, o irado crivo da sociedade
profana.

Vamos deixar de lado a negligencia e atuarmos como corpo único. O que não serve para
mim não vai servir para meu Irmão. Estudemos a Constituição da Potência/Obediência, o
Regulamento Geral e os Códigos de Delitos e de Processo Penal Maçônico. Não podemos
deixar brechas para permitir a entrada e a presença de pessoas de mau caráter na
Maçonaria.

Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG


Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
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7 – Destaques JB
Resenha Final

Lojas Aniversariantes de Santa Catarina


Mês de fevereiro

(as letras em vermelho significam que a Loja completou


ou está completando aniversário)

GOSC

https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau

GOB/SC –

http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
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GLSC -

http://www.mrglsc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque

Felicidade
“Felicidade, em sua essência verdadeira, significa
contentamento. Isso vem de uma completa percepção e
aceitação de si (nível interno) e de como as coisas são (nível
externo). Soa difícil? A felicidade mais elevada é a que está além
dos órgãos dos sentidos. Ela pode ser experimentada apenas
quando o eu é totalmente livre de todos os apegos e
dependências. Soa ainda mais difícil? Mas isso é a real definição
de felicidade. Não é difícil experimentá-la como parte da nossa
vida quando temos um profundo entendimento, assimilação e
apreciação da sabedoria divina.”
Brahma Kumaris
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José Aparecido dos Santos


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"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
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Irmão Vandi Dogado

O Irmão Vandi Dogado (Vandi) Mestre Maçom da Loja Arquiteto do Progresso


2434, de São Paulo, GOSP/GOB, que trabalha no Rio Moderno, a nosso convite,
estreia amanhã no JB News com a sua “Coluna do Irmão Vandi Dogado” onde
discorrerá nesta sexta-feira sobre a “Glorificação do Trabalho”.
O Irmão Vandi Dogado é professor de Língua Portuguesa e autor dos livros "O
Templo de Aiakos" (literário), "O Iminente Colapso de Boston" (literário), O
"Assassino Enxadrista" (literário), "Quim Nunca Esteve Lá" (contos
populares), "Inteligência e Aprendizagem: desafios mentais" (psicologia
cognitiva), "Escrita e Leitura: novas tecnologias da informação e
comunicação" (educacional) e Mentalux : técnicas de estudo e otimização do
tempo" (Guia de instruções).
Temos certeza que será mais um leque de opções de boa cultura deste
Informativo, à disposição do caro irmão leitor.
Seja muito bem-vindo Irmão e escritor Vandi Dogado!
JB News – Informativo nr. 1.958 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016 Pág. 38/41

Presença do JB news em 09.02.2011 na Loja Barão do Rio Branco nr. 2.441 em Rio Banco, (GOB/AC),
sendo Venerável à época o Ir Adalberto Alves Ferreira e Grão-Mestre do GOB/AC, o Ir. José Augusto.
JB News – Informativo nr. 1.958 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016 Pág. 39/41

Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.

1 – As Torres:
Las Torres1.pps

2 –Aveiro
Aveiro -I- Distrito 1.pps

3 – Estreito de Gibraltar:
Estreito-de-Gibraltar.pps

4 – Fotos antigas do Festival de Camnes:


FOTOS ANTIGAS DO FESTIVAL DE CANNES.pps

5 – Fotos de tirar o fôlego


Fotos de tirar o folego 5.pps

6 - Macchu Pichu:
FOTO_DE_MACHU_PICCHU-2.pps

7 – Filme do dia: “Charlie Chaplin- The Pawn Shop- 1916.”


https://www.youtube.com/watch?v=jKry2PduyDw
JB News – Informativo nr. 1.958 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016 Pág. 40/41

Ir Raimundo Augusto Corado


MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. Escreve às terças e quintas-feiras
raimundoaugusto.corado@gmail.com

UM SONETO AO BETHEL
-homenageando minha filha Deise Idaiane-

Autor: Raimundo A. Corado


Barreiras, 26 de junho de 2004.

É sábado, prepare seu véu;


Dia de engrandecimento;
Abriram-se as portas do Bethel;
Fonte fecunda de ensinamento.

É simples, mas é profundo;


Doce abrigo da mocidade;
JB News – Informativo nr. 1.958 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016 Pág. 41/41

Ninguém como JÓ neste mundo;


Para guiar essa irmandade.

Desde o púrpuro cintilante;


Ao branco da iniciante;
Tudo é algo magistral.

Ser Filha de Jó é uma gloria;


Que se aproxima da vitória;
Rumo ao Pai Celestial.

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