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O que é Ansiedade?

A ansiedade é uma emoção normal do ser humano, comum ao se enfrentar


algum problema no trabalho, antes de uma prova ou diante de decisões difíceis
do dia a dia. No entanto, a ansiedade excessiva pode se tornar uma doença,
ou melhor, um distúrbio de ansiedade.

Pessoas que sofrem de distúrbios de ansiedade sentem uma preocupação


e medo extremos em situações simples da rotina, além de alguns sintomas
físicos, o que atrapalha suas atividades cotidianas, já que eles são difíceis de
controlar.

Por sorte, os distúrbios de ansiedade podem ser tratados. Vamos falar melhor
sobre eles: os tipos, causas, sintomas, diagnóstico, tratamentos e formas de
conviver melhor com o problema a seguir (1).

Relação entre medo e ansiedade


A ansiedade é algo muito próximo da preocupação. E preocupação nada mais
é do que um aspecto do medo, um temor de que as coisas não saiam como
nós gostaríamos. Todos esses componentes são necessários para a nossa
evolução e sobrevivência; o que não pode ocorrer é um exagero de qualquer
um deles.

O tempo prolongado de ansiedade (a chamada ansiedade crônica) aumenta o


nível de tensão e o estresse interno e pode levar ao surgimento do medo
específico ou até mesmo irreal (3, 4).

Instinto básico de fugir ou lutar


A ansiedade é, basicamente, uma resposta do corpo vinda do sistema nervoso
autônomo, que age independente do nosso pensamento racional, como um
reflexo.

Ele tem a porção simpática, que tem reações de resposta ao estresse,


preparando o corpo para fugir ou lutar em uma situação de perigo.

Isso ocorre com a liberação de adrenalina, que causa reações como:

 Acelerar os batimentos cardíacos e contrair os vasos sanguíneos, para


levar o sangue mais rapidamente
 Dilatar os brônquios, para aumentar a respiração e o consumo de
oxigênio
 Diminuir a motilidade do intestino, para guardar energia para outras
ações
 Dilatar as pupilas, para melhorar a visão mesmo em pouca luz
 Aumentar a liberação da glicose no sangue, para dar mais energia às
células.

A liberação do cortisol também ocorre neste processo, o que traz alguns outros
impactos ao corpo, como aumento da gordura corporal, inibição do muco da
parede gástrica e trazendo fadiga ao cérebro (9).
)
Sintomas

Sintomas de Ansiedade

A ansiedade e seus transtornos podem causar sintomas tanto mentais quanto


físicos, que atrapalham o dia a dia de diversas formas. Veja quais são os
principais:

Sintomas psicológicos da ansiedade

 Constante tensão ou nervosismo


 Sensação de que algo ruim vai acontecer
 Problemas de concentração
 Medo constante
 Descontrole sobre os pensamentos, principalmente dificuldade em
esquecer o objeto de tensão
 Preocupação exagerada em comparação com a realidade
 Problemas para dormir
 Irritabilidade
 Agitação dos braços e pernas.

Sintomas físicos da ansiedade

 Dor ou aperto no peito e aumento das batidas do coração


 Respiração ofegante ou falta de ar
 Aumento do suor
 Tremores nas mãos ou outras partes do corpo
 Sensação de fraqueza ou cansaço
 Boca seca
 Mãos e pés frios ou suados
 Náusea
 Tensão muscular
 Dor de barriga ou diarreia.

Ataques de pânico
Os ataques de pânico são uma reação comum aos transtornos de ansiedade,
principalmente na síndrome do pânico. Suas principais características são:

 Sensação de nervosismo e pânico incontroláveis


 Sensação de morte
 Aumento da respiração
 Aumento da frequência cardíaca
 Tonturas e vertigens
 Problemas gastrointestinais.

Em alguns casos, os sintomas físicos são tão intensos que podem ser
confundidos com doenças como infarto e outros eventos cardiovasculares (1,
2).
Saiba mais:
12 sensações que pessoas com ansiedade sentem com frequência

Relação entre ansiedade e depressão


Muitas pessoas acreditam que ansiedade e depressão são quadros opostos
como muita gente acredita, eles inclusive têm sintomas muito semelhantes,
como:

 Medos
 Insônia
 Insegurança
 Dificuldades de concentração
 Irritabilidade.
 Percebendo isso, dá para notar que elas podem ocorrer juntas.

Um estudo, que ficou conhecido como Kendell (15), mostrou que diagnóstico
de depressão passa para a ansiedade em 2% dos casos, enquanto os casos
de ansiedade se tornam depressão em 24%.

Uma explicação para isso é que os pensamentos negativos que o ansioso têm
sobre si mesmo podem ser gatilhos para a depressão (11).
Além disso, grande parte das pessoas com transtornos de ansiedade evitam as
situações que podem desencadear sintomas e, com isso, passam a viver de
forma muito restrita, como não sair de casa sozinho, não participar de
encontros e outros eventos sociais, ficar preocupado com tudo e acabar não
fazendo nada, e por aí vai. Quanto mais a ansiedade abala a vida de uma
pessoa, maior a chance de ela ficar deprimida (12).

Por fim, tanto a ansiedade quanto à depressão costumam estar ligadas a


disfunção de neurotransmissores chamado monoaminas, que englobam a
serotonina (4).

Como diferenciar crises de ansiedade de ataques do coração


A ansiedade causa sintomas como taquicardia, tonturas e dor física,
semelhantes aos de doenças cardiovasculares. Por isso, muitas pessoas
acabam sendo hospitalizadas durante os picos do distúrbio emocional.

Para entender como diferenciar os sinais que essas condições trazem, e saber
o que fazer nesses momentos, veja nossa matéria sobre o assunto.

Visão Geral

Tipos

Existem diversos tipos de distúrbios de ansiedade. Os mais comuns são:

Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

O transtorno de ansiedade generalizada (conhecido pela sigla TAG) ocorre


quando a ansiedade persiste por longos períodos de tempo e passa a interferir
nas atividades do dia a dia. O principal sintoma do quadro é a “preocupação
excessiva ou expectativa apreensiva”.

Síndrome do pânico
A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem
crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça,
mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente.

Quem sofre do síndrome do pânico sofre crises de medo agudo de modo


recorrente e inesperado. Além disso, as crises são seguidas de preocupação
persistente com a possibilidade de ter novos ataques e com as consequências
desses ataques, seja dificultando a rotina do dia a dia, seja por medo de perder
o controle, enlouquecer ou ter um ataque no coração.

Fobia social
Esse distúrbio é caracterizado pelo extremo desconforto e pavor com situações
sociais como ambientes novos, desconhecidos e cheios de pessoas estranhas;
encontros sociais; falar em público; e outras situações do tipo.

São pessoas que ficam apavoradas com a ideia de ir a uma festa ou a qualquer
outro evento social, pessoas que, de tanto medo que sentem, muitas vezes
chegam ao ponto de evitar todo e qualquer tipo de contato social. Esse
comportamento é característico de um distúrbio conhecido popularmente como
fobia social, ou transtorno da ansiedade social.

Fobias específicas
A fobia é um medo persistente e irracional de um determinado objeto, animal,
atividade ou situação que represente pouco ou nenhum perigo real, mas que,
mesmo assim, provoca ansiedade extrema.

A fobia não segue uma lógica propriamente dita, e a ansiedade nesses casos é
incoerente com o perigo real que aquilo representa.

Existem diversos tipos, como:

 Claustrofobia - medo de lugares fechados


 Aracnofobia - medo de aranhas
 Agorafobia - medo de ficar sozinho em lugares amplos ou públicos
 Acrofobia - medo de altura
 Aicmofobia - medo de agulhas
 Catsaridafobia - medo de barata
 Coulrofobia - medo de palhaços.
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
O transtorno obsessivo-compulsivo, conhecido popularmente pela sigla TOC, é
um distúrbio psiquiátrico de ansiedade. Sua principal característica é a
presença de crises recorrentes de pensamentos obsessivos, intrusivos e em
alguns casos comportamentos compulsivos e repetitivos.

Analogicamente falando, uma pessoa com TOC é como um disco riscado, que
repete sempre o mesmo ponto daquilo que está gravado. Pacientes com este
transtorno sofrem com imagens e pensamentos que os invadem
insistentemente e, muitas vezes, sem que consiga controlá-los ou bloqueá-los.
Para essas pessoas, a única forma de controlar esses pensamentos e aliviar
ansiedade que eles provocam é por meio de rituais repetitivos, que podem
muitas vezes ocupar o dia inteiro e trazer consequências negativas na vida
social, profissional e pessoal.

Transtorno de estresse pós-traumático


O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) pode ser definido como um
distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas
físicos, psíquicos e emocionais. Esse quadro ocorre devido à pessoa ter sido
vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que
representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros. Quando ele se
recorda do fato, revive o episódio como se estivesse ocorrendo naquele
momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento vivido na primeira vez.
Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações
neurofisiológicas e mentais.

Ansiedade noturna
A ansiedade noturna está relacionada à privação de sono, reduzindo a
qualidade de vida de quem sofre com o problema. De acordo com informações
da Associação de Ansiedade e Depressão da América (ADAA), 50% dos
adultos afirmam experienciar maiores níveis do distúrbio emocional durante a
noite.

Para muitas pessoas, a hora de dormir pode ser o único momento em que é
possível refletir sobre a rotina. Por conta disso, tendemos a pensar em
preocupações e antecipar o que devemos fazer no dia seguinte.
Consequentemente, nossa mente entende o momento de deitar-se na cama
como um fator estressante, o que aumenta nossos níveis de adrenalina no
período noturno, e impossibilita o sono.

Causas

Não se sabe ao certo por que algumas pessoas são mais propensas à
ansiedade descontrolada do que outras. Alguns dos fatores que podem estar
envolvidos nisso são:

 Genética, ou seja, histórico familiar de transtornos de ansiedade


 Ambiente, por exemplo passar por algum evento traumático ou
estressante
 Mentalidade ou modelo de pensamento, ou seja, a forma como a
pessoa estrutura seus pensamentos ou linhas de raciocínio e,
consequentemente, encara as situações do dia a dia
 Doenças físicas.

Entre as doenças físicas que podem estar relacionadas à ansiedade,


encontramos:

 Problemas cardiovasculares, como as arritmias cardíacas


 Doenças hormonais, como hipertireoidismo ou o hiperadrenocorticismo
(aumento de atividade da glândula adrenal)
 Problemas respiratórios, como o DPOC (doença pulmonar obstrutiva
crônica)
 Dores crônicas
 Abuso de drogas, álcool ou medicações como os benzodiazepínicos.

Até mesmo eventos como concussões, tumores cerebrais, excesso de cortisol


pelo corpo e infecções por bactérias chamadas estreptococos podem se
assemelhar à ansiedade.

Por isso é importante buscar um psiquiatra para que ele pesquise se não há
causas físicas por trás de seu problema de ansiedade (2, 5).

Fatores de risco

Algumas pessoas são mais propensas a terem distúrbios de ansiedade. Os


principais fatores de risco são (1, 2):

 Eventos traumáticos na infância ou mesmo vida adulta


 Estresse relacionado a doenças físicas sérias
 Acúmulo de estresse
 Tipo de personalidade, já que algumas pessoas tem uma
personalidade naturalmente ansiosa, como os perfeccionistas e os
controladores
 Abuso de substâncias, como álcool, cigarro e drogas ilícitas.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Ansiedade

Caso a ansiedade excessiva esteja relacionada a uma doença física, seu


tratamento adequado já trará alívio dos sintomas.

Controle a ansiedade

Caso a ansiedade excessiva esteja relacionada a uma doença física, seu


tratamento adequado já trará alívio dos sintomas.

Controle a ansiedade

No entanto, se o paciente sofre de algum transtornos de ansiedade, o


tratamento pode envolver diversas abordagens:

Algumas abordagens são mais recomendadas, como:

Psicoterapia

A terapia com um psicólogo pode ajudar o paciente a entender os fatores do


dia a dia que desencadeiam sua ansiedade, reduzir seus sintomas e trabalhar
os eventos que o levaram a desenvolver este problema.

Psicanálise freudiana: O autoconhecimento é a chave desse tipo de


psicanálise, baseada no pensamento de Freud. Ela foca o inconsciente e traz
seus problemas para o consciente. Normalmente o profissional não faz um
direcionamento, deixando com que a pessoa decida sobre o que quer falar. No
caso da ansiedade, ela é interessante para entender as raízes dos
pensamentos ansiosos.

Psicanálise junguiana: Ela leva em consideração o inconsciente, o que é


reprimido e tratá-lo através de símbolos, imagens oníricas, usando os sonhos
como método de análise", diferencia a psicanalista Priscila. Também está mais
ligada à busca pelo autoconhecimento e a recuperação da própria essência,
mas também pode tratar depressão, ansiedade e encontrar a raiz desses
problemas.

Psicanálise lacaniana: Nessa abordagem há associação livre de palavras e é


através da linguagem que chegamos ao núcleo do ser.

Gestalt: É considerada uma terapia holística, justamente por levar em conta o


todo das situações. Ela sempre examina o paciente as relações no que está
em torno, o foco é trabalhar a pessoa no ambiente onde ela está, mas fazer
com que ela se afaste da situação para ter a noção do todo. Essa análise é
feita baseado na conversa, mas o profissional vai direcionando o diálogo e
fazendo perguntas, pedindo descrições do papel de cada um nas situações e
tecendo considerações.

Terapia cognitivo-comportamental: Mais conhecida como TCC, ela se foca


em problemas específicos e na melhor forma de saná-los. Seu principal foco
está na resolução de traumas, apesar de servir para outros tipos de problemas.
Funciona bem com fobias e com o tratamento do TOC (11).

Remédios para ansiedade


Diversos remédios podem ser usados para o tratamento da ansiedade, como:

Antidepressivos: o tratamento de escolha para os transtornos ansiosos é feito


com certos grupos de antidepressivos, especialmente os que têm uma boa
atuação em um neurotransmissor chamado serotonina. Eles são sugeridos
para tratamento mais prolongados em razão do baixo risco de dependência e
pela facilidade em serem retirados de forma lenta e gradual na fase final do
tratamento.

Ansiolíticos: esses medicamentos agem de várias formas a depender do


sistema de neurotransmissão que atuam. Os ansiolíticos tarja preta são usados
na fase aguda da doença para alívio dos sintomas físicos da ansiedade, agem
no sistema chamado GABA - que reduzem a hiperatividade cerebral a níveis
adequados. Mas só funcionam com os sintomas, sem melhorar a causa.

Antipsicóticos: alguns antipsicóticos, como a quetiapina, podem ser usados


como paliativos durante os períodos mais críticos dos quadros ansiosos.
Entretanto, tal como os ansiolíticos, eles apenas aliviam sintomas, não tratando
a causa (3, 4).
Sintomas

Buscando ajuda médica

Como saber que minha ansiedade é um problema?

O ideal é procurar ajuda médica partir do momento em que o distúrbio de


ansiedade produz algum tipo de desprazer ou sofrimento, interferindo
negativamente na qualidade de vida. Muitas pessoas costumam ter dúvidas em
relação à busca do profissional, que pode ser um psicólogo ou um psiquiatra.
Vale dizer que se forem fatores do desenvolvimento da personalidade,
traumas, crises a conduta mais adequada é procurar uma psicoterapia. Já se
os fatores causais tiverem origem biológica, a chamada "ansiedade biológica",
o psiquiatra deve ser procurado.

A preocupação excessiva com pequenos problemas, irritação, humor explosivo


e comportamento evitativo (a pessoa passa a evitar lugares cheios ou
fechados, como shoppings, aviões, elevadores, etc.) são sinais claros de um
transtorno ansioso (4).

A sensação de que o cérebro não desliga e mudanças de hábitos do dia a dia


também são fatores importantes (3).

Sentir ansiedade é normal, mas quando ela passa a ser persistente e fora de
seu controle, é bom marcar uma consulta médica com um psiquiatra.
Principalmente se há:

 Preocupação excessiva, a ponto de interferir no trabalho,


relacionamentos e em outras partes de sua vida
 Sintomas de depressão, de alcoolismo ou dependência química a
drogas
 Pensamentos ou comportamentos suicidas.

Preocupações derivadas da ansiedade e seus transtornos não desaparecem


por conta própria – pelo contrário, elas só tendem a piorar. Por isso, tratamento
e suporte médicos são imprescindíveis. Procurar ajuda médica antes da
ansiedade se tornar um problema ainda maior também é crucial para evitar
complicações (1, 2).

Que especialista buscar?

Muitas pessoas costumam ter dúvidas em relação à busca do profissional, que


pode ser um psicólogo ou um psiquiatra. Vale dizer que se forem fatores do
desenvolvimento da personalidade, traumas, crises a conduta mais adequada é
procurar uma psicoterapia. Já se os fatores causais tiverem origem biológica, a
chamada "ansiedade biológica", o psiquiatra deve ser procurado.

Diagnóstico e Exames

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar a ansiedade são:

 Clínico geral
 Psiquiatra
 Psicólogo.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo.


Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

 Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram


 Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e
medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
 Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 Quais são seus sintomas e o quão severos eles são?


 Como estes sintomas impactam no seu dia a dia?
 Você já teve um ataque de pânico?
 Você costuma evitar situações que te deixam ansioso?
 Seus sentimentos de ansiedade são ocasionais ou contínuos?
 Quando você começou a notar que estava muito ansioso?
 O que parece aumentar sua ansiedade?
 Você já passou por alguma experiência traumática?
 Você tem ou já teve outras condições de saúde física ou mental?
 Você usa algum medicamento?
 Você tem histórico familiar de ansiedade?

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito,


começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas
para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para ansiedade,
algumas perguntas básicas incluem:
 Qual é a causa mais provável para minha ansiedade?
 Existem outros fatores que podem estar piorando minha ansiedade?
 Eu preciso ver outro médico ou um psicólogo?
 Que tipo de terapia pode me ajudar?
 Medicamentos podem me ajudar?
 Posso fazer algum tipo de terapia complementar?
 Além do tratamento, o que posso fazer para ajudar a reduzir a
ansiedade?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da


consulta.
Diagnóstico de Ansiedade

O profissional começará investigando se há alguma causa física para sua


ansiedade excessiva. Enquanto isso, ele também terá uma conversa para fazer
uma análise e entender que condições podem estar levando você a ter essa
ansiedade exagerada.

Existem alguns “marcadores biológicos” que também podem estar ligados à


ansiedade, como a dosagem de cortisol (um hormônio importante no estresse),
alterações de glicemia ou dos hormônios sexuais, entre outros.

Caso o médico não identifique causas físicas, ele pode comparar seus
sintomas com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM-5) para entender qual é seu quadro (2).
Exames

Para excluir a possibilidade de doenças físicas, podem ser pedidos exames


como (4):

Exames de sangue; Exames da tireoide; Exame físico durante a consulta.

Tratamento e Cuidados

Medicamentos para Ansiedade

Os remédios mais usados para o tratamento de ansiedade são:

 Alenthus Xr
 Alprazolam
 Amplictil
 Ansitec
 Apraz
 Bromazepam
 Clonazepam
 Cloxazolam
 Diazepam
 Donaren
 Efexor XR
 Frisium
 Fluoxetina
 Frontal
 Hixizine
 Lexotan
 Lorax
 Lorazepam
 Mirtazapina
 Olcadil
 Paroxetina
 Pondera
 Risperidona
 Rivotril
 Sertralina

Somente um médico pode dizer qual o remédio mais indicado para o seu caso,
bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca
as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o
uso do remédio sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez
ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na
bula.

Tratamentos naturais para a ansiedade


Pacientes já diagnosticados com um transtorno, como o transtorno de
ansiedade generalizada (TAG) ou a síndrome do pânico devem ter mudanças
no seu estilo de vida que podem agir como remédios também, reduzindo a
ansiedade. O psiquiatra Leonardo Maranhão indica algumas:

1) Controle da jornada de trabalho: "adultos até 50 anos não devem devem


trabalhar mais de 40 horas semanais e, acima dessa idade, é recomendado
que a jornada seja reduzida para cerca de 25 horas", explica o psiquiatra
Maranhão.

2) Investir em momentos de lazer: Ter momentos que fujam do estresse,


como passeios no parque, interação com animais de estimação e viagens são
importantes para ter mais qualidade de vida e reduzir a ansiedade.

3) Prática de atividade física: de acordo com o psiquiatra, é preciso fazer um


exercício aeróbico pelo menos três vezes da semana para que haja efeito
significativo na redução da ansiedade. A psicóloga Adriana de Araújo ressalta o
efeito relaxante dessas atividades, principalmente ao mexerem com a
respiração. "Dar um novo foco para o corpo e a mente nos possibilita
desenvolver novas formas de relaxamento e serenidade", pondera a
especialista.

4) Dieta mais natural: Incluir alimentos mais naturais, como frutas, verduras e
cereais, ajuda não só a reduzir o número de aditivos químicos no prato. Além
disso, os alimentos possuem nutrientes que podem atuar diretamente nos
neurotransmissores do cérebro, substâncias que podem desencadear o bem-
estar ou a ansiedade.

Convivendo (prognóstico)

Ansiedade tem cura?

A maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma
as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Por isso, é
importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O
diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, com tratamento eficaz e
acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para obter melhores
resultados e menores prejuízos (1).
Complicações possíveis

Pessoas ansiosas há muito tempo e sem tratamento podem ter uma série de
problemas físicos como:

 Dificuldades de memória, devido à liberação excessiva de adrenalina e


cortisol
 Hipertensão: também devido ao excesso de adrenalina, que ao
aumento da frequência cardíaca
 Diabetes: como a ansiedade vem do instinto de fugir ou lutar
 Gastrite nervosa: a ansiedade pode causar modificações no suco
gástrico, aumentando sua liberação, o que pode trazer sintomas
semelhantes à gastrite
 Dores no corpo: com o impulso de fugir ou lutar, os músculos do corpo
ficam mais tensos, podendo intensificar dores nas costas, pernas e
ombros, além de pequenos tiques nervosos (6, 7, 8).

A ansiedade excessiva não tratada pode levar a outros problemas de saúde,


como:

 Depressão
 Abuso de substâncias
 Insônia e outros distúrbios do sono
 Problemas digestivos
 Isolamento social
 Problemas nos estudos, trabalho e vida pessoal
 Suicídio.

Convivendo/ Prognóstico

Além de seguir o tratamento à risca, alguns cuidados caseiros podem ajudar na


recuperação de quem sofre de ansiedade excessiva. Veja alguns abaixo:

15 dicas práticas para controlar a ansiedade

 Pratique atividades físicas


 Reduza seu estresse diário
 Experimente controlar a respiração
 Evite pensamentos negativos
 Invista em alimentos com triptofano
 Tome um chá
 Mantenha foco de atenção no presente
 Seja mais organizado
 Esteja com quem você ama
 Dedique tempo para se cuidar
 Cuide dos seus pensamentos para sorrir mais
 Confie mais em si mesmo
 Desenvolva congruência
 Fortaleça o autoconhecimento
 Cuide bem do seu momento antes de dormir.

Imagem:
Minha Vida

Alimentos que reduzem a ansiedade

Frutas cítricas: a vitamina C, presente nas frutas cítricas, diminui a secreção


de cortisol, hormônio liberado pela glândula em resposta ao estresse

Leite, ovos e derivados magros: ótimas fontes de um tipo de aminoácido, o


triptofano, que alivia os sintomas de ansiedade.

Carboidratos: o nutriente eleva o nível de açúcar no sangue, dando energia,


bem-estar e disposição.

Banana: tem alto teor de triptofano qua a fruta carrega, ajudando na produção
de serotonina.

Carnes e peixes: eles são a melhor fonte natural de triptofano, aminoácido que
em conjunto com a vitamina B3 e o magnésio produzem serotonina. Além
disso, contêm outro aminoácido chamado taurina, que disponibilidade de um
neurotransmissor chamado GABA, que o organismo usa para controlar
fisiologicamente a ansiedade.

Chocolate: é rico em flavonoides, um tipo de antioxidante que favorece a


produção de serotonina.

Espinafre: contém folato (ácido fólico), que é uma potente vitamina


antidepressiva natural, pois quando está em baixas concentrações no
organismo também diminui os níveis cerebrais de serotonina (14).

O que fazer durante uma crise de ansiedade?

É muito importante não tentar lutar contra o pânico, pois este não é um
mecanismo consciente, ele é decorrente de mecanismos automáticos cerebrais
localizados em regiões automáticas ou não conscientes. Faz parte de um
complexo sistema de defesa do organismo.

A pessoa pode tomar algumas ações:

 Recorrer a técnicas de relaxamento, como meditação ou preces, por


exemplo
 Usar qualquer técnica de distração como uma conversa suave, música
suave, palavras que acalmem, massagem em regiões do corpo que
produzem relaxamento
 Controlar da respiração (2).

Saiba mais: Como diferenciar um ataque de ansiedade de doenças


cardiovasculares?

Aplicativos para gerenciar a própria ansiedade

Existem diversos aplicativos que ajudam a controlar a ansiedade. Veja alguns a


seguir, sempre lembrando que eles não substituem um bom acompanhamento
psiquiátrico ou uma boa psicoterapia (4):

Lojong: Meditação e Minfulness: o app é dedicado à meditação, com


meditações guiadas, vídeos animados, timer e conteúdos. Sua avaliação é de
4,9 estrelas na Google Play.

Querida ansiedade: avaliado com 4,8 estrelas na Google Play, esse aplicativo
foi criado pela psicóloga Camila Wolf (CRP 09/6719), ele se propõe a ensinar o
usuário como a ansiedade age, a observar como sua própria ansiedade se
manifesta e o afeta e assim reduzi-la.
Ansiedade - Controle de Humor e Chat: o aplicativo traz uma série de
notícias sobre a ansiedade, tem um diário de registro de humor e coloca o
usuário em contato com outras pessoas que usam o aplicativo para se
ajudarem. Com avaliação de 4,7 estrelas na Google Play.

Aplicativos em inglês:

Self-Help for Anxiety Management: o app permite o usuário registrar o que o


deixa ansioso, como sua ansiedade está naquele momento, entre outras
ferramentas. Sua nota na Google Play é de 4 estrelas.

Worry Watch - Anxiety Journal: o app permite o acompanhamento das


irritações diárias para análise dos padrões de ansiedade. Sua nota na Apple
Store é de 5 estrelas e o valor para baixá-lo é de US$ 1,99.

Prevenção

Prevenção

A ansiedade pode ser prevenida a partir de medidas de qualidade de vida (1):

Exercícios físicos diários; alimentação balanceada, equilibrada e de boa


qualidade; cuidar da qualidade do sono;técnicas de
relaxamento;religiosidade;arte-terapia;lazer.

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