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HIPERTROFIA DAS
ADENOIDES E
AMÍGDALAS
Ângela Guerra
Médica formada pela Faculdade de Medicina da UFMG (1980)
Residência em Otorrinolaringologia – Hospital das Clínicas - UFMG (1983)
Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e
Cirurgia Cérvico Facial (1983)
Mestre em Ciências da Saúde: Infectologia e Doenças Tropicais pela Universidade Federal de Minas
Gerais (2006)
Médica Otorrinolaringologista no Serviço Único de Saúde/ PBH / (1995-2016)
Médica Otorrinolaringologista na Rede Privada desde 1984
Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico – Facial (desde 1983)
Membro da Interamerican Association of Pediatric Otorhinolarryngology - IAPO (desde 2001)
Hipertrofia das Adenoides e Amígdalas 1
SUMÁRIO
SUMÁRIO ....................................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 2
2. QUAL A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DA HIPERTROFIA DAS AMÍGDALAS E ADENOIDES?
3
3. QUANDO SUSPEITAR DA PRESENÇA DE HIPERTROFIA DAS AMÍGDALAS E/OU ADENOIDES? –
SINAIS E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ............................................................................................. 3
4. COMO IDENTIFICAR A HIPERTROFIA DAS AMÍGDALAS E ADENOIDES? ................................... 4
5. QUANDO INDICAR A CIRURGIA DAS AMÍGDALAS OU ADENOIDES? ........................................ 6
6. OBSTRUÇÃO NASAL EM ADULTOS E A HIPERTROFIA DAS AMÍGDALAS EM ADULTOS ............ 6
7. RESUMO ................................................................................................................................... 7
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 8
Hipertrofia das Adenoides e Amígdalas 2
1. INTRODUÇÃO
A Tonsila Faríngea, ou vegetação Adenoide, faz parte do conjunto de estruturas linfáticas
conhecido como anel de Waldeyer. É constituída por um grupo de pequenas massas de
tecido linfoide e nódulos linfáticos. Está localizada na nasofaringe – região superior da
faringe, acima do nível inferior do palato mole.
São grandes aliadas do sistema imunológico, principalmente na faixa etária dos 5 aos 7
anos.
A hipertrofia das amígdalas nas crianças e nos adultos acontece de forma bilateral e
simétrica. Quando nos deparamos com uma hipertrofia unilateral, devemos suspeitar da
presença de um processo tumoral em curso, geralmente um linfoma, em sua fase inicial.
Hipertrofia das Adenoides e Amígdalas 3
Vários sinais clínicos devem ser observados à avaliação clínica de uma criança, mesmo
quando não mencionados pelos pais, tais como:
▪ Incompetência labial;
Hipertrofia das Adenoides e Amígdalas 4
▪ Hipotonia lingual;
▪ Cansaço frequente;
▪ Sonolência diurna;
▪ Adinamia;
▪ Baixo apetite;
▪ Enurese noturna;
▪ Déficit de aprendizado;
▪ Cor Pulmonale.
O exame adequado para avaliar a cavidade nasal é o exame endoscópico das cavidades
nasais (Fibronasofaringoscopia). Por meio deste recurso, podemos avaliar a presença e o
tamanho das adenoides, avaliar o septo nasal e uma possível rinopatia alérgica.
Considera-se uma hipertrofia obstrutiva das adenoides quando seu volume ocupa cerca de
70% ou mais das coanas.
As amígdalas de tamanhos grau III e IV pela escala de Brodsky (Fig. 1) são consideradas
hipertrofiadas.
Devemos sempre nos lembrar de que, nos quadros de amigdalite aguda (dor ao engolir,
febre, adinamia, hiperemia e aumento no tamanho das amígdalas), a hipertrofia é
temporária e limitada ao período da infecção.
Hipertrofia das Adenoides e Amígdalas 6
Como nas crianças, podemos encontrar adultos com hipertrofia das amígdalas com ou sem
relato de infecções recorrentes, ou amígdalas eutróficas com infeções frequentes.
7. RESUMO
A tonsila faríngea, ou vegetação adenoide, está presente ao nascimento em todas as
crianças imunologicamente sadias, até os 12 anos de idade. Seu pico de crescimento
acontece entre os 4 e 5 anos.
O exame adequado para avaliar a cavidade nasal é o exame endoscópico das fossas nasais
e faringe – Fibronasofaringoscopia.
Considera-se uma hipertrofia obstrutiva das adenoides quando seu volume ocupa cerca de
70% ou mais das coanas.
Na avaliação do respirador oral, a indicação de cirurgia das amígdalas e/ou adenoides não
deve ficar limitada apenas à dinâmica do consultório (anamnese, exame físico e endoscopia
nasal). A Presença de hipertrofia desses tecidos, sem repercussão sistêmica, anatômica
e/ou funcional ou comprometimento da qualidade de vida desses pacientes, não justifica
o procedimento. O acompanhamento de cada caso deve ser individualizado, de modo a
determinar se o melhor tratamento é a retirada das amígdalas palatinas.
Ainda em relação ao respirador oral, existe aquela criança que, depois de identificados e
excluídos os fatores obstrutivos da respiração, continua respirando com a boca aberta e
apresenta evidente deformidade da arcada dentária, distúrbios da fala e da deglutição.
REFERÊNCIAS
1. Ferreira MA. Amígdalas e adenóides - da infecção à obstrução. Revista Portuguesa de
Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, 48(1): 25-32, 11.
2. Abreu RR, Rocha RL, Lamounier J, Guerra AFMG. Prevalência de crianças respiradoras
orais. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, Oct. 2008; 84(5): 467-470.
4. Godinho R, Britto AT, Carvalho DG, Mocellin M. The Role of Adenotonsillar Hipertrophy
in Mouth Breatting Syndrome. In: IV IAPO (Interamerican Association of Pediatric
Otorhinolaryngology) Manual Of Pediatric Otorhinolaryngologhy. 2006; 15:83-88.
6. Abreu RR, Rocha RL, Lamounier JA, Guerra AFM. Prevalência e fatores associados em
crianças de três a nove anos respiradoras orais em Abaeté - MG, Brasil [dissertação].
Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.